Vitória em Cristo de Silas Malafaia
https://genizah-virtual.blogspot.com/2011/09/vitoria-em-cristo-de-silas-malafaia.html
Com uma leitura singular da Bíblia, o pastor Silas Malafaia ataca
feministas, homossexuais e esquerdistas enquanto prega que é dando muito
que se recebe ainda mais
Daniela Pinheiro
De olhos fechados, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus
Vitória em Cristo, deixava-se empoar pela maquiadora, que encobria as
manchas e o brilho de seu rosto. Dali a pouco, ele gravaria seu programa
semanal na televisão. Naquela manhã de agosto, Malafaia estava amuado.
Na véspera, soubera que um pastor – de quem se considerava amigo – havia
lhe tirado o horário da madrugada na TV Bandeirantes, uma negociação
feita pelas suas costas. Também lhe pesava a má repercussão de seu
último programa, no qual havia pedido doações de 911 reais e 10 011
reais a seus fiéis. Na internet, o mais polido dos sites que tratou do
assunto o chamou de “estelionatário”.
A moça domava suas sobrancelhas com rímel transparente e, antes de lhe
baforar laquê nos cabelos, ele falou sobre o caso. “A oferta é o que
viabiliza minha missão, que é pregar o Evangelho e arrebanhar o maior
número possível de fiéis”, explicou. “Eu gasto milhões, milhões e
milhões por mês com horário na televisão, congressos, cruzadas
evangelísticas, treinamento de pastores, abrindo novas igrejas. Como se
paga isso? Não é um anjo do céu que desce com um cheque em branco para
mim.”
Levantou-se da cadeira com os bicos do colarinho em riste, pegou uma
gravata vermelho-sangue e, com o queixo colado ao peito, passou à
confecção do nó. “Então, quer dizer que eu tomo dinheiro há vinte anos
dos pobres coitados e nenhum deles reclama? O cara lá do raio que o
parta me dá 10 mil contos porque ele é um burro e eu sou um fera, porque
ele é ingênuo e eu fiz lavagem cerebral nele?”, protestou, enquanto
conferia a gola no espelho. “Isso é preconceito da elite, que acha que
todo evangélico é tapado, idiota, a ralé da classe social explorada por
um malandro. O cara dá oferta porque ele sabe onde eu invisto a grana
dele, porque ele confia no trabalho que fazemos aqui e não quer que ele
acabe.”
Há 29 anos, o carioca de origem grega Silas Lima Malafaia está na
televisão falando de Deus. Seu programa Vitória em Cristo é como um
longo comercial da Polishop – ofertas e promoções de DCs, livros e DVDs
de sua empresa, a Central Gospel –, intercalado de sermões bíblicos e
mensagens na linha motivacional/autoajuda de matriz norte-americana.
Dublado em inglês, é transmitido via satélite para 200 países pela
Daystar e Inspiration Network, redes evangélicas dos Estados Unidos. No
Brasil, Malafaia pode ser visto na Rede TV, Rede Bandeirantes e CNT,
emissoras nas quais compra horário.
O seu discurso é socialmente conservador, e suas trovoadas retóricas
recaem sobre grupos organizados que militam pela afirmação das minorias e
pelos direitos individuais. Considera-os liberais, termo que nas suas
pregações ganha conotação pejorativa, deslizando no mesmo campo
semântico de libertinagem: umbandistas, a esquerda da Igreja Católica,
pastores de outras denominações religiosas, feministas, defensores do
aborto e da eutanásia. Nos últimos tempos, o seu alvo predileto tem sido
os gays.
>>
No púlpito e na televisão, cultiva um estilo iracundo e indignado – o
que lhe valeu o apodo de “Ratinho Evangélico”, em referência ao
apresentador cascadura do sbt, de quem é amigo. Ao defender seus pontos
de vista, fala de maneira virulenta, mas ao pedir dinheiro ou vender
seus produtos é ameno e não adota a estratégia do pé na porta. “Eu sou o
único pastor que realmente prega a palavra de Deus na televisão.” E
explicou: enquanto o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de
Deus, dedicaria muito tempo de seu programa ao exorcismo e ao pedido de
ofertas; o apóstolo Valdemiro Santiago (Igreja Mundial do Poder de
Deus), à cura; e o missionário R. R. Soares (Igreja Internacional da
Graça de Deus), a transmitir imagens de cultos de sua igreja, ele
interpreta a Sagrada Escritura à luz da vida cotidiana – o que faz de
sua exegese bíblica uma peça única.
Recentemente, quando pregava como a glória de Deus pode deixar a vida do
crente, ele tratou assim da cobiça e do pecado: “Aí vem a irmã dentro
da igreja com a roupa arroxada, os dois melões de fora e o cara do lado
só olhando, só no somebody love. (...) Se você está indecorosa,
você peca e faz o outro pecar! E se você deixa sua mulher sair assim,
você é um mané, um otário! Bota o silicone que você quiser, minha irmã!
Mas se você quiser ser o instrumento do pecado, a glória de Deus vai
embora e você vai pagar a conta com Jeová!”
Entre o anúncio de um kit de Bíblias e a interpretação de um versículo,
Malafaia também divulga campanhas para arrecadar doações, como a do
Clube de 1 Milhão de Almas, na qual o fiel doa 1 mil reais em troca de
uma graça igualmente generosa. O objetivo é levantar 1 bilhão de reais
com 1 milhão de doações. No final de agosto, o contador eletrônico de
seu site contabilizava quase 38 mil adesões.
Malafaia também já pediu
para os fiéis doarem parte do aluguel e 30% de seus rendimentos, em vez
do dízimo literal de 10%. Em abril, quando tinha uma promissória de 1,5
milhão de reais a vencer, superou-se: pediu ofertas individuais de 100
mil reais. Levantou o dinheiro em menos de uma semana. “Ralé que doa 100
mil... As pessoas não têm ideia do que está acontecendo no meio
evangélico”, disse-me no camarim do estúdio de televisão.
No ano passado, a entidade adquiriu por 4 milhões de dólares, nos
Estados Unidos, um jato Gulfstream III de segunda mão. É nele que
Malafaia e sua família se locomovem pelo Brasil e no exterior. Fabricado
em 1986, o avião tem doze lugares, sofá, cozinha, sistema individual de
entretenimento e autonomia de oito horas de voo. Em sua fuselagem está
escrito In favour of God.
>>
Numa manhã de julho, em seu escritório decorado com sobriedade em tons
de preto e carvalho, ele usava um cardigã de listas azuis e brancas da
grife Tommy Hilfiger, calça social e sapatos de verniz pretos. Como
muitos pastores, também é adepto do relógio dourado, do anel de
brilhantes na mão direita e, eventualmente, do celular pendurado no
cinto.
Desde 2006, quando o Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia no
país, entrou na pauta dos parlamentares, Malafaia se tornou uma das
principais vozes contrárias à causa. Foi ele quem, em junho, conseguiu
reunir 50 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional para protestar
contra a votação. Também pediu a seus 180 mil seguidores no Twitter para
entupir a caixa postal e congestionar os telefones de parlamentares
favoráveis à proposta – no que obteve sucesso. Dias depois, na Marcha
para Jesus, em São Paulo, ganhou espaço em jornais e televisões ao dizer
que o Supremo Tribunal Federal havia “rasgado a Constituição” no
momento em que aprovou a união homossexual.
