681818171876702
Loading...

Aos vencedores, as batatas podres da pajelança nacional!



 Danilo Fernandes

Quando no início da década de 90 certos grupos neopentecostais começaram a perseguir os centros de umbanda e candomblé nas grandes cidades do país, eu pensei: Este cobertor é curto, vão cobrir a cabeça, vai ter pé de fora...

O que vemos hoje, infelizmente, é o mundo gospel, dito evangélico, engolindo o sapo de boca amarrada, cheio das pedras atiradas aos macumbeiros.

Por traz do imbróglio religioso, o que se vê é um fenômeno de mercado. A perseguição e o constrangimento fecharam mais de 60% dos estabelecimentos de macumba dos grandes centros. O flanco mais tradicional da igreja católica foi solapado pelo vento do marketing gospel “cool”. A parte mais sincretizada rendeu-se à pajelança “gospel trash”. A resistência se reinventou.

Contudo, os clientes destes tipos de “produto” não evoluíram, ou alteraram seus desejos e valores. Continuam desinteressados em crescimento espiritual, ou em um exercício adulto de sua fé. Seguem com os olhos fechados para a “loucura aos olhos humanos” na raiz do Evangelho Libertador. São egocêntricos e continuam escravos de seus desejos carnais e materiais.

O marketing “gospel trash” cooptou boa parte da clientela das religiões mágicas existentes no Brasil. Desde a pajelança indígena, certos meandros da idolatria católica, a magia africana, a bruxaria genérica, a “simpatia” colonial e até o ocultismo, seja de raiz européia, seja asiática.



O resultado de Reino de tão festejado avivamento não passa de um nanico arremedo do que o marketing gospel comunica e a massa aderida indica. Os pastores orientados ao discipulado, com cheiro de ovelha, reconhecem os resultados pífios de conversão verdadeira. Prosélitos então? Nem isto é bom adjetivo para a maioria. Eu diria aderentes e, com muita bagagem! Bagaceira velha de ritos e crendices trazida de seus templos pagãos. Maçaroca que o “gospel trash” mastigou, engoliu e, tal qual vaca profana, ruminou toda a mistura. Pastou a maior parte de suas próprias origens pela raiz e, ainda com fome, na falta de santos e relíquias, foi buscar até ritos esquecidos de um judaísmo com templo. Vaca vagando perdida, agora regurgita tudo na boca de seus adoradores.

A cena “gospel trash” segue vendendo os mesmos benefícios que os seus novos clientes sempre buscaram em outras bandas: a resposta mágica, descompromissada e realizada em um agente externo que os livra do esforço e da culpa relacionados à persecução de seus objetivos egoístas, ou de um encontro verdadeiro consigo mesmo e com seu Criador. Para maioria, isto é incompreensível, ou é muito tumulto para pouca sardinha. O que se vê é o Toma-Lá-Dá-Cá de sempre: Da cá minha garrafada, toma seu dinheiro. Opa! Olha ai a minha cura, tome ai o seu ex-voto!

Os clientes foram conquistados, mas como descobriu Rubião, personagem de Machado de Assis: Ao vencedor, as batatas. E que batatas! A vileza bem composta do mundo traçou o destino do pobre Rubião Gospel. Herança de riquezas espirituais? Que nada! Para muitas igrejas outrora bíblicas, as batatas conquistadas, travestidas de piedosas, levaram para seu meio a mesma nojeira de que sempre se alimentaram. Contaminaram o levedo de nosso pão!

As moscas viventes em sua podridão defecaram nos púlpitos. Contaminaram muitos pastores, mas para a felicidade geral da nação, começam a bater asas de volta à sua imundícia, no rastro de suas batatas podres.

Debandaram as “batatas” de volta à “concorrência”? Sim, mas não a mesma de antes. Outra, travestida de gospel. Se preferirem, de “bandeira” trocada, tal qual fazem os hotéis e postos de gasolina. Hoje Esso, amanhã Petrobrás. Sacaram um dos letreiros do capeta, meteram o do Senhor Jesus.

