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COMO CERTAS IGREJAS SE TORNARAM FÁBRICAS DE SUICIDAS




Na semana passada, soube de um irmão de fé que cometeu suicídio. Soube que era um buscador de Deus. Envolvido com a sua igreja e na ação social.

Soube também de algumas de suas lutas d `alma.

Soube que a sua comunidade era uma destas igrejas moderninhas aqui de São Paulo, tocadas por pastores filósofos-coxinhas aderentes do teísmo aberto.

Anteontem, me contaram mais detalhes das lutas do irmão X, seus embates espirituais e sobre como a teologia de seu pastor pode ter contribuído para sequestrar a sua esperança, enganado por um projeto de Deus humanizado, escravo da história. Eternizado em um estado de humilhação, como se não nada houvesse após a Cruz.

X está morto. Pulou no vazio.

Buscou a Deus. Encontrou uma pizza meio Kant meio Ana Maria Braga.

Imagino que este tal "deus relacional" tenha se sentado a beira do caminho, em um meio-fio de rua, e esteja chorando as pitangas pela morte de X junto a seus familiares em profunda dor. Impotente. Coadjuvante.

E X, onde estará?

Um "deus" estufado de compaixão, não apenas solidário e misericordioso para com o sofrimento humano, mas refém do sofrimento, esvaziado do seu papel de autor e consumador, relegado ao papel de “buddy” do homem. Encaixotado nos moldes da compreensão humana. Coautor deste suicídio.

Incrível, como ao tentar equalizar o problema do mal, esta teologia relacional aponte uma proposta ainda mais cruel e árida do que aquela contra a qual se opõe : Dá ao homem um projeto de "deus" cheio de solidariedade, mas esvaziado de soberania. Um assassino da esperança.


O assunto mais sério para a igreja sempre foi o próprio Deus e o fato mais solene sobre qualquer homem não é o que ele diz ou faz em alguns momentos, mas como ele, no mais íntimo de seu coração, concebe Deus. (A.W. Tozer - The knowledge of the Holy.)



Danilo Fernandes (sem revisão e maiores elaborações. Publicando o gofo matinal como veio. Amargo.)







 

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  1. Se sem revisão e maiores elaboracões ele escreve assim, imagina quando tiver.
    Muito bom o texto. Parabéns.

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