Jesus não era cristão
http://genizah-virtual.blogspot.com/2010/08/jesus-nao-era-cristao.html
Augustus Nicodemus Lopes
Muita gente pensa que sim. Todavia, a religião de Jesus não era cristianismo. Explico. Jesus não tinha pecado, nunca confessou pecados, nunca pediu perdão a Deus (ou a ninguém), não foi justificado pela fé, não nasceu de novo, não precisava de um mediador para chegar ao Pai, não tinha consciência nem convicção de pecado e nunca se arrependeu. A religião de Jesus era aquela do Éden, antes do pecado entrar. Era a religião da humanidade perfeita, inocente, pura, imaculada, da perfeita obediência (cf. Lc 23:41; Jo 8:46; At 3:14; 13:28; 2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26; 1Pe 2:22).
Já o cristão – bem, o cristão é um pecador que foi perdoado, justificado, que nasceu de novo, que ainda experimenta a presença e a influência de sua natureza pecaminosa. Ele só pode chegar a Deus através de um mediador. Ele tem consciência de pecado, lamenta e se quebranta por eles, arrepende-se e roga o perdão de Deus. Isto é cristianismo, a religião da graça, a única religião realmente apropriada e eficaz para os filhos de Adão e Eva.
Assim, se por um lado devemos obedecer aos mandamentos de Jesus e seguir seu exemplo, há um sentido em que nossa religião é diferente da dele.
Quando as pessoas não entendem isto, podem cometer vários enganos. Por exemplo, elas podem pensar que as pessoas são cristãs simplesmente porque elas são boas, abnegadas, honestas, sinceras e cumpridoras do dever, como Jesus foi. Sem dúvida, Jesus foi tudo isto e nos ensinou a ser assim, mas não é isso que nos torna cristãos. As pessoas podem ser tudo isto sem ter consciência de pecado, arrependimento e fé no sacrifício completo e suficiente de Cristo na cruz do Calvário e em sua ressurreição – que é a condição imposta no Novo Testamento para que sejamos de fato cristãos.
Este foi, num certo sentido, o erro dos liberais. Ao removerem o sobrenatural da Bíblia, reduziram o Jesus da história a um mestre judeu, ou um reformador do judaísmo, ou um profeta itinerante, ou ainda um exorcista ambulante ou um contador de parábolas e ditos obscuros que nunca realmente morreu pelos pecados de ninguém (os liberais ainda não chegaram a uma conclusão sobre quem de fato foi o Jesus da história, mas continuam pesquisando...). Para os liberais, todas estas doutrinas sobre o sacrifício de Cristo, sua morte e ressurreição, o novo nascimento, justificação pela fé, adoção, fé e arrependimento, foram uma invenção do Cristianismo gentílico. Eles culpam especialmente a Paulo por ter inventando coisas que Jesus jamais havia dito ou ensinado, especialmente a doutrina da justificação pela fé.
Como resultado, os liberais conceberam o Cristianismo como uma religião de regras morais, sendo a mais importante aquela do amor ao próximo. Ser cristão era imitar Cristo, era amar ao próximo e fazer o bem. E sendo assim, perceberam que não há diferença essencial entre o Cristianismo e as demais religiões, já que todas ensinam que devemos amar o próximo e fazer o bem. Falaram do Cristo oculto em todas as religiões e dos cristãos anônimos, aqueles que são cristãos por imitarem a Cristo sem nunca terem ouvido falar dele.
Se ser cristão é imitar a Cristo, vamos terminar logicamente no ecumenismo com todas as religiões. Vamos ter que aceitar que Gandhi era cristão por ter lutado toda sua vida em prol dos interesses de seu povo. A mesma coisa o Dalai Lama e o chefe do Resbolah.
Não existe dúvida que imitar Jesus faz parte da vida cristã. Há diversas passagens bíblicas que nos exortam a fazer isto. No Novo Testamento encontramos por várias vezes o Senhor como exemplo a ser imitado. Todavia, é bom prestar atenção naquilo em que o Senhor Jesus deve ser imitado: em procurarmos agradar aos outros e não a nós mesmos (1Co 10:33 – 11:1), na perseverança em meio ao sofrimento (1Ts 1:6), no acolher-nos uns aos outros (Rm 15:7), no andarmos em amor (Ef 5:23), no esvaziarmos a nós mesmos e nos submeter à vontade de Deus (Fp 2:5) e no sofrermos injustamente sem queixas e murmurações (1Pe 2:21). Outras passagens poderiam ser citadas. Todas elas, contudo, colocam o Senhor como modelo para o cristão no seu agir, no seu pensar, para quem já era cristão.