“Não tenho problema com gay, tenho problema com ativista gay, porque são
um bando de intolerantes, intransigentes, antidemocráticos”, falou.
Segundo ele, caso o projeto seja aprovado, um diretor de escola que
reclame de dois meninos se beijando no recreio poderá parar na
cadeia.“Todo mundo se acha no direito de chamar evangélico de ladrão e
não acontece nada. Mas se alguém falar um ‘a’ dessa bicharada, é o fim
do mundo”, disse. (Há controvérsias. “Dependendo de como odiretor
abordasse o casal, caberia uma reprimenda, mas prisão nunca. De qualquer
maneira, essa cena não aconteceria num colégio, onde nem héteros podem
ficar se beijando”, explicou Denise Taynah, assessora da
Superintendência de Direitos Individuais Coletivos e Difusos, do governo
do Rio de Janeiro.)
Malafaia estava perplexo. Não conseguia compreender como o Supremo
Tribunal Federal garante o direito à liberdade de expressão para a
Marcha da Maconha enquanto uma lei federal cogitava punir quem não
concordasse com a homossexualidade. “Também fico louco porque essas
bichas ganham dinheiro para viver nessa palhaçada. Sabe quem patrocina a
Parada Gay? Petrobras, Caixa Econômica. É com o nosso dinheiro”,
protestou.
Ao argumento de que um evangélico não corre o risco de ser espancado na
rua por preconceito – como havia ocorrido com o pai que andava abraçado a
seu filho e ambos foram tomados por um casal gay –, ele respondeu que o
episódio foi uma “idiotice altamente condenável”, porém se tratava de
uma tragédia isolada. “Mas os gays vão lá e propagandeiam como se fosse
regra. Para isso, que é verdadeiramente homofobia, tem que ter cadeia,
mas o que eles querem é privilégio”, disse. Depois que avivou a polêmica
com os homossexuais, Malafaia passou a ser acompanhado por dois
seguranças à paisana. “Se eu chegar num aeroporto e tomar tapa de bicha,
vai ficar mal, né?”
Segundo Malafaia, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais tentava, sob o argumento da homofobia, cassar
pela terceira vez o seu registro de psicólogo junto ao Conselho Regional
de Psicologia. Essa seria a origem de sua rusga com o movimento gay.
“Se quisessem apenas defender os direitos deles, o.k., eu não ia me
meter, tenho mais o que fazer. Mas quando vi que o que queriam era
cercear o MEU direito, aí me chamaram para a briga”, falou. Sobre a
possibilidade de perder a licença profissional, ele não se deixa abalar.
“O que falo digo no púlpito, não em consultório, por isso o Conselho
nada tem a ver com isso. Mas toda hora eles conseguem reviver essa
história porque ali tem um bando de viado que foi fazer psicologia para
se descobrir”, completou.
>>
Sua secretária – elegante e de preto, como todas as funcionárias da
empresa – serviu água em copos de cristal. Malafaia se lembrou de outro
embate à época da discussão do aborto na Comissão de Constituição e
Justiça da Câmara. “Eu não debato tema polêmico usando religião. Eu uso a
ciência, a biologia, a medicina, por isso não conseguem me contestar.”
Afirmou ter emudecido os presentes ao desafiá-los a dizer se era a mãe
ou o bebê quem controlava o líquido amniótico do útero ou decidia sobre a
data de um parto normal – o que deixaria patente que o agente ativo da
gravidez é o feto e, portanto, ele tem vida própria.
Para Malafaia, o mundo está em decadência e os valores da sociedade
estão no fundo do poço. Sua missão, como pastor e profeta de Deus, é
chamar a atenção das pessoas para o que prega o Evangelho. Como exemplo
da debacle humana, citou o caso de um pedófilo, preso nos Estados
Unidos, que obteve o direito, concedido pela Suprema Corte, de assistir
na prisão a todos os vídeos pornográficos que gravou com crianças. “Aí,
você vai quebrando, você vai afrouxando, vai banalizando ser pedófilo,
daqui a pouco eles estão pedindo também para serem respeitados”, disse.
Referia-se ao caso do piloto Weldon Marc Gilbert, preso em 2007, que,
por ter assumido a própria defesa, teve acesso, durante o processo,às
peças incriminatórias sem as quais não poderia se defender.
Se um homem deseja fazer sexo com outrohomem, o que teria ele a ver com
isso? “Nada! Cada um faz sexo com quem quiser. O que tenho é o direito
de falar que isso é pecado, que é condenado por Deus e que a Bíblia diz
que é uma perversão. Agora, o que esse pessoal quer não é o direito a
fazer sexo – porque isso já fazem e não vão parar de fazer. Eles querem é
colocar uma mordaça na nossa boca para nos proibir de falar qualquer
coisa sobre eles. Olha o absurdo que é isso!”, indignou-se.
Foi nessa época que ele diz ter recebido “o chamado”. Ouvia uma
pregação, quando no meio da frase do pastor sentiu algo inexplicável. “É
como um estalo. De repente, tudo passa a fazer sentido. Você consegue
integrar o emocional, o intelectual, o psicológico, você entende por que
você está aqui.
É uma coisa muito forte e muito pessoal”, contou. A
experiência foi marcante, mas ele tinha dúvidas, sobretudo quando notava
as dificuldades financeiras enfrentadas pelos religiosos de seu círculo
social. Aos 20 anos, andava pela rua pensando no assunto, quando foi
abordado por um amigo que, do nada, lhe disse para não temer porque ele
teria como sustentar sua família. “Era Deus falando através dele”, disse
Malafaia. Foi a confirmação de sua vocação de evangelizador.
Ele, a mulher e amigos faziam parte de um grupo gospel chamado
Coral e Orquestra Renascer, no qual era o baterista. Chegaram a gravar
um LP, apresentavam-se em qualquer galpão e, nos fins de semana,
Malafaia alugava uma Kombi para evangelizar mendigos e turistas na praia
de Copacabana. A família vivia com os rendimentos da mulher, que
trabalhava na Caderneta de Poupança Letra. Foi quando cursou a Faculdade
de Teologia do Instituto Bíblico Pentecostal. Com diploma em mãos,
tornou-se, aos 23 anos, pastor auxiliar na Assembleia de Deus da Penha,
onde seu sogro era titular, ganhando cinco salários mínimos por mês.
Com duas câmeras paradas, sentado atrás de uma mesa, Malafaia chamava
pastores para cantar e palpitava sobre qualquer assunto. Com muitas
contas a pagar, completava o orçamento com palestras, conferências e
sermões em igrejas de amigos. Em uma ocasião, chegou a pregar noventa
vezes em setenta dias. Perdeu a voz. Em 1990, ele já era o campeão de
audiência da emissora.
“A explosão dele se deu quando passou a aparecer em rede nacional
descendo o pau em todo mundo e falando de temas atuais. Ele não poupava
ninguém. Falava de pastor safado, de evangélico falso, de político
corrupto. As pessoas sentiam que ele estava verbalizando publicamente o
sentimento que cada um carregava dentro de si”, disse o pastor Silmar
Coelho, um dos melhores amigos de Malafaia, durante uma viagem de avião.
