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Diálogo fictício, mas baseado em fatos bem reais!

Rev. Ageu Magalhães 

Um homem e uma mulher, que não se conhecem, em uma clínica de pediatria, aguardando para passarem seus filhos em consulta. A mulher puxa assunto com o homem, perguntando sobre seu filho e o homem retribui a gentileza, perguntando:

− E ele... é o seu primeiro filho?
− Primeiro e único, diz a mãe resolutamente e com um tom de alívio.
− Ah, que triste... Você não pode ter mais filhos..., supõe o homem. 
− O quê? indignada responde a mulher, é claro que eu posso! É que eu não quero ter mesmo!
− Mas não quer? Por que não?
− Ah... filho dá muito trabalho, desabafa a mulher enquanto cruza os braços e se ajeita no banco.
− Mas o seu filho só tem um ano e já deu tudo isso de trabalho? questiona o homem, curioso.
− Não, veja bem... meu filho é muito bonzinho, mas filho dá trabalho, sabe como é... E ter filho é muito caro.
− Ah, entendo, diz o homem, vocês são muito pobres...
− O quê? Que absurdo? Quem você pensa que é para me dizer isso? vocifera a mulher, ajeitando-se de novo no banco.
− Desculpe, é que eu pensei que vocês fossem muito pobres, abaixo da linha da pobreza. Meu pais também eram pobres, mas criaram 3 filhos.
− Ah... mas os tempos são outros, meu senhor! Quem é que consegue bancar escola, roupas, e tudo o que um filho precisa hoje? questiona a mulher, indignada.
− Ora, depende do nível que você quer, responde o homem.
− Como assim, nível? 
− Por exemplo: você. Na sua época, você estudou em escola particular?
− Não, responde a mulher. Estudei no Estado.
− Seus pais vestiam você com roupas caras?
− Não.
− Na sua casa seus pais compravam coisas luxuosas? Por exemplo, o último lançamento de uma TV ou de uma geladeira?
− Não. Meus pais eram pessoas bem simples.
− E você foi filha única?
− Não. Eu tive dois irmãos.
− Então, por que é tão difícil ter mais filhos hoje?
− Ah, não sei. Acho que tudo está mais caro hoje..., responde a mulher olhando para o nada em busca de uma resposta.
− Mas hoje não há mais variedade de produtos e serviços do que em nossa época, aumentando a concorrência e diminuindo, por conseqüência, os preços? Será que a causa real de as pessoas não quererem ter mais filhos não estaria em um almejado conforto a todo o custo, que os pais desta geração querem dar a seus filhos?
− Como assim? Eu não entendi, diz a mulher.
− Deixa eu ser mais claro. Tem pais hoje optando em ter apenas um filho para cercá-lo do bom e do melhor: o melhor colégio, as melhores roupas, as novidades da tecnologia, o melhor carro na garagem... Como se tudo isso trouxesse felicidade. E assim, com este nível de vida, fica difícil mesmo ter outro filho. Não seria o caso de abaixarmos um pouco o nosso padrão de conforto, ao nível dos nossos pais, por exemplo?
− É faz sentido, pensativa a mulher, mas não é fácil...
− Mas, agora deixa eu perguntar, se anima novamente a mulher.
− E você? Você quer ter quantos filhos?
− Muitos. Se Deus permitir, é claro. Talvez, quatro.
− Quatro!! Você é maluco mesmo! Ah... o que que é isso?! Por quê?
− Bem, filhos são bênçãos de Deus. E... digamos... é bom ir contra o sistema...



Rev. Ageu publica no Resistência Protestante
Divulgação Genizah


Comportamento 763913189096610308

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  1. Em toda minha vida de "crente" nunca vi evangélicos serem contra o aborto, nem no dia a dia, nem no seminário e nem nas reuniões da AEVB, era um tema que só interessava à Igreja Católica, mas quando a questão virou eleitoreira, quando descobriram que tirava votos de quem era associado a defesa do aborto, então virou bandeira de muitos pastores evangélicos, de repente na última eleição presidencial o Partido dos Trabalhadores virou o grande partido do aborto e pastores evangélicos guiados apenas por intere$$e$ morai$ passaram a denunciar o "partido aborteiro" e seus candidatos, agora começamos a ver outra bandeira católica ser empunhada por evangélicos, a bandeira contra o controle da natalidade, que intere$$e$ obscuros estarão por trás disso?

    http://pos-evangelico.blogspot.com

    http://bloguescatolicos.blogspot.com

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  2. Apesar disso ser miraculoso, existem controvérsias...
    Adultos criticam por criticar até o que é claro e certo. Suas mentes tagarelas precisam julgar e julgar. Mas eles não tem tempo para culpar ninguém, estão ocupado demais... aprendendo lindamente.

    Ter filhos é como crescer de novo e poder ver isso de fora. Poder ver os erros, acertos... É poder aconselhar seu passado. Ter filhos é como uma segunda chance de ser criança mais uma vez.

    As pessoas não entendem porquê eu quero ter muitos filhos. Num mundo egoísta, onde eu e os meus é tudo o que vale, minhas ideologias maternais não fazem o menor sentido. Dizem que os filhos atrapalham a individualidade. Eu não me sinto menos eu por causa deles. Ao contrário. Me sinto muito mais eu. Parece que finalmente descobri quem sou depois que me tornei mãe.

    Eu quero ter trabalho com filho sim. Gosto de abrir mão por eles e até se em algum momento isso encher saco, eu vou ter a certeza de que, com eles, tudo é muito melhor.

