Tem de ser pela Graça!
https://genizah-virtual.blogspot.com/2011/09/tem-de-ser-pela-graca.html
Manoel dC
"E Se é pelas obras, já não é pela graça".
Em outra versão:
"Porque, se a escolha de Deus se baseasse no que as pessoas fazem então a sua graça não seria a verdadeira graça".
Estava
meditando nessa passagem de Paulo. Ela vem me incomodando durante muito
tempo, ocupando muitas horas dos meus pensamentos. Porque se é assim tão
cristalino como o texto indica, então a maioria de nós, infelizmente,
está perdida e imersa numa nebulosa incompreensão do texto.
Porque
o que vejo mais hoje no meio gospel é a pretensa anulação da obra
definitiva da cruz pelo esforço de agradar a Deus por obras e feitos
religiosos. Vejo e ouço falar desses “cristãos” que se perderam no
emaranhado das regras, dos usos e costumes, fazendo do trabalho
religioso moeda de troca e nessa barganha frustrada, buscam vantagens a
qualquer preço, se matam por cargo, influência e prestígio, se envolvem
em um ativismo viciante que os fazem cada vez mais cativos do legalismo
mortal. São os que sobem e descem monte, fazem voto, vigília, jejum,
“pagam” o dízimo, decoram textos enormes da Bíblia, oram, marcam ponto
na igreja de manhã, de tarde e de noite, não com a intensão de buscar
conhecer mais a Deus como bem maior e Sua Palavra como fonte de
obediência e regra de vida prática, mas pelo lucro pessoal, pra se dar
bem, para vencer batalhas espirituais e obter sucesso financeiro, quando
não conseguem dominar nem a si mesmos e vencer suas próprias neuras e
visões adoecidas.
Vejo
sempre esses milhares de obreiros, pastores e igrejeiros viciados em
obras, movidos à justiça própria. A cena se assemelha à dos tempos
obscuros das penitências, das compras de bênçãos e indulgências, da
venda de pedaços de terra no céu, das romarias extenuantes, do
enclausuramento monástico que reduz e castra a liberdade, do
paroquialismo exclusivista, da veneração das relíquias, do endeusamento
do clero, da corrida por poder e influência, cenário bem característico
da Idade das Trevas.
Tudo
parece que é feito com base na graça, mas não é. É pelas obras, e se é
pelas obras, deixou de ser graça há muito tempo, se tornou des-graça.
Uma coisa ou outra, não dá para conciliar, pois uma rejeita a outra. Aos
olhos de Deus, trabalho é ofensa, o descansar Nele, é graça.
Hoje
em dia, quase ninguém mais espera e descansa em Deus O deixando agir,
quase não há mais indivíduos, grupos ou comunidades que permanecem
quietos deixando Deus ser Deus, quase ninguém mais se move sob a sombra
da cruz e morre para si, agindo em e por Cristo, para a glória exclusiva
de Deus, se doando em amor descomedido e por pura gratidão, servindo a
causa do Reino, sem exigir nada em troca, e sem pretenção alguma.
Apesar da formação dos grandes conglomerados da fé, e da inumerável multidão se confessa Jesus somente com os lábios, mas a vida demonstra justamente o contrário. Quase ninguém mais vem a Jesus para depositar o fardo e descansar Nele, antes, porém, tomam seus fardos de chumbo de volta e os agigantam tornando-os mais insuportáveis ainda, e a vida cristã, uma bigorna sobre os ombros.
Apesar da formação dos grandes conglomerados da fé, e da inumerável multidão se confessa Jesus somente com os lábios, mas a vida demonstra justamente o contrário. Quase ninguém mais vem a Jesus para depositar o fardo e descansar Nele, antes, porém, tomam seus fardos de chumbo de volta e os agigantam tornando-os mais insuportáveis ainda, e a vida cristã, uma bigorna sobre os ombros.