Ia para as gravações de ônibus pela manhã e à noite cursava psicologia,
na mesma sala da mulher, na Faculdade Gama Filho, no Rio. Nunca atendeu
pacientes em consultório. Sua visibilidade e intrepidez no discurso
atraíam ofertas, que ele sempre pediu. Com dinheiro em caixa, passou a
organizar eventos de evangelização e, paralelamente, investia em
oportunidades que nunca foram para frente: loja de decoração, fábrica de
“guaraná gospel” e uma rádio.
Em seus negócios privados, sua grande alavancada, como ele diz, deu-se
quando conseguiu vender Bíblias em parcelas a perder de vista na
televisão. Até então, as editoras dividiam o valor em apenas três vezes.
Graças à amizade com um evangélico da diretoria do Banco Cédula, no
Rio, Malafaia conseguiu que lhe dessem crédito na emissão de boletos
bancários e junto a operadoras de cartão de crédito. Em 2005, em três
meses, vendeu 100 mil Bíblias de 120 reais divididos em dez vezes sem
juros – um recorde ainda inédito no mercado.
Enquanto comia, Malafaia contou ter aberto mão do salário de pastor da
Assembleia de Deus da Penha e disse que não usava um centavo das verbas
da associação para despesas pessoais. Segundo ele, sua única fonte de
renda era o que retirava como empresário na Central Gospel, cujo
catálogo chega a quase 600 títulos, entre livros, CDs e DVDs. Os autores
são ele mesmo, seus familiares, amigos ou pastores best-sellers
americanos.
De sua lavra, Malafaia lança a média de quatro livros por ano. São cerca
de noventa publicados, todos entre 64 e 72 páginas (“Mais do que isso, o
cara não lê, acha grosso demais”), cujo enfoque é quase sempre superar
desafios e romper barreiras no contexto da palavra divina. Um ghost-writer reúne suas falas em palestras, cultos e congressos e as transforma em texto corrido. Os títulos incluem Lições de Vencedor, O Perigo da Inversão de Valores, Como Vencer as Estratégias de Satanás, O Cristão e a Sexualidade, entre outros.
A Central Gospel é a segunda editora que mais vende livros evangélicos
no país, em torno de 1 milhão de exemplares por ano. Recentemente, a
empresa de cosméticos Avon, que agora também distribui produtos
populares, comprou um lote de 400 mil livros para comercializar de porta
em porta. Segundo Malafaia, seu patrimônio se resume a uma casa, quatro
apartamentos pequenos no Recreio dos Bandeirantes, um no Espírito Santo
e um imóvel de dois quartos, financiado em trinta anos, em Boca Raton,
na Flórida. Ao ouvir que, para um empresário de sucesso, o patrimônio
parecia modesto, respondeu que ele não era ganancioso.
Desde 2007, Malafaia já foi investigado duas vezes pela Receita Federal e
outras três pelo Ministério Público Federal por suspeita de desvio do
dinheiro do dízimo e lesão à crendice popular. Em uma das vezes, disse
que ficou provado o erro de um contador que, sem sua anuência, deixou de
recolher um tributo. “Paguei tudo no outro dia sem contestar. Quem
atira pedra como eu atiro não pode ter telhado de vidro. Eu sou besta?”
Quando se servia de sobremesa, pediu para remarcarmos o próximo
encontro, pois o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o chamara para uma
conversa de última hora. “Já até sei o que ele quer”, disse rindo.
Com forte estrutura midiática, as igrejas pentecostais deram origem
às neopentecostais, que catapultaram às alturas a ideia da valorização
do aqui e do agora, da atuação do diabo na vida cotidiana e da relação
de troca monetária entre Deus e os homens.
Testemunhos de ventura e redenção, insistentemente repetidos nos
programas, sites, jornais e revistas das igrejas neopentecostais, fazem
com que a esperança do alcance da graça nunca esmoreça. A promessa da
prosperidade terrena é sua marca mais evidente. “Antes era: céu, céu,
lindo céu, quando eu morrer eu vou ter tudo, mas enquanto isso, aqui na
Terra, eu serei um lascado, todo ferrado. Mas a Bíblia fala da vida
abundante, de a pessoa conquistar e ser feliz aqui e agora”, explicou-me
Malafaia, uma tarde em seu escritório. “Na Bíblia, o assunto finanças é
como qualquer outro, as pessoas é que fazem alarde com isso”, disse.
Uma das passagens mais evocadas pelos neopentecostais é a Segunda Carta de Paulo aos Coríntios: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.”
Na Vitória em Cristo não se fala em dinheiro, mas em semente; tampouco
em graça, diz-se colheita. Por isso, menções à parábola da semente, do Evangelho de Marcos,
capítulo 4, versículos 26 a 29, são recorrentes. “O Reino de Deus é
assim como se um homem lançasse uma semente à terra (...) porque a terra
por si mesmo frutifica (...) e quando já o fruto se mostra, mete-lhe
logo a foice, porque está chegada a ceifa.” É o que Malafaia chama de
“princípio da agricultura” ou “lei da semeadura”: quem quer receber
dinheiro deve doar dinheiro. “O semeador planta a semente do limão
porque ele quer colher limão, não laranja ou mamão ou abacaxi”, costuma
repetir em suas pregações.
Na porta de entrada de sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, há uma
plaquinha em forma de borboleta onde se lê: “Aqui mora gente feliz.”
O imóvel de dois pavimentos é grande, mas não suntuoso. É decorado com
muitos objetos dispostos pelas estantes e em mesinhas. Os móveis,
talhados em madeira, parecem saídosde um castelo: imensos, pesados,
escuros. Há dezenas de porta-retratos mostrando a família em natais,
passeios no Beto Carrero World ou em viagens ao exterior.
Segundo ela, não há casos na família. “Se tivesse, iríamos ajudar a
tratar, não tenho preconceito”, afirmou. Na igreja, disse, há vários que
são facilmente identificáveis. Basta observar como se comportam nos
shows de cantoras gospels. Como psicóloga, ela também atendeu inúmeros
gays e sustentou que a maioria teria sido abusada na infância. “A
homossexualidade é uma desorganização emocional e espiritual. Se a
pessoa não perdoou o abuso, ela canaliza aquela raiva para a vingança e,
inconscientemente, se torna um abusador também.”
Elizete queria saber se eu acreditava em Deus, se era cristã, se já
havia lido a Bíblia, se já havia ido a algum culto evangélico, se havia
sido batizada na Igreja Católica. Respondi não a todas as perguntas.
Falou-se sobre Deus e o Diabo. Ela afirmou que as forças do mal se
empenham a todo instante em impedir que o mundo e o ser humano se
aperfeiçoem. “Eu não tenho problema com quem não é cristão, mas você
pelo menos acredita no bem e no mal?” “Não no sentido metafísico”,
respondi-lhe. Não houve mais perguntas.
Quando o carro passou em frente a um templo da Universal, ela
estabeleceu a diferença de sua igreja com a de Edir Macedo. “A Universal
é como um hospital onde as pessoas chegam muito doentes.” Ali, elas
conseguiriam se recuperar de vícios, colocar a vida nos eixos e afastar
do cotidiano a presença do mal. “Mas elas não encontram a palavra de
Deus para continuar seguindo a vida cristã”, disse. “E é aí que
entramos. Somos uma igreja da palavra, do Evangelho, do caminho.”
