Asaph Borba entre a fé, a emoção e a razão
https://genizah-virtual.blogspot.com/2011/08/asaph-borba-entre-fe-emocao-e-razao.html
Com 35 anos de ministério, 70 discos gravados e mais de 2 milhões de cópias vendidas, Asaph Borba – o pai do canto congregacional brasileiro – revela fatos inéditos, acerca de sua vida e ministério
Por Oziel Alves
Entrevista
publicada na Ed. 20/Fev
da Revista Música Cristã e Sonorização
Publicada no Genizah com a autorização do autor e MC & S
Talvez você não saiba,
mas provavelmente a grande maioria das músicas (também chamadas de corinhos)
que você aprendeu a cantar numa igreja evangélica a partir da década de 80, é
da autoria desse cidadão baixinho, agora mais magro, de barba eterna, olhos
azuis e olhar intenso, que apesar da simplicidade, humildade e simpatia
contagiante, tem uma história de vida exemplar que impõe respeito e provoca
admiração.
Para Asaph Borba, lá se
vão 35 anos de ministério como compositor, arranjador, produtor, maestro,
músico, mas acima de tudo, como um grande adorador e discípulo de Jesus Cristo,
já que é assim que prefere ser chamado, quando diz que - apesar de compreender
a necessidade dos rótulos - não se sente muito à vontade com a pomposidade de
títulos como artista, cantor ou ministro de louvor.
Quem conversa com este
homem - calmo, de sábias palavras e discipulador de boa parte dos artistas
cristãos que hoje fazem a diferença no cenário da música gospel brasileira -
jamais poderia imaginar que, não fossem as orações da mãe e a atitude ousada de
um líder, tudo poderia ter sido diferente.
No começo da década de
70, Asaph era hippie. Viciado em drogas dos 13 aos 15 de idade, fazia seu pé de
meia, vendendo artesanatos à beira do mar. Sua mãe, preocupada com a situação
que se agravava, resolveu pedir ajuda ao pastor da comunidade onde freqüentava
os cultos. “Ele me procurou uma vez e eu não abri a porta. Outra vez, mas
novamente eu não o atendi. Num determinado dia, eu disse a minha mãe que queria
falar com ele e foi assim que tudo começou” diz Asaph. Erasmo Ungaretti, na
época, pastor da Igreja Metodista em Porto Alegre, numa atitude ousada e muito
comum ao conservadorismo de seu tempo, sabendo do gosto de Asaph pela música,
decidiu convidá-lo para tocar violão no culto, daquele mesmo dia. “No dia
seguinte eu estava lá, e em agosto de 1974, me converti”. Envolvido na área da
musical da igreja, em 1976, Asaph passou a viajar com Erasmo, ministrando o
louvor em Igrejas de todo o Brasil e é a contar deste ano que, em 2011, ele
comemora quase quatro décadas de ministério, agora sob o discipulado do pastor
Moyses Moraes, que, assim como Erasmo, mora no mesmo prédio e é seu vizinho de
apartamento.
Do começo em 1978, com o
lançamento do seu primeiro álbum “Celebraremos com júbilo” com o americano
Donald Stoll, a dupla Don & Asaph - quando álbum era álbum mesmo, de vinil
- até seu mais recente “Rastros de Amor”, uma super produção recém gravada pela
Som Livre na PIB de Curitiba - Asaph nunca perdeu a perspectiva do seu chamado:
levar a igreja a uma adoração genuína.
Numa época em que a
comunidade cristã só cantava hinos da harpa ou do cantor cristão, suas pequenas
canções, a maioria salmos musicados, literalmente transformaram o ritual do
louvor congregacional em boa parte das igrejas evangélicas brasileiras,
introduzindo uma nova cultura de adoração. Por isso, hoje, podemos dizer sem
medo de errar, que Asaph é o “pai” do canto congregacional da igreja pós-moderna
brasileira. Com hinos como “Ao nosso Deus”, “Celebrai”, “Digno de Glória”,
“Estamos reunidos”, “Jesus em tua presença”, “O meu louvor é fruto”,
“Superabundante graça”, “Tu és soberano” e centenas de outros cuja lista sequer
caberia aqui, o menino que outrora vendia artesanato para bancar seu vício, fez
fama e acabou ganhando notoriedade no mundo inteiro. Com a Life Produções, lá
se vão 70 discos gravados em 9 idiomas – entre eles, árabe, hebraico, inglês,
alemão, assírio, etc -, mais de 2 milhões de cópias vendidas e cerca de 350
gravações de e para outros artistas, além de parcerias com Adhemar de Campos,
Gerson Ortega, Daniel Souza, Fernandinho, Nívea Soares, entre tantos outros.
