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CONFISSÕES DE UM EX-FARISEU



Rev. Digão

No nosso meio evangélico, os testemunhos de ex alguma coisa fazem muito sucesso. São os ex-traficantes, ex-gays, ex-jogadores de futebol, ex-adúlteros, ex-bandidos. Alguns realmente deixaram a sua vida pregressa no passado, mas outros ainda fazem aquela visitinha básica ao seu baú de maldades, como que para matar a saudade.

Mas eu nunca vi o testemunho de um ex-fariseu. Creio que, pelo fato de eles serem tantos, e com tanto poder nas igrejas, é muito complicado algum deles dar realmente a cara para bater. Como a graça de Deus não é mais algo que os crentes vivam, apesar de professar a sua fé nela, os fariseus (com suas regras, modelos, estatutos e padrões sufocantes) encontram guarida e até mesmo incentivo para continuar com suas farisaíces. Mas eu resolvi confessar: sou um ex-fariseu.

Resolvi fazer esta confissão porque o peso da consciência estava muito forte. Vejo que, com o meu farisaísmo, prejudiquei algumas pessoas que a graça de Deus resgatou. O meu farisaísmo transformou a beleza do amor ao Senhor e da vida cristã em um fardo religioso tão complicado de se carregar que a única solução é a hipocrisia. Os crentes fingem que seguem direitinho as regras, e eu finjo que acredito, e todos ficamos bem, comendo uma pizza no fim do culto de domingo à noite.

Mas Deus, em Sua misericórdia, mostrou que há solução para pessoas como eu, ex-fariseus. Ele insiste em pessoas que, por um motivo ou outro, desviam de Seu puro caminho, traçando caminhos humanos pensando estar agradando ao Senhor. Deus, através de Sua graça, mostra que, apesar de não aprovar o farisaísmo, quer resgatar aqueles que pensam estar sendo sinceros em sua rigidez legalista.

Gostaria de apontar três pontos que me fizeram acordar e abandonar o farisaísmo. Não digo que esteja completamente curado, pois há ainda alguns surtos de farisaísmo em mim, mas Deus completará a obra até o dia de Cristo Jesus. Considero, portanto, o farisaísmo como o alcoolismo: uma doença que você é liberto dia-a-dia.

1º - ESTUDOS

Sou pastor, de formação presbiteriana independente. Acontece que me converti em Belo Horizonte, em uma igreja que é um verdadeiro foco de farisaísmo, que prefiro declinar o nome por gentileza com os realmente cristãos de lá. E não sei se você conhece bem Belo Horizonte. O clima é agradável, as pessoas, gentis (ou, segundo alguns, relaxadas e desinteressadas), a poluição e a violência crescentes começam a desmentir a fama de roça grande. Porém, uma outra característica também é bem marcante: o alto teor fundamentalista neopentecostal das igrejas evangélicas, ou pelo menos da maioria delas. Isso fez com que empresas como a IURD e a Internacional da Graça de Deus, entre outras, encontrasse terreno fértil.

Com a vida dura, a questão acadêmica é algo que não importa tanto como em outros centros. Sendo assim, formei-me em Teologia pelo Seminário Bíblico Mineiro, à época seminário top de linha. Mas confesso que, apesar de ter aprendido a gostar de estudar no seminário, o estudo teológico ficava em segundo plano. O negócio era fazer. Não importava o quê, mas o importante era fazer alguma coisa.

Nosso evangelicalismo padece desse mal que é o ativismo. São congressos, encontros, retiros, evangelismos, passeatas, carreatas, cultos disso, cultos daquilo, que não deixam que você faça o que a Bíblia nos diz para fazer, que é meditar, ou seja, refletir, pensar, parar de fazer alguma coisa e deixar Deus falar, nos orientar e mudar nossas vidas.

Mas os estudos me abriram os olhos. Fiz o curso de liderança avançada do Haggai Institute em Cingapura. Foi um divisor de águas, onde aprendi coisas que mudaram a minha maneira de pensar. E, com o meu mestrado, vejo que muita coisa que fiz, ou fiz errado, ou não deveria ter feito. Arrependo-me delas, e peço perdão a Deus pelas mancadas farisaicas.