Até dezembro de 2009, Malafaia era somente um pastor auxiliar,
apresentador de tevê, conferencista motivacional e dono da Editora
Central Gospel. Com a morte de seu sogro, que foi por 43 anos titular da
Assembleia de Deus da Penha, Malafaia assumiu um rebanho de 17 mil
fiéis e 104 templos espalhados pelo estado do Rio. Sua primeira medida
foi adicionar o nome Vitória em Cristo para caracterizar sua própria
igreja. Para fazê-lo, pediu demissão do cargo de tesoureiro da Convenção
Geral das Assembleias de Deus, que era contrária à criação da
subdenominação. Deixou a função dizendo que as finanças da instituição
eram “caso de polícia”.
A Vitória em Cristo tem 150 pastores contratados, cujos benefícios
incluem casa mobiliada, escola para os filhos e plano de saúde. O
salário de um pastor iniciante gira em torno dos 3 mil reais e pode
chegar aos 20 mil por mês, com direito a carro do ano. “Mas não adianta o
cara vir com chorumela: tem que saber ler a Bíblia, pregar, explicar”,
disse. Em sua igreja, fiéis desempregados ou recém-demitidos têm direito
a uma cesta básica (“E não é com arroz de quinta, não!”) até se
restabelecerem. Desde que assumiu a igreja, ele já atraiu 7 mil novos
crentes e abriu outros nove templos pelo Brasil, rompendo a redoma
fluminense. Tem planos de inaugurar outras 250 igrejas nos próximos
cinco anos.
Segundo ele, no Brasil, há um imenso campo para evangelizar pessoas. Elepretende ser a alternativa dos fiéis da Assembleia de Deus que deixaram de se sentir representados pelo que ele chama de “assembleiossauros”: “Aqueles que vão jogar futebol de calça comprida”, disse, fazendo graça com o tradicionalismo de seus pares. Até pouco tempo, os assembleianos eram proibidos de ver televisão, ir à praia ou jogar futebol. Ainda hoje, nas subdenominações mais conservadoras, as mulheres usam saias e cabelos compridos. “Eu quero ser essa opção. Tudo me favorece: tenho visibilidade, credibilidade por estar trinta anos na tevê, comungo dos princípios da Assembleia de Deus, mas não fiquei parado no tempo, sou contemporâneo.”
Em noite recente, o pastor titular – um jovem carioca de óculos e roupas
modernas – alternava-se entre anunciar a agenda dos eventos e ler sua
Bíblia num iPad. Antes do sermão, um dos melhores amigos de Malafaia, o
pastor Jabes Alencar, e o filho deste, igualmente pastor e cantor
contratado pela Central Gospel, ensinavam à plateia os gestos que
acompanhavam um louvor em ritmo de xote:
O inimigo pelejou
mas não conseguiu
Ele tentou me derrubar
Eu chamei por Jeová
mas foi ele quem caiu
mas não conseguiu
Ele tentou me derrubar
Eu chamei por Jeová
mas foi ele quem caiu
Luzes coloridas e estroboscópicas iluminavam todo o palco e a banda
aumentara o volume. Homens, mulheres e crianças dançavam como se
estivessem numa discoteca. Antes de deixarmos o local, Malafaia fez
questão de mostrar o 2º andar da igreja, onde havia berçários e salas de
recreação infantil que não pareceriam deslocados na capa de uma revista
de decoração. “Eu não faço porcaria, está vendo? Se eu gosto de coisa
boa, imagina Deus”, disse.
Durante os 25 minutos seguintes, Malafaia prestou contas e expôs seus
planos aos fiéis. Disse que aquele espaço entraria em reforma para
acomodar 20 mil pessoas sentadas, que a igreja em Curitiba havia custado
6 milhões de reais (“Feita com a obra e o dízimo de vocês, aleluia”),
que a igreja de Nova Iguaçu vai custar 3 milhões de reais, que precisava
ainda levantar 2 milhões para concluir o templo de Joinville e outro
1,5 milhão para o de São José dos Pinhais. Contou que, na véspera, havia
batizado coletivamente 1 107 pessoas no Piscinão de Ramos, que na
televisão “tudo é patrocinado” e que ele gastava “milhões de reais por
mês” para se manter no ar. Reiterou a promessa de abrir uma igreja em
todos os “cantos desse país” e disse que ali não era clube nem terapia
coletiva, então era preciso compromisso por parte dos crentes.
“Como a gente faz tudo isso? Só com a liberalidade e a fidelidade dos
irmãos. Vamos zerar essa conta. Se você quiser fazer uma oferta
especial, peça um envelope para você”, disse a todos. “Vamos orar para
Deus dar as verbas para vocês. Frutifica a semente que eu e meus irmãos
plantamos!”, gritou. Ouviam-se brados de “Aleluia”, “Glória a Deus” e
“Louvado”. Alertou: “Ninguém pode ser constrangido a dar oferta. Ninguém
é obrigado a dar. Ninguém quer que você tire o pão da boca das crianças
nem que se endivide.”
Uma banda começou a tocar uma música etérea, suave. Dos cantos do
auditório, saíram rapazes e moças distribuindo pilhas de envelopes onde
se lia a frase “Minha semente para uma colheita abençoada”, impressa
sobre uma foto de ramos de trigo. Dezesseis deles também carregavam
máquinas Cielo para o pagamento da doação em cartão de débito ou
crédito. Na Vitória em Cristo, 30% das ofertas são acertadas no cartão.
“Não se envergonhe, não se cale, você é um agente de Deus”, disse
Malafaia. O barulho dos zíperes de bolsas e carteiras era ensurdecedor.
Do alto, ele mantinha uma postura de desbravador, espichando a vista em
direção ao horizonte. Uma mulher com unhas de esmalte negro escreveu
algumas palavras no envelope e doou 50 reais; a que estava a seu
lado,20 reais. Malafaia tirou o paletó e anunciou uma agenda de
compromissos e eventos. Os presentes conversavam entre si e alguns
cantarolavam baixinho a música ambiente.
A seguir, indo de lá para cá no palco, Malafaia contou que, no dia
anterior, havia recebido 800 mil reais de um empresário amigo, que
queria ajudar seu ministério. “Mas eu disse a ele: ‘Você acha que isso
está comprando sua salvação, irmãozinho? Nãããnaninanina! Eu aceito a
oferta, mas você tem que mudar a sua vida, você tem que aceitar Jesus,
ajoelha aí.’” Em 2009, em entrevista a um site evangélico, Malafaia
havia relatado uma história parecida, mas o benfeitor era um atacadista e
o valor era de 130 mil reais.
Malafaia perscrutava a plateia, como que preocupado com a possibilidade
de uma ovelha se desgarrar. Quando percebeu que o movimento dos obreiros
havia cessado, deu a ordem: “Levanta o seu envelope aí.” E, como uma
onda feita por torcidas em estádios de futebol, os envelopes foram
surgindo um a um e ficaram suspensos no ar. “Glória a Deus”, ele disse
antes de iniciar uma oração. Dias depois, calculou ter arrecadado por
volta de 10 mil reais naquela noite. “Era meio do mês, o pessoal já está
com o dinheiro mais contado”, explicou. Só com dízimos e ofertas, a
Vitória em Cristo tem uma receita de 20 milhões de reais por ano.
Malafaia sustenta que, proporcionalmente ao número de fiéis, é a maior
arrecadação das Assembleias de Deus no país.
