O cristão pós-moderno
https://genizah-virtual.blogspot.com/2010/06/o-cristao-pos-moderno.html

Brissos Lino
O cristão pós-moderno come. Come muito. É insaciável. Está sempre com comida de plástico na mão, pronto a deglutir. Come qualquer coisa desde que não lhe dê muito trabalho a mastigar. Aliás, ele não mastiga, apenas engole. E por isso passa ciclicamente por dores de estômago, que atribui a causas desconhecidas ou a um chato dum desmancha-prazeres a que chama diabo.
O cristão pós-moderno conhece todas as marcas de fast food e está sempre atento às campanhas publicitárias de novos produtos. Um novo hamburger, um novo donut, um novo cachorro-quente, uma nova cola ou refrigerante. Mas não é capaz de dar um copo de água a quem tem sede. Tudo sabe, tudo conhece. Não há novidade que lhe escape.
O cristão pós-moderno está gordo, tem peso a mais. É extremamente sedentário. Limita-se a receber calorias em excesso, mas quer sempre mais. Mais um livro, com uma nova revelação de quem acabou de descobrir a pólvora, mais um CD de louvor xpto, com canções iguais a milhentas outras que já conhece, mais um DVD com uma alta produção de quinhentos músicos em palco, mais uma pregação de uma estrela do universo tele-evangélico, pensada e encenada para impressionar.
O cristão pós-moderno domina as tecnologias da informação. Acessa aos blogues e sites dos famosos, segue-os no Twitter, está presente nas redes sociais, e pesquisa abundantemente na internet, sobre os mais variados assuntos, de preferência sobre escatologia e temas tão ou mais controversos do que este.
Esta overdose de informação dá-lhe bases para debitar uns soundbites sobre isto e aquilo, embora não consiga ter um pensamento estruturado, mas nada do que recebe tem qualquer impacte sobre o seu carácter e vida pessoal.
O cristão pós-moderno julga-se perfeito nas formas, como o homem vitruviano. Porém, está doente, gordo, feio e nu. E não sabe.
O cristão pós-moderno conhece todas as marcas de fast food e está sempre atento às campanhas publicitárias de novos produtos. Um novo hamburger, um novo donut, um novo cachorro-quente, uma nova cola ou refrigerante. Mas não é capaz de dar um copo de água a quem tem sede. Tudo sabe, tudo conhece. Não há novidade que lhe escape.
O cristão pós-moderno está gordo, tem peso a mais. É extremamente sedentário. Limita-se a receber calorias em excesso, mas quer sempre mais. Mais um livro, com uma nova revelação de quem acabou de descobrir a pólvora, mais um CD de louvor xpto, com canções iguais a milhentas outras que já conhece, mais um DVD com uma alta produção de quinhentos músicos em palco, mais uma pregação de uma estrela do universo tele-evangélico, pensada e encenada para impressionar.
O cristão pós-moderno domina as tecnologias da informação. Acessa aos blogues e sites dos famosos, segue-os no Twitter, está presente nas redes sociais, e pesquisa abundantemente na internet, sobre os mais variados assuntos, de preferência sobre escatologia e temas tão ou mais controversos do que este.
Esta overdose de informação dá-lhe bases para debitar uns soundbites sobre isto e aquilo, embora não consiga ter um pensamento estruturado, mas nada do que recebe tem qualquer impacte sobre o seu carácter e vida pessoal.
O cristão pós-moderno julga-se perfeito nas formas, como o homem vitruviano. Porém, está doente, gordo, feio e nu. E não sabe.
Ovelha Perdida divulgação Genizah
O Brissos é um amigão lá de Portugal, tem uma das mentes mais privilegiadas do pedaço e não está nem um pouco equivocado. Mandou bem o amigão da Lusitânia.
ResponderExcluirLá como cá, os crentes, estão se achando os maiores, mas como disse o pensador amigo eles estão na verdade: Gordos, feios e nús. Mas se achando.
Um dietazinha que começasse pelo choro não seria nada mal...
Parabéns, Linão! Saudade de você e da terra!
Olá fiquei preocupado.
ResponderExcluirMe enxerguei quase que completo nesta postagem.
Nem tenho que ficar refletindo e sim voltar.
Que vergonha, tô mal.
Parabéns, parabéns.
Um Cristão pós moderno conceteza é muito parecido com um Cristão Laodiceiano..pense nisso
ResponderExcluirPaz seja com todos
ResponderExcluirÉ bom para cada um de nós examinarmo-nos e ver o quanto temos nos excedido e nos aformatado ao mundo com suas demandas de consume excessivo e opressivo.
Um texto, digamos bem acadêmico (pretenso apenas) que, como a ideologia fast-food recomenda, exala observações superficiais de ser humano, sem aprofundar-se nas causalidades que determinaram nossos destinos atuais. Exala observações estéticas fastfoodianas (gordo / curioso / alienado / insofisticado), observa procedimentos individuais generalizando paradigmas, descontextualiza o conhecer tecnológico jogando numa bacia só a 'informação desenfreada' que existe desde que o mundo é mundo e desde que os haitantes do mundo se comunicam. Somente faltou alguns comentários sobre silicone e Márcia Tiburi ou sobre 'jovens' (essas criaturas problemáticas) e suas rebeldias (?!) contemporâneas...
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