Isso sem falar nos projetos junto à Adhonep (Associação de Homens de Negócios
do Evangelho Pleno) e o seu ministério internacional intitulado Bridges of Love
(Pontes de Amor) que tem atendido a dezenas de nações em todo o continente
americano, Europa e sobretudo no Oriente Médio, em países como Jordânia, Egito,
Líbano, Turquia, Israel e Irã.
Asaph, que é mineiro de
nascença, para realizar o sonho de seu pai, mas gaúcho de coração, já que
sempre morou no RS, é membro da Igreja Comunidade em Porto Alegre (RS), tem 53
anos e é casado com Lígia Rosana, com quem tem dois filhos, Aurora e André. No
mês de janeiro, apesar de estar com sua agenda lotada até o final de 2011,
Asaph prontamente recebeu nossa equipe nas dependências do estúdio Life, para
um bate-papo descontraído (com direito a barras de chocolate e café) mas cheio
de inspiração, para falar sobre sua vida, os 35 anos de ministério, sua visão
de música, igreja e claro: dos projetos que pretende realizar nos próximos 35
anos de ministério.
OZIEL ALVES: Era 1974, você tinha 15 anos,
era hippie, usuário de drogas e, um pastor que verdadeiramente se preocupava
com você, com atitudes a frente do seu tempo, lhe convida para tocar no culto,
do jeito que você está, sem lhe impor nenhuma condição de santificação. Lindo,
nobre, divino. Mas você indicaria este tipo de atitude para os pastores de
hoje?
ASAPH BORBA: Eu acho que a gente
deveria ter mecanismos pra assimilar pessoas. E, obviamente isso significa
assimilar as pessoas como elas são. Claro, com os devidos cuidados, né? Tem que
ser guiado por Deus para ter uma atitude destas. É preciso ter certeza da
direção divina para pegar um drogado e entregar um violão pra ele tocar naquele
mesmo dia no culto. Lembro de um livro do David Wilkerson onde ele conta o que
fez com Nick Cruz – de uma outra forma, é claro - no dia em que ele foi fazer
um grande evento lá no Brooklyn. E ele disse: “Hei, você, vem cá me ajudar com
as ofertas”. Ele deu o gazofilácio pro Nick, um baita drogado, baita
marginal... Imagina, recolhendo a oferta? Anos depois, o Nick Cruz conta que
sua conversão começou quando ele passou por um lugar onde poderia
ter fugido com todo aquele
dinheiro. A minha começou quando ele me convidou para trabalhar.
OZIEL ALVES: Como era o universo da música
gospel na época que você começou?
ASAPH BORBA: Havia poucos nomes que se
sobressaíam ou que tinham certa expressão no segmento. Tinham os nomes
tradicionais como Vitorino Silva, Ozeias de Paula, Luiz de Carvalho... Enfim,
estes nomes já aconteciam no Brasil. Mas a cena era muito pequena, muito
limitada às igrejas. A música era basicamente tradicional.
OZIEL ALVES: Você ainda é anterior ao
Adhemar de Campos?
ASAPH BORBA: Sim, eu comecei a produzir
discos, uns três anos antes dele. O Adhemar se converteu no mesmo ano que eu, e
começamos o ministério no mesmo ano também, em 1976. Só que eu gravei antes. Eu
comecei a produzir e a gravar em 77, 78. Ele só em 81, 82.
OZIEL ALVES: Quem era a sua principal
influência na época?
ASAPH BORBA: O principal nome que
marcou a minha vida foi um cara chamado Volo, que era da ABU (Associação Bíblia
Universitária) e ele tinha um disco que se chamava “A lua não pode e não poderá
fazer” que era, absolutamente, inovador para a época. Eram músicas super
jovens, mas cristãs. Foi a primeira música cristã que falou comigo, de fato.
Depois, no final de 76, início de 77, eu conheci Vencedores por Cristo, com uma
batida jovem, também, absolutamente inovador, que certamente, foi uma grande
influência na minha vida.
OZIEL ALVES: Quando é que surge a ideia de
compor cantos congregacionais? Houve influência norte-americana? Houve alguma
pretensão de sua parte no sentido de criar algo que pudesse inovar o ritual de
culto?
ASAPH BORBA: Não. Nasceu sem pretensão
e sem qualquer influência americana, apesar do Don Stoll compor juntamente
comigo. Nasceu como uma prática. Eu e o Don começamos juntos porque nós
ministrávamos juntos, aqui na Igreja Metodista em Porto Alegre. Então, ele foi
uma influência, somente neste sentindo.
OZIEL ALVES: Mas havia uma insatisfação
tua, com a liturgia congregacional, isto é com os cânticos da harpa e do cantor
cristão? Você estava à procura de inovação?
ASAPH BORBA: Não, nunca pensei nisso.
