Os cristãos e as manifestações
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Danilo Fernandes
A cegueira de certos pastores alarmados e alarmistas em relação aos protestos e tumultos é absurda. Revela a total ignorância histórica e um peleguismo obsceno.
Quando o povo, finalmente, vai às ruas clamando por justiça é de se esperar que haja algum confronto e baderna. Foi assim em todas as revoluções. Não se faz omelete sem quebrar uns ovos. Vamos todos pela paz, mas é ingenuidade imaginar que quem está no poder contemporize e respeite os manifestantes.
Multidão é sempre um risco. Louvo ao Altíssimo que tem mantido tudo isto sem que tenha havido uma única vida ceifada. Os crentes reconhecem as muitas oportunidades em que Seu livramento foi evidente nestes episódios.
Se falta conhecimento histórico e compreensão do estado democrático de direito a estes pastores, que ao menos haja conhecimento bíblico e da história do cristianismo.
Na reforma protestante também houve tumulto, baderna e violência. Assim também foi quando Martin Luther King foi às ruas em defesa dos diretos civis dos negros, mesmo ele pregando a não violência, o pau comeu.
Até Jesus. Sim Jesus! Quando chegou a Jerusalem em manifestação pacífica, sob palmas e apoio do povo, ao passar pelo templo e ver os vendilhões, virou os tabuleiros, depredou mercadorias e desceu o chicote nos safados exploradores do povo. Seria Jesus um esquerdopata baderneiro?
Bem-aventurados os pacificadores; mas há momentos em que se exige mais do que palavras, mas também alguma ação, com responsabilidade.
Vai daí, que é importante que os cristãos participem das manifestações levando consigo a PAZ. Sendo sal e luz nestes movimentos.
Bem-aventurados os pacificadores. Sempre crendo e agindo pela justiça. Deus está no controle, ou não?
Com a boa lembrança do Fabrício Alves
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