Nossos ídolos são mais cheirosos
https://genizah-virtual.blogspot.com/2011/11/nossos-idolos-sao-mais-cheirosos.html
Nas últimas eleições, viu-se brotar na população, especialmente no pessoal que freqüenta a internet, um sentimento de radicalismo poucas vezes visto. Vi muitos irmãos chamando a presidente Dilma de “marionete sociopata” e outros mimos do gênero, mas quando confrontados com a mentira que proferiam, emitiam impropérios terríveis.
Creio que isso decorre de um dormente preconceito de classes. Afinal, Dilma, como sucessora de Lula, seria uma representante das camadas mais pobres do Brasil, enquanto que José Serra, seu principal oponente, seria representante daquilo que Eliane Cantanhêde classificou (em ato falho) de “massas cheirosas”. A casa grande, em nosso país, está custando a saber conviver em um mesmo espaço com a senzala.
Mas o mais cruel disso tudo é o que vejo na internet em relação aos ídolos da chamada igreja evangélica. Se questionarmos certas figuras, com certeza sabemos que seremos aplaudidos. Afinal, esses vendilhões só sabem se locupletar do dinheiro dos pobres indefesos. Porém, se pensarmos em questionar outras vacas sagradas, aí o tempo fecha. Afinal, eles não se aproveitam do dinheiro alheio, são sensíveis, cultos e recitam poesia. E o melhor de tudo, são brancos.
Qualquer livro de sociologia da religião apontará que as igrejas pentecostais e neopentecostais possuem maior penetração nos meios sociais mais carentes, ao passo que as igrejas históricas têm seu público alvo nas classes sociais mais favorecidas. Isso é simples de se verificar fazendo um passeio em uma grande cidade, onde há grande número de igrejas pentecostais e neopentecostais em áreas pobres, enquanto que o número de igrejas históricas nesses lugares é bem menor.
É por isso que é muito fácil criticar o mercantilismo de Edir Macedo, mas quase uma heresia criticar a incoerência teológica de Ricardo Gondim. É fácil questionar Malafaia e sua sede desmedida de dinheiro e poder, mas é sacrilégio questionar Caio Fábio, que detona a igreja evangélica mesmo sendo membro da Catedral Presbiteriana do Rio. É fácil apontar a idolatria dos outros, mas é impensável apontar a nossa própria idolatria. Afinal, o sonho e a vocação da igreja evangélica (de acordo com Emile Leonard) é ser classe média e, portanto, “massa cheirosa”, ao contrário dos outros, dos pobres, da “gente diferenciada”. Mas, no frigir dos ovos, somos tão idólatras quanto aqueles que acusamos. Só não queremos nos aperceber disso.
Esta divisão de classes existe,,,isto é claro e visível...mas incomoda o fato de achar que todo mundo que não tem a visão da esquerda é eletista..que quem não gosta do governo Lula e dos seu,,é burguês,,,isto só acentua ainda mais as diferenças já existentes e nada acrescenta.
ResponderExcluirOUCH! Daqui a pouco os Gondinetes e outros virão aqui detonar... Pimenta nos olhos dos outros é... Texto brilhante.
ResponderExcluirPois é Digão, isso porque você não citou O São Calvino e o São Piper.
ResponderExcluirParabéns, achei q era só eu q via isso.
ResponderExcluir"Ninguém há bom senão um, que é Deus" Marcos 10:18
ResponderExcluirApesar de achar válidos os argumentos, creio que podem ser acrescidos outros argumentos para que a ênfase maior de combate seja às igrejas neo pentecostais e seus líderes do que a personalidades tão controversas quanto que são os Gondins e os Caios. Trata-se da exposição midiática e da capacidade de influência daqueles sobre a destes que é sem dúvida bem mais reduzida.
ResponderExcluirÓtimo texto, já vi "irmãos" desvalorizando outros por causa da discordância de seus pensamentos, e isso não é conveniente. Uns defendendo outros e outros ainda discordando, e isso apenas os fazem mais ridículos, principalmente quando usam as leituras de livros de teologia para se envaidecer. Devemos exigir de nós mesmos o sábio aprendizado da palavra de Deus? Sim, mas as outras pessoas da igreja continuam sendo nossos irmãos em Cristo e devemos amá-los como a nós mesmos.
ResponderExcluirAgora você pegou pesado. Tocou nos ungidos de deus! lol
ResponderExcluirPior que é mais ou menos assim mesmo.
