Ecumenismo: a desculpa "perfeita"
https://genizah-virtual.blogspot.com/2010/01/ecumenismo-desculpa-perfeita.html

Alan Brizotti
Sem maiores rodeios: o ecumenismo é filho da prostituição do pragmatismo com o relativismo. O pragmatismo advoga a duvidosa ideia de que "o importante não é ser certo, mas dar certo". Por sua vez, o relativismo acredita piamente que "não existe verdade fundamental". Esses "ismos" são profundamente nocivos, pois vivem sob a tendência esmagadora da absolutização de suas "verdades".
Desde o Iluminismo, o homem passou a colocar-se no centro do universo. Todas as coisas são para ele. É o resgate de Protágoras e sua filosofia do "homem como medida de todas as coisas". Se entrar em conflito com suas vontades, perde a dignidade, a legitimidade. Na arena medíocre da pós-modernidade (que para mim já é híper-modernidade), a coisa piorou um pouco. É típico da vulgaridade híper-moderna a falência dos valores, dos altos ideais, das grandes verdades.
É preciso lembrar, em amor, que a Bíblia é o livro das grandes verdades! Gosto de "brincar" dizendo que a Bíblia é o livro das "verdades matemáticas", ou seja, verdades bíblicas não carecem de minha aprovação. São o que são! Antes e depois de mim. Interpretações, ainda que magistrais, não podem passar disso: esforço hermenêutico. Podem, à luz do Espírito Santo, transformar-se em bênçãos para nós, contudo também podem, movidas pelas desculpas humanas, tornar-se trágicas.
Esse "outro evangelho" (leia-se ecumenismo) é altamente destruidor, pois não quer a soberania divina e suas dolorosas verdades, apenas uma "desculpa teológica" para continuar nas mesmas velhas veredas. Como a Bíblia é o livro do equilíbrio, não autoriza a intolerância, mas também deixa bem clara sua proposta: amor às pessoas, não ao seu pecado! Jesus diz isso à mulher adúltera de João 8. 11: "Vai, e não peques mais!" Ele não "interpretou teológicamente" o ato da mulher, também não procurou "socializar" a guerra teológica proposta pelos fariseus - Jesus chamou a "adúltera" de mulher (dignidade à pessoa humana), mas chamou seu pecado de pecado!
Na mesa do ecumenismo comem juntos o sincretismo, o animismo sob o disfarce da unção das coisas (rosa ungida, sal grosso, aliança do amor, monte), e tudo quanto for "ismo" que precise de uma desculpa "perfeita". Enquanto isso, o mundo já não sabe se há certo ou errado, mal ou bem, verdade ou mentira. É a destruição das fronteiras. A Babel ecumênica chama todos para o "samba de uma nota só" da teologia doida da mistura.
Por falar em desculpa, não use meu texto para legitimar sua intolerância, libertando o Bin Laden eclesiástico que lhe habita, nem seu ecumenismo, casando com a beldade de Iemanjá que mora perto da sua casa, Sansão! O equilíbrio é uma das verdades fundamentais da Bíblia que mais carecem de um resgate no vale-tudo tresloucado da igreja de hoje.
Não sou irmão de todo mundo (na "genética da fé"), mas posso ser amigo!
Um abraço
Alan Brizotti, escreve para Genizah procurando a complicada linha do equilíbrio.
Precisamos voltar ao primeiro amor! Ao verdadeiro evangelho,o simples onde para orar por alguem bastava impor as mãos sem a necessidade de correntes, pagar ou comprar acessorios "mágicos" como uma rosa, um pano ou um vidro com água do Jordão.
ResponderExcluirEcomenismo não dá certo.
ResponderExcluirPrezado Alan,
ResponderExcluirÓtimo texto. Parabéns.
Mas não espere ser ovacionado (sei que não espera).
Certamente que, muitos irão critica-lo, dizendo que o irmão não tem amor, é intolerante (palavra ambígua), é radical (como se a Bílbia não o fosse), e fundamentalista (quase ninguém sabe o que é isso, mas emprega sempre).
Estive servindo (missionando) em uma igreja de denominação histórica, nos últimos três anos. Nos primeiros meses, tristemente, descobri que a dita denominação estava imersa no "liberalismo teológico". Sabe qual foi o resultado desse envolvimento espúrio?
O namoro e por fim, o casamento com o CMI (Conselho Mundial de Igrejas, para quem não sabe). O Ecumenismo. Triste, muito triste.
Um forte abraço,
Pr. Menga
SOBERANA GRAÇA
(http://smenga.blogspot.com/)
Ecumenismo é uma palavra profundamente cristã, em que todos os que professam Cristo commo Senhhor e Salvador possam compartilhar da mesa da Santa Comunhão. É a unidade na diversidade, é o reconhecimento de que há somente uma igreja, uma só fé, um só batismo, respeitadas as diversidades de cada confissão. É a superação das barreiras históricas entre aqueles que levam a sério a palavra de Cristo que disse: "para que sejam um como eu sou um com o Pai, para que creiam que tu me enviaste". Infelizmente, o protestantismo (ou evangelicalismo) tem fracassado miseravelmente em manter a unidade da igreja, multiplicando divisões até termos tantas denominações quanto as estrelas do céu... Talvez isto ajude a explicar a violenta e radical secularização que se iniciou nos países "protestantizados"...
ResponderExcluirIndico a obra: "Preservando a Unidade do Espírito no Vínculo da Paz" de Gottfried Brakemeier, Ed. ASTE.
Deus é ecumênico?
ResponderExcluir..fim de comentário.