E quem atende a este consumidor retornado? No mais das vezes, a mesma gente de sempre, devidamente repaginada no “modelito” fashion gospel. E em outros casos, infelizmente, ex-crentes mais susceptíveis que levaram à casa de Deus as práticas dos adivinhadores, dos embusteiros, dos idolatras e dos bruxos. Não é a primeira vez que isto acontece, não é mesmo?

O forte movimento no mercado religioso dos últimos 30 anos foi como uma descarga puxada. Agora veremos a acomodação. Aos poucos, os clientes e fornecedores enquadrados na estética gospel irão retomar o padrão antigo. Vão mostrar as suas caras. Um já se disse favorável ao aborto. A maioria já adotou a idolatria em todas as suas formas. Esta valendo adorar o líder, a geografia bíblica, objetos de culto do judaísmo com templo, matéria orgânica de todo o tipo, incluindo plantas, óleos e até suor humano.

Só não vale adorar os santos mortos, mas aguardem até o Edir Macedo bater a caçoleta...




Danilo Fernandes é um apologista diletante no Genizah . No resto do tempo, corre atrás do sustento e dos processos que os falsos profetas lhe jogam nas costas.




Teologia da Prosperidade 8640780243698883110

Postar um comentário

  1. Gostei muito dessa postagem!
    De uma coisa eu sei, pode demorar um pouco, mas quem le a bíblia, é curioso, faz comparações e quer aprender, não fica muito tempo nesse tipo de movimento.
    Digo isso pq me converti num movimento religioso neo-pentecostal e a medida em que fui estudando, muitas coisas não encaixavam com o falado e isso me fez sair.
    Tbm graças a misericórdia de Deus e a inspiração do Espírito Santo!
    Que Deus tenha misericórdia com os que se deixam enganar ainda!

    ResponderExcluir
  2. Muitos vão revelar a verdadeira face, claro que continuarão a ter seguidores.

    O melhor é que a igreja será o remanescente. Por isso devemos continuar orando, clamando o verdadeiro evangelho, para que muitos ouçam e saiam do engano; e outros se convertam.

    ResponderExcluir
  3. A igreja deve ser um lugar de pessoas que adorem a Deus, lembrando que igreja não é uma "sala de quatro paredes" e sim o nosso coração, o nosso ser, então se falhamos com a igreja estamos falhando primeiramente com Deus e em seguida com nós mesmo, depois vem os irmãos e em seguida os que não conhecem a palavra de Deus. Portanto qualquer queixa que tiver a igreja, deve - se analisar o que nóis temos feito para que isso aconteça. É verdade que existem muitas pessoas que para a maioria são indignas de estarem ali. Porém não devemos sair e nem devemos expulsar essas pessoas de vez. Até porque Deus nos perdoa a cada dia, e continuamos pedindo perdão a ele, então por que não perdoar quem nos magoou. Jesus veio para todos aqueles que O receberem. Ao invés de mastigar a batata podre, deveremos chegar até tal pessoa e perdir perdão, mesmo se não tivermos culpa, É O QUE DIZ A PALAVRA SAGRADA DO SENHOR JESUS. Portanto não vejo motivo para afastar - se da igreja, e se for criticar, que seja critica construtiva, que amontoe brasa nas cabeças de quem está recebendo a critica para que ela possa reconhecer verdadeiramente o que fez. E não saindo falando balelas por aí. Que Deus nos dê em nossos corações todos os Seus frutos, principalmente o amor, a sabedoria e a paciência, para que possamos continuar firme nos caminhos Dele e verdadeiramente levar Sua palavras a todas as pessoas e não ficar criticando o que os cristãos fazem ou deixam de fazer.

    PS. è lógico que coisas acontecem para nos dá lição, no entanto devemos saber como aproveitar essas lições e transforma - las em auxilio para nós.

    Susyara Karine, Serva do Senhor Jesus Cristo.
    Por onde quer que eu vá o Senhor sempre está, ali está.

