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Principios Esquecidos - O Livro do Digão é a dica do Genizah

PRINCÍPIOS ESQUECIDOS

Rodrigo Lima

ditora: AG Books
Número de páginas: 152
Peso: 242 gramas
Edição: 1(2010)
Acabamento da capa: Papel Couché 300g/m², 4x0, laminação fosca


A urgência e a necessidade de uma nova reforma em nossos dias.


Quando olhamos para o passado, temos a tendência de ver as figuras marcantes da história como heróis. Somos tremendamente gratos pela herança que estes homens deixaram para nós. Foram pessoas usadas por Deus para causar um impacto na história, impacto este que perdura até hoje. O que vemos hoje a respeito do legado desses homens? Infelizmente, somente são lembrados nos livros de história, em ilustrações de alguns sermões, ou em aulas de História da Igreja em seminários e faculdades de Teologia. Aquilo que vivenciaram, pregaram, escreveram e ensinaram está em completo desuso, em segundo plano. Ou então, em uso deturpado. Somos filhos da Reforma seja você presbiteriano, menonita, batista, metodista, luterano, pentecostal ou qualquer que seja a denominação ou igreja local à qual você pertença. Porém, nossos pais têm sido esquecidos. Fazemos coisas que em nada lembram aquilo pelo qual eles viveram, lutaram e até morreram: a integridade da prática dos princípios bíblicos. Dá-se mais atenção a visões, percepções, planejamentos, crendices, do que à Bíblia. Precisamos resgatar a Reforma. Precisamos viver aquilo que nos foi ensinado.


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  1. Todos nós precisamos de heróis. Em nossa época, urge encontrá-los. Muitos dos que seriam propensos a servirem como modelos inspiradores à cristandade têm perdido o foco e se deixado fascinar por vaidades. Alguns outros, chegam a se tornar anti-heróis, criando seitas e indo na contramão da verdade de Cristo (esse choque um dia lhes quebrará!). E até os servos sinceros e que se propõem a serem fiéis, num momento ou outro, em uma palavra ou outra, acabam vacilando. Estão todos falhando, uns mais grotescamente e por intenções duvidosas, outros por deixarem de atender à necessidade real da Igreja, por sua própria falibilidade humana. Não podemos tratar esses dois grupos igualmente: uns são falsos, outros, falhos. Há grande diferença entre essas duas palavras. É claro que o confronto a esses líderes é preciso. Mas também nós temos que ser confrontados como Igreja, ou porque idealizados e endeusamos os tais, que só se incham ainda mais com tudo isto. Ou porque estamos depositando em homens de carne e osso expectativas de uma perfeição que eles nunca poderão atender. Afinal, todos os heróis que exaltamos (do passado ou do presente) são apenas homens de barro que decepcionam, exageram, se confundem no que ensinam, se reprovam no que apóiam, alguns se arrependem e voltam atrás, muitos perdem quando deveriam ganhar (ovelhas para Jesus), ganham quando deveriam perder (a sua própria vida). Nenhum deles atende nosso apelo a ser um herói, se os olharmos com sinceridade. Os grandes nomes merecem respeito pelo que deixaram, e mesmo admiração, ou gratidão por sua coragem, não mais que isto. O único Grande Herói a quem, no fim da história, podemos seguramente recorrer é o que deu a vida por nós. Nele temos uma rocha que não falhará. Não serão novos reformadores que salvarão a Igreja de naufragar na apostasia e enganos. Estes "novos reformadores", se assim pudermos chamá-los, são necessários e alguns são levantados por Deus. Mas estes também serão incapazes de socorrer o baluarte da verdade e da fé. Os nossos novos heróis também errarão (tomara que não errem tão grave a ponto de nos escandalizar!). O que nos resta é a mensagem do Evangelho de que tudo isto se findará quando o Reino de Cristo estiver com o Rei no Trono que lhe é devido. Não sejamos omissos, sem nada trabalharmos em busca deste renovo urgente no que chamamos de cristianismo. Também não sejamos descuidados em relação à falsa expectativa (com relação a pessoas) que, cedo ou tarde, nos confundirá. Sempre haverá lobos, enquanto o Pastor não voltar ao aprisco. Mas animemo-nos: Ele está vindo!

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