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Graça do início ao fim: Por salvar a alguns, Deus não é obrigado a salvar a todos.

PERGUNTE AO PASTOR:

Qual é a interpretação correta do versículo " pela graça sois salvos...". Se a fé salvífica é dom de Deus, que culpa tem os que não a tem?


A salvação é gratuita. Do início ao fim. Sabemos disso pela nossa própria experiência pessoal. Não morremos antes de nos convertermos, não nos convertemos por sermos melhores do que os que não se converteram e permanecemos no caminho da conversão porque um amor maior do que a nossa propensão ao crime nos sustenta.

Tudo o que sei, é que quando oro agradecendo a Deus pela minha salvação, o faço sem atribuir mérito a mim. Nunca orei dizendo: "Senhor, aqui estou andando fielmente nos seus caminhos, porque afinal de contas, sou melhor do que os que não se converteram, e, por isso, o Senhor me escolheu, pois de antemão podias ver minha propensão para a justiça e o amor. Não nasci como os demais. Minha natureza, Tu o sabes, sempre foi boa. Só precisava de um pequena ajuda. Jamais estive completamente morto espiritualmente. Permaneço nesse caminho graças à minha determinação. Pode vir o que vier que jamais te negarei. Não temo nenhuma tentação. Sou forte. Não há prova que me derrube. Essa sempre foi uma característica minha, o vigor e firmeza de caráter. Graças a mim, viverei eternamente para o louvor da glória da minha justiça".

Nenhum crente ora assim. Quando estamos de joelhos, sentimos a visão da graça de Deus esmagando-nos, fazendo-nos curvar; maravilhados com um amor que fixou-se em nós antes dos tempos eternos.

A salvação do crente, portanto, é obra da amor gracioso e soberano de Deus. A perdição do pecador, é resultado de sua escolha pessoal. Se disséssemos agora para um pecador não convertido que ele foi escolhido por Deus para viver num reino de santidade, justiça e louvor, tudo isso em nada o comoveria. O céu para ele é um verdadeiro inferno. Deus não vai levar nenhum pecador para o céu arrastando-o pelas orelhas.

Pecador é culpado de haver perdido sua liberdade de escolha entre o bem e o mal, tal como um bêbado, que não pode se desculpar de haver atropelado e matado a cinco, alegando ter estado sob efeito de bebida. O homem é culpado por não crer. É culpado por viver em pecado e por rejeitar a graça divina. O fato de Deus não o ter regenerado, elimina sua responsabilidade pessoal? Não é ele quem não vê sentido no evangelho porque jamais se considerou em dívida para com Deus? Não é ele quem não vê excelência em Deus? Não é ele para quem o culto a Deus é o que de mais enfadonho um homem pode fazer na vida? Não é ele quem não se comove com a oferta de salvação, baseada num plano amável e oferecida mediante tão pouco? Deus não pede que o pecador vença uma guerra, rasgue sua carne, morra de fome, para ser salvo. Os termos são simples: arrependimento e fé.

Por salvar a alguns, Deus não é obrigado a salvar a todos. Se a salvação é uma questão de justiça, algo que o homem tem o direito de reivindicar perante Deus, já não é mais graça -favor imerecido. Deus não deve nada a ninguém. Não devemos ficar admirados de Deus não salvar a todos, mas de salvar a alguns, e isso, mediante o sangue das feridas feitas no corpo do seu amado Filho.

Rev. Antônio Carlos Costa é pastor da Igreja Presbiteriana da Barra,
presidente do Rio de Paz e colaborador do Genizah

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  1. Texto truncado e confuso...

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  2. Pois é... O negócio é o seguinte: esse tema é sempre motivo para muita discussão. Graça Irresistível, Predestinação, Eleição... efim! Expoentes de diferentes correntes teológicas darão suas contribuições aqui. Particularmente, não defendo essa linha calvinista, embora nunca tenha eu atribuído ao homem o mérito de sua salvação, pois isso seria demais contraditório ao Evangelho da Graça. É que simplesmente não consegui ainda encontrar (embora os expoentes dessa linha teológica tenham todo seu "respaldo") na Bíblia o Deus que quis salvar alguns e deixar perecer outros, sem dá-los a menor possibilidade de salvação. Os que vão ao inferno vão por preferirem viver segundo suas concupiscências, não porque em algum momento da história (ou da eternidade) Deus resolveu não amá-los. Mas enfim, como disse, isso dá muita discussão.

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  3. Complementando esse belo post do digníssimo pastor..

    "Eu não sou PECADOR porque peco, e sim PECO porque SOU PECADOR..." O grande pecado que está abolido é o PECADO flagrante que eu SOU e não o que eu pratíco.

    O cordeiro (Jesus) foi imolado antes da fundação do mundo (Ap 13:18), logo antes de haver PECADO já havia a GRAÇA de Deus.

    Se todos os crentes entendesem isso seriam seres cheios de misericórdia, buscando vocacionar a todos para o Céu, sem serem juízes. Poderiam ser como Jesus que não julgava quando poderia julgar, ao invés de afirmarem-se moralmente sobre os "ímpios", se autodeterminando separadores do joio e do trigo, se achando "únicos predestinados", dentro de uma vaidade narcisista muito comum entre os Fariseus.

    A Graça é DOM de Deus!

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  4. Como Samuel Falcão citou em seu livro:"todo arminiano é calvinista de joelhos, todo calvinista em pé deve ser um arminiano." (frase não literal). Essa é a postura!

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  5. Texto muito instrutivo...apesar de ser pra mim uma confirmação do que eu ja cria....para bens ao Rev. Antônio Carlos, que Deus continue iluminando sua vida

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  6. "Se a salvação é uma questão de justiça, algo que o homem tem o direito de reivindicar perante Deus, já não é mais graça -favor imerecido."

    Se a salvação é uma questão de justiça, algo que o homem tem o direito de reivindicar perante Deus, na verdade NENHUM DE NÓS tem tanto mérito assim diante de Deus como muitos de nós humanos pensamos que temos. Ninguém é bom o suficiente, justo o suficiente, santo o suficiente para merecer a salvação, baseado apenas em seus próprios méritos. Somente pelo arrependimento de nossos pecados e pela fé no Messias, Jesus Cristo, é que podemos ter a salvação e a vida eterna.

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  7. Se DEus já tem predestinado uns para salvação e outros para perdição, eu pergunto?

    Para que orar, para que jejuar, para que evangelizar, para que missionários, para que pastores?

    PAra mim isso de nada é necessário pois DEus já determinou, sem nenhuma possibilidade de mudança a minha eternidade, e mais, qual o critério que DEus usa para levar uns para o céu outros para o fogo eterno?

    Fico aguardando respostas

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