2º - PESSOAS

Estou aprendendo a gostar de MPB. Nunca gostei muito, devido ao fato de eu ter sido um adolescente (depois um jovem e um adulto) imerso em rock e heavy metal. Mas há alguns artistas, como 14 Bis, Flávio Venturini, Toninho Horta, Milton Nascimento, Zé Ramalho (para não dizerem que sou bairrista e escuto só música de Minas!) que, ainda que não sejam cristãos evangélicos, foram instrumentos de Deus para abençoar minha vida.

Mas há um cantor que realmente não desce: Caetano. Considero-o chato, arrogante e decadente. Mas há uma frase sua que considero magistral. Na música Sampa, ele diz que Narciso acha feio o que não é espelho.

Acertou na mosca! O que os fariseus não sabem é que eles são tremendamente narcisistas. Procuram, no outro, a exata imagem de seu ser. Se o outro não é exatamente igual, ele é, como disse Caetano, feio. Se o outro pensa de maneira diferente, é descartado, com adjetivos pouco recomendáveis, como carnal, encrenqueiro, liberal, modernista, e outros epítetos menos saudáveis.

Meu primeiro pastorado foi em uma pequena cidade do sul de Minas. É o paradigma de toda cidade pequena: uma praça, onde, ao seu redor estão as agências bancárias, o fórum, a prefeitura, a igreja matriz, o comércio, os hotéis. E não podemos nos esquecer que na praça há um coreto.

Naquela cidade, a igreja que pastoreei (como auxiliar, que fique bem claro) era a mais forte. Até mesmo o padre local reconhece isso. Só que não era um ambiente saudável para o cristianismo. Primeiro, porque todo mundo vigiava todo mundo, parecia episódio de Arquivo X; segundo, porque havia um padrão introjetado na mente das pessoas sobre como devia ser a postura do crente, e em especial do pastor. E isso era muito cobrado.

Imagine você, eu à época com 26 anos, oriundo do mundão podre, sem pedigree evangélico, pois fui o primeiro a me converter na família, e o primeiro pastor também, cair em um ninho de fariseus como esse. Ali vi e aprendi que, se você não está com a maioria, você está fora. Então, aos poucos parei de ser eu mesmo para ser aquilo que os outros queriam que eu fosse. Ali fui diferente de Davi, pois eu aceitei vestir a armadura de Saul. Comecei a tomar gosto pelo fato de ser chamado de pastor nas ruas, e de vez em quando até mesmo reverendo. E isso me fez muito mal. Deixei de ser a pessoa bem-humorada que eu era e comecei e ficar muito sisudo. Comecei a querer me pautar mais pela Constituição da igreja do que pela Bíblia. Este é o mal de evangélicos brasileiros. Eles não sabem rir, acham que tudo é solene demais, sério demais. Ou então descambam para palhaçadas catárticas como as unções do riso, do leão, do pitbull e de outros animais do jogo do bicho celestial.

Dali, fui ser pastor no Sul do Brasil. Mais uma vez, aprendi uma coisa: eu deveria ser como sou, e não como os outros queriam que eu fosse. Aprendi muito com irmãos e irmãs queridos, que me mostraram um cristianismo puro de coração e que, sendo tão diferentes de mim, ainda assim eram pessoas que amavam ao Senhor e eram amadas por Ele.


3º - GRAÇA

Como todo bom fariseu, abominava a idéia que outros cristãos pudessem fumar, beber álcool, ou até mesmo – heresia das heresias – ouvir música que não fosse evangélica. Eu dizia para os outros e para mim mesmo: a música evangélica é muito melhor do que a música mundana!

Hoje eu sei que a frase está completamente errada. A música dita evangélica é de uma indigência de dar dó. Antes, o problema era apenas rimar Jesus com cruz e luz. Agora, o problema é pior. Os arranjos são de fazer corar os programas musicais da rede Globo e os sertanejos de hoje em dia. As letras são infames, em um dizer mais polido. Para esconder suas falhas, há a pirotecnia aprendida em algum canto de Hollywood, ou no Instituto Rhema, fonte de grandes heresias brasileiras perpetradas pela liderança atual.