    ResponderExcluir
  4. Prezamado Genizah Danilo,

    A paz de Cristo, O Nosso Senhor!

    Êta matéria boa. Boa para quem lê! E péssima para quem faz parte interna do texto. Estão sendo descobertos....

    ..... Vale a pena denunciar estes cafajestes do evangelho da mentira.

    O Senhor seja contigo!

    O menor de todos os menores.

    ResponderExcluir
  5. Caro Danilo


    Os da mídia Gospel estão fazendo da igreja um teatro para espetáculo de baixa categoria.

    O comediante de “deu$” das redes televisivas capta tudo que o impressiona na Bíblia. Seleciona coletâneas previamente ensaiadas, para seus discursos acalorados e falsos milagres. É uma pessoa genial em lotar vastos salões e estádios. É lá nesse recinto que o seu fantasma se eleva, fazendo sua cabeça tocar às nuvens. Não é o seu coração, mas é a sua cabeça que faz tudo.

    São atores que se acham demasiado ocupados em imitar, e que vivem eternamente afetados no íntimo deles próprios. A lágrima que escapa dos seus olhos comove mais que todos os prantos. Nessa trágica comédia gospel, muitos que os ouvem, se dedicam a copiar as suas loucuras e diabruras. No entanto, o olho do prudente capta o ridículo desses espetáculos que a massa ignara não enxerga.

    Todo o talento deste “grande homem de deu$” consiste em não sentir, mas inescrupulosamente representar. Os gestos de seu desespero são decorados e foram ensaiados diante de um espelho. Ele sabe o momento exato em que vai tirar o seu lenço para enxugar a lágrima que a emoção deixa rolar. O tremor de sua voz, as palavras suspensas, os sons sufocados e arrastados, o frêmito dos seus membros, a vacilação dos joelhos, os furores, o trejeito patético, a macaquice “sublime”, o soco no ar, a voz rouca se extinguindo ─ , nada chega a lhe perturbar e nem lhe causar melancolia e abatimento da alma. Pelo contrário, tudo isso funciona como um gel anestesiante que inunda o seu divinal “ego”, provocando-lhe delírios e alucinações. As lágrimas desses folclóricos comediantes descem dos seus cérebros, enquanto aquelas do homem sensível brotam do coração.

    Às vezes, esse ator midiático se ajoelha no piso brilhante de seu palco, como um sedutor que se ajoelha aos pés da mulher que não ama, mas quer enganá-la. Nada é verdadeiro no palco desse embusteiro gospel. A postura, o modo de caminhar, os bordões para inflamar a plateia ─ tudo é maravilhosamente falso.

    Esse ator de terceira categoria não é um piano, nem uma harpa, nem um violino; ele não tem acorde que lhe seja próprio, mas tem o acorde e o tom que lhe convém. Fala sempre, e sempre bem; é um adulador profissional e um grande cortesão. Sim, um grande cortesão da palavra mágica, um fantoche maravilhoso que assume toda espécie de formas ao bel prazer do barbante que está nas mãos do seu “senhor”.

    ResponderExcluir
  6. Clap, clap, clap. Deus continue te dando Graça para não parar de nos fazer refletir, Danilo!

    ResponderExcluir
  7. No texto que você dizia que ia orar pelo Silas eu falei que quase te admirava. Com este texto eu já te admiro, só não vou admitir publicamente.
    Isto posto...

    Sou de SP e faz 4 anos que estou em Itu, aqui pelo menos, os centros de umbanda voltaram a crescer e a igreja católica é fortíssima. A igreja evangélica desta cidade é o retrato do pior que há neste meio gospel Macunaíma, heróis sem caráter.
    Continuo em luto.

    ResponderExcluir
  8. Parabéns Genizah por mais esta matéria esclarecedora...

    ResponderExcluir

ATENÇÃO: Comente usando a sua conta Google ou use a outra aba e comente com o perfil do Facebook

emo-but-icon

Página inicial item