O sermão da noite era “Vida de fé ou incredulidade. Qual é a sua?”. Na
Vitória em Cristo, não há ênfase em cura ou exorcismo. Malafaia prega
sem anotações, apenas consultando a Bíblia para ler as passagens que
menciona. Sua performance é uma combinação de memória prodigiosa e
desempenho cênico. Ele é onomatopeico, careteiro e versátil no uso da
voz – com a qual percorre uma escala extensa, do falsete quando imita
alguém que faz uma pergunta tola, ao grave profundo que enfatiza uma
frase mais solene.
“É você contra o departamento em que você trabalha, é você contra o seu
chefe, contra sua família, mas você está com Deus. Para Ele, você é
maioria sempre!”, disse o pastor falando sobre autoestima. Leu o
versículo 31 do livro dos Números, no capítulo 13. “Porém os homens que
com ele subiram disseram: ‘Não poderemos subir contra aquele povo porque
é mais forte do que nós.’” Encarando a plateia com o dedo espetado no
ar, gritou: “Sabe o que Deus está dizendo aqui? Que aqui tínhamos que
viver como ferrados. Era assim.” Da plateia ouviam-se louvores.
“E olha aqui o complexo de inferioridade!”, exclamou diante do versículo
33: “Também vimos ali gigantes (...) éramos aos nossos olhos como
gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.” Com a voz ainda mais
alta e trêmula, ele trovejou: “Você está se vendo errado, irmão! Você
não é gafanhoto! Tem gente que acha que você é inteligente! O complexo
de inferioridade é CON-TA-GI-AN-TE! Enterra essa ideia, irmão!” Uma
mulher gritou: “Aleluia!” Na minha frente, uma grávida sentada num
degrau do altar enxugava lágrimas. “Olha para o seu irmão e diz: ‘Deus
tem um projeto para você!’” A meu lado, Elizete Malafaia me olhou nos
olhos e falou: “Deus tem um projeto para você e para toda a sua
geração!”
Ao final, Malafaia convidou aqueles que estavam se reconciliando com
Deus a se aproximar do palco. Eram pessoas que haviam largado a igreja
ou ainda andavam em pecado. Oito delas apareceram, foram abençoadas e
abraçadas por obreiros, que as ampararam para deixar o local. Depois de
duas horas, o culto foi encerrado. Havia uma sensação de redenção e
bem-estar no ar. As pessoas pareciam satisfeitas, cheias de si, animadas
e confiantes. Malafaia foi cercado pelos fiéis que queriam fotos e
consultas individuais. Na saída da igreja, sentia-se um forte odor de
fritura e lixo. Dezenas de carrinhos de churros, pipocas e mesas de
camelôs dividiam a calçada com detritos de sacos de lixo que haviam sido
violados – provavelmente por algum catador de latinhas à procura de
alumínio.
O pastor acredita que o Brasil terá em breve um presidente da República
evangélico, mas que não será alguém saído dos quadros da igreja. “É
alguém que surgirá da política e que, contingencialmente, será
evangélico”, especulou. Segundo diz, uma bancada representativa no
Congresso pode cauterizar, ainda na origem, projetos como o da
legalização do aborto e da descriminalização das drogas. Hoje são 73
parlamentares, mas acredita que o número pode dobrar. Na eleição
passada, os três candidatos a deputado federal que apoiou somaram mais
de 300 mil votos. Seu irmão, Samuel Malafaia, foi o terceiro deputado
estadual mais votado do Rio.
Eduardo Paes o havia chamado para tirar a limpo o boato de que Malafaia
pensava em concorrer à Prefeitura nas próximas eleições. “Respondi que
nem pensar. Mas ele sabe que trago votos”, disse-me dias depois do
encontro. Em 1995, quando o bispo Von Helder, da Universal, chutou uma
imagem de Nossa Senhora na televisão, Malafaia foi um dos líderes
evangélicos que saiu publicamente em sua defesa. Edir Macedo ficou bem
impressionado e o convidou para se lançar candidato a deputado federal
em 1998, com a perspectiva de construir o seu nome como alternativa da
Igreja Universal à Presidência. “Mas não era minha praia. Não nasci para
ser político, sou um pregador”, disse durante um almoço em um hotel de
Brasília. A recusa lhe custou o programa que tinha na Record. Desde
então, a relação com Macedo é turbulenta.
Em que Malafaia acha que se diferencia do líder da Igreja Universal?
“Eles estão muito violentos nessa coisa de pedir dinheiro”, explicou. “E
adotam um discurso perverso na relação com os fiéis. Dizem que, se você
não tem uma coisa, é porque você não crê. Já eu afirmo que, se você não
tem, é porque foi burro ou jogou a oportunidade fora”, prosseguiu. “O
Macedo era um cara de ideais extraordinários, mas se perdeu por
causadessa tentativa desenfreada de destruir a Globo. Hoje ele usa o
dízimo e as oferendas para bancar o profano, aquele lixo moral, que
apresenta na programação da emissora dele.”
Já na entrada, via-se um guichê da TAM, que vendera pacotes de até 2 700
reais por pessoa pelos quatro dias de palestras com preletores de
várias igrejas, hotel, traslados e café da manhã. Os corredores estavam
apinhados de prateleiras lotadas dedvds, CDs, livros e Bíblias em
diversos estilos. Todos tinham a etiqueta da Central Gospel. Uma das
Bíblias mais procuradas era a de capa de couro imitando estampa de onça,
alcinha que a transformava em bolsa de mão e espelho interno para
maquiagem. Custava 10 reais. Havia produtos para todo tipo de público e
de interesse. Crianças tinham à disposição toda a coleção da Turma do
Cristãozim, com o Evangelho ilustrado; adolescentes eram o foco da série
de revistas A Galera de Cristo e mulheres podiam comprar até livros de receitas coroados com reflexões bíblicas.
Um banner na entrada dos 26 guichês de caixa avisava que as
compras de mais de 29 reais poderiam ser divididas em duas vezes sem
juros e as superiores a 150 em até dez vezes. Quem gastasse mais de 400
reais estaria concorrendo ao sorteio de oito iPads. Na fila ao lado do
marido, a funcionária pública Bruna Cristina Moura, 25 anos, uma loira
de olhos azuis, bem-vestida, que era da igreja Sara Nossa Terra, havia
comprado 12 dvds de Malafaia. “Admiro o jeito dele. Ele me inspira
confiança e credibilidade”, comentou. A programação incluía uma série de
shows de bandas e cantores da gravadora Central Gospel – que, em comum,
têm o hábito de afastar o microfone da boca e tombar a cabeça para trás
na hora de um agudo.
No hall de entrada do evento, conheci a empresária Andreia Moraes, uma
moça de cabelos loiros compridos, que comia uma coxinha, encostada no
balcão. Ela havia viajado sozinha para Brasília, estava hospedada em um
hotel confortável e esperava ansiosa a fala de Malafaia. Há dois anos
vinha contribuindo para o Clube de 1 Milhão de Almas e afirmou que,
desde então, sua vida havia se transformado.
