Cresce o número de evangélicos sem ligação com igrejas
https://genizah-virtual.blogspot.com/2011/08/cresce-o-numero-de-evangelicos-sem.html
Especialistas dizem que processo pode ser análogo ao de quem se identifica como 'católico não praticante'
Pesquisa mostra que, entre 2003 e 2009, fatia de fiéis que dizem não ter vínculo institucional saltou de 4% para 14%
Pesquisa mostra que, entre 2003 e 2009, fatia de fiéis que dizem não ter vínculo institucional saltou de 4% para 14%
Verônica de Oliveira, 31, foi batizada católica e vai à missa aos domingos. No entanto, moradora do morro Santa Marta, no Rio, é vista com frequência também nos cultos das igrejas evangélicas Deus é Amor e Nova Vida.Quando questionada sobre sua filiação, dispara: "Nem eu sei explicar direito. Acho que Deus é um só".
Em cada igreja, ela gosta de uma característica. Na Católica, são os folhetos distribuídos na missa. Na Deus é Amor, "um pastor que fala uma língua meio doida".
Na Nova Vida, aprecia o fato de lerem bastante a BíbliaMais do que trair hesitações teológicas, casos como o de Verônica, de "religiosos genéricos", que não se prendem a uma denominação, crescem nas estatísticas.
Um bom indício do fenômeno surge nos dados sobre religião da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), do IBGE, que pesquisou o tema em 2003 e 2009. No período, só entre evangélicos, a fatia dos que se disseram sem vínculo institucional foi de 4% para 14% -um salto de mais de 4 milhões de pessoas.
Entram nesse balaio, além de multievangélicos como Verônica, pessoas que não se sentem ligadas a nenhuma igreja específica, mas não deixaram de considerar-se evangélicos, em processo análogo ao dos chamados "católicos não praticantes".
A intensidade exata do fenômeno só será conhecida quando saírem dados de religião do Censo de 2010.
No entanto, para especialistas consultados pela Folha, a pesquisa, feita a partir de amostra de 56 mil entrevistas, é suficiente para dar boas pistas do movimento.
O pesquisador Ricardo Mariano, da PUC-RS, reconhece que vem ocorrendo aumento de protestantes e pentecostais sem vínculos institucionais, ainda que ele tenha dúvidas se o crescimento foi mesmo tão intenso quanto o revelado pelo IBGE.
INDIVIDUALISMO
Para ele, a desinstitucionalização é resultado do individualismo e da busca de autonomia diante de instituições que defendem valores extemporâneos e exigem elevados custos de seus filiados.
De acordo com o professor, parte dos evangélicos adota o "Believing without belonging" (crer sem pertencer), expressão cunhada pela socióloga britânica Grace Davie sobre o esvaziamento das igrejas ao mesmo tempo em que se mantêm as crenças religiosas na Europa Ocidental.
Para a antropóloga Regina Novaes, uma pergunta que a pesquisa levanta é se este "evangélico genérico" tem semelhanças com o católico não praticante. Para ela, "ambos usufruem de rituais e serviços religiosos mas se sentem livres para ir e vir".
Diana Lima, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos, levanta outra hipótese: "Minha suspeita é que as distinções denominacionais talvez não façam para a população o mesmo sentido que fazem para religiosos e cientistas sociais. Tendo um Jesus Cristo ali para iluminar o ambiente, está tudo certo".
Os dados do IBGE também confirmam tendências registradas na década passada, como a queda da proporção de católicos e protestantes históricos e alta dos sem religião e neopentecostais.
No caso dos sem religião, eles foram de 5,1% da população para 6,7%. Embora a categoria seja em geral identificada com ateus e agnósticos, pode incluir quem migra de uma fé para outra ou criou seu próprio "blend" de crenças -o que reforça a tese da desinstitucionalização.
Para o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE, o que está ocorrendo é um processo de democratização religiosa, "com todos os problemas da democracia".
