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Saul reina: Longa vida ao rei

Por Zé Luís 

Como sempre gostei de ler, assim que comecei a ir à igreja, fui presenteado com um exemplar da Biblia, e decidi devorar suas páginas, usando aquele método de leitura em um ano que alguns exemplares oferecem no final da edição.

Como em qualquer livro, me predispus a conhecê-lo sem pedir opiniões sobre o conteúdo (pior coisa é ler um livro como “100 anos de Solidão” e as pessoas perguntarem: “Você gostou daquela parte que acontece o …?”). Prefiro usar esse cérebro que Deus me deu, enquanto ele tem saúde para isso, e exercitá-lo com minha faculdade de raciocínio e lógica.

Claro que me faltava noções de hermenêutica, dados culturais sobre os costumes de época, além do perfil político e social de então, mas em suma, o que lia ali era a história e o comportamento do Criador e sua criatura, e embora em outra época e contexto, inexplicavelmente fala ao meu cotidiano, e um dos trechos citarei a seguir:

Quando o povo - que Deus havia montado - resolveu seguir o padrão das outras nações e ter um líder político, um rei escolhido por sorteio, ergueu-se entre eles um homem de porte majestoso, segundo a noção estética que o povo tinha do que deveria ser um líder. Um líder segundo a opinião popular.

Já na primeira batalha, havia uma ordem de Deus para que agisse dentro de certas ordens, sairia para guerra e não deveria poupar nada nem ninguém do exército contra quem batalharia. Cedeu ao apelo de seus comandados, trouxe despojos para ofertar ao Criador, despojos que eram indesejados poe Ele, trouxe reféns, evitar o desperdício, agir com bom senso, adaptar o desejo do Pai conforme as necessidades.

Deus o reprova.

Esse radicalismo divino me causou estranheza. Um simples sim - ou não - desqualificou um homem de um reinado inteiro, e nunca mais ele seria rei segundo os olhos de Jeová. Trágico, radical, incisivo, desesperador.

Deus escolhe uma criança para ser rei, segundo seus critérios. Um menino que canta e pastoreia ovelhas.

Sim: Saul reinou sobre Israel e chegou a profetizar, tomado pelo Espírito. Mesmo assim, o reino era de Davi. Ele via o mundo como Deus queria que visse, e isso era raro.

Saul tinha seu bom senso, e tinha priorizadas as necessidades do reino, a opinião pública, acima até do que Deus havia planejado, os interesses divinos estavam a mercê de um rei que, se tivesse outros planos, descartava a ordem divina como estratégia administrativa.

Saul não morreu.

Está liderando as denominações mais lucrativas. Continua idolatrado por sua envergadura majestosa, sua postura óbvia de rei ungido, ocultando que foi rejeitado por ser incorrigível.

Os planos dos grandes e poderosos Saús podem excluir a vontade de Deus a qualquer momento, segundo a necessidade eventual que possa surgir. Aquelas necessidades na qual Deus não se envolve, mas Saul o cita, já que ele é rei em terras do Senhor, e portanto Deus seria com ele.

Mal sabem que o Todo Poderoso não perde tempo com ele, por saber quem é. Seus súditos, leias até como o perseguido Davi, lutam por seu líder sem imaginar o quanto correm perigo: o Rei está louco, e Deus não está mais com ele.

Zé Luís é blogueiro e é mais um da vasta equipe que colabora no Genizah
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  1. Deus é contra todo rótulo humano imposto nas pessoas! Mesmo na igreja atual, se vc for uma pessoa bem afeiçoada, tiver fala mansa e souber pregar e cantar, todos te têm como um "homem de Deus", quando por trás desses pretensos homens de Deus, muitas das vezes, se escondem verdadeiros lobos que levam uma vida "extra-ministerial" tão tenebrosa que até mesmo o ímpio não chegaria a tal ponto!
    Por isso, beleza, dons e talentos naturais são o de menos para Deus !!! Deus levanta homens e mulheres segundo o Seu coração, independentemente do que essa nossa visão militada vai achar ou pensar !!

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  2. Já sei!!!!!!!!!!!!!

    Vou pedir ao Senhor que dê as nossas lideranças esta mesma 'falta' de conhecimento hermêutico, risos. Certamente a Igreja Brasileira dará um maravilhoso salto qualitativo....

    ... Quantitativo, eu não sei, he, he, he...

    Paz! Muito bom o artigo!

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  3. Muito objetivo...lideranca outorgada humanamente,competencia e atributos nao avalizam vontade de Deus...e pior..Saul recebeu ordens muito definidas de Deus...nao foi estrategia..foi insesatez nao cumprir.

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