O regresso dos decepcionados com o liberalismo e com a teologia da prosperidade?

Valmir Nascimento
Há poucos dias tivemos um rápido bate-papo com um amigo pastor missionário nos Estados Unidos. Entre os vários assuntos debatidos eles nos disse algo interessante. Segundo ele, nos Estados Unidos tem-se percebido o regresso de muitos cristãos de igrejas liberais (ou que pregam a teologia da prosperidade) de volta às igrejas conservadoras. O motivo seria o cansaço de tais pessoas para com as promessas nunca cumpridas da (des)teologia da (im)prosperidade e a pregação contínua de uma mensagem materialista. Na sua visão, tais pessoas haviam caído em si e estavam voltando para o local de onde haviam saído, frustrados no que diz respeito ao propósito inicial. Enfim, a geração de decepcionados [1] estaria dando meia-volta.
Não sei se isso realmente tem ocorrido em larga escala nos Estados Unidos ou se se trata somente de alguns poucos casos isolados. Ocorre que esse assunto me veio à mente novamente ao ouvir o Reverendo Augustus Nicodemus na sua preleção na 9ª Edição da Conferência Fiel para Pastores e Líderes em Portugal.
Conforme Nicodemus, muitos evangélicos estariam retornando para a Igreja Católica exatamente por não encontrarem em algumas evangélicas uma certa firmeza em assuntos como eutanásia, aborto e homossexualismo. Eis as suas palavras: “(…) hoje em dia, a quantidade de evangélicos que estão voltando para a Igreja Católica é muito grande; e a razão pela qual a Igreja Católica representa uma apelo aos protestantes que estão insatisfeitos com o relativismo que tem predominado dentro do mundo protestante, é exatamente essa aparente firmeza da Igreja Católica nas questões sócio/ético/político, com posições firmes em assuntos como aborto, eutanásia, homossexualismo, ordenação de mulheres etc“. Ele diz ainda que a culpa em grande parte era das igrejas evangélicas que haviam adotado o discurso relativista pós-moderno.
Afirmo, novamente, não saber se tais relatos são tendências ou casos isolados. Aparentemente, trata-se da segunda opção.
De toda e qualquer forma, espero sinceramente que o ponto de vista do missionário nos Estados Unidos seja uma tendência, e que os crentes estejam a perceber o embuste contido no evangelho dos lucros, voltando assim para o evangelho bíblico; a evidenciar que tal (des)teologia não passa(va) de uma onda e que agora descamba para o seu falecimento. Reconheço: isso parece um sonho. Uma grande utopia.
Por outro lado, em relação ao apontamento do ilustre Augustus Nicodemus, espero que a busca pela firmeza doutrinária e pelos valores morais seja também uma verdade, entretanto, que o destino seja outro, e não aquele mencionado por ele. Antes, gostaria que encontrassem igrejas evangélicas comprometidas com a Palavra que não se curvam ante as demandas do nosso tempo.
Utopia novamente?
[1] Expressão usada pelo pastor Paulo Romeiro em relação ao crentes frustrados com a teologia da prosperidade
Em E Agora, Como Viveremos? via Genizah
Sempre haverá um remanescente fiel e a esperança de quem se submete à verdade e trata as Escrituras do modo como devem ser tratadas - como autoridade de fé e de prática e como inspiradas por Deus e consequentemente inerrantes - é a esperança de que muitos retomem à verdadeira fé e a pratiquem.
ResponderExcluirÉ lamentável mas compreensível que a corrente evangélica esteja tendendo para um esvaziamento de pessoas em suas fileiras, uma vez que o evangelicalismo ainda é desunido, confuso, contraditório entre suas diversas bandeiras e lamentavelmente a abordagem católica é mais concisa e inspira maior segurança a quem está confuso entre tantas abordagens acerca de tantas questões do nosso tempo. Mas ainda é menos pior um crescimento católico do que a ameaça nada distante do crescimento do islamismo em nosso país, como pode ser visto em tantas nações pós-cristãs da Europa.
Um tipo de cristianismo mal trabalhado - como o modismo gospel brasileiro - escancara as portas para abordagens religiosas inimigas do Evangelho.
Paz seja com todos
ResponderExcluirDevemos olhar com cuidado toda esta situação e refletir mesmo que os exageros das igrejas evangélicas e a posição da igreja católica tem é produzido um mundo de ateus ou de adeptos a outras religiões que não se identificam com o Jesus que na verdade é um GIZUZ fabricado e não é o Salvador que tantos esperam e necessitam.
