Charlito é parte da subversão Reinista do Genizah

Desde 30/09/2010, Carlos Frederico de Souza Moreira; codinome Charlito; (vulgo: pároco, pastor, nerd, episcopal) é conluiado neste crime de subversão cristã; Cumplice, colaborador e parte da quadrilha Genizah, aparelho virtual reinista; filial Nordeste.

-------------------------------------------------------

Nordestino com orgulho, pernambucano de Recife, tem 27 anos de convertido e 43 anos de idade. É casado há 20 anos com Fabiana e tem uma filha, Gabriela, de 8 anos.

Otimista por convicção, sonhador por excelência, poeta do cotidiano e filósofo de botequim, adora um encontro com os amigos para falar de qualquer coisa, de preferência da “vida alheia”. Seu hobby é carro velho! Tem uma paixão especial por Jeeps. Já teve Land Rover, Troller, Pajero, mas atualmente é proprietário de um magnífico Willys 1965, motor e câmbio originais, cor vermelho Ferrari. Para manter o vício, vive cascavilhando aqui e ali uma oficina para fazer uns remendos no possante. Acredita que Deus deu para uns o dom de ganhar dinheiro e para outros, como ele, o de gastar. Mas admite ter só o dom, e não a “matéria prima”.

Carlos Moreira é empresário do segmento de Tecnologia da Informação, e trabalha há 25 anos com desenvolvimento de software. Há 11 é diretor executivo de uma empresa de sistemas em Recife, no Porto Digital. Charlito, como é carinhosamente chamado pelos amigos, é também músico e compositor. Durante 20 anos trabalhou com o ministério da música, do louvor e da adoração em várias comunidades. Sua formação ainda envolve um curso abandonado de administração de empresas – achou melhor aprender na prática, pois na faculdade tinha teoria demais. Formou-se em Teologia pelo Seminário Episcopal Evangélico do Brasil e está concluindo, pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, o curso de Bacharelado em Filosofia.

Dentre suas aptidões, está a de ser um excelente comedor de churrasco. Contudo, em se tratando da operacionalidade gastronômica, tem grandes dificuldades. Para ele, ligar um fogão é algo muito mais complexo do que ligar um computador. A única vez que tentou fazer um ovo frito colocou óleo demais na frigideira e quase incendiou o apartamento. Apesar de estar só um pouco acima do peso, diz que Deus adora a gordura e que, para tal conclusão, basta se fazer uma exegese de 5ª categoria no Velho Testamento. Usa como argumento “teológico” o texto de Paulo aos Romanos, capítulo 14:2, que diz que “o débil como verdura”.

Carlos Moreira tem servido a Deus em muitas comunidades. Já ajudou a fundar 4 igrejas e, atualmente, é pastor da Igreja Cristã Episcopal Nova Vida, no bairro de Casa Forte em Recife. Na área da música, produziu, compôs e participou como músico do CD “Convocação”, lançado de forma independente em 1998. Comprador contumaz de mídias musicais, gosta de quase todos os gêneros, a exceção da música sertaneja, não a de Almir Sater! A outra... Ouve canções desde a infância e é apaixonado por Rock. Sua banda predileta é o Pink Floyd, mas possui um arsenal bem variado em casa com mais de 400 discos, entre MPB, Bossa Nova, Funk, Jazz, Blues, Dance, e outros gêneros.

Durante os últimos 5 anos Carlos Moreira tem escrito de forma regular artigos e reflexões para sua comunidade e também para o blog A Nova Cristandade. Amigo do bispo Hermes Fernandes, foi convidado recentemente para ser articulista do Genizah, convite que recebeu com muito orgulho. Neste momento está envolvido com a produção de dois livros: A Segunda Morte, em parceria com o Professor André Pessoa, e Cristianismo em Branco e Preto, um apanhado de suas melhores crônicas.

Moreira desligou-se há cerca de 10 anos da Igreja Anglicana. Como um dos fundadores da Igreja Cristã Episcopal do Brasil, com sede nos EUA, tem lutado pela construção de um cristianismo capaz de se comunicar com outros saberes, com a cultura que nos envolve, com a sociedade organizada e com outras instituições e crenças religiosas. Entusiasta do modelo de pequenos grupos, é também um estudioso sobre estruturas eclesiológicas, tendo trabalhado durante muitos anos com planejamento e estratégias para igrejas. Seu último projeto, programado para ser lançado em 2011, é o “Clube da Esquina”, uma cafeteria com música ao vivo, livraria, lugar para debates filosóficos, teológicos, espaço de gente, lugar de encontro, um cantinho para juntar os amigos no final da noite para apreciar as delícias do local, um velho casarão colonial no bucólico bairro onde mora.

Seu maior sonho está relacionado com a plantação de igrejas relevantes, que sejam significativas e atuantes onde estão instaladas, capazes de dialogar com a sociedade civil e de se tornar mais consciente de seu papel social e ambiental. Almeja também construir um novo modelo de comunidade, um lugar de ressignificação da vida, de acolhimento, uma família capaz de abrigar o diferente. Como definiu no slogan da Nova Vida: “uma igreja para quem não gosta de igreja e uma igreja para quem a igreja não gosta”, inspirado numa frase de Ed Renê Kivitz. Nos últimos anos, tem escrito e pregado de forma crítica e enfática contra as práticas perversas do cristianismo e, particularmente, sobre os desvios da “igreja evangélica brasileira”. Seu desafio é uma volta às Escrituras a partir de uma nova hermenêutica, adequada ao século XXI e ajustada às demandas da sociedade pós-moderna. “Pregar a mesma mensagem, mas de forma diferente”, conclui.

Apaixonado por tecnologias, está envolvido com tudo o que diz respeito a internet, pois crer que o “cyberspace” é uma excelente maneira de se viabilizar a “onipresença” de Deus entre os homens. Tem projetos nesta área para desenvolver ferramentas de software capaz de tornar o evangelho acessível a pessoas que moram no interior do nordeste brasileiro através de empreendimentos simples e baratos, como o ensino a distância, por exemplo.

Esse é, por enquanto, Carlos Moreira, um ser aí, por fazer-se, metamorfose ambulante. Crê que, enquanto se caminha, o Caminho se constrói em si mesmo. É um poeta apaixonado e um profeta dos dias modernos.