VIVEMOS DE ENGANO E MARIOLA
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É sempre assim, desde que me converti. Saio a estar com amigos não cristãos, nas vésperas de uma ocasião especial como a Páscoa, Natal, etc. Abordo o tema acerca do real significado da data, falo de Jesus. Às vezes encontro solo bom, outras solo pedregoso. Falo da minha igreja, indico. Oro com as pessoas, se assim me pedem.
Invariavelmente, quando encontro um coração muito duro, mas amigo, sou ouvido por quase polidez e logo vem a indefectível sentença: - Ah Danilo! Não sou material para crente! Antes de tudo, por aquilo que gosto. Gosto de beber, namorar, fumar, etc. Não vou me enquadrar neste modelo puritano de vocês!
Isto é sempre muito difícil, pois um apelo, assim a frio, digamos, coloca o cidadão diante de uma troca aparentemente injusta entre aquilo que ele conhece e aquilo que ele não conhece.
O Evangelho – não marketeado – é mesmo pérola impossível de ser vendida, por isto é que não se vende! O Espirito de Deus fala ao coração.
Gosto de dizer a estes amigos que esta preocupação com o ajuste a um modelo evangélico-papa-Bíblia-bom-moço não é de fato uma questão real que atormente ao verdadeiro crente. A experiência do novo nascimento – a regeneração – marca um novo momento, uma nova idade com seus próprios valores e desejos, que na verdade não são seus, mas do Espirito Santo que vai preenchendo os espaços do ser, substituindo pela misericórdia divina o que só pode “estar”, pelo que “é”. Em outras palavras, “estamos” revestidos de uma natureza de gostos muito duvidosos e negativos (pecador, aqui pra nós que não somos néscios) e a cada dia passamos a “ser” mais daquilo que nosso Pai deseja para Nós. Ser, que não é transitório, mas eterno.
Eu sempre digo: Amigo não dói, não é amargo e nem cheira mal.
Deixa o Espirito Santo agir sobre suas vontades e, se por acaso o ritmo for mais lento do que as pessoas a sua volta acham, não faça uso da hipocrisia, pois este é um pecado que - estatisticamente, em termos de freqüência nas Sagradas Escrituras – figura entre os mais detestáveis ao Senhor Jesus.
Bibamos, edamos cras moriemos
O que dizer sobre o Reino de Deus, para alguém que só consegue enxergar com o viés daquilo que lhe parece bom hoje? Gosto muito de contar das mudanças de valores e desejos que vivi em Cristo, embora eu mesmo não saiba muito como explicá-las. Nem me dou conta de como foi que eu deixei de ser um tipo que era sócio de boate com o Romário, farrista inveterado, viciado em bebida, sexo e cigarro e auto centrado ao extremo e me tornei este camarada que se delicia por estar em um sábado a noite de feriado escrevendo sobre Jesus na esperança de despertar uma pequena reflexão em alguém que eu nem conheço. Vai saber! Falo do que sei. Falo do que posso falar. Da minha vida, das minhas preferências ainda mais pregressas ao meu encontro com Jesus. Conto que quando garoto queria ser bombeiro, conto da minha fome voraz por um doce de banana, tosco e popular, que se chamava de mariola e de meu prazer delirante por passear no brinquedo “centopéia” do Tivoli Park, um parque de diversões que existia nos anos 70 na Lagoa, Rio de Janeiro. A “centopéia” era um brinquedo de girar, um tipo de centrífuga gigante, de decoração duvidosa, onde as amostras destinadas a separação de elementos eram, na verdade, crianças e pais desavisados. Eu penso que se hoje me fosse plausível encher um saco de mariola e ir ao parque andar de “centopéia”, eu teria a oportunidade de conhecer melhor a minha profissão de escolha infantil, pois bombeiros seriam necessários para retirar a minha pobre carcaça do brinquedo infernal!
As coisas mudam. O tempo nos muda, o Espírito tanto mais! Conhecer coisas melhores mudam nossos gostos e desejos. Como disse Paulo em 1 Coríntios 13:11 Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Na carne, vivos e neste mundo, sempre seremos, de alguma forma, tragados por esta limitação. Não que o nosso corpo seja ruim. O nosso corpo é perfeito, como Deus o fez. Mas a queda – a nossa separação de Deus – descobre a imperfeição do homem desligado do sustento vital de seu Criador.
O nosso corpo é, agora, como uma flor que separada dos ramos da árvore da vida, se degenera a cada dia. É escravo de suas fraquezas e necessidades, enquanto nossa alma serve o pecado.
Seria a separação do que você ama hoje a infindável chatice? Será você hoje a mesma pessoa amanhã? Quem será você com um corpo perfeito, com Amor infindável, prazer indescritível em um mundo completo e maravilhoso criado por Aquele que conhece a sua essência e criou tudo o que de melhor você já desfrutou desde o útero da sua mamãe? Abundancia, amigo! Abundância sem limites, assim será!
Tantas preocupações: promessas futuras; coisas, que você pensa que terá de abandonar para seguir a Jesus; coisas que você terá de fazer; novas atitudes; seus desejos; seus medos; seus sonhos; Calma! Não se preocupe. Ocupe-se de buscar o Pai. Faça isto em verdade total. Primeiro mandamento, você lembra? Faça isto como se estivesse fazendo a coisa mais importante que você já fez em toda a sua existência. Nenhum momento, pessoa ou objetivo pode nem sequer sombrear este seu encontro com Deus. Se você conseguir fazer isto meu amigo, é porque este encontro era previsto, esperado e amorosamente cultivado por Ele e, neste ponto, amado, isto te dirão todos os que assim o fizeram: destas coisas que te preocupam se ocupará o Espírito de Deus. Ele o irá capacitar, mudar seus gostos – sem retirar o seu prazer e sua alegria - e lhe dará muitas vezes mais. Você nem sequer perceberá como comer mariola e andar de “centopéia” se tornou coisa pra lá de extravagante! Você irá perceber que muito do que você julga fim, na verdade são meios – meios tortos, doentes, viciados e depravados – de se obter amor, aprovação, respeito e carinho. Ou, no pior dos casos, meios de fuga da confrontação com a realidade cruel da sua impossibilidade pessoal de obter tais coisas de quem você imaginava merecer. Então, neste momento se prepare para o Amor de Deus, Amor que supera tudo que o que você já conheceu e que nem em mil anos você será capaz de entender!
É sempre a mesma desculpa que todos dão pra não aceitar JESUS e eu respondo que o o Senhor faz a obra, que o Espírito Santo entra e opera, move.
ResponderExcluirEu era uma vicia da em boite, seis dias por semana, das onze da noite as cinco da manhã. Nem sei como aconteceu, quando parei de ir. Sei que um dia percebi que há muito tempo não ía mais à boites.
Fui liberta e ganhei uns quilos a mais.
Danilo, Danilo, Danilo de Jesus!! já li umas coisas por aqui, de vez em quando volto e algumas vezes morro de rir com as postagens...mas essa?! essa me deixou maravilhada!! é assim mesmo, a palavra pra mim, sobre a transformação que o Espírito Santo provoca é: ASSOMBRADA, pois foi assim que fiquei ao perceber que meus valores e anseios tinham dado uma guinada de 360º. Se antes a eternidade era deixada de lado, hoje tanto faz pra mim viver ou morrer...é tudo a mesma coisa...pois nem a morte vai me separar dEle, porque nEle ja vivo e Ele em mim. Abç
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