Depois do púlpito: A aposentadoria dos servos de Deus.
https://genizah-virtual.blogspot.com/2010/05/depois-do-pulpito-aposentadoria-dos.html
Previdência para pastores ainda é negligenciada no Brasil, mas igrejas começam a pensar mais seriamente no assunto.
CRISTIANISMO HOJE
Marcelo Barros
Marcelo Barros
Seguridade social, no Brasil, é tema dos mais espinhosos. Abalado por prejuízos que se acumulam ano a ano, fraudes monumentais e desigualdades que privilegiam um pequeno grupo de aquinhoados em detrimento de milhões de segurados que vivem à míngua, o sistema previdenciário nacional caminha para o colapso. Previsões mais pessimistas apontam que, por volta da década de 20 deste século, o equilíbrio atuarial, hoje mantido graças a generosos aportes do Tesouro Nacional, irá definitivamente para o espaço. Não haverá mais como garantir o pagamento dos benefícios que até lá serão concedidos, já que o número de trabalhadores ativos será semelhante ao de aposentados e pensionistas. O rombo, tanto no setor público – onde está o maior déficit – quanto no privado, já se aproxima dos R$ 50 bi anuais.
Diante das perspectivas sombrias, o trabalhador não tem muito para onde correr. No Brasil, todo empregado formal (ou seja, aquele que tem carteira profissional assinada ou está vinculado por lei ao serviço público) desconta, em média, 11% de sua renda mensal para a Previdência Social. É o chamado sistema contributivo, onde todos destinam parte do que ganham para a formação de um fundo a ser repartido. Os trabalhadores da iniciativa privada recolhem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), enquanto que os funcionários públicos têm sistemas próprios.
Como a conta não fecha e os benefícios, em média, são pequenos, quem tem condições adere aos chamados fundos de previdência facultativos, a fim de garantir uma renda extra na inatividade. Ainda é coisa para poucos – dos segurados do INSS, 70% recebem apenas um salário mínimo por mês. Por isso, a imagem clássica do aposentado de chinelos, pescando com os netos na beira da praia ou regando plantas no jardim, corresponde cada vez menos à realidade. É crescente o número de idosos que precisam trabalhar até a morte para garantir a sobrevivência.
Se a situação já é difícil para quem está vinculado compulsoriamente à Seguridade Social, pior fica para os trabalhadores do mercado informal ou aqueles que exercem atividades que não geram vínculo empregatício. Nesta categoria estão incluídos pastores, missionários e obreiros evangélicos, cuja relação com igrejas e ministérios não é regida pelas leis trabalhistas (ver quadro). Embora o Ministério do Trabalho considere o ofício de ministro religioso como uma ocupação, não existe posição fechada na Justiça especializada, e os trabalhadores da fé, via de regra, não têm qualquer garantia de que seus direitos serão respeitados. Eles transitam numa espécie de limbo jurídico, onde não existe a relação patrão-empregado. E isso, para efeitos previdenciários, pode ser um desastre. É comum encontrar religiosos em fim de carreira dependendo da ajuda familiar ou da caridade alheia para sobreviver. Um fim lamentável para muita gente que, à semelhança do apóstolo Paulo, combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé.
Um exemplo de como o assunto é negligenciado no país é a situação do pastor Valdebam Alves de Almeida. Aos 50 anos de idade, ela vive com a mulher e os três filhos em Santa Teresinha, no agreste de Pernambuco, a 450 quilômetros da capital, Recife. Com dezenove anos de ministério, ele recebe seu sustento da Igreja O Brasil para Cristo, a serviço da qual implanta templos no interior. Homem de fé, tem feito um belo trabalho para o Reino de Deus – mas, em relação às coisas deste mundo, parece totalmente desinformado. “Nunca pensei nesse negócio de aposentadoria, não tenho a menor ideia de como seja”, responde, ao ser indagado sobre previdência. Segundo Valdebam, sua igreja nunca tocou neste assunto com ele. “Nestes rincões, não importa qual seja a denominação, isso não é sequer comentado nas igrejas”, diz.
Penúria – A bem da verdade, o pastor não está totalmente desamparado. Há dois anos, quando sua mulher teve um câncer no útero, a igreja levou-a para São Paulo, custeando todos os exames e a cirurgia. Mas, em relação ao futuro, Valdebam demonstra não saber o que vai acontecer com ele e sua família, quando não puder mais exercer o ministério. Com simplicidade, o obreiro aproveita a ligação do repórter para perguntar: “Será que o irmão sabe me dizer quando eu me aposento?”. Ele diz temer encerrar seus dias como o pastor Zacarias Salvador, célebre evangelista do sertão, que morreu há alguns anos na pobreza absoluta. Durante anos e anos, Zacarias semeou igrejas em localidades ainda virgens para o Evangelho, como Piancó, Teixeira e Olho D’Água. Além de pregar, ele punha literalmente a mão na massa. Segundo Valdebam, o homem participava da construção dos templos e ainda visitava as viúvas e os doentes ativamente. “Mas o fim da vida dele foi muito triste”, lamenta. “Infelizmente, tenho visto irmãos terminarem o ministério em pé de miséria”, preocupa-se.
