Amando coisas, usando pessoas
http://genizah-virtual.blogspot.com/2009/10/amando-coisas-usando-pessoas.html
Hermes Fernandes
Há uma frase encontrada em muitos adesivos de carro que diz: “Não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho”. Pode parecer um algo inocente, e até coerente, mas no fundo expressa um dos maiores mal-entendidos da história humana. Trata-se da coisificação do amor.
As coisas estão aí para serem usadas, e não amadas. Enquanto que as pessoas deveriam ser amadas, em vez de usadas. Portanto, há aí uma inversão de valores. Esse tipo de amor é completamente antagônico ao tipo de amor apresentado nas Escrituras. Não devemos investir afeição demasiada naquilo que possuímos, posto que tudo isso é passageiro. Somente o amor às pessoas é maior do que a morte, sobrevivendo a ela.[1]
Pelo fato da alma humana ser eterna, seu amor deve ser devotado a algo igualmente eterno. Razão pela qual o apóstolo João nos alerta: “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele (...) Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.[2]
Em vez de amar as coisas deste mundo, devemos e podemos usá-las, sem jamais abusar delas,“pois a aparência deste mundo passa”.[3]
Não devemos usar pessoas para alcançar as coisas que amamos. Devemos, sim, usar as coisas para beneficiar as pessoas que amamos. Como disse John Piper, “dedicar sua vida a confortos e prazeres materiais é como jogar dinheiro pelo ralo. Investir a vida no esforço do amor rende dividendos de amor insuperáveis e intermináveis”. E mais: “Há mais felicidade em amar do que em viver no luxo!”[4] E ele arremata: “Os prazeres mais profundos e satisfatórios que Deus nos dá pela criação são dádivas gratuitas da natureza e de relacionamentos amorosos com pessoas”.[5]
[1] Cantares 8:6
[2] 1 João 2:15,17
[3] 1 Coríntios 7:3
[4] Piper, John, Teologia da Alegria, Sheed Publicações, 2001, p.105
Extraído do livro "Amor Radical", de autoria de Hermes C. Fernandes
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Hermes Fernandes é também culpado do que se faz aqui no Genizah
É isso ai, amigão!
ResponderExcluirDeus ama gente mais do que qualquer coisa. Pobre de quem não sabe a importância das amizades...
Eu já tinha saudade de você e do maluco do Danilo. Estive viajando muito (sem a net, acredita?), cuidando de gente. As instituições, vão morrer, as coisas, a terra há de engolir, então, vamos cuidar do que interessa, né?
Um abração. E obrigado pela mensagem!
Rubinho, meu mano, já estava sentindo sua falta.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário sempre atencioso e generoso.
Sigamos amando os que nos rodeiam, e os que nos odeiam.
Abraço luso-brasileiro!
Trabalhando com adolescentes na Igreja, fiz uma página no Orkut. Tem lá um lugar pra vc se definir em poucas palavras... A minha após pensar bastante: "Uso coisas e amo pessoas!"
ResponderExcluirabs