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A minha vida fugiu-me às mãos! Graças a Deus!



Rubinho Pirola


"Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder
para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado;..."
Jo 19:10,11
Jesus sabia na mão de quem estava. Pilatos não tinha essa consciência.

Paulo, recusava-se a admitir-se prisioneiro de Roma, ou do carcereiro que, imaginava, possuia as chaves do cárcere e da vida daquele prisioneiro apaixonadamente maluco à nova fé dos judeus.

Ambos sabiam quem detinha o poder: Deus. E Dele, ninguém escapa.

Para além de vivermos fragilizados e demasiadamente submissos diante das (incontroláveis) ondas da vida, das circunstâncias a que estamos sujeitos, apegamo-nos demasiadamente a um conceito que me assusta ainda mais: o do chamado "livre-arbítrio". Aquilo que muitos crentes proclamam, erradamente, ser virtude e benefício dado por Deus a cada um.

Imaginamo-nos assim, livres, soltos e à mercê de nós mesmos e das nossas escolhas. Deus, como um coadjuvante, só fica de longe a nos assistir e a correr - quando necessário, ou pior, quando cumprimos com um sem número de obrigações religiosas, numa relação de causa e efeito, relação de faz-e-paga-se, como se Deus se movesse com base nessas barganhas (negociatas).

Se lermos atentamente Romanos 1:21-32, veremos que o "livre-arbítrio" tem a ver, antes de tudo, com maldição, com juízo, do que com benefício. Ali, lemos que, pela dureza do coração dos homens, Deus os entrega à si próprios e ao seu próprio arbítrio. Já pensamos? Guardadas as devidas proporções, isso seria como, estando num um apartamento, no 20º andar, com as janelas todas abertas, eu dizer aos meus netinhos de 3 e de 1 ano e meio: "lindinhos: eu os amo, estejam livres e à mercê das suas vontades e capacidades de discernimento, sejam livres!" Eu, que sou mau, ruim mesmo (vocês não me conhecem como eu me conheço!), francamente, não seria capaz de tamanha sandice.

O que aprendo, observando a vida de Jesus e de Paulo, é que neles, havia - em inúmeros registros - a certeza de que estavam à mercê e nas mãos do Senhor absoluto, o Rei do universo, de tudo e de todos. Nas circunstâncias boas e noutras, nem tanto. E com Ele, acertavam as pontas. Ele está por trás de tudo - ou consentindo, ou ordenando, mas tanto num como noutro caso, soberano e com um propósito bom, agradável e perfeito.

Aí, nessa condição, há maturidade e descanso.

Maturidade, porque não precisamos nos pautar pelos ventos da vida ou focar a nossa atenção neles - os favoráveis ou os desfavoráveis.

Não estamos, definitivamente à mercê da vida. E firmarmo-nos no propósito que Deus nos tem. A sua direção e propósito. E contarmos com a sua direção em meio a tudo - nos bons e maus momentos (os que nos desagradam à primeira vista!).

E descanso, pois sabemos que Ele prometeu nos guiar (até a despeito de nós e das nossas escolhas) a bom termo.

Eu, que sou bobo, nem de longe, quero a minha vida nas minhas mãos!

***
Fonte: Rubinho Pirola, brasileiro-italiano, missionário há 13 anos na Europa. Blogueiro e escritor.
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  1. Deus me livre dessa escravidão - tenho a mão "furada", aquela que deixa cair as coisas a toa.
    Preciso sempre da Mão do Mestre a me guiar

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  2. Igor Gomes

    Amados,
    Muitas vezes fui duramente criticado, em alguma conversa informal entre amigos (inclusive) por causa de meu posicionamento “radical” sobre o livre arbítrio.
    Entendo por Livre arbítrio não apenas a capacidade de escolher entre, pelo menos, duas opções, mas a capacidade de iniciar o intento e finalizar a ação desejada.
    Então vejamos: 1.como pode o homem decaído e de todo mal escolher entre o bem e o mal? A carne boa faz salivar o abutre? 2.Supondo que pudesse sim escolher, que homem começando qualquer ação, garante completamente, poder concluí-la? Quem garante que minha intenção de ir à padaria amanhã de manhã comprar o pão, poderá ser realizado?
    Fatalmente apontam-me o querer colocar a responsabilidade em Deus também pelos meus erros; que Juízo Deus poderia fazer do homem, se ele não pudesse tomar suas próprias decisões?; Não seria justo da parte de Deus, etc.. . Rebato com Jó, com Daniel, com um Deus que é absolutamente Soberano em Seus desígnios, que governa toda a história e nas Suas mãos está o livro de todo selado, e em vão são os argumentos quando, ao meu ver, as pessoas são amedrontadas pela idéia de um Ser que pode controlar toda sua vida.
    Bom o fato é que, sendo eu pecador, malvado, e filho de adão, não quero também minha vida em minhas próprias mãos.

    Igor Gomes

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  3. É, livre-arbítrio é tema complicado, complexo em suas interpretações.
    Também entendo que o homem, em sua prepotência, tem a capacidade de destruir o que toca, um tipo de "midas" reverso. Mas, não compreendo o livre-arbítrio como explicitado. Vejo que a liberdade proposta é descrita como um tipo de "liberdade vigiada", aos que dedicam sua vida a Deus. Há o livre-arbitrio, mas na verdade não h´´a liberdade verdadeira longe de Deus. No caso dos que já estão longe de Deus, não é uma questão de livre arbítrio, e aí sim o texto citado faz sentido. A liberdade destes não é a liberdade em Deus, e sim a falsa liberdade gerada pelo abandono de Deus... sem Deus o homem se sente dono da liberdade, mas... tudo o que toca destrói...

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  4. Concordo com o autor do texto sobre o livre-arbítrio; e faço igual ao Danilo, senhor JESUS eu sou seu escravo, Tu és o meu Senhor.

    "Fala, Senhor JESUS, que a tua escrava Te ouve."

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