CRISTIANISMO HOJE não obteve retorno da Igreja O Brasil para Cristo na solicitação de informações sobre a previdência de seus pastores. Na maioria dos casos, a questão é negociada entre o ministro e sua igreja local, mas várias denominações têm montado estruturas próprias ou firmado parcerias com empresas especializadas, a fim de fornecer aposentadorias e pensões a seu pessoal (ver quadro). Mas, embora semelhantes, os termos previdência e providência, inclusive a divina, nem sempre combinam, ainda mais quando o pastor não procura garantir alguns direitos ao longo da vida. “Jamais pensei em aposentadoria na velhice, nem exigi nada da igreja nenhuma que liderei”, reconhece o evangelista Clério Boechat de Oliveira, de 97 anos. O passado missionário, quando percorria a região de Maricá (RJ) em lombo de burro anunciando a Palavra de Deus, não lhe rendeu nada material além de uma aposentadoria por velhice, de um salário mínimo, ou 510 reais – o piso nacional da Previdência.
Para conseguir mais que isso, Clério teria que ter contribuído para o INSS de maneira mais efetiva, o que não aconteceu. “Eu confiava só no Senhor”, conta o ancião, que afastou-se dos púlpitos quando a saúde lhe faltou. “Ele era apaixonado por missões, vivia para a pregação do Evangelho”, diz a filha Clícia, técnica de enfermagem e dona da casa onde hoje o pastor reside com a mulher, Pearl White, de 88 anos. Segundo ela, é a família que não os deixa passar fome. “Graças a Deus, eu e meus irmãos podemos ampará-los”, revela. “Mas minha mãe já sofreu cinco derrames e dois enfartes. Como seria se eles tivessem de comprar remédios, pagar médicos, além de comida e moradia, com o que ganham?”, indaga. “O abandono é uma dura realidade”, constata.
“O apoio a obreiros na terceira idade em nosso país é muito frágil, para não dizer negligente”, concorda o pastor Pedro Luis da Silva, da Igreja Batista Independente Sertaneja. Como diretor do Seminário da Juventude Evangélica da Paraíba (Juvep), ele percorre o Nordeste desenvolvendo seu trabalho missionário e encontra casos chocantes. “Às vezes, o próprio pastor não dá importância à questão. Noutros casos, falta planejamento das igrejas”, avalia Pedro, cuja contribuição previdenciária é paga pela entidade que dirige.
Previdência complementar – No contexto urbano, onde há mais acesso à informação, a situação é diferente. Pastores de igrejas de médio e grande porte contam com o incentivo de suas organizações para que planejem devidamente sua carreira. Mesmo assim, é preciso haver controle. Na Igreja Missionária Evangélica Maranata, do Rio de Janeiro, a direção responsabiliza-se pelo recolhimento ao INSS. “A primeira coisa que fiz quando assumi a presidência administrativa do ministério foi tirar os carnês das mãos dos pastores”, diz a pastora Claudete Brito. “Como não há desconto fixado em folha, eles acabavam decidindo quando e quanto pagar, e não o faziam com regularidade”.
Segundo ela, o problema nas igrejas aumenta porque os pastores muitas vezes são negligentes consigo mesmos. Na Maranata, um contador contratado é responsável pelo setor. A estratégia se mostrou tão acertada que a igreja decidiu se encarregar ainda do pagamento dos planos de saúde de seus pastores e das respectivas famílias. Os dois valores não são debitados da remuneração. “O objetivo é que nossos obreiros possam se aposentar pelo teto previdenciário”. Hoje, este valor é de aproximadamente R$ 3,5 mil. “Toda essa preocupação se fez necessária devido às tristes experiências que, infelizmente, vemos todos os dias com pastores, missionários e suas viúvas também”, encerra Claudete.
Já a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) optou, há 15 anos, pelo estabelecimento de um fundo próprio de pensão. O IPBPrevi, firmado em parceria com o Banco do Brasil, funcionava em sistema de repartição: o pastor pagava um terço da contribuição, a igreja local, outro tanto, e o Supremo Concílio da denominação complementava o recolhimento. O sistema foi mantido até o ano passado, quando a Comissão de Previdência Saúde e Seguridade (CPSS) da IPB – entidade cujo objetivo é instituir e acompanhar o desempenho de planos de complementação de aposentadoria voltados aos pastores e funcionários da igreja – resolveu migrar para outra instituição previdenciária, o Banco Icatu, após uma licitação com dez outras empresas. O relator da CPSS, pastor Antônio de Oliveira Júnior, explica que a mudança visou a adequar o produto às necessidades dos segurados: “Fizemos uma avaliação do plano antigo e vimos no mercado que era melhor mudar de imediato para outro que tivesse um desenho mais rentável”.
Acontece que o modelo anterior perdeu a capacidade de, ao contrário do que foi prometido na época de sua contratação, garantir um benefício previamente estipulado. O pastor projetava um valor que gostaria de receber no futuro, e a contribuição levava em conta esta simulação, assim como a idade do segurado. O rompimento do contrato provocou polêmica entre a liderança da igreja. “Houve quem manifestasse sua indignação publicamente, como foi o caso do ex-presidente do Supremo Concílio, o reverendo Guilhermino Cunha”, conta uma fonte que pede para não ser identificada para evitar atritos com a cúpula da denominação. Foi justamente na gestão do atual pastor da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro que o IPBPrevi foi instalado.