Em um filme de Hollywood, sempre há como você descobrir se está com um bom enredo ou com uma bomba nas mãos. Via de regra, se os efeitos especiais são o principal, o filme é um lixo, pois o argumento e os atores ficaram em segundo plano. Na música evangélica, segue-se o mesmo receituário. A música é ruim? A Teologia é de fazer Joseph Smith revirar na tumba? Ora, é fácil: aplicam-se efeitos especiais, ou espaciais, já que se trata de coisas das regiões celestiais. Então, dá-lhe churumelas, revelamentos espiritosféricos, dancinhas que nada ficam a dever a Tchans e Créus da vida, jogo de luzes controladas por computador. A simplicidade do Evangelho esvai-se no ralo em nome do deus marketing, do deus fama, do deus poder, do deus dinheiro e do deus ego.

Mas, em um dia do meu treinamento lá em Cingapura, conversando com um colega, um egípcio radicado no Sultanato de Omã, ele me pergunta: é verdade que os cristãos do Brasil não bebem álcool? E eu, com todo o meu farisaísmo, disse a ele: é lógico que não! Por acaso, lá em Omã, vocês bebem? Sua resposta: é lógico que sim!

Mas, não é possível! Será que o único espiritual neste curso sou eu? Pensei, de maneira farisaica. Isso me mostrou o seguinte: essas coisas, que são tão importantes para os fariseus, ou seja, os ritos externos, são de importância secundária para outros cristãos. Por que preocupar se um irmão em Omã está bebendo ou não o seu vinho, se ele está mais preocupado com a polícia que lhe proíbe de pregar o Evangelho? Por que preocupar se alguém escuta música secular, se o fato de treinar líderes cristãos em um país de minoria cristã e maioria muçulmana, hindu e budista faz com que haja toda uma preocupação com o bom andamento do treinamento e um bom relacionamento com a sociedade?

E vi que, mesmo que esses irmãos ouvissem música secular, ou bebessem, ou fizessem algo condenável aos olhos farisaicos, eles continuavam andando com o Senhor. Cheguei à conclusão óbvia: Deus não se preocupa com as aparências, Deus vê a essência. De nada adianta ouvir somente música gospel, se minha sintonia com Deus deixa a desejar; de nada adianta beber só refrigerante se o meu testemunho é uma piada sem graça. E vi também que, ao contrário do que eu pensava, Deus não jogou nenhum raio na cabeça desses meus amigos, ou os deixou paralíticos, ou mudos, ou mortos. Pelo contrário, Deus os deixou ainda mais em Sua graça.

O fariseu é um pouco como John Constantine. No filme meia-boca Constantine, Keanu Reeves faz o papel principal, um caçador de demônios. Ele tenta, de todas as maneiras, ganhar sua entrada no céu através de seu sucesso com os capetas. Um diálogo do filme, que é extremamente pós-moderno (não há conceitos de verdade absoluta e nem definição clara de bem e mal), com um anjo Gabriel andrógino e moralmente dúbio, me chamou a atenção. Constantine está conversando com a policial Angie, atormentada com o suicídio de sua irmã. A policial diz: Deus tem um plano para todos nós. Constantine, porém, replica: Deus é como uma criança com uma caixa de areia cheia de formigas. Ele só quer brincar conosco, não tem um plano definido.

Eu queria chegar ao Céu com minha boa justiça, fazendo coisas externas aceitáveis, mas Deus me mostrou que Ele derrama Sua graça por amor, e não por birra, como uma criança brincando com um formigueiro.

Através destas três etapas, estou hoje menos fariseu do que ontem. E, pela graça do Senhor, amanhã serei menos fariseu do que hoje. Não adianta: se não nos escondermos na graça do Senhor demonstrada na cruz, falharemos miseravelmente em nossa caminhada cristã. O nome deste fracasso é farisaísmo. Que o Senhor tenha misericórdia de nós, derramando Sua graça e nos curando de nossa hipocrisia religiosa latente.



Digão, Rodrigo Lima, ex-fariseu.



