Falta coragem
https://genizah-virtual.blogspot.com/2011/10/falta-coragem.html
Rodomar Ramlow
Muitas pessoas compreendem como cristãos aqueles que seguem algum padrão
moral rigoroso. De fato, muitos evangélicos parecem ter o que dizer
apenas quando o assunto envolve sexualidade, bebida alcoolica ou drogas
(são contra, claro!).
Poucos se arriscam pensar por conta própria.
Facilmente caímos na tentação de apenas repetir os chavões de algum
líder mais eloquente. Nos tornamos, assim, um povo legalista e sem
proposta. Se tirarmos essa 'meia dúzia' de assuntos polêmicos acabaremos
sem nenhum cavalo de batalha para legitimar a nossa existência.
Política só entrou no debate cristão esse ano por causa da ameaça
envolvendo 'a moral e os bons costumes' (quase tudo relacionado à
sexualidade). Quando, na verdade, não precisamos fazer dessas coisas uma
discussão religiosa. Promiscuidade, encher a cara, fumar, usar outros
tipos de drogas é mais burrice do que uma questão de fé. Não precisa ser
cristão para perceber o que prejudica a si mesmo, o que faz mal à
saúde, o que é expressão de carência afetiva, basta um mínimo de
inteligência (Gálatas 6. 7).
Quem acredita que ser cristão é estar numa eterna luta entre os 'do contra' e
os 'a favor' ainda não compreendeu nada. E, quem acha que o Evangelho
(boa nova) é sair da casa do pai (Lucas 15. 11) para se esbaldar à
revelia, entendeu menos ainda.
Um dos grandes problemas dos cristãos é
que ainda não compreendemos bem a centralidade do Evangelho. Ignoramos o
que significou a vinda, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Assim,
vivemos com uma idéia vaga do que acreditamos ser o reino de Deus.
Muitos se cansam de esperar e 'chutam o balde'. Quando na verdade, o que
menos deveriam fazer é esperar. O problema é que o que nos falta nem é
fé, compromisso, devoção, etc... Falta coragem.
Falta ousadia para
assumirmos de fato o Evangelho. Assim, seguimos em nossas leituras
seletivas da Bíblia. Colhemos aquilo que nos convém. Nos omitimos de um
estudo sistemático mais sério e profundo. Na verdade, queremos o light, o
consumismo burguês, as benesses da mesa do rei (Daniel 1. 5-8),
chafurdar na lavagem dos porcos... Esquecemos aquela ilustração básica
da folha seca (que o vento leva para onde quer) ou do peixe morto (que
se deixa levar pela correnteza). Sem coragem para assumir o Evangelho ou
deixar de vez a religião vinculada, criamos a nossa própria versão self service.
É claro! Sim, o pai deixou partir o filho mais moço (Lucas 15. 12).
Nenhuma religião deveria conduzir seus fiéis pelo cabresto (mesmo que
muitos fiéis assim o queiram!). O objetivo dos dons e do serviço cristão
é, entre outras coisas, "que todos alcancemos a unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a
medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como
crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá
e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de
homens que induzem ao erro" (Efésios 4. 13, 14).
Do blog do autor. Divulgação Genizah
Mano Rodomar, estava escrevendo sobre isto. Achei o seu texto, deletei o meu. Disse tudo e disse melhor. Parabens!
Valeu Danilo!
ResponderExcluirAbraço e que Deus continue abençoando seu trabalho.
Olá amigo Genizah, eu sempre dou uma lida em seus posts, e desculpe a minha atitude,mas pego sempre alguns posts pra postar no meu Blog, espero que não se importe ok?
ResponderExcluirGosto da linha sincera do seu site...nada de fanatismo religioso e sim a verdade, aprendi várias coisas lendo os posts daqui, obrigada pela contribuição virtual.
Rô Carvalho