Simplesmente fizemos. Foi algo que surgiu, espontaneamente. Um formato curto e
fácil de tocar. Não sei explicar o porquê. Não foi uma coisa consciente... Foi
algo que simplesmente, fizemos.
Harmonia simples, tocando
simples e com palavras simples. O que pouca gente sabe é que nossas
composições, eram textos bíblicos inicialmente e acabou se tornando uma ênfase
do nosso trabalho, porque o Donald não falava português e eu não falava inglês.
Nós éramos amigos, queríamos servir e tínhamos a Bíblia em comum. Foi assim que
surgiu. Decidimos cantar a Bíblia. Daí o ministério cresceu e os pastores nos
levaram daqui Brasil à fora. Depois conhecendo o mundo e as igrejas, descobri
que na década de 70, com o avivamento que ocorria no mundo, também surgiram
cantos congregacionais em outras nações, como Rússia, por exemplo etc.
OZIEL ALVES: Como você se sente com este
título que é atribuído a você: PAI DO CANTO CONGREGACIONAL NO BRASIL?
ASAPH BORBA: Nenhum título entra no meu
coração. Mas, se sou reconhecido como pai, é porque tenho algum tipo de
paternidade. A única coisa que eu faço é honrar esta paternidade. Honro através
do meu testemunho, da continuidade, do apoio a muitos irmãos e dos muitos
filhos que tenho nesta área do louvor e adoração.
OZIEL ALVES: Qual a sua opinião sobre a
cobrança de cachê?
ASAPH BORBA: Eu não sou a favor do
cachê pré-determinado, porque não é um padrão bíblico. Mas eu creio que todo mundo
que vive do ministério, tem que ser honrado.
OZIEL ALVES: Quando você recebe convites
para ministrar, você negocia valores?
ASAPH BORBA: Eu não cobro cachê. Não
negocio. Eu mando uma folha onde a pessoa tem que dizer a data do evento, o
tipo de evento e em quanto esta disposta a abençoar o nosso ministério.
OZIEL ALVES: Há quase 14 anos, você decidiu
investir em missões no Oriente Médio. Como surgiu o projeto Bridges of Love e
por que a Jordânia foi o teu primeiro destino?
ASAPH BORBA: Tenho um bom inglês. Foi
em função disso, que acabei participando de muitos projetos pelo mundo inteiro
com a missão Portas Abertas em Cuba, Peru, Colômbia, Europa. Foi através destes
irmãos que recebi oconvite para desenvolver um projeto de gravação e produção
com os irmãos árabes. Eles queriam servir ao Senhor com um grupo de música, mas
não sabiam como fazer aquilo. Eu disse: Vamos fazer uma produção. Cheguei lá,
montei um estúdio, como eu faço sempre, em seguida começou a nascer uma bela
equipe de louvor. Começamos a produzir, treinar, capacitar pessoas e acabamos
fazendo grandes projetos. Daí surgiu a ideia de montarmos um estúdio. Arrumamos
dinheiro e montamos o estúdio na própria igreja, lá na Jordânia. Eu não fico
com nada, dôo tudo. Fiz isto em Cuba, fiz isto no Peru. No Peru eu só entrei
com o treinamento técnico, uma entidade americana deu o estúdio. Mas em Cuba
nós financiamos uma grande parte do estúdio.
OZIEL ALVES - E as tuas músicas já estão
entrando lá, de alguma forma?
ASAPH BORBA: Sim, vagarosamente. Eu
sempre valorizei o que as pessoas têm. Esta é uma outra tônica do nosso
ministério. Nunca impus a minha música como um padrão que deve ser cantado ou
tocado. Eu sou um simples exemplo do que as pessoas podem gerar e produzir. Eu
valorizo o que as pessoas têm. Fiz isto com o Benê, com a Alda, com o Silvério,
com o Márcio, com o Adhemar, o Cláudio Claro, David Quinlan... Todos estes
irmãos foram irmãos que eu conheci nos primeiros passos, como Daniel de Souza, Davi
Silva, Mike Shea. Todos estes irmãos são pessoas que me respeitam por este
começo. Eu os vi em uma igreja, e valorizei o que eles tinham. E com uma grande
parte destes irmãos, eu participei de alguma forma dos primeiros discos deles.
Ludmila Ferber, Cirilo... Um grande grupo de pessoas. Estes são os irmãos que
hoje me chamam de pai. É por causa disto. Porque eu os ajudei a dar um primeiro
passo. Eu falei de uns dez, doze, mas tem quatrocentos; inclusive o disco de um
deles está saindo daqui este mês. O Daniel de Souza era o meu baixista, por
exemplo...
MCS: Como “pai” que conselho você
dá a estes artistas, sobretudo com relação aos manjares que a fama pode
oferecer?