Não me entendam mal. O que eu estou tentando dizer é que para que alguém seja cristão é necessário que ele se arrependa genuinamente de seus pecados e receba Jesus Cristo pela fé, como seu único Senhor e Salvador. Como resultado, esta pessoa passará a imitar a Cristo no amor, na renúncia, na humildade, na perseverança, no sofrimento. A imitação vem depois, não antes. A porta de entrada do Reino não é ser como Cristo, mas converter-se a Ele.
Já o cristão – bem, o cristão é um pecador que foi perdoado, justificado, que nasceu de novo, que ainda experimenta a presença e a influência de sua natureza pecaminosa. Ele só pode chegar a Deus através de um mediador. Ele tem consciência de pecado, lamenta e se quebranta por eles, arrepende-se e roga o perdão de Deus. Isto é cristianismo, a religião da graça, a única religião realmente apropriada e eficaz para os filhos de Adão e Eva.
Assim, se por um lado devemos obedecer aos mandamentos de Jesus e seguir seu exemplo, há um sentido em que nossa religião é diferente da dele.
Quando as pessoas não entendem isto, podem cometer vários enganos. Por exemplo, elas podem pensar que as pessoas são cristãs simplesmente porque elas são boas, abnegadas, honestas, sinceras e cumpridoras do dever, como Jesus foi. Sem dúvida, Jesus foi tudo isto e nos ensinou a ser assim, mas não é isso que nos torna cristãos. As pessoas podem ser tudo isto sem ter consciência de pecado, arrependimento e fé no sacrifício completo e suficiente de Cristo na cruz do Calvário e em sua ressurreição – que é a condição imposta no Novo Testamento para que sejamos de fato cristãos.
Este foi, num certo sentido, o erro dos liberais. Ao removerem o sobrenatural da Bíblia, reduziram o Jesus da história a um mestre judeu, ou um reformador do judaísmo, ou um profeta itinerante, ou ainda um exorcista ambulante ou um contador de parábolas e ditos obscuros que nunca realmente morreu pelos pecados de ninguém (os liberais ainda não chegaram a uma conclusão sobre quem de fato foi o Jesus da história, mas continuam pesquisando...). Para os liberais, todas estas doutrinas sobre o sacrifício de Cristo, sua morte e ressurreição, o novo nascimento, justificação pela fé, adoção, fé e arrependimento, foram uma invenção do Cristianismo gentílico. Eles culpam especialmente a Paulo por ter inventando coisas que Jesus jamais havia dito ou ensinado, especialmente a doutrina da justificação pela fé.
Como resultado, os liberais conceberam o Cristianismo como uma religião de regras morais, sendo a mais importante aquela do amor ao próximo. Ser cristão era imitar Cristo, era amar ao próximo e fazer o bem. E sendo assim, perceberam que não há diferença essencial entre o Cristianismo e as demais religiões, já que todas ensinam que devemos amar o próximo e fazer o bem. Falaram do Cristo oculto em todas as religiões e dos cristãos anônimos, aqueles que são cristãos por imitarem a Cristo sem nunca terem ouvido falar dele.
Se ser cristão é imitar a Cristo, vamos terminar logicamente no ecumenismo com todas as religiões. Vamos ter que aceitar que Gandhi era cristão por ter lutado toda sua vida em prol dos interesses de seu povo. A mesma coisa o Dalai Lama e o chefe do Resbolah.
Não existe dúvida que imitar Jesus faz parte da vida cristã. Há diversas passagens bíblicas que nos exortam a fazer isto. No Novo Testamento encontramos por várias vezes o Senhor como exemplo a ser imitado. Todavia, é bom prestar atenção naquilo em que o Senhor Jesus deve ser imitado: em procurarmos agradar aos outros e não a nós mesmos (1Co 10:33 – 11:1), na perseverança em meio ao sofrimento (1Ts 1:6), no acolher-nos uns aos outros (Rm 15:7), no andarmos em amor (Ef 5:23), no esvaziarmos a nós mesmos e nos submeter à vontade de Deus (Fp 2:5) e no sofrermos injustamente sem queixas e murmurações (1Pe 2:21). Outras passagens poderiam ser citadas. Todas elas, contudo, colocam o Senhor como modelo para o cristão no seu agir, no seu pensar, para quem já era cristão.
Não me entendam mal. O que eu estou tentando dizer é que para que alguém seja cristão é necessário que ele se arrependa genuinamente de seus pecados e receba Jesus Cristo pela fé, como seu único Senhor e Salvador. Como resultado, esta pessoa passará a imitar a Cristo no amor, na renúncia, na humildade, na perseverança, no sofrimento. A imitação vem depois, não antes. A porta de entrada do Reino não é ser como Cristo, mas converter-se a Ele.
Muito bom!