Guilhermino nega que tenha se aborrecido com a mudança: “A prova de que me comprometi e acreditei desde o início é que sou o beneficiário nº 001”, diz. “Quando foi feito, o plano era excelente, mas recentemente não era mais um bom negócio”, admite. Ele conta que, ao contrário de colegas que migraram para o Icatu em novas condições, preferiu liquidar seu plano, que teria fim em 2011, e receber o capital investido todo esse tempo. Só que o valor, de R$ 85 mil, sofreu tributação fiscal. Resultado: o pastor, que desejava investir em imóveis, amargou prejuízo.
Na Assembleia de Deus, 2010 também promete ser de mudanças na área previdenciária. A Convenção Geral da denominação (CGADB) anuncia para este ano o lançamento de um plano de aposentadoria complementar para seus mais de 35 mil filiados. “Até agora, não temos nenhum sistema de aposentadoria, apenas um caixa beneficente que, em alguns casos, complementa o benefício”, informa o pastor Cyro Mello, secretário-adjunto da CGADB. Contudo, ele alega que obreiros inativos em situação de penúria são coisa do passado na Assembleia de Deus. “Hoje, se houver algum caso, embora eu desconheça, pode ocorrer por ignorância nas regiões mais remotas. Mas conscientizar a igreja dessa necessidade tem sido uma luta nossa”, diz o pastor. De acordo com ele, sempre fez parte das atribuições das convenções regionais ou estaduais orientar as congregações no sentido de negociar diretamente a cobertura previdenciária com seus pastores, a maioria dos quais são segurados do INSS como autônomos.
Planejamento – O pastor presbiteriano Isaías de Souza Maciel, presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil (Omeb), defende que todo líder religioso procure se informar e tomar as providências no sentido de se prevenir não só em relação ao futuro, mas também diante de fatalidades – como nos casos de invalidez permanente ou de morte, nos quais a Previdência Social ampara o trabalhador e suas famílias. “Não me refiro apenas aos pastores, mas também aos zeladores e toda a equipe de trabalho das congregações”, destaca Maciel. Para ele, é preciso superar certos constrangimentos. “Até pastores experientes ficam melindrados em tratar disso com suas congregações. Mas essa é uma atitude perigosa, que o desvaloriza e que poderá ter um desdobramento terrível”, alerta. O dirigente da Omeb, entidade que congrega cerca de 15 mil religiosos em todo o país, diz que é preciso compartilhar responsabilidades. “A conta deve ser dividida entre os obreiros e as igrejas. Temos visto inúmeros casos de homens de Deus totalmente desamparados na velhice”, lamenta o líder.
Para o pastor Lélio Barros, hoje com 88 anos, a solução foi um bom planejamento de vida. Sentindo-se chamado pelo Senhor para o evangelismo, ele manteve uma dupla jornada durante muitos anos: além das tarefas espirituais, dedicava-se ao seu escritório de contabilidade. “Demorei para assumir o ministério porque temia pelo meu futuro”, diz ele, que prestou serviços a empresas de grande porte sem abrir mão da obra de Deus. “Por causa disso, nunca pastoreei igrejas grandes. Estive à frente de dezenas de trabalhos, mas quando chegávamos à marca de 150 membros, eu sentia no coração o desejo de investir em outra congregação, menor ou mesmo inexistentes”, conta Lélio, que hoje mora com a mulher num apartamento próprio na Zona Sul de Niterói (RJ). “Minha decisão de ter continuado trabalhando como contador hoje me proporciona uma aposentadoria tranquila.”
De modo geral, as igrejas evangélicas promovem o recolhimento de seus pastores junto à Previdência oficial, com ou sem desconto no salário, ou estabelecem que cada um contribua através do chamado carnê de autônomo. Mas algumas denominações têm planos próprios ou estabelecem convênios com empresas especializadas em previdência privada:
Convenção Batista Brasileira (CBB) – Cada congregação é autônoma para definir a questão com seu pastor. Há igrejas que assumem o compromisso de fazer os recolhimentos junto à Previdência Social, incorporando-os ao pacote de remuneração. Outras entendem que é obrigação de cada ministro contribuir com o valor que quiser sobre seus rendimentos. Ultimamente, muitos ministros batistas têm sido contemplados pelas congregações que lideram com planos de previdência privada, a fim de complementar o que receberão do INSS
Igreja Congregacional – De acordo com o pastor Ivo Lídio Köhn, presidente da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (UIECB), são os pastores que pagam a sua contribuição ao INSS como contribuintes autônomos. Os obreiros mais jovens, diz ele, estão sendo orientados a ingressar também num plano de previdência privada. A UIECB mantém um seguro para o pastor e sua família, que gera um pecúlio em caso de morte do titular. Em relação a obreiros inativos e viúvas de pastores, Köhn diz que a denominação tem procurado ampará-los na medida da possibilidade
Assembleia de Deus – A principal convenção da denominação, com cerca de 35 mil filiados, anuncia para este ano a instituição de uma previdência complementar a seus ministros, em parceria com uma empresa privada. As igrejas locais negociam diretamente a cobertura previdenciária com seus pastores
Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) – Todos os pastores, ao ingressar no ministério em tempo integral, são orientados a manter em dia o carnê do INSS. No caso dos obreiros que também atuam no mercado de trabalho secular, a Quadrangular os estimula a fazer contribuições autônomas, caso o recolhimento feito por suas empresas não atinja o teto estabelecido pela Previdência oficial
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – No início, a previdência dos pastores luteranos no Brasil estava vinculada a caixas de aposentadoria da Alemanha, sede da denominação. Em 1916, surgiu a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Pastores (CAPP), mais tarde substituído pelo Fundo Especial de Ressarcimento e Amparo Pecuniário. Desde 1993, a IECLB mantém o Luterprev – Entidade Luterana de Previdência Privada.
Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – Há 15 anos, oferece planos de previdência complementar a seus pastores. Os custos são divididos entre o titular, a igreja loca e o Supremo Concílio da denominação. O objetivo é complementar a renda que cada um receberá do INSS na inatividade.
O Ministério do Trabalho define que são ministros de confissão religiosa aqueles que, entre outras atividades, “realizam liturgias, celebrações, cultos e ritos, pesquisam a doutrina e transmitem ensinamentos religiosos”, além de praticar “vida contemplativa e meditativa”. A natureza de tais atribuições, bem como o tipo de vínculo que os liga a suas organizações eclesiásticas, faz com que o trabalho religioso, no Brasil, não seja regulamentado como as profissões seculares. Segundo o artigo 12 no da Lei 8.212/91, eles também são contribuintes obrigatórios, individuais, do sistema de Previdência oficial – mas não há vinculo do pastor, para fins previdenciários, com a igreja. Ou seja, se a congregação quiser assumir o ônus das contribuições, deverá fazê-lo por mera liberalidade, sem obrigação legal.
A Instrução Normativa n° 3, de 14 de julho de 2005, define que a contribuição social previdenciária do ministro de confissão religiosa deve ser de 20% sobre o valor declarado, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição. Outro ponto importante: não existe incompatibilidade entre o recebimento de benefícios da Previdência oficial, mantida pelo INSS, e de planos privados. Assim, as duas contribuições podem ser feitas simultaneamente, proporcionando no futuro duplo benefício. Pode-se ainda optar pela aquisição de um seguro de vida. Neste caso, com mensalidades relativamente baixas, é possível garantir uma boa cobertura ao cônjuge sobrevivente ou aos filhos. Mas atenção – geralmente, o benefício só é pago na ocorrência de morte acidental do titular.
“O apoio a obreiros na terceira idade em nosso país é muito frágil, para não dizer negligente”, concorda o pastor Pedro Luis da Silva, da Igreja Batista Independente Sertaneja. Como diretor do Seminário da Juventude Evangélica da Paraíba (Juvep), ele percorre o Nordeste desenvolvendo seu trabalho missionário e encontra casos chocantes. “Às vezes, o próprio pastor não dá importância à questão. Noutros casos, falta planejamento das igrejas”, avalia Pedro, cuja contribuição previdenciária é paga pela entidade que dirige.
Previdência complementar – No contexto urbano, onde há mais acesso à informação, a situação é diferente. Pastores de igrejas de médio e grande porte contam com o incentivo de suas organizações para que planejem devidamente sua carreira. Mesmo assim, é preciso haver controle. Na Igreja Missionária Evangélica Maranata, do Rio de Janeiro, a direção responsabiliza-se pelo recolhimento ao INSS. “A primeira coisa que fiz quando assumi a presidência administrativa do ministério foi tirar os carnês das mãos dos pastores”, diz a pastora Claudete Brito. “Como não há desconto fixado em folha, eles acabavam decidindo quando e quanto pagar, e não o faziam com regularidade”.
Segundo ela, o problema nas igrejas aumenta porque os pastores muitas vezes são negligentes consigo mesmos. Na Maranata, um contador contratado é responsável pelo setor. A estratégia se mostrou tão acertada que a igreja decidiu se encarregar ainda do pagamento dos planos de saúde de seus pastores e das respectivas famílias. Os dois valores não são debitados da remuneração. “O objetivo é que nossos obreiros possam se aposentar pelo teto previdenciário”. Hoje, este valor é de aproximadamente R$ 3,5 mil. “Toda essa preocupação se fez necessária devido às tristes experiências que, infelizmente, vemos todos os dias com pastores, missionários e suas viúvas também”, encerra Claudete.
Já a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) optou, há 15 anos, pelo estabelecimento de um fundo próprio de pensão. O IPBPrevi, firmado em parceria com o Banco do Brasil, funcionava em sistema de repartição: o pastor pagava um terço da contribuição, a igreja local, outro tanto, e o Supremo Concílio da denominação complementava o recolhimento. O sistema foi mantido até o ano passado, quando a Comissão de Previdência Saúde e Seguridade (CPSS) da IPB – entidade cujo objetivo é instituir e acompanhar o desempenho de planos de complementação de aposentadoria voltados aos pastores e funcionários da igreja – resolveu migrar para outra instituição previdenciária, o Banco Icatu, após uma licitação com dez outras empresas. O relator da CPSS, pastor Antônio de Oliveira Júnior, explica que a mudança visou a adequar o produto às necessidades dos segurados: “Fizemos uma avaliação do plano antigo e vimos no mercado que era melhor mudar de imediato para outro que tivesse um desenho mais rentável”.