ASAPH BORBA: Caráter! Mantenha o teu
caráter submisso. Não perca a simplicidade. Você pode ter frutos... hoje eu tenho
bons carros, uma estrutura que Deus tem nos dado, tenho sítio, tenho casa na
praia, mas nada disso é a prioridade do meu ministério. Eu deixo tudo isto, por
amor a Deus.
OZIEL ALVES: Ainda falando do seu trabalho
no mundo Árabe (Istambul, Turquia) por exemplo, onde apenas 3% da população se
intitula cristã. Trabalhar lá, lhe dá a sensação de recomeçar, já que no começo
do seu ministério aqui no Brasil menos de 5% da população era evangélica?
ASAPH BORBA: Sempre! Um eterno recomeço!
Não é um recomeço com gosto de derrota é uma continuidade. Uma conquista. Na
Jordânia, não tinha adoração. Os irmãos se reuniam pra cantar dois, três hinos
no culto, e a gente começou a ensiná-los a adorar...Eu tenho agenda pra todos
os dias da minha vida se eu quiser e ainda sobram algumas centenas, mas dedico
parte do meu tempo para, por exemplo, sentar com cinco irmãos no Oriente Médio
e gerar a vida de Deus, gerar neles o compromisso, ensiná-los a adorar. Todas
estas músicas eu ministro lá, em Árabe.
OZIEL ALVES: Em quais os países o seu
projeto “Bridges of Love” está presente?
ASAPH BORBA: Síria, Jordânia, Líbano,
Turquia, Emirados Árabes, Egito, Iraque, Palestina... já fizemos no Chipre,
enfim...
OZIEL ALVES: Ser exemplo. Qual é o preço
disso? Tem renúncia?
ASAPH BORBA: Preço? Fidelidade. Ser
fiel em tudo. Não deixar nada com a marca da infidelidade. Não pagou a conta?
Deu um cheque que voltou? A fidelidade é o preço do meu ministério. A pessoa
fiel é fácil de ser seguida. O fiel é previsível. Por isto que as pessoas me
acham exemplo de vida. Linearidade. Meu rastro pode ser seguido com facilidade.
O que eu prego é fácil de entender. O
que eu canto é fácil de reproduzir. Eu cedo minhas músicas pra todo
mundo gravar. Hoje mesmo eu mandei duas autorizações. Quase toda a semana eu
dou duas ou três autorizações. Cedo livremente para os irmãos. Então, isto
deixa uma boa marca vida afora. Sobre a renúncia, eu não a vejo como a
principal ênfase da minha vida. Minha esposa tem um nível de renúncia muito
maior que o meu. Ela fica com os filhos... nós temos uma filha excepcional que
ela que cuida. E... o ficar em casa gerindo, né... talvez, seja mais difícil...
OZIEL ALVES: Há grandes tentações na fama,
Asaph?
ASAPH BORBA: Daí entra a fidelidade.
Neste caso, quando você esta sozinho e renuncia um assédio, por exemplo, você
não esta renunciando, você esta sendo fiel. Fiel a minha esposa, aos meus
princípios, a uma igreja, a um testemunho de vida. Quando um líder de qualquer
tamanho cai, sempre cai alguém junto. Se não atingir ninguém, atinge a família.
O mecanismo que funciona muito bem pra isso, é aquele de estar submisso a outro
ministério. Por exemplo, os meus pastores até hoje são meus pastores. A filha
do pastor Erasmo, trabalha comigo há vinte anos. É importante ter pessoas ao
seu lado que tenham acesso a sua vida, que possam te dizer: isto é um perigo.
Eu já tive irmãos conhecidos do Brasil, que tinham saído de suas casas, largado
suas esposas, e eu cheguei e disse: não faça isto! Peguei um avião com a minha
esposa e fui para um grande escritório no Rio de Janeiro, e disse: “Não faça
isto, Deus me trouxe aqui para restaurar sua família”. Liga pra sua esposa,
agora. (Ele disse, ahh mas eu já saí de casa!) – Liga agora! Deus vai fazer uma
obra em sua vida. E Deus fez. Está lá. Vida restaurada, casamento restaurado,
acabaram de ter mais um filhinho. Quando uma pessoa para de ouvir os outros
irmãos, aí começa a sua queda.
OZIEL ALVES: E quando um ministro dá um
passo em falso, é possível se levantar e seguir caminhando, novamente?
ASAPH BORBA: Sim, mas se ele não
restaurar sua família, dificilmente continuará seu ministério.
OZIEL ALVES: E se ele construir uma outra
família?
ASAPH BORBA: Vai ser com o limite de
quem construiu uma outra família. Ele vai perder uma porcentagem do seu
público. Ele vai perder uma porcentagem de sua atuação, do seu testemunho, da
sua autoridade espiritual. É uma pessoa que nunca mais terá plena autoridade
espiritual.
