Confissões de um Pastor: Pastor auxiliar e A competição
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Pastor auxiliar
Numa determinada ocasião fui convidado por uma igreja para servir como pastor auxiliar numa igreja. O que eu não esperava era encontrar um pastor titular inseguro, invejoso e cruel. Na verdade a minha contratação fora mais uma exigência da igreja do que uma vontade do pastor titular. Como ele não conseguia fazer todo o trabalho sozinho, era mais que normal a contratação de segundo pastor.Na entrevista, minha impressão sobre o pastor titular pareceu-me normal, mas bastou alguns meses de trabalho juntos para ver quão enganado eu estava. Aquilo que a igreja provia como obrigação, tal como salário, casa e carro eram lançados em minha cara como um ato de extrema bondade e misericórdia, conseguidos, segundo ele, com a sua intervenção em meu favor.
Logo percebi o qual mentiroso ele era, o quão invejoso, o quão inseguro e como buscava entre os demais lideres da igreja prejudicar a nossa imagem. Fiquei profundamente magoado, percebi que não havia condições de continuar ali e ter minha saúde mental e física em bom estado. Após cinco anos resolvi sair da igreja, fiquei a disposição que outra igreja surgisse, e foi o que aconteceu alguns meses mais tarde numa outra cidade.
Um Pastor
A competição
O número de igrejas evangélicas nunca foi tão grande como nos dias atuais. Antigamente os evangélicos concentravam-se em levar o evangelho aos não cristãos, aos católicos não praticantes e outros. Nos dias atuais com o fortalecimento doutrinário dos católicos, com o assumir desinibido dos praticantes das religiões afro-brasileiras tem tornado a competição entre os próprios evangélicos cada vez mais acirrada.O fluxo entre os evangélicos de uma igreja para outra é impressionante. E boa parte daquelas que são abertas hoje, em especial estas independentes, são resultados de divisões de igrejas. Chegamos ao cúmulo onde um pastor compete com o outro para provar ser mais agraciado, com mais poder ou autoridade. Esta proliferação de igrejas nada tem a ver com o Cristo crucificado, mas com os pastores que querem ser glorificados e até enriquecidos às custas das pessoas.
Muitas vezes reuniões de pastores que deveriam promover a unidade entre as igrejas, como se não bastasse a hipocrisia, tornam-se em ambientes de ofensa e competitividade. O que se ouve é o seguinte: "Vamos manter a calma e procurar uma solução para não causar escândalo lá fora!" Enquanto que na verdade o cerne do problema, a ética, a motivação, a soberba, a má fé, a deslealdade continuam intocáveis pela hipocrisia.
Chegamos ao absurdo de vermos uma igreja de frente para outra, ou mesmo, uma igreja sobre a outra num mesmo prédio. Com toda sinceridade, nem estas igrejas, nem estes pastores estão em condições de prestar apoio pastoral a qualquer pessoa que seja. São pessoas doentes e que precisam de tratamento médico psiquiátrico.
Um Pastor
Confissões de um Pastor é um blog coletivo contando experiências peculiares da vida pastoral. A opção dos autores pelo anonimato visa preservar as almas envolvidas. Importam os casos que podem ajudar outros pastores a encontrar encorajamento e as ovelhas a compreenderem melhor as alegrias e os percalços rotineiros da caminhada pastoral. Genizah está publicando alguns textos. Outros podem ser vistos no original AQUI.