Preguemos o Evangelho de Cristo sem misturas, sem produtos químicos ou maquiagens...
Recomendo o livro decepicionados com a graça.
ResponderExcluirAutor Paulo Romeiro.
Editora Mundo Cristão.
voltar a igreja catolica?um abismo chama outro abismo?é a mesma coisa de parar de fumar cigarro e passar a fumar cachimbo,ou seja é tudo fumo,ainda existem igrejas q pregam o evangelho e não se tornou um comercio,e muito menos se dobrou a idolatria.
ResponderExcluirFazer ícones religiosos de coisas que não representem outro Deus, não é idolatria, e seu uso liturgico foi ordenado pelo próprio Deus:
ResponderExcluirFarás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Êxodo 25:18.
E o próprio Deus fez uso desses ícones religiosos:
E ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel. Êxodo 25:22
Eu fui evangélico por mais de 20 anos, estudei num seminario batista tradicional, fui seminarista e auxiliava o pastor, cansei de recitar mentiras contra a Igreja Católica, existe joio no meio católico, ninguem nega isso, mas usar da mentira e da falsidade para atacá-la é coisa do maligno, se quer criticar a Igreja que seja com argumentos verdadeiros e a própria Igreja reconhecerá, como tem reconhecido,
cansei de evangélicos e sua certeza da salvação, isso é doutrina demoníaca, isso faz com que sua soberba os leve ao farisaísmo e ao "mamom-nismo",
eu não tenho certeza da salvação, eu agora tenho a esperança da salvação:
Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; 1 Tessalonicenses 5:8
nem eu conheço meu próprio coração, só Deus o conhece verdadeiramente e pode julga-lo, naõ é recitar um mantra mágico: "Creio que Jesus é meu único e suficiente salvador" e ir todo domingo à uma igreja evangélica que me fará um salvo, isto é, membro do corpo de Cristo, pois:
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Mateus 7:21
Sou católico, da Igreja Latina, uma das 23 Igrejas que formam a Igreja Católica, não sou idólatra porquê reverencio pessoas representadas em ícones, ou porquê acredito que aqueles que já partiram na amizade de Deus ainda podem orar por nós e agora são como anjos, sou monoteísta creio que exista um só Deus triuno, e os demais são criaturas,
já me cansei de evangélicos, são criaturas desagradáveis, hipócritas, desrespeitosas, não se parecem em nada com o que pensam ser seu monopólio, isto é, Jesus Cristo.
Alexandre
O evangélico, cujos conhecimento das Escrituras e da história sejam medíocres, não volta para a Igreja Católica,
ResponderExcluirno entanto, o evangélico com conhecimento aprofundado das Escrituras e com um mínimo de conhecimento da história, além de um desejo sincero em busca da verdade, é esse que retorna para a Igreja Católica,
O que afasta os "evangélicos cultos" do evangelicalismo não são apenas questões sobre aborto, eutanásia, etc, são questões mais profundas, questões que dizem respeito ao seu próprio ser, esses evangélicos cultos não suportam mais viver um farisaísmo ou um "mamom-nismo", não suportam mais repetir tantas mentiras que são ensinadas no meio evangélico, uma verdadeira falsificação do Evangelho,
A dificuldade inicial deste evangélico sincero que adere a Igreja Católica é relativa as mentiras repetidas milhares de vezes nas igrejas evangélicas, como por exemplo: o papa é a besta, demonstrando aí um total desrespeito à uma liderança religiosa, que deveria ser respeitada assim como o Dalai Lama, ou qualquer outra autoridade,
outra mentira repetida a exaustão se refere ao respeito e honra para com criaturas mortais que viveram em santidade, e que são representadas em forma de ícones religosos, e assim como a bandeira nacional esses ícones são reverenciados, e embora as pessoas que esses ícones representam estejam mortas, em Cristo o espírito delas ainda vive pois:
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos. Lucas 20:38.
E assim como os anjos estão a serviço de Deus, os espíritos dessas criaturas mortais que trilharam o caminho da santidade ainda estão a serviço de Deus, ainda que estejam aguardando a ressurreição:
Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu. Mateus 22:28
E assim como você pede a seu pastor que ore a Deus por você ou por sua família, os espíritos desses homens e mulheres também oram a Deus por aqueles que pedem:
E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. Apocalipse 8:4
Se ajoelhar diante da representação de um santo ou da santidade não é idolatria, é veneração e é bíblico:
Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra. 2 Reis 2:15
SAI DESSA LAMA PAPAL ALEXANDRE,PRA Q FALAR COM O FAXINEIRO QNDO SE PODE FALAR COM O CHEFE?