OZIEL ALVES: Mas nem por isso ele estará
para sempre errado?
ASAPH BORBA: Eu não vejo nenhum acerto,
por qualquer razão, em destruir a sua família, ou deixar a sua família se destruir.
Não há nenhuma realidade espiritual plausível, que diga que a pessoa acertou em
deixar esta mulher para casar com outra. Não há fundamento bíblico pra fazer
esta afirmação, mas eu sei que acidentes acontecem na vida das pessoas, e se
elas não restaurarem tudo o que ficou para trás, elas vão ter que conviver com
esta limitação.
OZIEL ALVES: Asaph é verdade que a música
“Aos olhos do pai” da Ana Paula Valadão foi uma composição escrita em homenagem
a sua filha?
ASAPH BORBA: Para Aurora... (Risos)
É... Foi, isto mesmo! A Ana quando compôs este cântico, telefonou pra Aurora e
deixou registrado que tinha feito uma música pra ela. Disse que ela era uma
obra prima, e quando a Aurora fez 15 anos a Ana gravou um vídeo, dizendo a
mesma coisa.
OZIEL ALVES: Sobre a cura da sua filha. É
verdade que você não vai sossegar enquanto Deus não curar a sua filha?
ASAPH BORBA: Eu não vou parar de pedir!
Enquanto a Aurora tiver um fôlego de vida, eu e a minha esposa vamos orar pela
cura integral da Aurora. Deus não curou ontem, pode ser que cure hoje, ou
amanhã... Não muda nada na
minha fé, na minha
expectativa, na minha esperança. Nós cremos que a Aurora pode ser curada todos os dias, sim.
OZIEL ALVES: Qual é o problema dela, de
fato?
ASAPH BORBA: Síndrome de Prader-ville.
Uma síndrome bem conhecida, mas que dá muita obesidade, uma hipotonia e retardo
mental muito grande.
OZIEL ALVES: Você conhece alguém no mundo
que tenha sido curado desta síndrome?
ASAPH BORBA: Não.
OZIEL ALVES: E isto não abala a tua fé?
ASAPH BORBA: Não. Eu já vi gente
ressuscitar. Eu já vi uma criança ressuscitar dentro do meu próprio carro. Um
menino que morreu na beira da estrada, eu o coloquei no carro e levei para o
hospital orando. E... ressuscitaram o menino no hospital. É o mesmo Deus... Eu
não sei quantas variantes há em tudo isto, mas eu tenho aprendido Oziel, a no
caso da Aurora, especificamente - pra ficar registrado - que o importante pra
Deus não é a cura, é o processo. A Aurora é um processo, de muitos processos
que Deus permite na vida de homens de Deus. Na vida de ministros. Na vida de
pessoas. Cada pessoa tem alguma coisinha que Deus deixa.
OZIEL ALVES: E são nestes momento que você
canta... “Sim eu sei Senhor que tu és soberano, tens os teus caminhos tens teus
próprios planos...”
ASAPH BORBA: (Risos) Infinitamente
mais...
OZIEL ALVES: O que há com sul Asaph? Você é
o único nome na área da música que saiu daqui e ganhou fama e notoriedade. Por
que só você?
ASAPH BORBA: Não sei. Talvez porque as
igrejas não incentivam as pessoas a saírem daqui, não investem, não produzem.
Poucas igrejas tem a visão de ter pessoas e liberar-las pro ministério. Todas
as igrejas querem o ministro de louvor pra ficar lá. Eu não. Eu fui um homem
constantemente, enviado. Se os pastores tiverem a visão de gerar pessoas para
enviar, teremos mais pessoas.
OZIEL ALVES: Você já fez música para
vender?
ASAPH BORBA: Não... fazer música é... É
sempre um fruto. É o resultado de uma experiência de vida. Não faço música pra
vender, mas eu sei que vou colocar em um disco e vai vender.
OZIEL ALVES: De todas as músicas que você
compôs, qual a que mais te tocou?
ASAPH BORBA: Bah... “O Meu louvor é
fruto” sem dúvida alguma... “Eu sei que foi pago um alto preço”... e de
adoração... “Jesus em tua presença reunimo-nos aqui”. Esta música significa
muito pro meu ministério. Ela que me jogou pra fora do Brasil, com muita força.
E, claro a música “Jesus”, que é a minha música mais gravada, mais cantada em
todos os países por onde o meu ministério já esteve. É a música que mais me
gerou dinheiro, recursos e venda e tem apenas uma palavra: Jesus. O Benny Hinn
usa ela, em suas cruzadas.
OZIEL ALVES: Asaph, a humildade só vem depois
de muito elogio?
ASAPH BORBA: Não sei. Acho que o que
gera a humildade não é o elogio, mas em nosso caso, é o caráter de Jesus.
