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VALEI-NOS NOSSA SENHORA DAS PERERECAS!



Sérgio Aparecido Dias *

Sabem duma coisa...eu já nem tenho mais pra quem apelar! Antigamente (aí por volta de 1900 e tal) a gente era orientada a reclamar “pro bispo”. Ou então a se apegar com algum “santo”, de preferência um bem “mandingueiro”, como por exemplo, São Cipriano. O livro de capa preta de São Cipriano era famoso pelas “orações” e “preces”, especialmente a “oração da cabra preta” e a “oração do sapo seco”. Tinha também a devoção à Santa Edvirges, a “santa dos caloteiros e endividados”. E outros tantos e tantas, que ajudavam todos os que estavam na mer..., digo, na pindaíba.

Os tempos foram mudando e a solidariedade também. No início do século XX, quando se aporrinhava alguém na busca de conselhos, a pessoa geralmente mandava plantar batatas e catar coquinhos. Até que alguém me disse um dia: “porque você não se apega com Nossa Senhora das Pererecas?” Perguntei se existia aquela “santa” e onde a encontraria, e ele me informou que eu deveria procurar na lagoa, lá no centro da mata, aproveitando a oportunidade para pentear e escovar macacos.

Pensei em revidar, mas resolvi engolir o sapo e pagar o mico. E os anos se passaram. Vai daí que, perto de entrar pra 3ª idade (a descida da ladeira), eu estava visitando a Venezuela. Uma visita de “sacoleiro”, bem entendido. Depois de encher a pança num restaurante, passeava pela avenida principal de Santa Elena de Uairén quando eu a vi! Meninos, eu víííí!!! Era ela, a Nossa Senhora das Pererecas bem ali na minha frente, esplendorosamente esculpida em madeira, e em tamanho natural!




Aí está ela, para que ninguém duvide de sua existência! E é pra ela que eu apelo, neste momento de horror, quando a Sociedade Bíblica do Brasil resolveu lançar a “Bíblia Apostólica”, com anotações do “bispo primaz” Estevan Hernandes e prefácio de Renê Terra Nova, o “patriarca das nações”. Pelo menos é assim que eu li no site Genizah. Ou o Danilo pirou (o que não seria nenhuma novidade...k,k,k!) ou então a coisa é séria mesmo. Pois então danou-se, como diriam os nordestinos! Ora bolas, como se já não bastassem as “bíblias” de novecentos merréis do Malafaia e a tal “bíblia” sem as referências ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, feita para agradar aos baba-ovos do “profeta” (e, por tabela, aos ‘testemunhas de jeová’)!

Será que essa tal “bíblia apostólica” foi a mesma usada para contrabandear dólares para os “Stêits”? Será que (se pagar mais um pouquinho, é claro!) não vem de brinde as tornozeleiras e as “pulseiras” do F.B.I.? Tô sabendo que essa “briba” vem recheada de “ministrações financeiras” também. Deve ser orientações para se encostar “deus” na parede e exigir “restituições”, prosperidade, saúde inabalável, vida mansa, bênçãos especiais para ungir dinheiro em meias e cuecas, auxílio de “anjos financeiros” e as demais macumbas e bruxarias desse meio “gospelento”.



Não tenho alternativa, a não ser me apegar com a minha santa. Num momento como este, onde pululam na Internet todo tipo de aberrações e “gospeirices”, só me resta relaxar (porém, sem seguir as orientações da Marta Suplicy), esgotar a minha caneca de Nescau natural (feito de sementes naturais de cacau, apanhado na floresta bem aqui pertinho) e ver no que vai dar tudo isso. Mas prevejo mais e mais aberrações vindo por aí, pois bem sabemos que o arsenal dessa gente é inesgotável. E justamente por isso, conclamo a todos que dêem comigo o brado, brado, brado:

- VALEI-NOS NOSSA SENHORA DAS PERERECAS!!!


* (...e de quem mais poderia ser?!? Não fosse deste pastor maluco perdido na amazônia ilegal, risos.)






 

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