ONG reunindo atletas de peso como Kaka, Barichello, Raí e Oscar lamenta escolha de pastor ficha-suja para Ministério do Esporte
https://genizah-virtual.blogspot.com/2014/12/ong-reunindo-atletas-de-peso-como-kaka.html
Se há um consenso neste país é que a escolha do pastor da Universal George Hilton é profundamente lamentável. Não se encontra uma única voz comprada ou alugada no meio esportivo capaz de apoiar a escolha da presidente Dilma.
Indicado por Marcelo Crivella, herdeiro da Universal e ex-ministro da pesca do primeiro governo de Dilma, o nome de George Hilton vêm sofrendo fortes críticas da mídia esportiva, dirigentes esportivos e atletas.
Incrivelmente, vivemos em um país onde uma figura como Crivella tem poder para ser ministro de estado e indicar outros ministros. Não fosse o bastante o absurdo de uma organização deletéria como Universal, tida por criminosa em diversos países deter tal poder, o "ministro" egresso deste antro de estelionatários da religião não possui em seu currículo uma única nota capaz de qualificá-lo sequer a dirigente de um time de várzea, tanto mais a ministro de um país que irá sediar as Olimpíadas e três dezenas de eventos esportivos de classe mundial nos próximos anos.
George Hilton é um parlamentar ficha-suja, que foi preso em 2005 com caixas de dinheiro no aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte - MG. Na ocasião, justificou-se afirmando que o dinheiro provinha de doações de fiéis da "igreja". O que ninguém explicou é que considerando que o dinheiro de doações a igrejas é perfeitamente legal, não haveria razão para que o transporte clandestino de valores. O deputado foi expulso do PFL, seu partido ã época.
Atletas do Brasil
A ONG Atletas do Brasil emitiu comunicado lamentando a indicação. O documento foi entitulado "O Esporte Brasileiro está decepcionado". Falando por uma entidade que inclui nomes de peso como Kaká, Raí, Ana Moser, Hortência, Magic Paula, Rubens Barrichello, Patrícia Medrado, Xuxa, Gustavo Borges, Cafú, Torben Grael, Oscar, Dunga, Giovane, Jorginho, Joaquim Cruz, Flávio Canto e muitos outros, os autores lamentam o uso continuado do Ministério do Esporte como "barganha política"(sic) o que tem causado enormes prejuízos ao esporte brasileiro. O documento afirma:
Às vésperas das Olimpíadas, a Presidente Dilma abriu mão de uma oportunidade de melhorar a gestão do esporte. Decepcionou todo um setor de atletas, jornalistas, empresários, organizações, trabalhadores e amantes do esporte em geral.
E nós, atletas, não podemos mais ser mais usados simplesmente para fotos conjuntas em momentos de vitória nacional. Vamos ser francos, essas conquistas são muitas vezes obtidas a despeito da política esportiva, da legislação e da condução nacional do esporte. E, em alguns casos, encontrando até forças contrárias a dificultar o caminho. Se os governantes querem estar ao lado das vitórias, devem tomar consciência da sua enorme responsabilidade nas derrotas.
O documento termina com a manifestação do desejo dos atletas de contribuir e dialogar com todos os interessados em deixar um lindo legado esportivo para o Brasil.
O lado bom
Na foto, o pastor em sessão de descarrego. |
Já os mais otimistas da oposição, podem se
alegrar na esperança de que se houver novo escândalo no meio esportivo a presidenta não poderá alegar que "não sabia de nada". Afinal, quem entrega a vigia do galinheiro a raposa não pode reclamar depois.
Além do flagra dos 600 mil em espécie no aeroporto, o pastor licenciado enfrenta 14 processos que envolvem questões de cobranças e disputas judiciais, além de débitos com IPTU e União. Inquirido sobre a repercussão negativa no meio esportivo acerca de sua indicação e as denúncias aqui aventadas, o líder em Minas Gerais do partido da igreja Universal, conhecido pela alcunha de PRB disse que só falará à imprensa após ser nomeado por Dilma.