Talvez esta seja a chave desta entrevista. O que eu mais quero na vida de um
homem é que seu caráter seja parecido com o de Jesus. É impossível uma pessoa
que queira parecer com Jesus, não querer buscar a humilde. Humildade não é um
resultado. É uma busca.
OZIEL ALVES: E, agora, daqui pra frente
como será?
ASAPH BORBA: Quero mais 35 anos de
ministério, no mínimo. Meu grande projeto esta só começando. Meu grande projeto
é ganhar mais nações pro Reino de Deus.
OZIEL ALVES: Você entrou pra faculdade de
comunicação social e está quase se formando. Qual o objetivo de voltar aos
bancos escolares?
ASAPH BORBA: Entrei, em primeiro lugar
(Risos). Bem, quero ampliar toda área de comunicação da Life... O meu credenciamento
jornalístico também é importante, para este andar, porque esta cada vez mais
difícil circular pelo mundo, sendo apenas um ministro do evangelho.
OZIEL ALVES: Você está com dois livros quase
prontos para serem lançados. Sobre o que tratam e por qual a editora você deve
lançar?
ASAPH BORBA: Um é sobre a minha
história (Biografia) e outro sobre A adoração como um estilo de vida. Ainda não
sei, por onde vou lançar, vamos ver.
OZIEL ALVES: Obrigado, Asaph.
Palmas! Como eu gostaria que todos, de uma forma ou de outra, valorizassem mais pessoas com esse caráter e visão...
ResponderExcluirAsaph Borba - Referência para o músico cristão!!!
ResponderExcluirFATO.
Danilo, nem tive tempo de ler a matéria toda, mas não é necessário.
ResponderExcluirAsaph é um Irmão com "I" maiusculo, mesmo!
Esteve em nossa igreja no ano passado e posso afirmar que tudo de positivo que for falado desse artista não é exagero.
Lembro que, por alguns imprevistos, ficamos sem carro para buscá-lo no aeroporto e só tinhamos a Kombi 1987 da igreja disponível. O cara é de uma simplicidade tal que veio dormindo, deitado no último banco sem qualquer reclamação. (quem já andou de Kombi sabe rsrsrsrs)
Infelizmente já soube de artista gospel queridíssimo, mas que não tem um terço da história do Asaph, que reclamou quando foi pego no aeroporto em um Uno. A celebridade queria chegar na igreja de BMW.
Parabéns por lembrar do Asaph.
Lerei a matéria toda com calma e volto a comentar.
Ielton Isorro
clamandonodeserto.blogspot.com
Incrível como uma entrevista deste nível nao tem nenhum comentário ainda.
ResponderExcluirAndei percebendo que quando a matéria é pra descer a lenha em alguém chove comentarios, porém quando a matéria é edificante como esta quase ninguém comenta. Sinal de que se não fossem as matérias denunciando o abuso de alguns pastores e outras matérias abusando de pastores este site iria a falencia.
Triste demais saber que existem pessoas que so comentam quando é para criticar os outros.
Parabéns Asaph. Com certeza és um exemplo. Que nasçam outros Asaphs neste Brasil.
Incrível como uma entrevista deste nível nao tem nenhum comentário ainda.
ResponderExcluirAndei percebendo que quando a matéria é pra descer a lenha em alguém chove comentarios, porém quando a matéria é edificante como esta quase ninguém comenta. Sinal de que se não fossem as matérias denunciando o abuso de alguns pastores e outras matérias abusando de pastores este site iria a falencia.
Triste demais saber que existem pessoas que so comentam quando é para criticar os outros.
Parabéns Asaph. Com certeza és um exemplo. Que nasçam outros Asaphs neste Brasil.
Eis aí uma referência de um cristão, que não fez de seu louvor e de sua vocação para a música, uma fonte de renda, mas de um meio para externar a soberania de Deus, Seu Poder e Sua maravilhosa graça!!! Que o Senhor Jesus continue abençoando esse meu amado irmão, Asaph Borba!!!!
ResponderExcluirGrande abraço!
Matéria muito boa. Asaph é show de bola.
ResponderExcluirNão sabia desta trabalho o Oriente Médio. Gostaria de saber mais e sobre como apoiar.
ResponderExcluirUma referência!
ResponderExcluirMuito talento e seriedade tem este homem. Que bom que o Senhor tocou o seu pastor para direcionar este talento!
ResponderExcluirOsiel, muito bem feita a entrevista parabens a você e a revista Sonorização por tê-lo.
ResponderExcluirE ao Genizah por divulgar para o público da internet. Espero que mantenham a parceria.
O cd "a cada manhã" é o meu preferido do Asaph,inclusive a música titulo considero uma das mais bonitas que ele já gravou.
