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Perdão


Ariovaldo Ramos


“Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros.” (Col 3.13b)

A gente perdoa porque foi perdoado, não porque o outro possa explicar o que fez, ou mereça perdão. O perdão é dado justamente porque o outro errou vergonhosamente e não há como explicar o que ele fez: a não ser pela maldade que há no coração humano. A questão é que todos os seres humanos são assim. Por isso Deus, para nos perdoar, sem incorrer em injustiça, sacrificou-se por nós em Cristo Jesus. E como fomos perdoados temos de perdoar. Essa é a lógica da fé cristã.

É perdão e não desculpa. Desculpa-se alguém quando a pessoa que errou tem razões para ter feito o que fez, ainda que o feito tenha atingido, de alguma forma, alguém. O perdão, por outro lado, é dado para alguém que não tem outro motivo para fazer o que fez, a não ser por ter se inclinado, em algum momento e de alguma forma, para o mal.

O perdão é sempre sacrificial! Como o perdão de Deus que custou o sacrifício de Cristo. Quem perdoa arca com o custo do perdão. Seja o custo econômico: quem perdoa fica com o prejuízo. Seja o custo emocional: quem perdoa engole a mágoa ou qualquer forma de ressentimento. Seja o custo moral: quem perdoa assume conviver com a vergonha.

A justiça condena o pecador à morte. O perdão condena o ofendido – aquele contra quem o pecado foi cometido – ao sacrifício.

O perdão é a maior expressão do amor de Deus. Todo aquele que é nascido de Deus pratica o perdão. “Porque o amor vem de Deus. Quem ama é filho de Deus e conhece a Deus.” (1Jo 4.7). O amor de Deus é principalmente perdoador. “O amor é isto: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e mandou o seu Filho para que, por meio dele, os nossos pecados fossem perdoados.” (1Jo 4.10)

Muita gente pergunta como alguém pode ter certeza de sua salvação. O apóstolo João disse: Deus é amor. Aquele que vive no amor vive unido com Deus, e Deus vive unido com ele. Assim o amor em nós é totalmente verdadeiro para que tenhamos coragem no dia do juízo, porque a nossa vida neste mundo é como a vida de Cristo. (1Jo 4.16b,17).

Jesus Cristo viveu perdoando e para perdoar, quem está unido com Cristo vive assim também, perdoando os que pecaram contra si. Quem vive assim não precisa ter medo do dia do juízo, porque sua vida demonstrou a sua salvação.

Jesus viveu e morreu para perdoar, e espera que os seus seguidores vivam perdoando e perdoem para viver. Só se vive realmente bem com os demais seres humanos quando, no coração a gente só dá lugar ao perdão.

“Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros.” (Col 3.13b)


Sabedoria 3641935125881375545

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  1. Gostei muito de sua postagem Genizah... o amor e perdão de Cristo não são para serem entendidos mas recebidos como um presente de Deus, pois nenhum de nós merecemos...
    abraços...

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  2. Perdão e salvação estão intrinsecamente ligados, uma vez que é o perdão a nós concedido por Deus que nos traz a salvação por intermédio da fé em Cristo (ou vice-versa, como queiram). O salvo, por sua vez, deve perdoar seus ofensores. Deve. Se não perdoa, precisa rever seu cristianismo.
    Deus nos abençoe e nos ajude.

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  3. Sinceramente ninguém merecia o perdão!
    Mas sem o perdão não existe vida!
    Deus me perdoa todos os dias por misericórdia, graça, por isso digo uma coisa, perdão também é decisão!
    Não é fácil perdoar, mas é o melhor a fazer.
    Como poderia viver sem perdoar o homem que matou meu noivo ou o homem q me estuprou, os que me sequestraram e bateram e tive que bater também se não seria mais um estupro no meu currículo, os homens q fizeram meus pais de reféns dentro de nossa casa(q deveria ser um lugar seguro).....
    Hoje vivo melhor e as vezes nem lembro de algumas coisas pq simplesmente aprendi o poder do perdão.
    Quando li esse post mais cedo, chorei, chorei não por ter lembrado de tudo isso, mas porque Deus é tão bom que me permite esquecer sombras do passado apenas com uma decisão minha.
    Quando decidi perdoar, entreguei para o Senhor o que eu não poderia suportar.
    Decidir perdoar não significa ir atrás, abraçar, beijar, mas sim liberar algo que te prende. Ele é o juiz. Ainda tenho muito o que perdoar e sei que Deus, por mais que as vezes penso que não, Ele escuta sim as minhas orações e em todas peço perdão e peço também para Ele me ajudar a perdoar.