***
Digão é o mais novo subversivo a se juntar na trincheira do Genizah.

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  1. Reconheço as declarações e sugestões bem elaboradas e apoiadas na verdade do evangelho genuíno que a galera do GENIZAH e seus adeptos sempre fazem por aqui. Mais tem algo que realmente me chamou a atenção: Por quê não vejo nenhuma declaração para alcance dos perdidos, aqueles cujo o evangelho tem como alvo? Será que não tem uma pitada de farisaísmo nesse blog tão saboroso? Se o proposito é simplesmente combater as heresias e falsos profetas no tão "badalado" meio gospel, me pergunto onde estão as declarações salvíficas para a galera que realmente precisa? Não acredito que Cristo faria esse papel, pois ele não combatia os fariseus só porargumentos proprios, mas pq o REINO DOS CEUS era o que estava em jogo. Poderiamos aproveitar esse espaço trazendo SOLUÇÕES ao invés de somente as CRÍTICAS. Afinal, estamos todos no mesmo barco do nosso farisaísmo diário.

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  2. Bruno,

    Somente para não bancar o fariseu e "gongar" seu comentário, está publicado. Mas recomendo uma leitura mais ampla do blog para constatar que evangelismo, apologetica, pratica crista e outros temas de interesse estão sempre presentes e meticulosamente dosados.

    Claro que a critica salta mais aos olhos, porque a natureza dos leitores é bem a média da mundo, mesmo se confessando "fora do mundo".

    No mais, o equilibrio e a medida é nossa mesmo (faça seu blog e tenha a sua!) e diante do quadro de apostasia reinante em grande escala de mídia, nos perguntamos se nós não deveriamos nos concentrar ainda mais na crítica.

    Quer ser útil? Vá dar seus bons conselhos ao Edir Macedo e outros falsos profetas! Vá lá e diga a eles: "Bispão, eu acho que você deveria dosar menos a sua macumba e seu estelionato e pregar um pouco a Palavra."

    Ou então diga ao Malafaia: "Oh Sr. Malaveia, porque o senhor não para de vender uma benção que não é sua por R$ 900 e investe um pouco do dinheiro que lhe mandam em missões?

    Sabe Bruno, você me parece um dos maiores fariseus que já comentaram neste blog.

    Vá se acertar com Jesus!

    Danilo

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  3. Calma, gente!

    Bruno, você é bem-vindo aqui. Mas reforço o convite do Danilo para que leia os posts todos e não nesses ferozes ai.
    Creio que a sua preocupação é legítima, mas só baseada em parte da coisa, pelo menos no que diz respeito ao blog.
    Eu também luto contra mim mesmo para não fazer da cruz algo que me satisfaça o ego, mas que me impele aos outros, aos perdidos. Acato o seu cuidado e admoestação. Mas veja o que mais temos reproduzido aqui.
    Um abraço.

    Em Cristo. Por Ele e para Ele.

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  4. Digão, amado!

    Abraços metaleiros radicais a você...
    (Já ouviu falar do Tribal Generation? Sou lá de Uberlândia, cara!).
    Obrigado pela confissão e compartilhar. Vi-me ai...

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  5. Ex-Fariseu?

    Sabe tudo, descobriu tudo....

    Cigarro, álcool(pior droga que existe). Só mesmo um ex-viciado e seus familiares podem dizer o que realmente é: abominação em todos sentidos.

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  6. Muito bom o post, e regado de uma cultura geral que valoriza essa transformação.
    Com relação ao bruno, As vezes perdemos tempo demais com coisas que não nos levarão para lugar nenhum. Silas não mudará, Macedo nem conhece os blogueiros, Valdomiro não tá nem aí, e todos os outros também.
    Sérá que não tem nada mais pertinente para colocarmos a nossa energia a favor do Reino de Deus?
    Um abraço

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  7. Esse texte é de uma realidade estonteante. Deve ser a historia, se contada, depois do arrependimento de todo ex-fariseu. Pena que são pouquissimos. Ao que parece as palavras de Jesus são uma setença muito presente e real em nossas igrejas (povo congregado) em que diz: Mt 21:28 Jesus continuou:
    – E o que é que vocês acham disto? Certo homem tinha dois filhos. Ele foi falar com o mais velho e disse: “Filho, hoje você vai trabalhar na minha plantação de uvas.”

    29– Ele respondeu: “Eu não quero ir.” Mas depois mudou de idéia e foi.
    30– O pai foi e deu ao outro filho a mesma ordem. E este disse: “Sim, senhor.” Mas depois não foi.