Quase ninguém
mais? Sim... Se não estiver sendo negativista em minha exposição, fora o
remanescente fiel, a igreja verdadeira que se guarda impoluto diante
desse quadro nefando, nesse “auê” todo que há por aí, há muita poeira
levantada e pouca edificação sólida alicerçada na Rocha, há muita palha e
madeira, e pouco ouro, prata e pedras preciosas.
Porque, se é
assim, quando as obras dos homens forem passadas no teste do Fogo
Revelador de Deus, tudo que foi feito em nome de si, motivado pelo
egoísmo e orgulho, como serviço prestado à denominação, à instituição e a
homens, será pulverizado, transformado em pó e cinzas. Somente as obras
que foram feitas em Cristo e em seu nome, prevalecerão intactas, porém
agora mais valiosas ainda, por serem aquilatadas pelo fogo de Deus.
Nada como um texto sobre graça para trazer renovo pra alma ^^
ResponderExcluirExcelente texto, parabéns ao autor!
Sempre senti dessa maneira, mas por um bom tempo fiquei agarrado na "rede religiosa gospel". Mas...graças a GRAÇA do bom Deus e Pai das misericórdias voltei pra vida, pro Caminho, sendo guiado pelo melhor professor que existe. O Consolador. Grande abraço e Paz a todos do Caminho !
ResponderExcluirOxente! Quase TODO MUNDO?! E eu que pensava que só os adventistas do sétimo dia (uma minoriazinha de nada e insignificante) é que eram legalistas e "antigraça"... Vou falar para os apologetas raivosos de certo centro/instituto "cristão" de pesquisas para que sigam o Genizah e se atualizem urgentemente, deixando de atacar falsas heresias.
ResponderExcluirCurativo e lenitivo, esse texto.
ResponderExcluirSola Gratia!
Muito bom o texto, obrigado por compartilhá-lo.
ResponderExcluirUma verdadeira boa reflexão.
Paz.
Muito bom!
ResponderExcluirOnde, pois está a jactância? É excluída. Por qual lei? das obras? Não, mas pela lei da fé (Rm 3:27)
ResponderExcluirSe o Senhor fosse conceder qualquer coisa a um de seus filhos pela obra que estes teriam feito, então essa compensação seria segundo a dívida, e não segundo a fé. Que Maravilha é somente pela graça.
Mas acho importante ressaltar a importância das obras...
ResponderExcluirPois é na mesma bíblia que está escrito que "a fé sem obras é morta".
Concordo muito com o comentário feitos sobre obras no texto: quais obras são realmente motivadas por amor a Deus? Pois há muitos que dão fortunas às igrejas para engrandecer o próprio eu.
à luz das escrituras, é possível afirmar que estão quase a totalidade da multidão de cristãos, evangélicos ou não, perdidos. Afinal, quem não nega tudo e toma sua Cruz não é digno dELE, quem não é capaz de desfazer de tudo para seguir O Mestre, também não, resumindo, quem não se arrepende de seus pecados e ama a Deus sobre todas as coisas (entenda -se aquele observa, e IMITA A CRISTO LITERALMENTE) não é Igreja.
ResponderExcluirMuito bom o texto, coerente e claro, parabénz ao autor.
ResponderExcluirMaranata! O dia em que todas as obras serão passadas pelo fogos está chegando! Aleluia!
ResponderExcluirQuerido Manoel, não se esqueça do capítulo 2 da epístola do Apóstolo Tiago.
Ah, e sobre a resposta pronta aos críticos (http://www.genizahvirtual.com/2010/07/criticos-quantas-almas-voces-ja.html), melhorem os argumentos, pois eles estão fraquinhos demais!
Que DEUS os abençoe!
Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.
ResponderExcluirMas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem.
Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril?
Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?
Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas.
Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça, e foi chamado amigo de Deus (Gn 15,6).
Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?
Do mesmo modo Raab, a meretriz, não foi ela justificada pelas obras, por ter recebido os mensageiros e os ter feito sair por outro caminho?
Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.(Tiago 2,17-26)
Como entender?