O maior perdedor é a Igreja Católica, que ficou sem seu monopólio. Segundo Alves, ela vai ceder mais terreno, porque os católicos se concentram nas parcelas de menor dinamismo demográfico.
Já os evangélicos ainda vão crescer muito, garante o demógrafo, pois ganham entre as parcelas da população que têm maior fecundidade.
Outro dado interessante da POF é que aumentou o número dos que declararam uma religião não identificada pelos pesquisadores, o que indica que na década passada mais igrejas surgiram e passaram a disputar o "supermercado da fé", na expressão depreciativa utilizada pelo papa Bento 16.
Por ser amplo, o levantamento permite também identificar, denominação por denominação, o tamanho de cada igreja.
A Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, registrou queda de 24% no número de fiéis. O recuo pode estar relacionado com a criação de igrejas dissidentes.
Ao analisar os números, porém, os pesquisadores consultados dizem que é preciso esperar o Censo para confirmar esse movimento.
ANTÔNIO GOIS
DO RIO
HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1508201102.htm
BEPEC e Genizah antecipam em quase um ano as informações do IBGE
Pesquisa do Genizah / BEPEC realizada no final de 2010 tratou deste fenômeno e antecipou o percentual, hoje apurado pelo IBGE em 14% de desigrejados em 12,5% - ou seja, dentro do intervalo de confiança!
Esta foi a primeira pesquisa do BEPEC, ainda em caráter de formação.
Antecipamamos em quase um ano as informações do IBGE em quase um ano.
Os céticos podem comprovar nossa afirmação buscando no internet as mais de 350 reproduções da matéria
Desigrejados em números.
Nós previmos. Leia aqui:
http://www.genizahvirtual.com/2010/12/desigrejados-desviados-e-evangelicos.html
DO RIO
HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1508201102.htm
BEPEC e Genizah antecipam em quase um ano as informações do IBGE
Acho que essa alta de pessoas que se dizem evangélicas sem igreja não refere-se tão somente ao individualismo, mas também aos frutos das novas divisões, novas doutrinas, novas seitas que pregam coisas irreais e acabam fazendo com que seus frutos não permaneçam.
ResponderExcluirAs pessoas buscam, as "igrejas" prometem, mas na hora do "vamo ver", cade o que Deus prometeu pra mim?
Também ao fato de termos pastores intocáveis, sem pecado, que acabam botando a culpa de todo fracasso no "fiel", uma hora a corda arrebenta e ele se cansa.
Inúmeros fatores que ajudam a traçar esse perfil.
Oxalá Deus abençoe para que o evangelho seja tratado com mais seriedade.
Adorei o artigo!
Acho que faltou aos pesquisadores citarem um grupo, talvez ele até se encaixe nos individualistas, mas sua não adesão não se dá por altos custos, mas por não querer se comprometer com nada que não seja seu umbigo e nem aceitar qualquer tipo de exortação ou repreensão quando se afastam da palavra e da comunidade, é gente que não colabora com 1kg de arroz quando se faz campanha pelos pobres de dentro ou de fora da comunidade, gente que acha 1 real muito dinheiro quando se pede uma oferta para o missionário que tá no sertão do nordeste ou no àfrica, mas paga a rodada de pizza para umas 20 pessoas depois do culto, gente que vê exploradores da teologia da prosperidade enganando, estorquindo e usa a mesma medida para julgar igrejas e pastores sérios que só querem viver o evangelho, gente que não quer viver em comunidade porque isso dá um trabalho enorme...em fim...
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirEsta é a primeira vez que eu comento uma matéria no site, embora seja visitante frequente... venho aqui todos os dias, há seis meses, quando tive o prazer de conhecê-los enquanto pesquisava sobre apologética no "Santo Google" rsrs
Acabei de ler esta reportagem, e corri pra dar os parabéns a vocês, porque já tinha lido sobre este assunto aqui no Genizah.
Parabéns a todos!
Muito boa a pesquisa Danilão, e bem lembrado os dados que o Genizah já havia apresentado.