    31– Qual deles fez o que o pai queria? – perguntou Jesus.
    E eles responderam: – O filho mais velho.
    Então Jesus disse a eles:
    – Eu afirmo a vocês que isto é verdade: os cobradores de impostos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus antes de vocês.

    32 Pois João Batista veio para mostrar a vocês o caminho certo, e vocês não creram nele; mas os cobradores de impostos e as prostitutas creram. Porém, mesmo tendo visto isso, vocês não se arrependeram e não creram nele.

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  8. Este post me fez lembrar do tempo em que congregava numa igreja, onde que as mulheres só usavam saia ou vestido.
    Nessa época, se uma mulher decidia seguir a Jesus, a primeira coisa que fazíamos era providenciar uma SAIA para ela. Eu, mesma, cheguei a doar várias...quanta hipocrisia!

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  9. Gostei muito do artigo, e fui ricamente abençoada! Tenho muito do farisaismo em minhas atitudes! Mas tenho caminhado bastante em direção da graça...(e isso é bom!)
    Principalmente porque o farisaismo tem sido um fardo muito pesado!

    Somente que achei os comentários um pouco "pesado", e não entendi: "porque a natureza dos leitores é bem a média da mundo, mesmo se confessando "fora do mundo"."

    Mas enfim, gosto muito do blog, já sou evangelizada e neste momento que estou vivendo, tem sido relevante para avaliar onde minha fé está firmada!
    As vezes acho engraçada as tiradas nestes "pastores", mas confesso que o temor em relação a que prego, tem aumentado! (Eu seria tola, se somente desse risada!) Não quero ser como eles! Quero pregar o evangelho simples de Jesus!

    (vou ficar uma semana sem acessar, e já estou sofrendo, o negócio é altamente viciante!kkk)
    No mais, fiquem na paz de Deus que excede todo entendimento, e guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.

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  10. eu luto para não virar fariseu também, mas minha denominação me impele a isso. gostei das palavras do digão.
    e quanto ao bruno xavier, sim, o blog se preocupa em falar a verdade e falar de Jesus, eu já fui e sou muito "edificado" com as palavras desses "subversivos" de Cristo.

    [b]bruno xavier[/b]

    antes de falar mal de alguem, voce deve saber mais um pouco sobre ele, nao saia falando mal dos outros porque isso sim é farisaismo

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  11. Muito bom o post Digão!

    Sabe, fico preocupado: será que o farisaísmo não é pior que as asneiras que os Malavéias, Felizescianos, Edires pregam por aí? Isso porque esse farisaísmo está mais presente nas igrejas mais ortodoxas de uma forma velada, sutil...

    Fico mesmo pensando se essa zona neopentecostal não é uma resposta da sociedade ao farisaísmo velado nas igs. tradicionais...

    Abraços...

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  12. Olha, bom o testemunho do ex-fariseu Digão. A declaração de Raquel de doação de saias foi bem pertinente. Já viu isso numa igreja. Uma jovem se converteu. Só possuía poucas e curtas roupas... Não foi mais à igreja. Uma senhora procurou saber. A moça envergonhada disse que não possuía roupas adequadas, não queria que o povo a ficasse olhando como uma pecadora desvairada, ela que agora era santa. A irmã fez um belo vestido para ela e algumas saias "comportadas". O pastor repreendeu a doadora, para que o povo não viesse à igreja só pelo donativo, pensando em tirar vantagem, etc... Não soube mais da jovem, não é minha igreja, mas fiquei pensando agora: "Esse pastor bem que poderia buscar um Fariseus Anônimos, se libertar e dar um testemunhozinho por aí, que tal?"

    Marcelo Hagah
    João Pessoa-PB

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  13. O Mark Driscoll dá uma boa alusão de como somos fariseus. Procurem no youtube o vídeo "Ai de vocês!!!", do Marks Driscoll. Vale a pena!

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  14. Precisamos voltar a Bíblia, pra não nos tornarmos liberais, precisamos orar, pra não nos tornamos fundamentalistas, precisamos de Cristo pra sermos transformados, humildes e apenas simples mensageiros de uma Verdade tão valiosa que não se permite ser carregada por alguém que tenha "méritos". Filipenses 2.1-11

    Abraços Digão, Danilo e galera do Genizah!