ResponderExcluirPaz,
ResponderExcluirHoje o evangelho está virando uma salada tão grande que verdades claras como essas estão ando colocadas de lado.
Abs,
Vinicius Morais
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Parabens pelo post,
ResponderExcluirExcelente texto, realmente algo que vale muito a pena ser lido.
abraços
que texto bacana.. muito bom.. pena, que alguns daqui ainda insistem em usar, tempo, pesquisa.. tanta demanda, tanta inspiração para no final acabar-misturado em Malafaia, bispa sônia; Esses dias comecei a ler um post interessante e já tava lá, malafaia.. acabam com interpretação.. [Não estaquem o fluir do evangelho com essas colocações terrenas, a palavra é do alto] esse texto é a prova de que o evangelho não precisa dessas maquiagens. O "nilo" já é passado, nós atravessamos o jordão, gentes boas! o evangelho é completo, edificante, confrontador em si mesmo!.. muito bom, parabéns prá você, bom!
ResponderExcluirGustavo
muito bom!! e esse foi o maior motivo de escândalo para alguns do livro A CABANA, quando JESUS diz que não é cristão...
ResponderExcluirUAUUUUUUU!!! NEM IREI COMENTAR... SO AGRADECER!!!
ResponderExcluirAUGUSTO NICODEMOS LOPES ESCREVENDO AQUI...??? FAVOR COLOCAR UMA NOTA DIZENDO QUEM É ELE PARA OS IRMÃOS QUE NÃO O CONHECEM!!! OBRIGADO...AH E UMA "PEQUENA" LISTA DE SEUS LIVROS TBM SERIA INTERESSANTE.
manoelrobertoabrao@hotmail.com
De: Magno
ResponderExcluirE verdade, amado Augusto.JESUS nunca foi cristao.JESUS e o fundamento estabelecido por DEUS.Atraves de JESUS, e por causa de JESUS, nos nao podemos dizer que DEUS e um ser supremo distante e desconhecido, porque ELE se deixou a conhecer em JESUS CRISTO.Parabens!
Maurocarioca,
ResponderExcluirApesar do Rev. Augustus usar a mesma frase do livro "A Cabana" os sentidos empregados são bem diferentes. Primeiro é bom que se diga que o Rev. Augustus não leu o tal livro. Depois estabelecer a clara diferença nos sentidos empregados. No livro, quando "jesus" diz que não é cristão está querendo afirmar que não está ligado a uma religião específica, no entanto, o Rev. Augustus ao dizer que Jesus não é cristão está dizendo que Jesus não precisa da religação que o cristianismo produz, na realidade, Jesus é o criador do Cristianismo, Ele é o fundamento para a religação (religião) cristã. No livro, "jesus" é retratado como alguém que não tem nenhum vínculo especial com o cristianismo, o que obviamente está errado.
Abraços,
Ronaldo Barboza de Vasconcelos
Discordo do Augustus...
ResponderExcluiracredito que se alguem é a manifestação do Amor de Cristo, no mundo, isto lhe será o mais importante...
seremos sempre salvos somente por Cristo...mas isto não envolve dizer que acredita nele...
baseio isto no bom samaritano que nao acreditava em Cristo, mas foi a manifestacao do amor de Cristo para aquele sofredor no caminho...
somos sempre salvos por Cristo... podemos dizer que acreditamos em Cristo, nos arrependemos, simplesmente por nossas açoes e não algo necessariamente conciente com nome e outra coisa...
quando decido por ser a manifestacao do amor, estou me arrependendo, e por isto aceitando a Cristo...
É HOJE...RS
ResponderExcluir"acredito que se alguem é a manifestação do Amor de Cristo, no mundo, isto lhe será o mais importante...
seremos sempre salvos somente por Cristo...mas isto não envolve dizer que acredita nele..." COMO ISSO É POSSÍVEL?! SERMOS SALVOS POR CRISTO,SERMOS A MANIFESTACAO DO AMOR DE CRISTO E NAO CRERMOS NELE??? EM QUE BIBLIA DOS INFERNOS EU LI ISSO? OU ANDEI TOMANDO CHA DO SANTO DAIME? ALGUEM ME SOCORRA COM TEXTOS BIBLICOS POIS ESSA DOEU MESMO...
