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Uma palavra sobre perdão

Alan Brizotti


A interpretação rabínica leva o mandamento “Não Matarás” (Dt. 5. 17) a uma dimensão profunda, que vai muito além do fato óbvio de não cometer algum assassinato. Os rabinos afirmam: “Não negarás ao outro o direito de existir em tua vida” – perdoe! É o mandamento do perdão.

O famoso filme “Love Story”, de Arthur Miller, popularizou uma frase infeliz: “Amar é não ter de pedir perdão”. Mas a celebração do evangelho nas almas livres dos cárceres da culpa e da vingança, curiosamente vai na direção oposta: quanto mais amamos, mais temos a sensibilidade de pedir e dar o perdão.

O perdão nos liberta das amarras do ressentimento que, literalmente, significa “sentir de novo”. O perdão nos liberta da compulsão da repetição. Alguém disse que “guardar ressentimentos equivale a ingerir veneno esperando que aquele que nos ofendeu morra”. Philip Yancey disse “que o próprio termo ‘perdoar’, em português, já contém a palavra ‘doar’”.

O evangelho simples da graça é todo feito com perdão – do início ao fim. No original grego, a palavra mais usada para perdão significa, literalmente, “soltar, jogar para longe, libertar-se”. A alma livre, se mantém em liberdade aprendendo a jogar para fora futuras frustrações.

Um rabino que foi morar nos Estados Unidos saindo dos campos de concentração nazistas, disse: “Antes de vir para a América, precisei perdoar Adolf Hitler. Eu não queria trazer Hitler dentro de mim para meu novo país”. Como dizia o teólogo Paul Tillich: “O perdão é o ato de lembrar o passado para que ele possa ser esquecido”.

Perdoe. Liberte-se. Viva!


Brizotti é companheiro de subversão do Genizah






 

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