ResponderExcluirSó algumas considerações:comprar bons carros,ter casa na praia,sitio,ser chamado de pai,ter sua música sendo executada nas cruzadas do Benny Hinn,perguntar antes de um evento o quanto eles vão poder abençoar(entenda-se pagar)o ministério dele,etc;já seriam motivos mais do que suficientes pra detonar qualquer outro cantor cristão que desse essas declarações numa entrevista.
Mas como é o Asaph,tudo bem né gente....afinal ele é uma referência.
Se hipocrisia matasse........
Quero dar um testemunho acerca do Asaph.
ResponderExcluirLá pela década de 80 (creio eu), quando eu era chefe do Setor de Jornalismo da CPAD, queríamos fazer uma entrevista com o compositor e cantor para a nossa revista Jovem Cristão.
Mas e virtude do forte "conservadorismo" da época, em nossa denominação (AD), havia um sério problema: a barba(rsrs). Não havia PCs, Photoshop nem se fala, onde se pudesse produzir uma imagem dele... sem barba.
Com bastante constrangimento, pedi ao jornalista (ou à secretária, não me lembro bem), que perguntasse ao Asaph se concordaria em tirá-la para as fotos.
Para a minha surpresa (e vergonha também, por causa do nosso farisaísmo) Asaph simplesmente aquiesceu, sem qualquer reclamação, tirou a barba, a entrevista foi feita e publicada. Depois deixou crescer de novo.
Humildade e renúncia, palavras-chave.
Se hoje procurarem nos arquivos da CPAD (sugiro que o façam), encontrarão lá a revista Jovem Cristão da época com o Asaph... sem barba.
Conto essa história porque acredito que ela edifica.
Abraços!
Que beleza de testemunho Pr. Geremias!
ResponderExcluirMe lembra este artigo aqui:
http://www.genizahvirtual.com/2009/09/amor-heavy-metal.html
Quanto ao comentário do Paulo Junior, o problema de maaneira geral não é ter bons carros, casa na praia, sítio ou pedir que a igreja informe com quanto poderá abençoar o ministério. O problema, repito, é de enfoque.
ResponderExcluirPara grande parte dos que "suprem" o "mercado gospel" (cantores, pregadores etc) o foco está nisso, ou seja, o cachê, a ostentação, o comercialismo como um fim, o aplauso humano etc., etc.
Em Asaph (e em alguns outros também, sejamos justos), essas coisas são consequência.
Aprendemos a viver dessa forma, quando, como Paulo, sabemos estar contentes por só termos um "fusquinha" e não nos orgulharmos se algum tivermos um veículo último tipo, comprado com o suor do nosso trabalho, seja ele qual for, porque, em ambos os casos, tudo o que fazemos é para a glória de Deus.
Obrigado!
Uma referência... como o Daniel de Souza (Fruto do Espírito) que eu considero também, entre outros!!!
ResponderExcluir"...além de parcerias com Adhemar de Campos, Gerson Ortega, Daniel Souza, Fernandinho, Nívea Soares, entre tantos outros. Isso sem falar nos projetos junto à Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno)". Homens bons, bem intencionados, temos muitos, o Asaph é um deles.
ResponderExcluirJá tive o prazer de conhecê-lo. Realmente, seu testemunho é muito edificante.
ResponderExcluirPaulo Jr.
ResponderExcluirNão é hipocrisia não! Estou com o Pr Geremias. Asaph não foca nisto, basta ver seu trabalho no Oriente e no que faz pelos outros.
Agora, tem a coisa do Benny "Ruim" que é uma milha além do construir pontes. Deste, é recomendável que todos os que são sérios de afastem.
Benny é cruellllll!
Parabens pela entrevista. Foi bom conhecer mais sobre Asaph Borba. Confesso que fazia tempos que não comprava um CD de música cristã. Li a entrevista, adquiri um CD do Asaph na net e voltei para testemunhar que já estou aqui maravilhado escutando este servo de Deus.
ResponderExcluirPois é, mas por favor querido Asaph, fique longe do pessoal da Lagoinha pois eles contaminam....Você não precisa deles e nem da pregação dele$$$$
ResponderExcluirAquele vídeo teatro que você convida a Valadão para a gravação dos 30 anos é de dar náusea$
Eita homem de Deus!
ResponderExcluirAsaph começou um bom trabalho nos anos 80 que se estendeu pela década de 90, me lembro que mesmo antes de me converter gostava de escutar louvores que tocavam de madrugada em algumas poucas FMs daqueles tempos, entre eles muitos eram do Asaph Borba; tinham muita qualidade musical e espiritual, com uma mensagem evangelística e sem o triunfalismo egocêntrico de hoje. Uma pena que ele mal sabia que a coisa iria descambar para o mercantilismo sem fé atual, fora a baixíssima qualidade musical a exemplo da péssima música secular da atualidade.