    Esse post foi muito importante para mim e espero que tenha sido para outros também.
    Obrigada Genizah....

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  4. Excelente texto, tanto o daqui da postagem quanto o da Bíblia. Se muitos dos que se dizem cristãos, buscassem agir com o perdão, creio que o evangelho aqui no Brasil teria outra cara, entretanto, isso parece estar longe de muitos, não que eu julgue, mas é o que demonstrarm, buscando apenas recursos para seus programas ou suas obras pessoais e brigando com outros irmãos por causa da concorrência, da marcação territorial.
    Deus enviou seu filho, Jesus, por nos amar primeiro, sem sermos merecedores, nos perdoou.
    Fazer no mínimo igual, é sinal de gratidão.
    Paz pra todos.

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  5. Parte 1
    Perdão e Salvação. Eis um tema que deveríamos nos debruçar com carinho e acuradamente estudar as Escrituras Sagradas para obtermos do Senhor mais luz a respeito desse assunto tão importante. Gostaria de apresentar alguns textos bíblicos que nos mostram que o perdão não é apenas o apagar o registro dos nossos pecados, mas algo muito mais profundo. Vejamos.
    Estabeleçamos aqui uma verdade: o gerúndio é forma nominal do verbo, isto é, através do gerúndio o verbo pode assumir outras funções como, por exemplo, adjetivo e advérbio. Quando o gerúndio tem a característica de advérbio, ele vem com a função de explicar, detalhar o que o verbo principal está a nos dizer. Exemplo: se eu dissesse – “Ele falou sobre o assunto.” A oração está completa, pois tem sujeito e predicado. Como já vimos, o advérbio assume o mesmo papel do adjetivo em relação ao substantivo: ele modifica, dá um realce, enfim, oferece informações complementares. Se interpuséssemos o advérbio gritando na oração exemplar acima mencionada, veja como ficaria: “Ele falou sobre o assunto, gritando.” Gritando aqui dá uma nova ideia de como o rapaz do exemplo apresentou sua fala.
    Muitos de nós não conseguem ver a importância desses detalhes e, por conseguinte, perdem as riquezas oferecidas por eles. É importante sabermos disso ao estudarmos as Escrituras Sagradas, pois elas exigem também tal conhecimento. Bom, uma vez explicado o emprego do gerúndio e sua importância, prossigamos na nossa exposição.
    Em Efésios 2:1, Paulo nos diz que estamos mortos se ainda não nos entregamos a Cristo, e afirma que se isso nós fizermos o nosso Salvador nos vivifica. O que é vivificar? Qualquer dicionário nos ofertará este sinônimo: ressuscitar. Vivificar é o mesmo que ressuscitar. E, na verdade, o sentido não poderia ser outro, pois o homem, vivendo em seus pecados e ofensas, está morto. Sim, isso é mais que patente. Mas o que vem em seguida? Migremos de Efésios para Colossenses, no capítulo 2, versículo 13. Lá encontramos o seguinte texto: “E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos.” Malgrado esse texto ter muita semelhança com o primeiro, traz-nos um dado muito, muito importante. Lembra do gerúndio e de sua função? Perceba o emprego do verbo PERDOAR nesse versículo. Ele não está na sua forma original, mas no gerúndio. Se ele está no gerúndio, sua função na oração ou é de adjetivo ou de advérbio. Não há como lhe atribuir a função de adjetivo, nesse texto, e, por tal azo, teremos que aceitar que perdoando é um advérbio relacionado ao verbo a quem ele se subordina, o verbo principal, vivificar. O que nos vem à luz? Como dantes asserimos, perdão é ressurreição. E como ressurgimos da lama do pecado e das ofensas? Quando o perdão é concedido. Deus ao nos perdoar, num ato só ele torna concomitante duas operações: apor perdão ao lado dos registros dos nossos delitos, que corresponde ao apagar, e o mais importante de tudo, Ele nos dá vida, nos ressuscita.

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