Guilhermino Cunha, da Igreja Presbiteriana, implementou plano de previdência complementar em sua denominação
Acontece que o modelo anterior perdeu a capacidade de, ao contrário do que foi prometido na época de sua contratação, garantir um benefício previamente estipulado. O pastor projetava um valor que gostaria de receber no futuro, e a contribuição levava em conta esta simulação, assim como a idade do segurado. O rompimento do contrato provocou polêmica entre a liderança da igreja. “Houve quem manifestasse sua indignação publicamente, como foi o caso do ex-presidente do Supremo Concílio, o reverendo Guilhermino Cunha”, conta uma fonte que pede para não ser identificada para evitar atritos com a cúpula da denominação. Foi justamente na gestão do atual pastor da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro que o IPBPrevi foi instalado.
Guilhermino nega que tenha se aborrecido com a mudança: “A prova de que me comprometi e acreditei desde o início é que sou o beneficiário nº 001”, diz. “Quando foi feito, o plano era excelente, mas recentemente não era mais um bom negócio”, admite. Ele conta que, ao contrário de colegas que migraram para o Icatu em novas condições, preferiu liquidar seu plano, que teria fim em 2011, e receber o capital investido todo esse tempo. Só que o valor, de R$ 85 mil, sofreu tributação fiscal. Resultado: o pastor, que desejava investir em imóveis, amargou prejuízo.
Na Assembleia de Deus, 2010 também promete ser de mudanças na área previdenciária. A Convenção Geral da denominação (CGADB) anuncia para este ano o lançamento de um plano de aposentadoria complementar para seus mais de 35 mil filiados. “Até agora, não temos nenhum sistema de aposentadoria, apenas um caixa beneficente que, em alguns casos, complementa o benefício”, informa o pastor Cyro Mello, secretário-adjunto da CGADB. Contudo, ele alega que obreiros inativos em situação de penúria são coisa do passado na Assembleia de Deus. “Hoje, se houver algum caso, embora eu desconheça, pode ocorrer por ignorância nas regiões mais remotas. Mas conscientizar a igreja dessa necessidade tem sido uma luta nossa”, diz o pastor. De acordo com ele, sempre fez parte das atribuições das convenções regionais ou estaduais orientar as congregações no sentido de negociar diretamente a cobertura previdenciária com seus pastores, a maioria dos quais são segurados do INSS como autônomos.
Planejamento – O pastor presbiteriano Isaías de Souza Maciel, presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil (Omeb), defende que todo líder religioso procure se informar e tomar as providências no sentido de se prevenir não só em relação ao futuro, mas também diante de fatalidades – como nos casos de invalidez permanente ou de morte, nos quais a Previdência Social ampara o trabalhador e suas famílias. “Não me refiro apenas aos pastores, mas também aos zeladores e toda a equipe de trabalho das congregações”, destaca Maciel. Para ele, é preciso superar certos constrangimentos. “Até pastores experientes ficam melindrados em tratar disso com suas congregações. Mas essa é uma atitude perigosa, que o desvaloriza e que poderá ter um desdobramento terrível”, alerta. O dirigente da Omeb, entidade que congrega cerca de 15 mil religiosos em todo o país, diz que é preciso compartilhar responsabilidades. “A conta deve ser dividida entre os obreiros e as igrejas. Temos visto inúmeros casos de homens de Deus totalmente desamparados na velhice”, lamenta o líder.
Para o pastor Lélio Barros, hoje com 88 anos, a solução foi um bom planejamento de vida. Sentindo-se chamado pelo Senhor para o evangelismo, ele manteve uma dupla jornada durante muitos anos: além das tarefas espirituais, dedicava-se ao seu escritório de contabilidade. “Demorei para assumir o ministério porque temia pelo meu futuro”, diz ele, que prestou serviços a empresas de grande porte sem abrir mão da obra de Deus. “Por causa disso, nunca pastoreei igrejas grandes. Estive à frente de dezenas de trabalhos, mas quando chegávamos à marca de 150 membros, eu sentia no coração o desejo de investir em outra congregação, menor ou mesmo inexistentes”, conta Lélio, que hoje mora com a mulher num apartamento próprio na Zona Sul de Niterói (RJ). “Minha decisão de ter continuado trabalhando como contador hoje me proporciona uma aposentadoria tranquila.”