    Eu ensinei muito aos meus filhos, mas nada comparável ao que eles, inocentemente, ensinaram pra mim.

    Ser mãe deles foi tão bom que quero ter mais filhos... Para ver minhas células de amor não só se multiplicando, mas se elevando à potencia!
    Sei que os meus filhos deixarão esse mundo melhor, pois não vieram somente para povoar o mundo e sim para serem cidadãos. E essa sim é uma escolha (educação) dos pais.

    Couros, químicas e luxo?
    Que nada!
    Eles não precisam do sistema para sobreviver, aliás, e se afastando da "boiada" que eles conseguirão seguir em frente.

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  3. Olá. Gostaria de parabenizar o blog pelo significativo trabalho, que tenho acompanhado diariamente.
    Sobre o artigo, gostaria de dizer que concordo que filhos são bênçãos, mas em muitos aspectos concordo com a mulher do diálogo, no sentido de que, atualmente, as coisas são, sim, bem diferentes. E não se trata só do financeiro. Além das condições de saúde e educação públicas no país serem lastimáveis (antigamente, escola pública tinha um ensino de qualidade, hoje não podemos dizer o mesmo, infelizmente), a mídia, as comunicações, o mundo como um todo tem interferido na família como nunca antes. Não só com relação às perigosas influências (álcool, drogas, prostituição, consumismo etc), mas também por causa da violência que assola nossas cidades.
    Eu ia sozinha à escola, quando tinha 9 anos de idade. Meu filho tem 10 e fico apreensiva em deixá-lo ir só. Eu penso em tantas coisas das quais peço a Deus todos os dias que proteja meu menino: sequestro, pedofilia, bullying, discriminação por ser gordinho, etc. Hoje nossos filhos são criados trancados em casa. Antigamente, eu brincava na rua. Sendo assim, o financeiro é a menor de nossas preocupações, no que diz respeito a ter filhos. Criá-los para serem pessoas saudáveis, equilibradas e com segurança é um grande desafio para os pais de hoje.
    Um abraço cordial.

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  4. INteressante...

    mas bola fora [bem fora aliás] quando fala da parte de escola publica/particular...
    não existe pessoa em sã consciencia, que, se pudesse, nao colocaria um filho em escola particular.
    Falo isso como professor.

    abçs.

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  5. Qualé, filhos são bençãos, mas isso não significa que devemos voltar ao tempo de Jacó e ter as 12 tribos de Israel.
    Os tempos são outros com toda a certeza, e não é porque no passado minha mãe se matou para ter vários filhos que hoje em dia terei que fazer o mesmo e não conseguir com o ritmo de trabalho que temos hoje em dia, tanto a mãe como o pai, dar a atenção devida a todos eles. Sou professor e vejo os crentes matriculando 3, 4 filhos na escola e não conseguindo dar conta de 1.

    Acho que cada um deve avaliar sua situação financeira e o que quer de seu futuro e aí, com planejamento resolver se vai ter 1,2,3,4,5,6...

    O tempo do multiplicai-vos e enchei a terra já passou.

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  6. É isso aí, filhos são uma benção. Vamo todo mundo se enche de filhos aushauhsuahsuhaushauhsuahushauhsuahsuhaushauhsuahsuhaushauhsuahsuahushauhsuahsuahushauhsuahsuahsuhaushauhauhsuahsuahushauhsuahsuhaushauhsuahsuah

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  7. Olá, Paz de Cristo.
    Terei meu primeiro filho em Fevereiro de 2012.
    Confesso que prorroguei esse momento ao máximo.
    Embora eu entenda, compreenda e ache bonito o texto e seus argumentos, também sei que filhos, embora maravilhosos, dão trabalho, por menor que seja.
    Basta eu me lembrar dos perrengues que já coloquei minha mãe.
    No começo eu entendia que eu tinha que dar o máximo conforto e tal, mas com o tempo, antes mesmo de minha esposa estar grávida, esse pensamento caiu por terra, pois como cristão, meu filho ou filhos (entenderão mais á frente, kkkk), será para Jesus e se não for ele, de nada adiantará meu planejamento. A vontade de Deus é que prevalecerá, se ele quiser que eu tenha mais filhos, mesmo eu fazendo vazectomia ou minha esposa ligando as trompas (o que não acontecerá tão cedo), minha esposa engravidará.
    Já vi relatos desse tipo.
    O que define se podemos ou queremos ter mais filhos, desconsiderando a vontade de Deus, é a disposição que cada um terá para criá-los.
    Em Deus aprendemos e em Deus confiamos, sempre.
    Abç.

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  8. É a única forma dos crentes aumentarem seu número, já que atualmente tá difícil buscar dizimistas nas searas católicas.... acaba-se pescando no aquário da denominação vizinha. Por isso, crescei e multiplicai...hahahahahahah.

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  9. O texto diz: "Não seria o caso de abaixarmos um pouco o nosso padrão de conforto, ao nível dos nossos pais, por exemplo?"

    Não creio que seja uma questão de conforto, muito menos de achar que uma boa escola, uma boa alimentação e uma boa estrutura familiar - casa + lar, sejam a busca da felicidade. Tenho apenas 1 filho e gostaria sim de ter mais. Porém, se eu for voltar ao nível da minha mãe (porque foi ela quem me criou) eu terei que:

    1. Criar meu filho sozinha
    2. Colocá-lo numa escola pública - que hoje não é, nem de longe, a escola pública onde estude.
    3. Voltar a ser empregada doméstica e ir morar numa favela.

    Pergunto: meu filho merece isso de mim????

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