Batismo de crianças: Incrédulos e o Pacto
https://genizah-virtual.blogspot.com/2014/01/batismo-de-criancas-incredulos-e-o-pacto.html
Rev. Ronald Hanko
Uma objeção dos Batistas ao batismo infantil é que alguns que não são e nunca serão salvos são batizados. Eles constantemente recordam àqueles que praticam o batismo infantil que ao batizar infantes, estão batizando pessoas que não se arrependeram e não professaram a fé. Para os Batistas isso parece totalmente arbitrário.
Ao responder a essa objeção, apontaremos que é impossível, quer nas igrejas Batistas ou Reformadas, batizar somente pessoas salvas. Porque os segredos do coração são desconhecidos para nós, mesmo as igrejas Batistas podem batizar aqueles que meramente fizeram uma profissão (confissão) de fé e arrependimento.
Quando temos apontado isso para vários amigos e conhecidos Batistas, a resposta deles tem sido geralmente: “Mas nós batizamos menos pessoas não- salvas do que vocês”. A verdade é que, se um Batista batizar ao menos uma pessoa não-salva, ele não está mais praticando o “batismo de crentes”, mas algo que pode ser chamado de “batismo de professos”.
Mais importante, contudo, é o fato que na Escritura tanto circuncisão como batismo são deliberadamente aplicados aos incrédulos. Abraão circuncidou Ismael após ser informado que Ismael não tinha nenhuma parte no pacto (Gn. 17:18, 19), e Isaque circuncidou Esaú após saber que este era réprobo (Gn. 25:23, 24).
O Batista argumenta nesse ponto que a circuncisão era somente uma marca de identidade nacional. Isso simplesmente não é verdade, contudo, à luz do que a Escritura diz sobre circuncisão. Ela sempre foi um sinal de despojar-se “do corpo dos pecados da carne pela circuncisão [morte] de Cristo” (Cl. 2:11; ver também Dt. 10:16; Dt. 30:6; Jr. 4:4).
O mesmo é verdade do batismo. O batismo no Mar Vermelho (identificado como um batismo em 1Co. 10:1, 22) foi aplicado por Deus a muitos de quem “Deus não se agradou” e que subseqüentemente foram destruídos por Satanás (vv. 5-10). Cão também foi “batizado” (1Pe. 3:20, 21) com o restante da família de Noé.
A única questão, então, é esta: “Por que Deus se agradou em ter o sinal do pacto e da salvação, tanto no Antigo como no Novo Testamento, aplicado tanto aos não-salvos como aos salvos?”. Se eles são adultos ou crianças não faz diferença. Mesmo o Batista deve responder essa pergunta.
A resposta a essa pergunta reside no propósito eterno de Deus. Somente alguém que creia firmemente que Deus ordenou eternamente todas as coisas, incluindo a salvação de alguns e não de outros, pode dar uma resposta clara e inequívoca.
A resposta deve ser que a circuncisão no Antigo Testamento e o batismo no Novo, bem como a pregação do evangelho, é um poder e testemunho tanto para a salvação como para o endurecimento e condenação, e fazem isso de acordo com o propósito de Deus (2Co. 2:14-16). Portanto, batizamos infantes e adultos, entendendo que Deus usará isso para a salvação de alguns e para a condenação de outros, de acordo com o seu propósito, como no caso de Ismael, Esaú e Cão.
Ao responder a essa objeção, apontaremos que é impossível, quer nas igrejas Batistas ou Reformadas, batizar somente pessoas salvas. Porque os segredos do coração são desconhecidos para nós, mesmo as igrejas Batistas podem batizar aqueles que meramente fizeram uma profissão (confissão) de fé e arrependimento.
Quando temos apontado isso para vários amigos e conhecidos Batistas, a resposta deles tem sido geralmente: “Mas nós batizamos menos pessoas não- salvas do que vocês”. A verdade é que, se um Batista batizar ao menos uma pessoa não-salva, ele não está mais praticando o “batismo de crentes”, mas algo que pode ser chamado de “batismo de professos”.
Mais importante, contudo, é o fato que na Escritura tanto circuncisão como batismo são deliberadamente aplicados aos incrédulos. Abraão circuncidou Ismael após ser informado que Ismael não tinha nenhuma parte no pacto (Gn. 17:18, 19), e Isaque circuncidou Esaú após saber que este era réprobo (Gn. 25:23, 24).
O Batista argumenta nesse ponto que a circuncisão era somente uma marca de identidade nacional. Isso simplesmente não é verdade, contudo, à luz do que a Escritura diz sobre circuncisão. Ela sempre foi um sinal de despojar-se “do corpo dos pecados da carne pela circuncisão [morte] de Cristo” (Cl. 2:11; ver também Dt. 10:16; Dt. 30:6; Jr. 4:4).
O mesmo é verdade do batismo. O batismo no Mar Vermelho (identificado como um batismo em 1Co. 10:1, 22) foi aplicado por Deus a muitos de quem “Deus não se agradou” e que subseqüentemente foram destruídos por Satanás (vv. 5-10). Cão também foi “batizado” (1Pe. 3:20, 21) com o restante da família de Noé.
A única questão, então, é esta: “Por que Deus se agradou em ter o sinal do pacto e da salvação, tanto no Antigo como no Novo Testamento, aplicado tanto aos não-salvos como aos salvos?”. Se eles são adultos ou crianças não faz diferença. Mesmo o Batista deve responder essa pergunta.
A resposta a essa pergunta reside no propósito eterno de Deus. Somente alguém que creia firmemente que Deus ordenou eternamente todas as coisas, incluindo a salvação de alguns e não de outros, pode dar uma resposta clara e inequívoca.
A resposta deve ser que a circuncisão no Antigo Testamento e o batismo no Novo, bem como a pregação do evangelho, é um poder e testemunho tanto para a salvação como para o endurecimento e condenação, e fazem isso de acordo com o propósito de Deus (2Co. 2:14-16). Portanto, batizamos infantes e adultos, entendendo que Deus usará isso para a salvação de alguns e para a condenação de outros, de acordo com o seu propósito, como no caso de Ismael, Esaú e Cão.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
Fonte: Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 261-62.
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