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Dor de tristeza


Digão

Há dias em que, a despeito de terem acontecido coisas boas a você, vindas diretamente do Pai, você fica triste, meio chocado, com uma sensação ruim no peito.

Hoje, chegando ao trabalho, ligo o PC e leio a triste notícia que a Sociedade Bíblica do Brasil publicou a “Bíblia Apostólica”, com notas do sr Estevan Hernandes, autoproclamado apóstolo, e com introdução do Sr. Renê Terra nova, autoproclamado patriarca. Mesmo sabendo que a SBB é uma empresa privada, e que em nossa sociedade capitalista o lucro é um objetivo a ser alcançado, vi que um limite, o da ética, do bom-senso e o da sã doutrina, foi ultrapassado. Puxa, a SBB é empresa privada, mas publica Bíblias! A Bíblia não pode ser fetichizada ou coisificada. Não é commodity ou debênture. Com certeza o empreendimento “apostólico” vai vender horrores neste hospício que se tornou a igreja evangélica. Mas o custo social para a SBB será altíssimo.

Logo, leio uma segunda notícia, a de que D. Robinson Cavalcanti e sua esposa morreram esfaqueados pelo filho adotivo. Acompanho D. Robinson desde minha conversão, há 23 anos atrás. Ele ajudou-me a entender melhor o mundo à minha volta. Seus escritos sobre cristianismo e política, especialmente, me fizeram entender que ser um cristão de esquerda é uma proposta válida de exercício de cidadania e fé. Seu posicionamento firme contra a avalanche ideológica do movimento gay-hedonista, seu repúdio à teologia liberal e seu alerta contra o fundamentalismo secular me alegraram por ver uma voz profética em meio ao caos religioso em que nos encontramos. Infelizmente, as drogas fizeram com que seu filho adotivo cometesse um desatino desses.

As pessoas direitas morrem, e ninguém se importa; os bons desaparecem, e ninguém percebe. É o poder do mal que os leva embora, mas eles encontram a paz. Os que vivem uma vida correta descansam em paz na sepultura (Is 57.1, 2, NTLH). D. Robinson está, com certeza, na paz do Pai. Nós, que aqui ainda militamos, e que nos chocamos com tantos desatinos cometidos em Seu nome (mas não certamente em Seu espírito), somente temos o que lamentar, a suplicar e a clamar. A lamentar, a tristeza de saber que um irmão que nos auxiliou em nossa caminhada cristã já não está mais entre nós; a suplicar, a misericórdia do Altíssimo em tempos em que a paganização do cristianismo evangélico brasileiro avança paulatinamente; a clamar, volta logo, Senhor!








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