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Ebola e o leproso



POR Victor Fontana


Quarentena. Diante do seu teclado, essa palavra pode parecer apenas mais um aviso de seu antivírus. É mais do que isso e você sabe. Quer ignorar, mas sabe. Queremos esquecer, mas sabemos. Com as quarentenas não vem apenas o isolamento social. Vêm, também o ódio, a fobia, a discriminação.

O epíteto de tudo isso na Palestina do Primeiro Século era o leproso. Não necessariamente alguém com hanseníase, mas com outros tipos de doença de pele, o chamado leproso era considerado impuro, condenado à viver do lado de fora da cidade, sem contato com seus parentes e amigos. Teria de gritar: "impuro! Impuro!", caso precisasse entrar na cidade. Talvez você conheça essa história. É daquelas que gostamos de esquecer.

Um desses homens em infeliz quarentena entra na cidade, não grita nada disso e diz a Jesus: "se quiseres, purifica-me". Jesus não apenas diz "quero", mas dá ao homem aquilo que ele já não tinha há tanto tempo. Sem medo, Jesus toca o leproso. Era tudo que não se poderia fazer. Ao fazê-lo, você também se tornaria impuro. Vocês já leram isso, Acontece o contrário. O impuro se purifica.

Souleymane Bah é o nome do homem com Ebola no Brasil. Ele já vive seu isolamento. A discriminação já começou. Faça uma visita ao perfil do homem no Facebook [AQUI]. O ódio e a fobia estão aí para quem quiser ver. Quem de nós será o Jesus dessa história? Quem vai se levantar pelos leprosos do Século 21? O que Deus está fazendo que não olha por essas pessoas? Ele já fez. Fez a mim e você.








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