ResponderExcluirIsso mostra o quanto o evangelicalismo brasileiro está se tornando irrelevante, apesar de todo o discurso contrário e triunfalista de pastores e apóstolos...
E o triste é o seguinte: sem Igreja você pode até ser evangélico, o difícil é ser cristão...
Abraços
www.olharreformado.com
A expressao Catolico nao-praticante vai se juntar a Protestante-nao praticante!!
ResponderExcluirNunca parei para pensar nisso, mas, sim, agora lendo esta materia, geral,ente quando evangelizo e entre pessoas que conheço, ouço muito disso. Deus está em todo lugar, ou não preciso estar numa igreja para ter Deus, ou coisa parecida. Boa materia!!
ResponderExcluirSou um destemplado, no sentido concreto e cimento. Mas faço parte da IGREJA que está espalhada pelo mundo. Sou um templo peregrino em terra estranha, que se encontra com vários e vários outros templos peregrinos em terra estranha, vivendo o Evangelho puro e simples, um pouquinho a cada dia, vivendo por fé e pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Aqui também é um dos lugares em que essa IGREJA PEREGRINA se encontra. Graças a Deus por isso. Paz a todos do Caminho.
ResponderExcluirAcho que o lance do termo "igreja" é o diferencial.
ResponderExcluirAlgumas dessas pessoas podem considerar que não fazem parte de uma igreja, mas participam em culto nos lares, dão seu dízimo lá ou ajudam em obras sociais, daí, só pelo fato de estarem reunidas, significa estar na igreja, embora a pessoa não pertença a ela.
O ruim disso é que pode haver a confusão de pessoas que não tem entendimento para discernir os textos e doutrinas de cada uma, ou até mesmo, achar que Jesus é tudo e por aí vai.
Mas, o importante é que, com igreja, ou sem igreja, Cristo e sua palavra sejam o foco, na prática.
Paz.
Ateus da Folha, provem que esse termo "supermercado da fé" saiu da boca do papa.
ResponderExcluirFolha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
O blogueiro citou a Deus e Amor la as linguás estranhas sao de Deus.
ResponderExcluirO problema e a grande opressão por dizimo,isso que esta deixando essa Igreja cada dia mais falida.
Excelente matéria! Evangélicos sem ligação com uma igreja, com "i" minúsculo mesmo, de instituição! Uma realidade presente na nossa época e que se deve por vários fatores. Mas vejo aqui algums comentários como: "um pastor que fala uma língua meio doida"... Ora, uma pessoa que diz isso fica até difícil de considerá-la evangélica mesmo, então entrevistar pessoas com esse tipo de comentário será fácil dizer que não tem filiação à igreja evangélica nenhuma. Mas concordo com os comentários do "Baú da Borboleta" pois também espero a hora em que o evangelho seja tratado com mais seriedade e concordo com o "Rovanildo" quando diz que por causa das coisas que o "Baú da Borboleta" por exemplo, citou, muitos usam a mesma medida para julgar igrejas e pastores sérios que só querem viver o evangelho. Solução? Buscar a DEUS! Instituição e pastores não podem salvar!
ResponderExcluirCom o G12 avançando, com os apelos financeiros de Malafaia, com o "evangelho" dos telepastores brasileiros e as aberrações de tantas outras denominações como a Renascer, o número dos desigrejados tenderá a aumentar não porque estes não queiram compromisso (como os católicos não praticantes), mas porque não concordam com doutrinas falsas e ficam sem opção onde congregar.
ResponderExcluirMuitos se refugiam no Caminho da Graça. Outros procuram frequentar grupos que não se renderam à teologia da prosperidade e ao G12 de Terra Nova, duas mazelas que têm feito um verdadeiro estrago nas igrejas evangélicas brasileiras.
Acredito que a grande maioria dos evangélicos não praticantes, conforme o conceito sugerido na matéria, sejam de fato evangélicos protestantes, por não concordarem com os abusos e desvios teológicos nas denominações existentes.