Prevendo o futuro
De modo geral, as igrejas evangélicas promovem o recolhimento de seus pastores junto à Previdência oficial, com ou sem desconto no salário, ou estabelecem que cada um contribua através do chamado carnê de autônomo. Mas algumas denominações têm planos próprios ou estabelecem convênios com empresas especializadas em previdência privada:
Convenção Batista Brasileira (CBB) – Cada congregação é autônoma para definir a questão com seu pastor. Há igrejas que assumem o compromisso de fazer os recolhimentos junto à Previdência Social, incorporando-os ao pacote de remuneração. Outras entendem que é obrigação de cada ministro contribuir com o valor que quiser sobre seus rendimentos. Ultimamente, muitos ministros batistas têm sido contemplados pelas congregações que lideram com planos de previdência privada, a fim de complementar o que receberão do INSS
Igreja Congregacional – De acordo com o pastor Ivo Lídio Köhn, presidente da União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (UIECB), são os pastores que pagam a sua contribuição ao INSS como contribuintes autônomos. Os obreiros mais jovens, diz ele, estão sendo orientados a ingressar também num plano de previdência privada. A UIECB mantém um seguro para o pastor e sua família, que gera um pecúlio em caso de morte do titular. Em relação a obreiros inativos e viúvas de pastores, Köhn diz que a denominação tem procurado ampará-los na medida da possibilidade
Assembleia de Deus – A principal convenção da denominação, com cerca de 35 mil filiados, anuncia para este ano a instituição de uma previdência complementar a seus ministros, em parceria com uma empresa privada. As igrejas locais negociam diretamente a cobertura previdenciária com seus pastores
Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) – Todos os pastores, ao ingressar no ministério em tempo integral, são orientados a manter em dia o carnê do INSS. No caso dos obreiros que também atuam no mercado de trabalho secular, a Quadrangular os estimula a fazer contribuições autônomas, caso o recolhimento feito por suas empresas não atinja o teto estabelecido pela Previdência oficial
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – No início, a previdência dos pastores luteranos no Brasil estava vinculada a caixas de aposentadoria da Alemanha, sede da denominação. Em 1916, surgiu a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Pastores (CAPP), mais tarde substituído pelo Fundo Especial de Ressarcimento e Amparo Pecuniário. Desde 1993, a IECLB mantém o Luterprev – Entidade Luterana de Previdência Privada.
Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – Há 15 anos, oferece planos de previdência complementar a seus pastores. Os custos são divididos entre o titular, a igreja loca e o Supremo Concílio da denominação. O objetivo é complementar a renda que cada um receberá do INSS na inatividade.
Na forma da lei
O Ministério do Trabalho define que são ministros de confissão religiosa aqueles que, entre outras atividades, “realizam liturgias, celebrações, cultos e ritos, pesquisam a doutrina e transmitem ensinamentos religiosos”, além de praticar “vida contemplativa e meditativa”. A natureza de tais atribuições, bem como o tipo de vínculo que os liga a suas organizações eclesiásticas, faz com que o trabalho religioso, no Brasil, não seja regulamentado como as profissões seculares. Segundo o artigo 12 no da Lei 8.212/91, eles também são contribuintes obrigatórios, individuais, do sistema de Previdência oficial – mas não há vinculo do pastor, para fins previdenciários, com a igreja. Ou seja, se a congregação quiser assumir o ônus das contribuições, deverá fazê-lo por mera liberalidade, sem obrigação legal.
A Instrução Normativa n° 3, de 14 de julho de 2005, define que a contribuição social previdenciária do ministro de confissão religiosa deve ser de 20% sobre o valor declarado, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição. Outro ponto importante: não existe incompatibilidade entre o recebimento de benefícios da Previdência oficial, mantida pelo INSS, e de planos privados. Assim, as duas contribuições podem ser feitas simultaneamente, proporcionando no futuro duplo benefício. Pode-se ainda optar pela aquisição de um seguro de vida. Neste caso, com mensalidades relativamente baixas, é possível garantir uma boa cobertura ao cônjuge sobrevivente ou aos filhos. Mas atenção – geralmente, o benefício só é pago na ocorrência de morte acidental do titular.
é se não tivessem feito do levar o evangelho, carreira com pós graduação e tudo mais, e tivessem feito uma carreira normal como todo e qualquer mortal que queira ter uma aposentadoria, não estariam passando por isso...
ResponderExcluirpra mim vender o evangelho é vender o evangelho , seja por quanto e como for , é vender!!!
Parabéns pela matéria exibida. De fato é preocupante a situação de milhares de ministros, precisamos "abrir os olhos" para esta realidade. Afinal, como diz meu marido, o Pr. Carlos, "ainda estamos na Terra".
ResponderExcluirGostaria de apenas informar que o presidente da UIECB (União das Igrejas Evangélicas do Brasil é o Pastor Oswaldo Lopes dos Santos e que o pastor informado não faz parte da diretoria da UIECB como informado. Dúvidas poderão ser sanadas ao acessar o site da denominação (www.uiecb.com.br).
ResponderExcluirA Assembleia de Deus em Pernambuco (CONADEPE)tem um sistema previdenciário. Funciona, assim, cada filial ( a central é a igreja-mãe Recife) repassa 13% do que arrecadam para um departamento da igreja que é responsável pela área, esse dinheiro mantém o pagamento dos pastores jubilados, viúvas, obreiros cujas igrejas não condições de mantê-los e missionários.
