Comentário “cê tu uma bença” (14) O pinguim presbiteriano e o Charlito de batina

Amós escreveu:

 DANILO tú é um pinquim de geladeira presbiteriano! E este Moreira aqui me usa até batina! Só piora este icebergo do Genizah! A letra mata! Porisso que vocês sao esta geladeira da consul... Só filosofia , poisia pegagogias e pissicologia Kadê jesus bando de crente frio? Kade os frutos do espirito? Não tem revelamento? Na tua igreja ninguém nem dança! 

A pérola foi no comentário ao post com o vídeo da belíssima prelação do Rev. Carlos Moreira na Catedral da SS Trindade da Igreja Episcopal Carismática do Brasil. 

Agora sobrou pra ti Moreira! 

Estava demorando... 

O pior que o Charlito nem presbiteriano é! Risos. E zoaram com a sua fatiota novamente! Charlito, ligue não mano. Você pode ter virado pinguim, mas o seu detrator aqui foi para o...

 “Cê Tu uma Bença”

Meu caro Amós, logo já se vê que o irmão é filho desta geração criada sob a égide do binômio: (1) não se ilustre; e (2) obedeça cegamente.

Virei seu cabeção, não foi? Desculpe.

Vou de novo:

És filho da cruza do “não toque no ungido” com a “letra mata”. Um tipo de manifestação religiosa totalmente estranha à tradição protestante, a qual acabou com a aristocracia religiosa que havia sequestrado a Palavra e a entregou aos Seus servos para que estes deixassem a fé pela fé e o engano, mas pudessem conhecer a revelação da verdadeira Boa Nova oferecida por Jesus. Apartados do que procede somente da emoção enganosa e dos engodos traiçoeiros dos mercenários do sagrado, mas firmes na fé que se fundamenta em Cristo, a qual somente o Espírito de Deus nos revela, dom de Deus, a fé que brota em nosso novo coração nascido em Jesus, o começo e o fim. O autor e consumador de nossa fé.

Agora: Consul, meu irmão?

Pinguim vai lá!  

Mas não dava para ao menos ser uma Brastemp?


E tem outra coisa, meu! Quem disse que pinguim não dança?

E para o seu governo, por aqui dançamos sim! Não, no púlpito, tão pouco durante o culto ao Senhor Deus, temos o péssimo hábito de seguir uma liturgia diferente.

Não censuramos o irmão, deixemos por ora estes assuntos periféricos de lado, mais saiba o seguinte: Há propósitos nesta liturgia. Para mim, o maior deles é o foco deste momento, que é o Senhor. Estamos ali para louvá-Lo. Ouvir a Sua Palavra. Eu estou ali por Ele. Presto culto ao meu Senhor. Sou servo e me alegro no privilégio de ser bem-vindo à Sua mesa. Celebro os mistérios, as promessas e a Palavra que Ele nos deixou. Reparto o pão com meus irmãos e procuro o lugar da servidão.

Estamos ali para servir, não para ser servidos. Não buscamos diversão, mas sempre nos alegramos.Não buscamos conforto, mas propósito. Ali estamos para ser incomodados de nosso estado egoísta. 

Vamos oferecer consolo a quem necessita; e Ele nos consola. Vamos acolher; e Ele nos acolhe. Vamos ensinar; e aprendemos. Vamos despidos do EU; mas sempre voltamos agasalhados e nutridos. Vamos por Ele; e Ele está ali conosco. 

Entendeu Amós? O Senhor é o centro de tudo e a Sua santa vontade é a nossa missão. Dirigimos nosso louvor ao Senhor e estendemos a nossa destra aos nossos irmãos. Nos alegramos em Cristo e tanto mais somos alegrados.

Agora, Amós, pela mãe do guarda!
A letra mata! Putz! 
Há ainda quem chafurde nesta exejegue de 2 Corintios (3:6)?

Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós? Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. 2 Coríntios 3:1-6

Tem dó Amós! Com um nome destes, bíblico! Com todo com jeito de quem nasceu em lar cristão, o irmão é daqueles pobres coitados que acreditam nesta leitura mequetrefe que por anos tem servido de desculpa para grupos de “crentes” se alegrarem e até se envaidecerem na sua própria ignorância?

Rapaz! Uma frase destas, burro escreve em pedaço de madeira, prega na parede e chama de diploma. É atestado de tapado! Certificado de estúpido! Tem dó, fio de Deus!

O apostolo Paulo era um homem erudito. Parte da elite intelectual do seu país. Recebeu a melhor educação disponível no seu tempo. Era um cidadão do mundo, conhecedor profundo não somente da Torá e dos livros dos profetas, mas versado em outras culturas. Paulo teve acesso aos autores gregos e romanos, falava línguas. Paulo era um dos doutores da igreja (At 13:1).

Portanto, como diria Nelson Rodrigues, é obvio ululante* que a letra a que Paulo se refere não é a busca do conhecimento teológico, filosófico, etc! O apostolo Paulo, no texto em referencia está expressando o contraste entre o sistema da antiga aliança, do velho testamento e a nova aliança em Cristo. A inferioridade do sistema antigo e superioridade da nova aliança com a suficiência de Cristo para nos salvar do pecado.

A “letra” de que nos fala Paulo é a lei mosaica – “ministério da morte, gravado com letras na pedra”. O túmulo que nos condena. A lei que nos exige obediência total e irrestrita, mas não nos dá poder para isto. Diante da lei, somos sempre devedores. Já “Espirito” representa a nova aliança em Jesus Cristo. Não mais tábuas de pedra, mas de carne. O Espirito vivifica porque escreve a vontade do Senhor em nossos corações para que tenhamos vida em grande medida.

Caramba Amós! Você me abrigou até a falar sério!

* Como diria o filósofo capitão Nascimento: Ululante, senhor zero-três! Do latim ululatus, particípio passado do verbo ululare, risos! Ululante: adj. Que ulula, que uiva. Como lobos e cachorros: Auuuuuuuu! Uuuuuu! Ganido prolongado feito para ameaçar invasores, chamar a atenção. Não dá para não notar tanto barulho! É a verdade dita pelo alto-falante. Ensurdecedora. Coisa tão franca, tão patente que chega a ulular. Entendeu, senhor zero-três? É a obviedade exegética uivando na sua cara, senhor zero-três!

Danilo, Genizah