ResponderExcluirfiquei muito feliz em ler tudo isso glorias a DEUS !!!!!!!!!!! E SOMENTE E ELE PELO O TESTEMUNHO DE VIDA DO NOSSO IRMÃO.....
ResponderExcluirQue Deus continue abençoando a vida e o ministério de Asaph Borba. Esse conhece do assunto.
ResponderExcluirParabéns pela publicação desta matéria nesse site.
Só assim dá pra gente dar uma respirada depois de notícias de Terra Nova e outras aberrações.
Não vejo nenhum problema de Benny Hinn, Marcelo Rossi ou Roberto Carlos cantarem as músicas de quem quer que seja ou lerem os mesmos versículos.
ResponderExcluirNão entendo porque tem gente surtando por isso.
Não gosto do Benny Hinn mas ele é a barba dessa galera aqui.
Eu gosto das musicas dele desde guri, são realmente boas, com inspiração, mas uma boa parte dos musicos citados por ele são de dar dó, melhor seria não citá-los, os "filhos" não sairam igual ao "pai".
ResponderExcluirE outra, ninguém comentou o fato dele lançar disco pela Som Livre.
Oséias Santos.
As músicas de Asaph marcaram minha infância e adolescência na igreja. Bons tempos!!!
ResponderExcluirAsaph é um homem de Deus que não se envergonha do Evangelho e nem o Evangelho se envergonha dele.
ResponderExcluirSua visão lúcida de servir o Reino de Deus faz dele um padrão de servo-adorador que deve servir de referência as gerações.
Seus conceitos de família são gerados por por um discipulado sério que recebeu da parte de seus pastores.
Que o Senhor levante outros "Asaphes" na Igreja no Brasil e no mundo.
Li a matéria e todos os comentários e ratifico meu primeiro comentário.
ResponderExcluirAsaph deixa o que todos nós cristãos deveríamos deixar: Legado
É isso que o faz transitar entre personalidades que admiramos e outras que nem tanto.
Além do amor que tem por esses moços e moças que fazem a música gospel e é muito boa companhia para eles.
Os contaminados pelo virus do sucesso e da fama podem ver um exemplo do que deveria ser o artista cristão.
Em Cristo,
Ielton
clamandonodeserto.blogspot.com
Li a matéria e todos os comentários e ratifico meu primeiro comentário.
ResponderExcluirAsaph deixa o que todos nós cristãos deveríamos deixar: Legado
É isso que o faz transitar entre personalidades que admiramos e outras que nem tanto.
Além do amor que tem por esses moços e moças que fazem a música gospel e é muito boa companhia para eles.
Os contaminados pelo virus do sucesso e da fama podem ver um exemplo do que deveria ser o artista cristão.
Em Cristo,
Ielton
clamandonodeserto.blogspot.com
Bacana ler todos estes comments acerca do Asaph. Oseias, não citamos o disco pela Som Livre porque esta foi uma entrevista publicada em fevereiro (antes da gravação, ainda) na Revista Música Cristã. Um abraço. Att. Oziel Alves www.ozielfalves.blogspot.com
ResponderExcluirConheci o Asaph em 1985,um servo de DEUS,um exemplo de vida e serviço ao SENHOR e a Sua Igreja. Fiquei muito feliz com o artigo e entrevista. Parabéns.
ResponderExcluirAsaph é um homem sério que ama a Deus e sua vida é um testemunho para muitos, não apenas no Brasil, mas fora dele também.
ResponderExcluirDeus seja louvado pela vida desse irmão.
Sr. ASAPH BORBA, é um homem sério que ama a Deus.
ResponderExcluirPergunto se o Sr. realmente ministrou a vida do Sr. Davi Silva (ex Casa de Davi). O Sr. poderia dar um relato a respeito deste assunto, se o Sr. Davi o procurou ou foi o Sr. que o procurou.
Se o Sr. já o abençoou e o liberou para ministrar nas "Igrejas". Porque ficou um vazio após suas declarações, ou seja, ele falou...e muitas pessoas ficaram esperando o final (2a. parte) deste episódio por parte dele. Que por sinal foi ele que afirmou isto no 1o. vídeo.
Ele afirma que o Sr. o ministrou, mas, o Sr. o desencorajou a honrar a palavra dada por ele no vídeo que voltaria e explicaria a todos o motivo das mentiras??
Este hiato ficou muito desconfortável, o Sr não acha??
Bem Sr. ASAPH BORBA, como já mencionei o Sr. é um homem sério que ama a Deus e sua vida é um testemunho para muitos, encorajasse ao Sr. Davi Silva a ser também um homem cuja vida é um testemunho para muitos??
Deus os abençoe
Pelo Reino