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Reviver a Reforma, vivenciar a igreja, viver o evangelho

 Robinson Cavalcanti
No momento em que o Censo de 2010 desmente a previsão de alguns sociólogos, e a percentagem de pessoas que se autodenominam de “protestantes” não para de crescer na população brasileira – e agradecemos a bênção de vidas transformadas –, sentimos que esse crescimento não esteja relacionado com um esperado decréscimo na violência, na injustiça e na desonestidade da nossa nação. Sentimos o fracionamento escandaloso do Corpo de Cristo, em que os cismas se transformaram em uma rotina. Sentimos que cresce a quantidade de púlpitos que não expõem a Palavra de Deus em sua inteireza e em sua integridade. Sentimos que no meio do legalismo falta a graça; que no meio da prosperidade falta a cruz; que no meio da batalha espiritual falta o poder do sangue. No meio dos escândalos falta santidade. No meio do liberalismo falta o temor do Senhor.
Não seriam essas debilidades qualitativas de um gigante quantitativo de pés de barro – a igreja evangélica no Brasil – sinais evidentes do distanciamento e do esquecimento dos postulados sempre atuais da reforma religiosa do século 16? O estudo, a promoção e a atualização da Reforma são tarefas de cada geração, e quando isso não ocorre, o povo pode se perder. Como anglicanos, nossas raízes celtas, nossa passagem por Roma e nossa contemporaneidade não minimizam a centralidade do fato de que somos legítimos herdeiros da Reforma, e que essa fidelidade com moderação e bom senso é algo que a nação precisa, e que a nós o Senhor da igreja nos deu como responsabilidade partilhar para construir. Que o Senhor nos conceda a coragem de Lutero, a lucidez de Calvino e a visão de Cranmer. “Sola Scriptura”, “Solus Christus”, “Sola Gratia”, “Sola Fide”... “Ad Majorem Dei Gloria”!


 Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife

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  1. O crítico é um artista que não teve coragem de enfrentar o palco.
    "Sempre estão entre nós, àqueles que só sabem com maestria e grande eloquência ver o lado inumano do ser humano. Esquecem quem são e de onde saíram. São o mesmo pó dos demais. Eles não são piores e nem melhores, mas não querem se ver nos iguais."

    Acho de uma grande desfeita ser um humano e ainda sim menosprezar a raça, ser um cristão e se dizer "ex-evangélico", saber que Jesus é o cabeça da Igreja e julgá-la.


    Li um texto de uma pessoa que não quis se identificar e que nada tinha de novidade a acrescentar, mas apenas era uma repetição, um mantra crítico das muitas vozes amargas, burburinhos azedos que ecoam por aí, que vociferava sua decepção com o corpo de Cristo. O incrível é que esta ladainha é uma cópia da cópia do xerox do xerox de textos de críticos que poderiam ter sido artistas, mas que não tiveram a coragem de enfrentar o palco, ou se o fizeram não arcaram com os custos de existir no mundo e presos ficaram em seus argumentos de que culpados são os outros. "O inferno é o outro!"

    Hoje, e sempre existiu, há um movimento no seio da cristandade de que se pode ser cristão sem ir a Igreja ou que podemos buscar à Deus sem ela. Quase todo ex-evangélico tem uma língua ferina contra a comunhão com os irmãos na Igreja, por causa da sua decepção pessoal. É frustrante viver uma desilusão em relacionamentos em qualquer comunidade, mas a ilusão precisa ser desfeita mesmo, ou seja, não existe ser humano perfeito e maravilhoso. Só Jesus venceu a morte por ele mesmo em profunda unidade com o pai e o Espírito Santo.

    Nunca podemos esquecer que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja.
    - O que é ser um ex-evangélico que não quer mais a comunhão de ir e respeitar a Igreja de Cristo, mas apenas criticá-la?

    Tição tirado do fogo apaga!

    "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados."1Pedro4:8

    De fato, existem pessoas difíceis e os pecados pioram tudo em uma pessoa, mas quem garante que nós não temos sido elas?

    "Misericórdia quero e não sacrifícios, disse Jesus."
    ARMANDO_NETO
    armandex_snt@hotmail.com

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  2. Só acho que Calvino não foi tão lúcido assim, todo mundo exalta o cara, mas ninguém vê a inquisição protestante que matou católicos também, não estou criticando o texto, estou só pondo aqui uma observação. Que sejam aproveitadas as coisas boas de Calvino, mas nem ele e nem o protestantismo começou santo como se imagina e se prega.

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  3. Reforma: uma tragédia desnecessária comemorada por ateus e evangélicos.

    Os evangélicos, os protestantes, que fundamentalmente são a mesma coisa, vêm a divisão de católicos e prostestantes, oriunda da Reforma, como uma necessidade e não como uma tragédia, contrariando o desejo do Mestre:

    E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. João 17:11

    Quem alimenta a divisão vai contra o plano de Cristo e faz papel de anticristo:

    Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.

    Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
    I João 2:18-19

    Lutero e Calvino saíram da Igreja, curioso é que ambos tiveram seus estudos teológicos bancados pela mesma Igreja que eles tentaram destruir, a vida de Cranmer assim como a de Henrique VIII foram tão tortas que nem vale a pena comentar.

    Hoje os anglicanos que não estão retornando para a Igreja, estão celebrando uniões homossexuais e já caminham para celebrar uniões incestuosas e poligâmicas, e tudo indica que o restante dos evangélicos irão pelo mesmo caminho rumo ao abismo.

    E viva a Reforma!

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  4. Prezado D.Robinson, concordo com o senhor em alguns pontos e o questiono em outros. A igreja evangélica contemporânea com certeza esta a beira do caos. Mas o senhor afirmar que igreja anglicana é a legitima representação da reforma protestante foi um tanto exagerado! Convém lembrar que a igreja anglicana foi criada no século XVI tendo como seu fundador o rei Henrique VIII que não era um bom exemplo de cristão! Somente fundou a igreja para tomar as terras da Igreja Católica e se casou diversas vezes. Costumeiramente ele mandava matar suas antigas esposas.
    O senhor na verdade apresenta-se como dono da verdade e não mostrou a simplicidade que é pregado o Evangelho de Jesus Cristo.
    Douglas de Castro Carneiro professor de história, convertido a 11 anos ao evangelho de Jesus Cristo.

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  5. oh alexandre na boa não faz isso cara usando textos isolados pra justificar uma conlusão sua! um dia você vai prestar contas a Deus.

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  6. Lendo os comentários do "Alexandre, pós-evangélico, católico", sinto que o mal que fazemos às pessoas, quando nos desviamos do verdadeiro evangelho é realmente algo impressionante. Que o Senhor nos ajude a, de alguma forma, reparar este mal em tempo...

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