ResponderExcluirA paz do Senhor.
ResponderExcluirPosso falar pelo que tenho vivido na minha congreção, onde recebo irmãos oriundos de igrejas que pregam a tal teologia da prosperidade, mas não conseguem um aprofundamento espiritual. Creio, pelo menos no nosso caso aqui, que é como a parábola do filho pródigo, saiu, viu que não era aquilo que pregavam e resolveu voltar. Até porque mesmo nas nossas igrejas ditas tradicionais muitos de nós tem sido grandemente abençoados em nossa vida material "Aquele que deixar pai, mãe, carros, fazenda por amor de meu nome receberá 100 vezes e ainda a vida eterna"
http://manjaessa.blogspot.com
Eu sou um ex protestante que retornou a Igreja Católica. Mas no meu caso não foi a questão da prosperidade que me incomodou. As denominações que frequentei por 20 anos não adotavam esta linha. A questão é que odiava uma caricatura da Igreja Católica que me passavam outras pessoas. Cometi o erro de não estudar o meu adversário que era a Igreja Católica. Quando li o catecismo ficou tudo muito claro para mim na questão das mentiras ou ignorância promovidas pelos pregadores protestantes sobre a Igreja Católica. Não poderia mais confiar neles. O catecismo da Igreja Católica ensina que Jesus é o único mediador. O tratado de devoção a Santíssima Virgem diz Maria é menor que um átomo diante de Deus. Lendo Lutero e Calvino e outros reformadores percebi que todos defenderam a perpértua virgindade de Maria. Fiquei assustado com a quantidade de obras sociais da igreja católica. As pessoas trabalham em silêncio. Quando comecei a visitar orfanatos nem precisavam de mim, tão grande era a quantidade de católicos que lá estavam aparando crianças órfãos e trocando lazer por momentos de amor. Poderia ficar aqui horas falando dos conceitos que havia recebido sobre os católicos nas denominações protestantes. Eu não fui lesado ou roubado por ninguém e nem discriminado no protestantismo. E o mais interessante é que a Igreja Católica determina que os protestantes nascidos em comunidades protestantes devem ser chamados de cristãos. A Igreja Católica não exige novo batismo para os protestantes que resolvem converter-se ao catolicismo. A Igreja Católica atesta que o Espírito Santo atua nas comunidades protestantes. Tudo diferente do que eu tinha vivido no protestantismo onde o ódio e aversão pela Igreja Católica salta aos olhos de qualquer um. Percebi que os crentes em sua grande maioria não fumam, não bebem, mas também não fazem nada por ninguém, com raras exceções. Fala-se muito dos pregadores da prosperidade, mas ninguém percebe que as pessoas que vão atrás destes pregadores não são muito diferentes deles. Também estão atrás de facilidades e rejeitam o evangelho de cruz. E o que foi mais chocante para mim foi perceber que a Missa Católica é 100% cristocêntrica ao contrário dos cultos evangélicos onde se dá muita ênfase ao velho testamento e onde Davi, Eliseu, Moisés são mais citados do que Jesus muitas vezes, sem contar o diabo que parece ser a maior celebridade. Na maioria das Missas Maria nem mesmo é citada. A ficha caiu e eu deixei a porta larga que é o protestantismo onde basta levantar o dedo e "aceitar" Jesus para ser salvo e assumi a porta estreita onde aprendi a carregar a minha cruz e perseverar até o fim. Quem pretende combater a Igreja Católica e não nego que é lícito discordar, pelo menos deve ler mais sobre o catolicismo para não repetir feito papagaio o que os falsos mestres Mafalafaias, Santiagos, Soares, Terra Nova, Valadão e principalmente o degenerado Macedo andam pregando por aí. E o curioso é que os protestantes históricos tem uma posição de respeito perante os católicos a ponto de declararem o Papa Bento XVI como o maior teólogo da atualidade e juntos estamos unidos em várias frentes comuns e participando ativamente de campanhas sociais com a participação de todos. Há respeito entre estas comunidades e troca de experiências com o amor fraternal.
ResponderExcluirMuitos são enganados com estas heresias.
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