ResponderExcluirPrezados, parabens pela inteligente materia que espero que traga uma seria reflexão das Igrejas Pentencostais, haja vista que na epoca que ainda estava na Assembleia de Deus como Diacono da mesma, estive reunido por duas vezes com Diretores da CGADB no RJ para apresentar o ELPrev a Previdencia Privada Associativa que antes havia sido apresentado a CONAMAD, sendo Despresada por ambas convenções, como se nada tivessem a haver com subsistencia dos seus valorosos ministros no momento de passarem o cajado para sua sucessores. Sou Corretor de Seguros especializado em previdência privada e lamento o descaso dos lideres de ambas as convenções que nada fizeram e creio que nada iram fazer, pois estão querendo lidar com um sistema que desconhecem sem a devida orientação e esperiência de empresas que realmente conhece esse mercado. ESPERO QUE ACORDEM A TEMPO, ANTES QUE MAIS PASTORES E MISSIONÁRIOS SOFRAM COM RELAXAMENTO COM OS DOMESTICOS DA FÉ.
ResponderExcluirMeus amados,
ResponderExcluirSerá que podemos andar ansiosos por isso? Essa é uma exceção à regra do Senhor? O que quer dizer: "Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram" (Hb 13.7), em seu contexto imediato e no contexto geral do Evangelho? Será que o Senhor nos concede uma licensa do viver em fé, para nos regalarmos em uma aposentadoria da pregação do Evangelho?
Acho muito estranho não encontrar respaldo bíblico para esse tipo de pensamento. Pensava que estávamos aqui para nos colocarmos à disposição de Jesus, como Seus instrumentos, para que Ele nos usasse como e quando quisesse. Mas, se defino o tempo para a minha aposentadoria, sou eu que determino como e quando devo ser usado por Ele.
Estranho... muito estranho!
Fiquem na Paz do Senhor Jesus!
A última foto da matéria (sem legenda ou menção no texto) é de pastores da IELB (Igreja Evangélica Luterana do Brasil). Talvez erro de edição, pois a mesma nem é citada no contexto.
ResponderExcluirConheço pastores que não tem condições de arcar com as contribuições junto à Previdência.Isso por-
ResponderExcluirque suas igrejas são pequenas e mal podem pagar o
aluguel do prédio da igreja.e muitos quando falam
em dízimos e ofertas ainda sofrem e tem que ouvir:
"Eu pago seu salário,então vc tem que pregar só o
que eu quero ouvir".è uma questão mais do que jus-
ta os pastores receberem o benefício ao se aposen-
tarem,mas há um pessoalzinho por aí bem complicado.É por essas e por outras que muitos
pastores seguem com seus trabalhos seculares,as
sim não precisam escutar calados essas gracinhas
Parabenizo o autor da matéria. Este assunto deveria ser mais divulgado, pois assim eu não téria o meu pai jubilizado sem salario e precisando de ajuda dos filhos para sobreviver. Divulge isto para todas as convenções deste pais, para que não venhamos a ver viuvas de pastores que deram as suas vidas em pró do evangelho a passar necessidades. Parabens mais uma vez pela excelente materia.
ResponderExcluirQuem quer ser pastor sabe disto, depois que consegue chegar a uma igreja, começa a ter suas cobranças. Digno é o obreiro so seu salario, parou de trabalhar não é obreiro mais. Isso não tem amparo biblico.
ResponderExcluiré preocupante mesmo a situaçao dos pastores,pois ninguem se importa,só resta trabalhar na area secular,pois pelo menos uma aposentadoria teremos.que Deus tenha misericordia das nossas vidas.rev nonato lago
ResponderExcluirvejo uma dificuldade uma previdência é mais que justa pra os ministros agora se nao tiver uma previdência como fica uma igreja que ao longo dos anos os dignos pastores se aposentam e outros novos inicia no trabalho e precisão de seus salários se isto sair do caixa DA IGREJA AONDE VAMOS CHEGAR COMO COBRIREMOS TANTAS APOSENTADORIAS E SALÁRIOS PARA OS NOVOS OBREIROS .
ResponderExcluirInteressante que a foto dos pastores usando talar é de pastores da IELB. Sei por conhecê-los. Não há legenda e não se fala da IELB no texto, só da IECLB.
ResponderExcluirEsquisito isso!
Abraço,
Cesar
Ah, na IELB as comunidade são recomendadas a pagarem 50% da contribuição com a previdência social. Os pastores pagam os outros 50%. As comunidades mais abastadas podem pagar 100% ou até previdência privada. As comunidades mais pobres recebem subsídio da Igreja como um todo.
ResponderExcluirAbraço,
Cesar
depois de velho a fé é no inss. rsss
ResponderExcluirÉ muito TRISTE ver igrejas que nao fazem parte de instituições mais antigas, como batistas, presbiterianos e luteranos etc..., decidirem, pela cabeça de UM homem só,(os apóstolos, bispos, Profetas...etc)...DECIDIREM SOBERANOS, o FUTURO dos demais pastores (pastores iguais a eles ou superiores por formação as vezes)e estes líderes, nem sequer ouvem, o que A IGREJA, gostaria de fazer pelos DEMAIS pastores que trabalham "ABAIXO" dele...Via de regra, este "esperto",...é RICO, MORA EM CASA E APTO LUXUOZÍSSIMO, possue carros importados, empresas "próprias" que vivem do leite que a igreja dele mesmo emana...(acampamentos, local de retiros, prestadoras de serviços, etc...)