Então Digão, vamos falar mal um pouqinho do ídolo Lula-Dilma; Desmistifiquemos essa dupla; sem tendencionamentos, analisemos as falácias preferidas por eles. Boa parte da igreja brasileira também se curvou e adorou a essa duodade (mas bem que poderia ser uma hidra, caso anotássemos ainda nomes como: Gilberto Carvalho, José Dirceu, etc.)A César, independente de quem seja (FHC, Lula-Dilma), o que é de César, e a Deus o que é dEle.
ResponderExcluirTextinho equivocado!
ResponderExcluirMUITO PELO contrário, O Caio é um adultero, fracassado e amargurado e o Gondim um herege do Teísmo aberto (essa é a sentença da Igreja Evangélica) ; os idolos dos reformados e dos "intelecTUAIS" cristãos burgueses são outros!
Haja discernimento!
O desejo do meu coração é que você a uma benção, publicando o que Deus colocar em seu coração, e o meu objectivo é unir mais o cristão a Jesus Cristo, e juntos levarmos a Palavra, sermos edificados e um vaso nas mãos do Grande Oleiro, vamos estabelecer parceria e construirmos juntos uma fortaleza contra as trevas. Um abraço.
ResponderExcluirai...ai...ai...como diria meu pastor...se não der glória dê ai. ai de mim Senhor que vou perecendo...
ResponderExcluirÉ cada coisa que a gente lê...
ResponderExcluirSenhor, livrai-nos do esquerdismo chique (e do esquerdismo bocó também) metido a cristão.
Em outras palavas: livrai-nos da conversa fiada e da enganação.
Fala aê, reverendo Digão, tá sumido rapá! É sempre bom ler seus textos. Só não concordo com essa sua mania de ficar defendendo partidinho comunis... eh, quer dizer, socialista (risos). Quanto a Dilma... bem... não voto mesmo em guerrilheira comunista lambe-patas de Fidel e Chavez.
ResponderExcluirGrande abraço, Paz do Senhor!
Tem muito crente que saiu por aí espalhando mentiras sobre a atual presidenta. Tem crente que torceu pra Dilma morrer de câncer e tem crente que torce pro Lula morrer de câncer.
ResponderExcluirMentiras, intrigas, feitiçaria gospér...
Sobre o meio gospér: Se o queridinho pega pesado: "deixa o cara, ele é ungido do Siô". Um mais destacado do grupo pega pesado: "esse daí é um caído, num dá ouvido pra esse mané naum". Os crentes defendem os hereges que são show man gospér de Gizus. O pessoal "do contra" são os caídos, os rebeldes, e toda a sorte de nomes oriundos da bruxaria gospér.
Concordo com o texto do Rodrigo, sou membro de uma igreja história de classe média de São Paulo, contudo, percebo um movimento ainda que discreto das históricas indo para as periferias e sendo igrejas relevantes, quanto a Caio Fábio e Ricardo Gondim critico eles também.
ResponderExcluirMuito bom o texto, devemos tomar cuidade para não formarmos ídolos, como muitos, adornam de honrarias a calvino entre outros, muitos o consideram uma espécie de cristo, quer ver, fala mal pra tu vê.
ResponderExcluirEnquanto uns se preocupam com o que os pobres podem trazer, outros com a salvação dos da classe média pra cima.
Deus seja louvado.
Miguel
o TEXTO É BEM INTERESSANTE. ESSA DIVISÃO DE FATO EXISTE. PARA O SINTONIA DE VIDA. ACHO QUE O SR. ESTÁ EQUIVOCADO. OS CRISTÃOS CLASSE MÉDIA ADORAM GONDIM E KIVITZ.
ResponderExcluirUM ABRAÇO PRA TODOS.
Essa é a velha falsa dicotomia. Só porque critica-se o Malafaia acha-se que a gente automaticamente apoia o Caio Fábio. Isso demonstra o quão bidimensional apenas as pessoas podem ser.
ResponderExcluirNão é questão de classe, mas de cultura. É mais difícil que a conversa do Valdomiro, R. R. Soares, Macedo e outros engane pessoas que tenham acesso à cultura, hábito de leitura, capacidade de entender a linguagem bíblica, etc. Quem tem o mínimo de noção tende a ouvir pastores como o Caio, Kivitz, Carlos Bregantim e outros.
ResponderExcluirgostei demais do texto, muita coragem falar certas verdades que vao garantir inimigos de todos os lados.
ResponderExcluirÓtimo artigo, parabéns.
ResponderExcluirFábio Campos