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Os Simpsons nas garras da paranoia fanatizada dos Aiatolás do Irã


Brissos Lino

O despótico poder iraniano decidiu proibir os Simpsons, depois de já ter feito o mesmo com a Barbie. Na calha estão ainda o Super-Homem e o Homem Aranha. Acontece assim nas ditaduras e onde há polícia do pensamento.

A divertida série televisiva dos bonecos amarelos “Os Simpsons” já vai a caminho dos vinte e três longos anos de sobrevivência num meio tão competitivo e exigente como as séries de televisão americanas. Trata-se mesmo de um recorde de longevidade nesta matéria.

A escrita inteligente, o humor subversivo e deliciosamente mordaz das mais variadas situações caricaturadas tornaram os Simpsons não só um certo retrato da América como um fenómeno mundial. Tornaram-se verdadeiros ícones da cultura pop, a ponto de até a interjeição “D’oh!”, de um Homer furioso ter entrado no Oxford English Dictionary…

O programa criado por Matt Groening no final dos anos oitenta tornou-se um fenómeno cultural ímpar, tendo sido considerada a melhor série de televisão do século XX pela revista Time, numa edição especial de Dezembro de 1999. A família dos bonecos amarelos, que ganhou uma estrela na calçada da Fama de Hollywood em Janeiro de 2000, criou ainda audiências para as séries animadas em horário nobre, abrindo caminho para outros êxitos como American Dad, Futurama, South Park e Family Guy.

As polícias do pensamento e as inquisições de todos os tempos tentam sempre controlar o que se lê e o que se vê, tratando as pessoas como idiotas e evitando que se interessem por outros estilos de vida, ideais, expectativas e sonhos. Que mal poderia fazer à sociedade iraniana uma divertida família americana, cheia de problemas, que é encabeçada por um tipo estúpido, inculto, preconceituoso e imprevisível como Homer?

Ah, já sei! É que os personagens da série, apesar de desenhos animados, representam pessoas, tipos humanos de carne e osso, porventura com vícios e virtudes exagerados, mas muito humanos e disponíveis à ternura.

E a ternura é coisa que não tem lugar numa sociedade policial, fanatizada, medieval e paranóica como o Irã dos aiatolás…





 

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