ResponderExcluirHá pastores nestas igrejas que tem "DONO", que dependem 100% da pura misericórdia de Deus neste assunto de SALÁRIO MENSAL, INSS, PREVIDENCIA PRIVADA, FGTS, seguros de saúde e vida, etc...
Eu, sou só MAIS UM destes, pois vivo isto! Sou Pastor formado em Seminário e 25 anos de ministério integral na obra...Eu, vivo de um destes apóstolos que sozinhos DECIDEM TUDO, e os pastores de minha, digo dele, igreja, recebem OFERTAS MINISTERIAIS(nome escolhido por ele), porém, estas ofertas, passam por correção monetária SEM A MENOR LEGISLAÇÃO OU LÓGICA, pois sao corrigidas há cada "N" anos... Irmãos... há pastores daqui, há quase 15 anos, sem correção monetária, seque PERTO do custo de vida, com AUMENTOS rídiculos de R$ 100,00, a cada 4 anos ou mais...Enquanto isso o "dono da igreja", vive de luxos na frente de todos e MAIS AINDA ESCONDIDOS da igreja, para que ela nao escandalize e continue achando então, que o pastor-senior é "próspero e muito abençoado"...enquanto os demais pastores e líderes "do ministério", fazem o tal do "apóstolo, bispo, missionário, etc" crescer, já que os que recebem a "OFERTA MINISTERIAL", cuidam de areas da igreja que ele "nem passa por perto" - QUANDO TEREMOS UMA LEGISLAÇÃO PARA AO MENOS POLICIAR TAIS ABUSOS? Perdão não me identificar, pois SERIA "MANDADO EMBORA", se der a minha opinião apenas, quanto a isto...Orem por isto....Pois o Brasil está forrado deste disparate e abusos dos chefes de denominações fundadas por homens ávidos por poder e $ !!!
Amigo, você que falou dos DONOS que não reajustam o salário dos pastores...
ResponderExcluirSaia dessa igreja! Pronto! Estude mais e procure uma denominação séria. Esses pilantras sobrevivem por causa de pessoas como vc, que sabem que tudo está errado, mas continuam por um motivo ou outro.
Abraço,
Cesar
A paz!
ResponderExcluirNão sou teóloga, mas tenho um caso semelhante dentro da minha família. Penso que Deus tem uma balança. O justo viverá pela fé. Aguardamos pela fé que o homem venha resolver ser justo, por que Deus é justo. Exemplo: Não se pode resolver o problema de 07 obreiros sendo que na mesma igreja temos 12 obreiros. Como ficam os outro 05?
Essa balança está fora de plumo. É preciso que não haja discriminação. Sabem por que digo isso? Porque de vez enquanto alguém aposenta, Deus sabe como! Ou resolve o problema de todos os ministros ou não resolve de ninguém. Que discriminação é essa! Aposentadorias aparecem não sei como, nas não para todos! Estamos esperando em Deus. Graças a Deus que Ele entrou com providência na minha vida e do meu esposo.
Que Deus nos ajude!!!
ResponderExcluirÈ muito fácil criticar quando não está dentro do problema,como diz o amigo,pastores fazendo pós graduação?Vendendo o evangelho?
ResponderExcluirSinal que não tem conhecimento de como estão vivendo os pastores,que realmente é lamentável e vergonhoso pessoas que pregam o pai ser reis dos reis e não terem salário fixo,não terem um plano de saúde e outras coisas tais como os pastores jubilados que pelo que estamos vendo são humilhados de nem mesmo terem o direito de irem e virem para congregar em sua igreja que há anos cuidaram,zelaram,passaram anos de suas vidas dando de sí.
"A boa vida,a pós graduação(que deveria ser uma obrigação ter,pois hoje ninguém quer ouvir qualquer um falar",são avaliadaos até mesmo pela roupa que usam,seus carros,se são chick's,opa esse é bom,é homem de Deus"infelizmente são para meia dúzia e para os que ligados a eles.
Infelizmente nas igrejas uma coisa é pregada em cima dos púpitos,outra coisa nos bastidores e há uma conclusão:
"As pessoas não gostam de velhos,nem mesmo os hipócritas chamados de crentes,evangélicos,faço partesou evengélica,pago meu dízimo,mas há seis meses meu dizimo estou dando nas mãos dp emu ex pastor que foi jubilado,homem que construiu oito igrejas e propagou o evangelho,passou para seu sucessor as igrejas todas consideradas templos bem estruturados,cheios de pessoas que há anos congregavam ali e a primeira coisa que esse pastor ouviu ao retornar na sede para cear foi:
-Aqui vc não fala mais nada,se quizer fica ai no cantinho calado e não quero contato dos obreiros, nem dos membros da igreja com vc.
Isso não é humilhação?
E o que ficou no papel estipulado para o pastor receber de dois anos recebeu 3 meses e não consegue mais chegar ao seus irmãos e amigos da conamad para ver a situação.
Basta lembrar o amor é tão grande que uma igreja enorme,cheia como a pastor deixou hj nos cultos de domingo há 50 pessoas e durante a semana 5 ou 6, isso na sede.
Cade o amor ao evangelho,as almas?