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Transpirar para não pirar!


Hermes C. Fernandes

Muitos alegam que o Reino de Deus na Terra não passa de uma utopia. Por isso, preferem manter os braços cruzadas à espera do céu. Outros acreditam que basta proclamar a chegada do Reino, e pronto! As coisas vão se ajeitando por si mesmas. Ledo engano! A proclamação deve ser seguida de ação.

Adão recebeu de Deus um mundo paradisíaco, porém, tinha que trabalhar para mantê-lo assim. Nós recebemos uma herança assolada, e temos que arregaçar as mangas, trabalhar e transpirar muito, até que esta herança seja restaurada.

Veja o que o próprio Deus diz por intermédio de Isaías:

“Assim diz o Senhor: No tempo favorável te ouvirei, e no dia da salvação te ajudarei, e te guardarei, e te darei por aliança ao povo, para RESTAURARES A TERRA, e lhe dares em herança as HERDADES ASSOLADAS” (Is.49:8).

Esta passagem fala da missão que o Pai confiou a Jesus, dando-Lhe por aliança ao povo, com a finalidade de restaurar a Terra, não de destruí-la como imaginam alguns. As nações Lhe foram entregues por herança (Sl.2:8), porém, uma herança assolada. Ruínas, nada mais que ruínas. Reergue-las vai custar muito trabalho.

A mesma passagem que diz: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar as boas-novas aos pobres”, também diz que estes mesmos para os quais houver sido pregado o Evangelho “reedificarão as ruínas antigas, e restaurarão os lugares há muito devastados; renovarão as cidades arruinadas, devastadas de geração em geração” (Is.61:1a,4).

A proclamação do Evangelho deve provocar esse tipo de mobilização. As pessoas devem ser constantemente desafiadas a deixarem seu comodismo, e se engajarem na luta pela transformação do mundo.

Tal transformação provavelmente demandará várias gerações. Por isso se diz: “Os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados, e levantarás os fundamentos de geração em geração”(Is.58:12a).

Um geração lança os fundamentos, a outra edifica sobre ele. Portanto, cabe a uma geração preparar o caminho para as que virão. Se uma geração abre a estrada, a próxima a pavimenta, e que vem em seguida a sinaliza. Ninguém conseguirá dar conta de tudo sozinho. Um planta, outro rega, porém Deus dá o crescimento.

Deve-se sempre criar uma expectativa em cima do que virá depois, como Jesus fez com os Seus discípulos, ao afirmar que eles fariam obras ainda maiores do que as d’Ele (Jo.14:12).

Se a geração dos pais for sonhadora, a geração dos filhos será visionária. É sobre isso que profetiza Joel: “E depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões” (Joel 2:28). Os pais sonham, os filhos vêem. Os pais arquitetam, os filhos edificam.

Imaginar que podemos consertar o mundo em nossa geração é uma utopia. Por isso muitos se desanimam de lutar, e preferem deixar as coisas como estão, conformando-se a elas, em vez de trabalhar por sua transformação.

Alguns acham que a transformação do mundo é trabalho exclusivo de Deus. Esquecem-se de que “somos cooperadores de Deus” (1 Co.3:9).

Outros usam a doutrina da graça como desculpa e justificativa para sua inércia e ociosidade. A graça nos inspira a transpirar. Sem a inspiração da graça, nossa transpiração será em vão. E sem a disposição para transpirar, estaremos recebendo a graça de Deus em vão.

Eis a exortação apostólica:


“E nós, cooperando com ele, também vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão” (2 Co.6:1).

Quem disse isso tinha moral para cobrar de seus companheiros de jornada. Em outra passagem, Paulo dá testemunho: “...a sua graça para comigo não foi vã. Antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo” (1 Co.15:10).

Receber a graça em vão é ser inspirado por ela, mas não se dispor a transpirar. Há uma herança assolada a ser restaurada. Uma sociedade em frangalhos a ser transformada. Quem se dispõe a colocar a mão na massa?

Não basta tomar a iniciativa; nadar, nadar, e morrer na praia. Mesmo que os resultados que esperamos não venham em nossos dias, eles certamente virão, se tão somente não desfalecermos. É o mesmo apóstolo quem nos garante: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co.15:58). E em outra passagem, ele complementa: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gl.6:9).

Se não formos nós a colhermos, os que vierem depois colherão os resultados de nosso árduo trabalho. E assim, deixaremos para os nossos filhos um mundo melhor do que o que recebemos de nossos pais.

Acompanhe a continuação desta série ao longo da semana.
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  1. Eu estou tão aocstumamado a ouvir falar de riquezas quando se fala em restauração que estou achando estranho esta sua argumentação...
    Cê tem certeza que só isto basta?!
    Num dá pra induzir nem um pouquinho não!
    Afinal!
    Restauração é prosperidade meu caro!