Endividada e desempregada, tornou-se empresária, representante da
Herbalife em Mato Grosso do Sul. “Eu o conheci pela tevê, me apaixonei
pelas coisas que ele falava, faziam muito sentido para mim”, disse. À
sua semente, Deus havia proporcionado uma colheita misericordiosa. “Deus
me honrou com uma casa de meio milhão de reais. Eu hoje tenho muito
para dar e emprestar, minha família toda se converteu.” Para ela, o que
diferencia Malafaia dos demais pastores é sua coragem de “comprar
brigas” pelos evangélicos e pelo Evangelho. “Eu tenho discernimento
religioso, sei que ele é um homem de Deus. Deus fala através dele. Se
ele diz que a semente será frutificada, ela será”, falou.
Em mais duas voltas pelo espaço do evento, cruzei com Murilo Otávio
Benittes, um funcionário público que gostaria que os políticos
brasileiros fossem “íntegros” como Malafaia; e com Liana Ribeiro, uma
pastora baiana que usava gola de pele e disse ter no pastor “uma
referência espiritual pelo tamanho de seu trabalho evangelístico”. E
também Neide Batista, uma senhora baixa e atarracada, cujo filho havia
largado as drogas e arrumado um bom emprego como gerente de uma
lanchonete de fast-food. Em todos, predominava a sensação de
redenção, agradecimento e consciência plena da razão de estarem ali. A
conversão havia sido um ato consentido e rendera frutos.
Na sala VIP do evento, diante de uma mesa de salgadinhos, Malafaia
esperava sua vez de entrar no palco. Ele contava ter recebido um e-mail
de um diretor da Rede Globo dando-lhe explicações sobre a queixa que
havia feito à cúpula da emissora por causa do beijo gay que seria
exibido na novela Insensato Coração.
Silas Malafaia contou que, no final do ano passado, foi chamado para uma
conversa pelo vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto
Marinho. O dono da Globo lhe disse que a rede queria conhecer melhor o
mundo dos evangélicos. E contou terem percebido, na emissora, que Edir
Macedo “não era a voz” dos protestantes no Brasil. Desde então, eles
mantêm um canal de comunicação. “Sabe quantas vezes apareci no Jornal Nacional só este ano?”, perguntou o pastor, dando a resposta com a mão bem aberta. “Cinco.”
Numa série de reportagens sobre o trabalho social de determinadas igrejas, o Jornal Nacional
mostrou numa delas o que a de Malafaia fazia na Vila Cruzeiro, no Rio.
Três meses depois da ocupação da favela por forças do Exército, o pastor
levou até lá massagistas, médicos, terapeutas e até manicures para
atender à população, gratuitamente. O nome da igreja foi citado e o
pastor ocupou o vídeo, sozinho. Um dos sonhos de Malafaia é comprar um
horário na Globo para fazer pregações. “Ainda vou conseguir”, disse.
“Eles já estão abrindo. Olha o programa do Faustão: está cheio de cantor
evangélico se apresentando lá.” A Globo não comercializa horários
contínuos. “Só vendemos anúncios em intervalos comerciais”, disse João
Roberto Marinho.
Com exceção da Globo e do SBT, as demais emissoras gostam e querem
vender horários para pastores evangélicos. O pagamento é em dia porque
têm dinheiro vivo na mão; o custo de produção dos programas é
baixíssimo, o que reduz muito o risco de bancarrota e, consequentemente,
de calote. E, como a concorrência entre eles é forte, acabam pagando
muito mais por horários desprezados pela audiência, como é o caso das
madrugadas. “O R. R. Soares está saindo da Band até agosto e estão me
oferecendo para pegar o horário”, disse. “Mas estão querendo enfiar a
faca, estou fora.”
No estúdio, uma equipe de vinte pessoas estava à sua espera. O cenário é
constituído por um painel pintado com arvoredos que supostamente
remetem a um jardim em Jerusalém, além de uma fonte de verdade que jorra
água. Como trabalha sem roteiro e improvisa tudo, decidiu usar todo o
programa para rebater as ferozes críticas da internet que atacavam as
suas reiteradas solicitações de dinheiro. No ar, comunicou que precisava
levantar 8,5 milhões, e explicou, tostão por tostão, onde o dinheiro
seria empregado. Um milhão de reais para uma cruzada evangélica para 100
mil pessoas em São Luís; outro milhão para cruzada idêntica em
Fortaleza; quatro milhões para treinar 2 500 pastores e 500 jovens com
vocação ministerial; e 2,5 milhões para a adequação do seu programa ao
padrão de alta definição digital.
Quando as câmeras foram desligadas, ele me chamou num canto: “Vê se
outro pastor faz isso que eu faço. Eu divulgo onde gasto cada centavo
que recebo. Vai lá no R. R. Soares e manda ele dizer onde ele põe a
grana, vai lá no Edir Macedo e vê se ele abre as finanças dele.”
Terminou a conversa revelando o resultado dos pedidos de oferta. Em
menos de dez dias, 145 pessoas haviam doado os 10 011 reais e outras 2
mil, os 911 reais. “Alguma compensação eles devem ter, não acha?”,
perguntou.
Divulgação Genizah
Ta, li tudo, e daí?
ResponderExcluirDai nada Rubens. É a matéria do Estadão. Reproduzimos, pois estava restrita aos assinantes. Você gostou Rubens? Entendeu direitinho? Tem alguma dúvida? Se tiver, pergunte. Não teste não. Não vale nota.
ResponderExcluir...gostava muito de ouvi-lo pregar, mas quando ele se juntou com Morris Cerullo e Mike Murdock e rapou o bigodão rsrsrsrs...pararei de vez de ouvir suas pregações, que agora são voltadas para um deus de barganhas. O texto relata os seus projetos sociais e missionários, e quanto a isso eu o aplaudo, pois sei que exitem muitas igrejas que possuem recursos para fazer pelo menos a parte do social, mas não o fazem.
ResponderExcluirCreio que um dia Silas Malafaia irá voltar a pregar o Evangelho Puro e Simples.
SHALOM AMIGOS!
Na verdade Jacarépagua é um bairro da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, e não zona norte como diz a matéria jornalística, e faz divisa com o bairro da Barra da Tijuca.
ResponderExcluirObrigado gente. Cada vez fico mais fã do homem.
ResponderExcluirOlá Danilo.
ResponderExcluirToda honra e toda glória a Silas Malafaia. Não percebi, em momento algum de todo o texto do Estadão, o pastor Silas dando glórias a Deus. Enfatizou muito o Reino de Deus como negócio e familiar ainda por cima, também destilou muita raiva... Danilo, não vi Deus sendo glorificado nesta matéria, lamentavelmente. Me pareceu exaltar muito a "religião" evangélica, mas sem a essência do cristianismo genuíno. Li a matéria com muita tristeza no coração, pois lembrei-me de quando ele se esforçava para pregar a sã doutrina. Preocupou-me muito o fato dele ter dito, segundo a jornalista, que só o programa dele prega a Palavra. E o programa Verdade e Vida da Igreja Presbiteriana do Brasil (Rev. Hernandes Dias Lopes)? É de muita tristeza e preocupação ver uma pessoa que Deus talvez tenha levantado como porta-voz do Evangelho portar-se assim, usar palavras não dignas de um servo de Deus (por exemplo chamar os homossexuais de "bicharada", e o respeito para com o ser humano que eles são acima de tudo?). Olha Danilo, eu não percebo essa atitude em Paulo ou nalgum outros cristão mencionado nas Sagradas Escrituras quando procurados para defender sua fé, ou quando acusados injustamente. Tampouco enfatizando em suas pregações a doação de dinheiro. Ao contrário, vejo homens glorificando a Deus em cada momento, e Deus, em Sua soberania, fazendo com que o dinheiro necessário lhes chegasse para fazer aquilo que tinham que fazer, e "sem luxo", diga-se de passagem.