Na igreja que eu ainda estou fazendo parte, o G12 fez uma devassa. Dezenas de pessoas deixaram de se congregar (eu e minha família estamos entre os tais). Agora o pastor foi "convidado a se retirar", espero que levando consigo o G12. Com isso creio que muitos dos que saíram possam voltar. Eu e minha família voltaremos.
Observe que isso é um comportamento diferente do que se pode chamar de catolicismo ou protestantismo não praticante.
Não praticante indica sem compromisso. O que está ocorrendo no caso que expus é afastamento motivado por discordância de pensamento com as idéias propagadas pelas lideranças religiosas.
Faz um bom tempo que eu não vou a tal da "igreja" (de alvenaria, que arrecada dízimo, etc).
ResponderExcluirMe cansei de gente tola, me cansei das distorções "bíblicas", me cansei das mulheres pseudo santas, me cansei dos Malafaia, Cerullo e Akiva que o povo admira.
Será que vou sofrer eternamente porque não decidi mais compactuar (e me juntar) com pessoas que eu acho patéticas e que não seguem aquilo que dizem seguir? Religião é invenção humana.
Cada casa é um caso,mas uma coisa que eu tenho visto na região onde moro é que as pessoas querem ser livres de denominações religiosas,muitas colocam fardos nas pessoas,outros geram uma espécie de"igrejismo",outros pregam que você tem que ser submisso a organização religiosa,e é óbvio que ninguém gosta de ser mandado,eu smesmo sou um deles.
ResponderExcluirAí comando tudo isso com os últimos acontecimentos do meio evangélico,as pessoas querem ser livres desse sistema.
Agora uma coisa é certa,eu percebo que o Genizah quer dar uma certa"diminuída"no evangélicos.
Faz um bom tempo que eu não vou a tal da "igreja" (de alvenaria, que arrecada dízimo, etc).
ResponderExcluirMe cansei de gente tola, me cansei das distorções "bíblicas", me cansei das mulheres pseudo santas, me cansei dos Malafaia, Cerullo e Akiva que o povo admira.
Será que vou sofrer eternamente porque não decidi mais compactuar (e me juntar) com pessoas que eu acho patéticas e que não seguem aquilo que dizem seguir? Religião é invenção humana.[2]
O FIM DA IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL É O MESMO DA CATÓLICA. INFELIZMENTE.
E cresce o número de igrejas evangélicas sem ligação com o Evangelho...
ResponderExcluirFaz um bom tempo que eu não vou a tal da "igreja" (de alvenaria, que arrecada dízimo, etc).
ResponderExcluirMe cansei de gente tola, me cansei das distorções "bíblicas", me cansei das mulheres pseudo santas, me cansei dos Malafaia, Cerullo e Akiva que o povo admira.
Será que vou sofrer eternamente porque não decidi mais compactuar (e me juntar) com pessoas que eu acho patéticas e que não seguem aquilo que dizem seguir? Religião é invenção humana.[3]
Eu disse...
ResponderExcluirFaz um bom tempo que eu não vou a tal da "igreja" (de alvenaria, que arrecada dízimo, etc).
Me cansei de gente tola, me cansei das distorções "bíblicas", me cansei das mulheres pseudo santas, me cansei dos Malafaia, Cerullo e Akiva que o povo admira.
Será que vou sofrer eternamente porque não decidi mais compactuar (e me juntar) com pessoas que eu acho patéticas e que não seguem aquilo que dizem seguir? Religião é invenção humana.[4]
Infelizmente estou sem congregar em uma igreja, pois cansei do fardo da igreja opressora e da igreja da prosperidade. Sou visitante em uma congregação, pois sinto falta de adorar a Deus junto com os irmãos. Sinto muitas saudades do culto de trinta anos atrás, quando a igreja reunida adorava verdadeiramente a Deus em espírito e em verdade. O que vejo hoje nas igrejas, apenas me entristece a cada dia; os cultos se transformaram em entretenimentos e em puros espetáculos, que para mim não me traz nenhuma motivação espiritual.
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