Como podemos consertar o que está errado no mundo?
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Santos sem santidade são a tragédia do cristianismo.A. W. Tozer
A solução proposta da pós-modernidade para consertar o que está errado no mundo é mais educação e governo. “Esta é a única resposta que a nossa cultura consegue propor: ensinar mais coisas às pessoas, e dar a elas mais informação. Como combatemos a Aids (Sida)? Nós combatemos com a conscientização e com o conhecimento da Aids. Como combatemos o racismo? Nós o combatemos oferecendo aulas contra o ódio. [...] O mundo é muito mais educado hoje em dia, do que durante a Primeira Guerra Mundial. E como estamos nos arranjando? Estamos vendo menos guerras? Não. Somente técnicas mais sofisticadas de matança. Agora, devido à nossa “educação”, nós podemos matar mais pessoas em menos tempo do que nunca antes na história.”[1]
Se a solução não está na educação, poderá estar no governo? A depravação total do homem o destituiu da capacidade de governar com justiça. Santo Agostinho escreveu: “Afastada da justiça, que são na verdade os reinos (governos) senão grandes quadrilhas de ladrões? [...] Estas são bandos de gente que se submete ao comando de um chefe, que se vincula por um pacto social e reparte a presa segundo a lei por ela aceita. [...] Foi o que com finura e verdade respondeu a Alexandre Magno certo pirata que tinha sido aprisionado. [...] De fato, quando o rei perguntou ao homem que lhe parecia isso de infestar os mares, respondeu ele com franca audácia: ‘O mesmo que a ti parece isso de infestar o mundo; mas a mim, porque faço com um pequeno navio, chamam-me ladrão, e a ti, porque o fazes com uma grande armada, chamam-te imperador’.”[2]
Nem educação e nem governo conseguirão consertar o que está errado no mundo. Se o que está errado no mundo é o pecado, ninguém, senão Deus, tem o poder para lidar com este assunto.
Talvez você diga: “Se o problema é o pecado, basta então eu ser um bom religioso e conserto o que está errado na minha vida!” Ou quem sabe pode dizer ainda: “Se o problema é o pecado, então vou doar meus bens aos pobres, fazer caridade, e assim conserto o que esta errado na minha vida!” Ou ainda pode dizer: “Se o problema é o pecado, então vou enfiar-me em um mosteiro e viver uma vida santa e assim conserto o que está errado na minha vida!” Nenhuma destas coisas poderão consertar o problema do pecado. “Como podemos consertar o que está errado? O Cordeiro de Deus, imaculado e sem pecado, foi moído, rejeitado e morto, para pagar uma dívida que ele não tinha, em nome dos pecadores que jamais poderiam lhe pagar.”[3]
Se Deus quisesse consertar o mundo ele precisava exterminar com o gênero humano, pois foi o homem, por sua desobediência, que trouxe o pecado ao mundo. No entanto, Deus nos poupou da destruição eterna. Talvez você se pergunte, por que? “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).
Deus não nos destruiu porque ele nos amou, e nos amou tanto, que deixou seu Filho, Jesus, morrer em nosso lugar. E João diz de forma maravilhosa no verso 17: “[...] para que o mundo fosse salvo por ele”. Ao morrer em nosso lugar Jesus criou uma possibilidade de conserto, através da sua morte substituta, para a humanidade.
“No passado, a ira de Deus era apaziguada por meio da morte de um animal sem defeito, e o sangue deste animal era derramado não como pagamento final, mas como promessa de que, quando o Cordeiro de Deus viesse, ele pagaria finalmente o preço total. Quando Jesus morreu na cruz do Calvário e quando ele suspirou pela última vez ali na cruz, ele disse: “Está consumado!” (Jo 19:30) – a justiça de Deus foi plenamente satisfeita . O amor e a misericórdia dele fazem a provisão do único pagamento que poderia aceitar.
Ao pensar no quanto custou a Cristo, o crente deveria afastar-se do pecado, deveria odiá-lo, pois o pecado causou imensa dor, vergonha punição e a morte de Cristo.”[4]
Só há uma hipótese de consertar o que está errado, é através de Jesus Cristo. É por isso que o enganador quer afastar Cristo das escolas, da sociedade, das repartições públicas, e até da igreja. É através do arrependimento dos nossos pecados e da fé em Cristo, que seremos capazes de consertar a nossa vida e a nossa sociedade.
Luis A R Branco é colunista do Genizah
[1] J. Blanchard. Perguntas Cruciais: São José dos Campos, Editora Fiel, 1992, página 59.
[2] BRANCO, Luis Alexandre Ribeiro. Justiça, Uma Perspectiva Bíblica. Lisboa, Edições Escola da Bíblia, 2009, páginas 37 e 38.
[3] Idem, página 71.
[4] Idem, páginas 30 e 31.