"podemos dizer que acreditamos em Cristo, nos arrependemos, simplesmente por nossas açoes e não algo necessariamente conciente com nome e outra coisa..." RAPAZZZ AGORA DOEU MAIS... VEJAM, SE O ESPIRITO SANTO ME FAZ ARREPENDER, ME FAZ ENTENDER E ME CONVENCE QUE SOU UM PECADOR, SE ELE ME FAZ PEDIR PERDAO A CRISTO E ME DA A GRACA SALVADORA, ME FAZ JUSTO AOS OLHOS DE DEUS PAI E PORTANTO REMIDO E TRANSFORMADO... E DAI, SÓ DAI EM DIANTE POSSO, E AINDA ASSIM DE FORMA INCOMPLETA E IMPERFEITA "MANIFESTAR O AMOR DE CRISTO POR ALGUEM" COMO PODE SER DE MIM E DE MINHAS ACOES? ESSA"COISA"CONSCIENTE QUE TEM NOME É JUSTAMENTE O AUTOR E CONSUMADOR DA FÉ... JESUS, DEUS PAI, O ESPIRITO SANTO, O DEUS TRIUNO AGINDO EM MIM!!!
DESDE QUANDO A PARABOLA DO SAMARITANO TINHA ESSE SENTIDO??? ANTES, UMA SIMPLES E CLARA DEMONSTRACAO DA PROPRIA ARROGANCIA E SOBERBA DOS OUVINTES QUE FAZIAM ACEPCAO DE PESSOAS E NAO ENTENDIAM O CHAMADO UNIVERSAL( EITA PALAVRA PERIGOSA!!! RS) DA CRISTANDADE... AQUELE SAMARITANO EXCLUIDO E DE QUEM OS JUDEUS NAO ESPERAVAM NADA QUE PRESTE... SE TORNA O BENFEITOR... ERA ANTES, UM ALERTA AO QUE VIRIA A ACONTECER E JA ESTAVA ACONTECENDO...
O PEDRAO ABAIXE OS LENCOIS DE NOVO TA???
MANIA DE LER A PARTE E NAO COMER O BOLO INTEIRO!!! VAMOS DEVORAR O ROLO INTEIRO MESMO COM AMARGOR NO VENTRE E DOCURA NA BOCA... SE NAO... EU VOU FICAR, FICAR COM CERTEZA MALUCO BELEZA...KKK
manoelrobertoabrao@hotmail.com
Tem muitos pontos complicados no texto do nosso amigo e irmão, mas não consigo entender como confundemm evangelho com religião!
ResponderExcluirOlá Anônimo com o email: manoelrobertoabrao@hotmail.com
ResponderExcluirSugiro cuidados com suas palavras! As palavras são ou tão piores que atos de violencia física!
Devemos tomar cuidado com as letras em caixa alta!! Elas podem significar que estais gritando com o seu próximo! Então, não façamos com o outro o que queremos tb para nós! ;-)
Sobre o artigo do sr. Augutus concordo, Jesus não era Cristão e sim Judeu. Entretanto com a visão mais upgrade do Judaísmo. Isso tem explicações bíblicas, pois Deus tornou-se carne e habitou entre nós.
Apenas há relatos bíblicos que Jesus estava no Pai e o Pai estava nele, tanto que Jesus divulgava sua mediação divina em alto e bom tom. Então, levanta-se a questão:
Se acreditamos que Deus é 3 pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), Jesus não percebia que ele era o próprio Deus na terra? Refletimos....
Sobre a parábola do Samaritano, a interpretação é válida para ambos os irmãos que comentaram. Tanto como para previsão do estava para acontecer (pontuado pelo nosso irmão Anomino com o email manoelrobertoabrao@hotmail.com) quanto para o outro irmão Suênio.
Entretanto ressalto que a Bíblia não é apenas para interpretação histórica da vida de Jesus naquele tempo. Saliento que não podemos falar em Deus sem pensar em metáforas e analogias nos dias de hoje. A Bíblia é uma fonte de exemplos de pessoas inspiradas por Deus.
Percebemos que com as parabolas, frases, situações e nuances de Jesus mostravam nas entrelinhas um ensinamento de como chegarmos ao reino dos céus.
Logo, como nosso irmão Suênio Alves, pontuou sobre da boa ação/obra do Samaritano. Não somos o que falamos ou defendemos, mas somos o que fazemos e agimos.
Não se mede o valor da pessoa apenas pela palavras, mas o que ela faz com o que fala.
Nos dias de hoje, esta párabola nos faz refletir: quais são nossas atitudes frente ao outro que necessita de nossa ajuda e fazemos pouco caso?
Ou não, esta parabola é apenas uma forma de expressar como era naquele tempo e não vale para nós no presente?
Se optarmos pela segunda pergunta, receio entrarmos nos raciocínios lógicos dos ateus que consideram a bíblia (novo testamento) como uma estória sobre um herói chamado Jesus.
E mais umas questões para refletirmos:
Mesmo não acreditando em Cristo, a pessoa com boa atitudes com o próximo pode estão está seguindo a Cristo mesmo sem perceber? E quem sabe aos olhos de Cristo ele já está salva?
Finalizo com as palavras de Deus ao final da parabola: "Vai, e faze da mesma maneira!".