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  2. É uma questão de paradigma. Infelizmente, herdamos do pietismo uma espiritualidade centrada no indivíduo. A restauração de que falo não tem absolutamente nada a ver com a teologia da prosperidade. Antes, tem a ver com o propósito de Deus para a criação como um todo.

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  3. [Eu sei!... Estava só ironizando]


    UM EMISSÁRIO DE DEUS.

    Eis-me aqui Senhor!
    Envia-me a mim!
    Sou o borrão que fumegava
    sou a cana quebrada
    sou escória da vida
    que por ti foi restaurada.
    Já dormi nas sarjetas
    madrugadas tão frias
    me molhava o orvalho
    hoje sou seu carvalho
    hoje sou o seu servo
    árvore de justiça
    plantada junto ao ribeiro
    sou o seu atalaia
    Deus eu sou o seu mensageiro.

    Envia-me a mim . . .

    Ainda que manco de voz
    tímido como Moisés
    ou chafurdado nesta caverna
    como o profeta Elias
    me sentindo imaturo
    como sentiu Jeremias.

    Mas se eu disser
    que não me lembrarei do Senhor
    não falarei o teu nome
    sua palavra me é no coração
    como fogo ardente
    encerrados em meus ossos
    estou fadigado em contê-lo
    e não posso mais ...

    Há tanta violência
    suplicam tanto pela paz
    assim como clamou Jeremias
    Deus também me torna capaz!
    Fizeste-me um poeta
    lançaste-me neste deserto
    e mataste o poeta
    Pai em nome de Jesus
    faz subir o profeta
    tira-me deste vale
    sinto-me um cadáver ambulante
    ossos secos ilustram
    os meus sonhos tão distantes.

    ...Eu nasci na hora errada?
    É em vão minha jornada?
    Esta fé estagnada?
    De ver a igreja adornada
    pura santa imaculada
    resplandecendo toda luz
    toda glória de Jesus
    destituída da ambição
    alienada do dinheiro
    abundando em seu celeiro
    todo ouro da justiça
    ofertando como primícia
    paz amor e devoção
    com um humilde coração
    tendo o perfume de Cristo
    como prioridade a salvação
    o irmão amando mais o irmão
    fazendo-o de todo coração
    reconhecendo ser um pecador
    clamando a Deus pelo perdão.
    Sempre pronto a perdoar
    fugindo da concupiscência
    todos os dia amiúde
    suplicando por clemência
    esvaindo todo orgulho
    anulando toda vaidade
    adorando a ti ó Deus querido
    em espírito e em verdade.
    Deus em nome de Jesus!
    Eu me humilho aos teus pés!
    Hoje busco a tua face
    e te peço por perdão
    não somente para mim
    mas também por nossa nação.

    Lembra da tua palavra
    Ó meu Deus!

    Se este povo que chama pelo meu nome
    se humilhar e orar
    e buscar a minha face
    e se converter dos maus caminhos
    então eu ouvirei dos céus
    e perdoarei os seus pecados
    e sararei a sua terra.

    Ah! Jesus Querido!...
    Tu és o Deus vivo!
    O fogo consumidor
    ouça o meu clamor
    sobre tudo és o Senhor!
    Quero ser flecha certeira
    apontada por tuas mãos
    e com a minha voz alvissareira
    alcançar os cidadãos
    e no poder da tua unção
    impactar esta nação.

    Ó se fendesses o céu e descesse
    se os montes tremessem
    diante de tua face
    como quando o fogo
    inflama os gravetos
    e faz ferver a água
    desce para fazer notório
    o teu nome aos teus adversários
    e fazer com que as nações
    tremam na tua presença.

    O nosso povo se perdeu
    somos pior do que o ateu
    cada qual forja seu ídolo
    e adora a sua imagem
    inventaram mais um santo
    mas no entanto:

    A nação está aos prantos
    já não há dignidade
    só violência e falsidade.

    Até mesmo muitos dos cristãos
    que nós temos por irmãos
    arrefeceram em sua fé
    acreditam no que querem
    mas não querem compromissos
    vejo servos tão omissos
    buscam apenas o tesouro
    se enganam com este ouro
    que corrompe o coração
    esqueceram que foi teu sangue
    que nos trouxe a salvação
    resgatando da maldição.
    O Senhor está voltando
    mas estão pouco se importando
    há tão poucos que se importam
    vai ter tantos lamentando.

    Pai!
    Ajuda-me Senhor!
    Sei que somos pecadores
    mas derrama o teu amor!
    Lembra das tuas misericórdias
    elas são a razão
    de não sermos consumidos
    e dura de eternidade a eternidade
    santifica-nos na tua palavra
    pois tua palavra é a verdade.

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