Danilo, que rumo o cristianismo no Brasil está tomando! Às vezes penso que se os primeiros missionários que vieram ao solo brasileiro pudessem ver que rumo que o fruto da semente que eles plantaram talvez ficassem decepcionados... mas Deus é soberano, Senhor poderoso. Minha oração é que Silas retorne para onde caiu, mude a direção do caminho que está tomando, talvez Deus lhe perdoe e o use ainda mais, e dessa vez com unção verdadeira, não com forçassão de barra.
Isso foi o que entendi e senti com a leitura da matéria.
Desculpa o desabafo aí.
Bem... Deixa eu respirar... E deixa eu ver se eu entendi: o Silas recebeu a jornalista Daniela Pinheiro em um dia de reportagem...Lendo a reportagem, me pareceu muito mais um tiro no pé. Do tipo receber em casa um crítico que já vem com a sua opinião pronta, de casa, e disposto a somente acrescentar o que lhe for negativo.
ResponderExcluirNão o estou defendendo. É a minha primeira impressão. Pode ser que após uma boa noite de sono eu consiga equilibrar melhor os meus dois neurônios e emitir uma opinião melhor.
Desculpem, mas a princípio eu acho que o Silas vacilou ao da esta entrevista. Além disso, não acredito que o diabo seja tão feio quanto se pinta...
Dá até para ter mais simpatia pelo Senhor Malafaia. AS vezes penso que pode até ser bem intencionado, porém para conseguir manter uma obra tão grandiosa encontrou um caminho que não condiz com a fé que professa. O fato é que TV é muito cara e não tem como usá-la para comunicação em massa sem levantar muito dinheiro. E como levantar dinheiro em uma sociedade capitalista sem prometer o céu na terra? Resta a que deseja viver o verdadeiro evangélico fazer a evangelização pessoal. Dá mas trabalho, alcança menos pessoas, mas é coerente com a Palavra.
ResponderExcluirFazei escolhas que manifestem a vossa fé; mostrai que compreendestes as insídias da idolatria do dinheiro, dos bens materiais, da carreira e do sucesso, e não vos deixeis atrair por estas quimeras falsas.
ResponderExcluirNão cedais à lógica do interesse egoísta, mas cultivai o amor ao próximo e esforçai-vos por colocar a vós mesmos e as vossas capacidades humanas e profissionais ao serviço do bem comum e da verdade, sempre prontos a responder "a quem vos perguntar a razão da vossa esperança!" (1 Pd 3, 15).
O cristão autêntico nunca está triste, mesmo quando tem que enfrentar provas de vários tipos, porque a presença de Jesus é o segredo da sua alegria e da sua paz. (Papa Bento XVI)
Pobres evangélicos, tão ricos de bens materiais, estão ganhando o mundo e perdendo a alma.
Dúvida não tenho nenhuma Danilo.
ResponderExcluirAdmiro muitas de suas opiniões,
só cuidado para não se tornar uma versão ''crente'' do seu conterrâneo Arnaldo Jabor, rancoroso, tendencioso e por fim perseguidor implacável daqueles que por seu bel prazer caem em sua teia de implicância ou rixa pessoal sabe se lá por qual o motivo.
Digo isso pois tal característica no meio secular traz alguma atenção, mas no meio dos Santos acaba gerando descredibilidade e dubiedade quanto a fonte emissora da informação, ainda mais quando se ataca o caráter e honra de um individuo, e não suas atitudes somente, como a Palavra assim nos exemplifica.
Apesar de não precisar da minha sinceridade, venho aqui ser sincero e dizer que é isto que tenho interpretado nesses últimos posts.
Do irmão Presbiteriano.
Rubens
Muito boa postagem, deu para conhecer um pouco nosso irmão Silas, e consegui tirar uma duvida, agora eu sei que desde jovem ele já é adepto a Teologia da Prosperidade, se depender da minha contribuição para ele contruir predios, pagar dividas, ele vai a falência, tudo o que Deus manda eu contribuir é para ajudar o necessitado proximo a mim.
ResponderExcluirvlw, um abraço!
Lamentável o que este "pastor" transformou a Igreja de Cristo!
ResponderExcluirEu era seu admirador, por suas pregações, na época do "bigode". Ainda tenho alguns CDs guardados.
E agora se tornou mais um mercador da fé, justitificando tudo isso com a salvação em massa das pessoas.
Nos anos 80, na minha adolescência, eu já criticava as igrejas que se organizavam como uma empresa, com presidente, vice, secretarios, balanços, etc etc.
Cada vez mais as igrejas estão se parecendo empresas, com lucros absurdos, e tenho grande parte desviada pra compra de aviões, casa nos EUA, etc.
Pergunto: Cristo fez algo parecido quando esteve aqui na Terra? Mandou seus discípulos irem arrecadar montanhas de moedas de prata afim de alugarem a maior sinagoga e juntar o máximo de pessoas? Resposta: não!
Jesus não precisou sequer de uma mísera moeda de prata para juntar milhares de pessoas!
Ahhh...Então Jesus foi tolo! Claro que não...Pq esse era o Plano de Deus!
Olha....estou totalmente decepcionado!
Mas ele sabe que está errado...Ahh sabe sim!
Malafaia...a sua hora tb vai chegar, queira você ou não!
A PAZ
Danilo, boa noite.
ResponderExcluirLeio seu blog diariamente, você e sua equipe estão de parabéns.
Seria possível obter a opinião do Pr. Caio Fábio a respeito esta reportagem?
Está me parecendo matéria paga, propaganda barata, mercadoria made in Paraguai.
Caso não consiga, não esquenta eu sei que você tentou.
Um grande abraço a você e sua equipe.
Tá certo... Danilo: De vez em quando você não publica meus comentários quando o assunto é Malafaia; lí o artigo; você foi "bastante educado e imparcial(sei que a matéria não é sua)", exceto pelo marcador, no fim do artigo(estelionato religioso; isto não faz parte da matéria do estadão; é de sua autoria)! Sinceramente? Acho que este seu "ministério apologético" deveria se concentrar mesmo na legítima defesa da fé, que por sinal, até "que o Genizah faz bem"! Quanto a "esta sua obsseção" em desestruturar econômicamente o Malafaia, pra mim, já chega a "ser doentíl"!... Quem sabe o Caio(ele é psicanalista!?), Possa te ajudar a se ver livre disto. Quero ainda citar bíblia aqui: Verdade é que alguns pregam a CRISTO por inveja e porfia, mas outros de boa mente; uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho; mas outros, na verdade, anunciam a CRISTO por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. MAS QUE IMPORTA? CONTANTO QUE CRISTO SEJA ANUNCIADO DE TODA A MANEIRA, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda. (Fp 1. 15-18). "Quem ler entenda"! Por último insisto em te avisar: Tá se espalhando na net um mega-dossiê do genizah e do Danilo Fernandes; é bom que "estes caluniadores sejam refutados"!... Existe alguém melhor que você pra fazer isto? Apresentar a própria defesa? Reintero: Embora não nos conheçamos, você costuma ignorar...censurar e moderar meus comentários, como se fosse "inimigo seu"(risos); lembre-se: "Sou apenas um cristão semi-alfabetizado", não sou ameaça pra ninguém; todo dia venho ao Genizah!... Adoro as polêmicas. Por isso, peço: Arrume um tempinho pra me dar uma respostinha à este comentário(estou certo que não publicará; ou vai me surpreender e publicar?!).