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  15. Danilo,
    Triste a sua resposta ao Bruno. Quer dizer que não pode ser criticado, só criticar? e ainda julga o cara, como provavelmente irá me julgar. Veio se não houver amor.....

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  16. Marcos... Menos camarada. Este blog recebe mais de 150 comentarios por dia. Ouvir abobrinha de quem julga baseado em um unico post exige uma paciencia hercúlea. Como todo humano eu erro, mas tambem não fico botando para debaixo do tapete. Quanto ao Amor. Fale-me do Amor... Eu O conheço, mas tembem estou aqui tomando todo o dia, só na base do Amor. Não pode criticar... Nao pode julgar. Marcos, destes mais de 150 comentarios diarios, uns 30 são improperios impublicáveis, 5 são ameaças de morte e outras e 30 dá para publicar. O reesto é opinião favoravel ou neutra. E eu estou aqui. Parando meu trabalho para denunciar e tambem edificar. E tenho de escutar TODOS OS DIAS a opiniao confortavel de quem acha que pode fazer melhor, ao seu jeito, diferente... Mas não fazem. Faço eu. O camarada que não pode errar nunca. Pois vai aparecer um irmão e dizer. VOCE JULGOU MAL. AGIU MAL TB. ENTAO NAO PODE MAIS FAZER A OBRA. FALTA AMOR, FALTA ISTO, MAIS DAQUILO E MAIS AQUILO. O que faço eu Marcos? Diga-me como vc vê ai dentro da zona de conforto?

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  17. Bão... também cresci em BH, e também já briguei muito pela modernização e melhoria da qualidade musical nas igrejas, na época. Fui tachado de herege, mundano e quejandos, como diria Eneas Tognini. Como músico (e não "levit") reconheço o valor artístico da música secular e da cultura popular, que quer a gente queira ou não, influencia o nosso "fazer música" e "fazer cultura", a nossa "praxis" e a nossa liturgia. Só não cocnordo que música secular possa abençoar alguém, mas isso é de cada um. Para finalizar, digo que hoje avançamos muito em técnica, execução e qualidade sonora, mas regredimos em termos de conteúdo e mensagem. Um velho LP dos Vencedores pode ter o som ruim, mas edifica muuuuuito mais do que os mantras góspeu de hoje. Será que é farisaísmo meu? Preciso examinar isto mais de perto. Sonda-me, ó Deus.

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  18. Queria saber a razão de um post tão edificante do Pr. Digão ter uma nota tão baixa... será que os fariseus de plantão se incomodaram com o discurso?
    Sou seu fan, Digão!!! (fan Goxpeu, claro! XD)

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  19. F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O. Um dos melhores posts que já li por aqui. Sem radicalismos (como deveria ser todo cristão), o Digão falou aquilo que sempre cri, desde as músicas (mundanas, sim! Sou músico, toco MPB e sou severamente perseguido por isso, até em minha casa!) até o álcool (que aramente faço uso, exceto um cálice de vinho em ocasiões especiais) tão usado por Jesus em seus banquetes com os pecadores, tão criticados pelos faiseus da sua época, a meu ver muito menos fariseus que os atuais.

    Olha só... Temos um artigo que não "pecadiliza" o uso do álcool,mas alguns de nós senta a púa no Edir Macedo (por mais que eu ache que ele o meeça! kkk) por ele ter admitido tomar umas Brahmas... Mais farisaísmo...

    Que Deus me ajude a me tornar menos fariseu. A nós todos!

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  20. Rev Digão, sua história pareceu uma replica da minha ...e essa realidade de minas é um reflexo perfeito do que acontece em todo o Brasil: farisaico, fundamentalista,neopentecostal ...trilhei praticamente os mesmos caminhos que vc só que em outra denominação; graças a Deus tive sempre o desejo de me aprofundar mais nos estudos (o que causava aversão e chacota por parte de emeus pares na igreja; quando falava da maravilhosa teologia de de Karl Barth perguntavam; "quantos demônios esse Barth já expulsou? Ele fala em línguas?" contudo, perseverei e estou também "um dia após o outro" tentando me livrar dessa carga maligna que o farisaismo evangelico brasileiro.

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