Cristianismo e Sustentabilidade: O mito do crescimento fracassou.
https://genizah-virtual.blogspot.com/2011/10/cristianismo-e-sustentabilidade-o-mito.html
“Os dias de gastar dinheiro que não temos em coisas das quais nãoprecisamos para impressionar as pessoas com as quais não nosimportamos chegaram ao fim“ Tim Jackson
Renata Eboli
Hoje comecei o dia com o artigo "Temos que abandonar o mito do crescimento econômico
infinito",
publicado pelo site da BBC Brasil em 4 de outubro de 2011. Enfim o bom senso
começa a chegar às instâncias do poder econômico. Se pela sensatez em si ou
pela constatação irremediável de que vivemos num planeta de recursos finitos, ou
ambos, como for.
É preciso capitular! Abrir mão de excessos desnecessários e construir uma vida pessoal sustentável, aquela que podemos gerir diretamente. Não é fácil, nem será, diante de uma sociedade que ainda está longe de se desembaraçar das ilusões que entorpecem a consciência e tornam a realidade difusa. Que nos faz trocar valores por coisas, afetos por aquisições e um sem número de permutas impensadas, feitas automaticamente na ciranda ditada pela sociedade que ajudamos a construir.
É preciso capitular! Abrir mão de excessos desnecessários e construir uma vida pessoal sustentável, aquela que podemos gerir diretamente. Não é fácil, nem será, diante de uma sociedade que ainda está longe de se desembaraçar das ilusões que entorpecem a consciência e tornam a realidade difusa. Que nos faz trocar valores por coisas, afetos por aquisições e um sem número de permutas impensadas, feitas automaticamente na ciranda ditada pela sociedade que ajudamos a construir.
"O retorno do Filho Pródigo", Rembrandt van Rijn, 1662. |
Como
o autor do artigo cita, levantar esse questionamento, não só em termos dos
mercados globais, mas, na prática pessoal diária de cada um, acrescento, pode
ser compreendido como "ato de lunáticos, idealistas e revolucionários". Afinal,
a economia é apenas parte de um todo, há um panorama muito maior e mais complexo
que reside na lógica do consumismo.
Ser lunático, idealista e revolucionário me parece bem pertinente àqueles que reconheceram na mensagem de Jesus Cristo o poder do Eterno para que a humanidade seja "humana". O que parece ser difícil é que estes que assim se enunciam compreendam e resistam ao apelo do consumismo desbaratado. O que vemos, por muitos, é um incentivo a essa prática intrinsecamente ligada à lógica capitalista. Longe da proposta de mudar o mundo, para melhor, ao enfrentar conjunturas adversas e o "status quo".
Ao
caminhar pelo artigo espanto maior é ver que o autor conceitua prosperidade
muito mais afeito aos ensinos de Jesus do que muitos dos seus seguidores, ao
afirmar que ela transcende as preocupações materiais. "Ela
reside em nosso amor por nossas famílias, ao apoio de nossos amigos e à força de
nossas comunidades, à nossa capacidade de participar totalmente na vida da
sociedade, em uma sensação de sentido e razão para nossas vidas",
finaliza. Afinal, não deveriam ser os cristãos a afirmar essa
verdade, já que há muito sabem que a solução para o homem e a sociedade não é
possível por nenhuma política, regime ou economia? Se o crescimento econômico
fracassou, eis a genuína Boa Nova. Existe maneira melhor de viver e
morrer?
Concordo com você. Parabenizo o Genizah por disponibilizar espaço para que cristãos possam se conscientizar de assuntos tão importantes como esse. Infelizmente Adão (a humanidade caída) não cuidou do jardim e se nós já estamos sofrendo algumas consequências, como será com as próximas gerações?
ResponderExcluirLayssa
crescimento infinito, é preciso rever esse pensamento mesmo.
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