ResponderExcluire aí, totalmente contra ou um pouquinho a favor?
ResponderExcluirPAZ AMIGO!
ResponderExcluirGOSTO MUITO DE SEU BLOG E GOSTARIA APENAS DE SABER O QUE PENSA COM RELAÇÃO AO HOMOSSEXUALISMO???
SEGUNDA PERGUNTA: ACHA Q TUDO O Q O SILAS FAZ ESTÁ ERRADO?
QUERENDO OU NÃO O PASTOR SILAS FAZ A DIFERENÇA NO Q SE REFERE A DEFENDER A NOSSA FÉ, PODE SER DO MEIO TORPE DELE RSRS A LEI CHEGA A TORNA LOS MELHORES Q OS HÉTEROS:
AINDA ESTOU FORMANDO A MINHA OPINIÃO POR ISSO AS PERGUNTAS! OBRIGADA!
Esclarecedor, esse post.
ResponderExcluirLi apenas as letras grandes...
ResponderExcluirmuito bom o texto.
Que Deus continue abençoando o Silas Malafaia e sua família. Que continue ajudando milhares de pessoas neste país. Ainda que apenas 1 pessoa se arrependesse de seus pecados e buscasse os caminhos do Senhor, TODO SEU TRABALHO E MINISTÉRIO JÁ TERIA VALIDO A PENA.
ResponderExcluirPARABÉNS SILAS! QUE DEUS TE ABENÇOE!
Danilo,
ResponderExcluirobrigada por divulgar a matéria.
Sabe o que fiquei pensando? A repórter se mostrou desconhecedora de tudo o que ouvia. Ela se declarou agnóstica, e tudo o que ela ouviu foi sobre como construir um império.
Ela assistiu a um culto, a um programa de TV, a um congresso, e a conclusão dela foi a de que as pessoas têm uma vida melhor nesta vida!!!
As pessoas convertidas são convertidas aos bens. As mensagens, que deveriam evangelizar, são motivacionais.
Houve um momento da minha leitura que me perguntei se a repórter estava entendendo o que estava acontecendo.
Também tento imaginar a cara dela ao ouvir os valores mencionados por Malafaia.
E pensar que esse cara, hoje em dia, é referência de crente...
Jesus, volta logo, plix!!!
Eu olho para isto tudo... Este fausto, esta riqueza, estas necessidades de comunicação de massa e talheres de prata...
ResponderExcluirOlho para os perseguidos, os famintos os miseráveis e os puros de coração...
Tenho vontade de VOMITAR ESTE HOMEM.
E tenho a impressão que assim será com Cristo, ou sou tão burro que não compreendo o que li sobre Jesus.
Rosa, minha amada. Você trouxe a esperança nas suas palavras.
ResponderExcluirProfeta!
Tenho uma despesa X e recebo Y, sobra alguma coisa. Agora se minha renda Y tem que pagar uma despesa Z, tenho que dar meus pulos. A regra é simples se a fatura é alta, a renda tem que ser maior, se não vai pro SPC. A dele, o Silas, é gigantesca. Os silos do Silas tem que transbordar de sementes. É o preço da fatura; não creio que tenha volta, e assim caminha a desumanidade.
ResponderExcluirChicão Parras
Se cuida Danilo! O Malafaia agora está com seu mais novo site: o "Verdade Gospel". Porém, a Verdade está somente na Palavra. Jesus Cristo é a Verdade!
ResponderExcluirReportagem legal; admirito o pioneirismo de Silas Malafaia, bem como o seu conservadorismo em prol da família. Apenas lamento nele sua guinada em direção a teologia da prosperidade.
ResponderExcluirAmei a matéria; apesar das segundas intenções do texto, rsrsrsrs
O Alexandre, pós-evangélico, católico não estudou história... você sabia que o seu querido bispo inerte(papa) ja foi nazista????? e não puniu pedófilos??
ResponderExcluiragora falando do texto... o Silas sempre foi ligado a teologia da prosperidade, essa era uma duvida que eu tinha e foi respondida.
Desculpem pela maldade. Se não quiserem publicar, não tem problema, mão vou me chatear por isso. Mas olhando a foto no topo da reportagem, tive a impressão que a pomba no telão c&#ou o Silas...
ResponderExcluirNão concordo com muita coisa q o Silas faz, mas isso virou implicancia e "politicagem" deste blog, triste ver um blog q gosta tanto de denunciar os erros e malfeitos dos "evangélicos" fazendo posts enaltecendo igrejas históricas q "consagram" ao pastorado homossexuais.
ResponderExcluirapesar de todos os causos dele, o admiro como Pastor. Mas se ele não vigiar, ele terá uma queda.
ResponderExcluirCreio que ele realmente foi chamado por Deus para pregar à outras pessoas, ele realmente pregava coisas que tocava no coração. Mas ultimamente, parece que só a prosperidade em dinheiro é o que realmente importa.
um dia ele aprenderá uma lição
ESTOU PRA VER UM PAÍS COMO O NOSSO, AONDE AS PESSOAS SE ENCONTRAM TOTALMENTE ALIENADAS E QDO ALGUÉM SE LEVANTA PRA DIZER: "CALMA AI, ALGUMA COISA ESTÁ ERRADA" NINGUÉM GOSTA...
ResponderExcluirO POVO PARECE QUE GOSTA DE LIDAR COM GENTE TRAMBIQUEIRA SABE...
COMO DIZIA NELSON RODRIGUES, É A FAMOSA "SÍNDROME DE VIRA-LATA"
AOS ORGANIZADORES DESSE BLOG E À JORNALISTA, PARABÉNS!!!!!!!!
QUESTIONE!
LEIA!
INVESTIGUE!
A HISTÓRIA DIZ MUUUITO MAIS DO QUE OS LIVROS CONTAM!
Ah isso ja ta chato.
ResponderExcluirVc poderia promover um debate entre vcs dois (Silas e vc), escolha o tema e o desafie.
ResponderExcluirA fim de, se acaso os macedônios vierem comigo, e vos acharem desapercebidos, não nos envergonharmos nós (para não dizermos vós) deste firme fundamento de glória.
ResponderExcluirPortanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que primeiro fossem ter convosco, e preparassem de antemão a vossa bênção, já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção, e não como avareza.
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;
2 Coríntios 9:4-8
ponha Deus no centro da sua vida, de ofertas e tera prosperidade, deixem de ser incredulos, se tiverem fé Deus ps sustentara, quer ter uma casa? Deus da, carro? tbm da, quer que seu negocio cresça? também, mas o coração deve estar sempre em Deus, e é dando que se recebe,
Jesus disse, que tudo que pedires crendo recebera, Deus NÃO É PERVERSO, ele não deixará seus fiéis passando necessidade, ele prospera sim, teologia da prosperidade não é um erro o problema é o abuso que ha de alguns.