4 maneiras de manter um escravo no Egito
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Zé Luís
Existem
diversos rituais nas igrejas evangélicas para o caso de uma pessoa
decidir seguir a Jesus como seu único e suficiente Salvador. Um deles é
aquele procedimento público de levantar a mão através do apelo do
pregador, após uma pregação.
Na
maioria das comunidades, você será presenteado com uma bíblia - que
deverá ser lida, será convidado a se batizar, e começará a sentir o
desejo “inexplicável” de se atualizar nos assuntos relacionados ao que
se refere a Deus e seu Reino. Nesses pontos, muito discipulado envenena,
apesar do Espírito estar interagindo e indicando – alguns diriam -em
caminhos “misteriosos”, ou mesmo, garantirão que esse não são Dele, por
se julgarem conhecedores de todos os “Modus operandi” do Todo Poderoso
(esse tipo de pensamento já condenou muita gente inocente. Gente que só
seguia o que Deus colocava em seus corações, e que certos líderes
espirituais eram incapazes de aceitar).
Quando
um cidadão decide se converter ao Cristianismo, sem saber, está se
juntando à uma multidão de peregrinos, que saem do Egito, e morrerão no
deserto. Isso mesmo: o escravo que habita em você deve perecer no
deserto. Ele cairá, morto para sempre, e algo totalmente novo, livre das
fraquezas escravas, se levantará em você.
Mas
antes disso, dentro da mesma analogia: 4 propostas de desistência serão
feitas, pelo faraó que ainda habita ali. São propostas inteligentes,
dignas de quem sabe manter pessoas sempre em confortável escravidão,
daquelas que fazem você acreditar que cebolas de esmola são mais
suculentas do que qualquer coisa que você possa conquistar na presença
Dele, inclusive manjares e os mais deliciosos assados. São exigências de
Faraó para um escravo que já não precisa mais ser:
1º - Castigo a todo aquele que tenta deixar de ser escravo – (Ex 5, 17)
Nenhum faraó gosta de escravo com ideias abolicionistas, de gente que ameaça a mordomia de quem gosta de oprimir os outros. Todo opressor sabe que sua mentira não ira longe, e o medo – gerado por ameaças e ações (as vezes violentas) – é sempre uma ferramenta poderosa. Fazer você desistir de sua libertação por conta de dobrar sua carga sendo escravo não parece racional, mas a mentalidade escrava acredita que se manter em tal condição pela mesma carga pode ser um bom negócio. O medo é sempre um ótimo argumento.
2º - Não se aprofunde (Ex 8, 29)
Se vai ter realmente que adorar este deus, disse faraó, não vão tão longe. Deixe portas entreabertas, não abrace essa fé de forma tão firme, continue aberto a suas antigas crenças e valores. Fique pelas beiras, ande a beira do caminho, outras libertações são perfeitamente possíveis. Superficialidade é sempre um quesito agradável a quem deseja lhe manter amarras.
Ser
raso é importante para se manter escravo e agradável a quem te
escraviza( e isso pode ser muito prejudicial, inclusive, quando faraós
estão nos púlpitos).
3º - Não leve a família (Ex 10, 10)
Deixe seus filhos fora dessa. O escravo pode deixar de ter mentalidade escrava, desde que mantenha sua descendência viver a vida fora desse conhecimento libertador. Crianças são importantes para faraó, garantem seu reinado.
Seria
cômico, não fosse trágico, que as comunidades cristãs, cientes dessa
militância faraônica sobre nossos filhos, façam tão pouco esforço para
comunicar aos pequenos a grandiosidade de nosso Deus, assim como
sobreviver à peregrinação em nosso deserto. Não digo apenas colocá-los
em pequenas salas abafadas para pintar desenhos bíblicos. Certamente
ensinando o pequeno onde deve andar, que está no ambiente onde ele mais
vive: o próprio lar, ciente de que você, como ex-escravo, é algo copiado
(incluindo suas atitudes agressivas e palavrões).
4º - Deixe a escravidão, mas os bens ficam para o escravizador (Ex 10, 24)
Faraó pode ficar sem o seu trabalho escravo, desde que continue com seus bens no Egito. Seu investimento na continuidade de um sistema perverso fará toda diferença, independente de sua libertação. Beber, por exemplo, NÃO É pecado, mas manter seu investimento nesse sistema escravagista - quando você já É liberto – é manter sua porção de culpa em algo criado por Faraó.
Drogas,
pornografia, tabagismo. O consumo dessas coisas mantém seus bois e
cavalos investidos em um mundo que continuará mantendo escravos, que
podem ser inclusive, sua alma, seus filhos, sua mente, seus bens.
Pediria
aos oportunistas que não fizesse dessa observação, uma razão para
defender que os bens do recém-liberto sejam investidos como oferta a
igreja local, ou mesmo que as contribuições financeiras devam ser
regulares em suas comunidades locais. Esse tipo de pensamento também é
escravagista, já que impõe ao ex-escravo que troque o local onde seu
serviço seja depositado (isso se chama IMPOSIÇÃO, ou o que no nosso país
é muito forte: IMPOSTO).
O Zé é blogueiro e colabora no Genizah quando o Danilo surta...rsrsrs
parabens pelo poste,estou de boca aberta pela visão deste assunto.estou maravilhado e este deserto q quando estamos nele parece que num finda.é ai que mostramos se o escravo morre ali, ou volta e vive no egito.parabens
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