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Eu não quero o upgrade!

 Maurício Zágari

Hoje eu entrei no Twitter e deparei-me com uma ameaça imposta numa tarja laranja, bem berrante, que dizia: “you will automatically be upgraded to New Twitter very, very soon” (ou, numa tradução livre: “seu Twitter automaticamente sofrerá um upgrade para o Novo Twitter muito, muito em breve”). Por alguns segundos fiquei ali, parado, meio estarrecido com a imposição de algo que não quero, meio decepcionado por perder uma interface que caminha comigo há dois anos e que me atende perfeitamente bem. Quando lançaram o novo twitter eu tentei usar, confesso – mas odiei. O visual é confuso, não encontrava as funcionalidades que mais usava… o caos. Estressado e meio perdido, cliquei no botão salvador que me levou de volta à segurança do meu bom e velho twitter. Ah, sim, agora eu estava em casa! Que upgrade que nada, deixem-me em paz com aquilo que funciona bem e que tem funcionado tão bem há tanto tempo!

Isso é fruto de uma mania: nossa sociedade vive a ditadura do upgrade. Meus aplicativos do iPhone vivem recebendo upgrades, toda semana tem algum. Até mesmo meu notebook tem as famigeradas “atualizações automáticas” (ou seja: upgrades que independem de eu clicar em qualquer botão) que, por diversas vezes, já causaram problemas no meu computador. Tem momentos em que tenho vontade de gritar: “Deixem-me em paz! Não preciso de mais upgrades! Deixem-me com o que funciona!”. Aí a Apple lança a versão 2.1.0.2.3.5 do Ipad e aquele meu amigo, com a gana típica da sociedade de consumo, corre à meia-noite para a fila da loja para adquirir o último modelo, antes que… Bem, antes que nada, porque se ele permanecesse com seu antigo Ipad continuaria tão feliz como antes, resolvendo sua vida tão bem como antes e jogando paciência da mesma forma que antes.

Mas fato é que vivemos numa sociedade de consumo. Se você para de consumir, as empresas param de ganhar dinheiro. Então não tem a menor importância para elas nem é vantajoso para elas que aquilo que você tem atenda perfeitamente suas necessidades: por meio da propaganda e do marketing as companhias vão te convencer de que você precisa de um upgrade, do mais recente, da novidade, caso contrário você será o mais desgraçado e anacrônico homem das cavernas. IPhone 3GS? Fala sério, seu velho! Carro modelo 2009? Ah, faca-me rir. Windows XP? Meu Deus, em que mundo você vive? (Só a título de registro, uso até hoje o Win XP e só troco sob decreto presidencial, pois essa antiga versão é bem melhor do que as que lançaram depois – os malditos upgrades).


O Upgrade Burro da Igreja

A verdade é que vivemos na era do upgrade. Que é uma era ditatorial. Se não fazemos upgrade de tudo é sinal que somos ultrapassados, múmias caquéticas de um tradicionalismo vazio, escravos de antigos pensamentos, retrógrados descontextualizados, pessoas que não querem se adaptar e falar a linguagem dos nossos dias, ortodoxos que não entendem a cultura do século 21. E esse pensamento tem invadido tsunamicamente a Igreja. E, em especial, os redutos jovens da Igreja.

O cristianismo tem 2 mil anos de vida. Nesses dois milênios tanta coisa aconteceu! Mártires deram suas vidas por Cristo, homens sinceros e tementes a Deus discutiram com firmeza e honestidade de fé as doutrinas verdadeiras da Bíblia, hereges e seus pensamentos foram deletados pelo crivo de homens conhecedores das Escrituras, pensamentos apócrifos foram derrotados pela prova do tempo, milhões de cristãos anônimos chegaram ao conhecimento da salvação pela igreja institucional e hoje nos aguardam no descanso celestial. A Igreja também errou muito, como absolutamente qualquer agrupamento ou comunidade formada por seres humanos erra: errou na Inquisição, errou nas cruzadas, errou na omissão diante do nazismo, errou com as indulgências  Sim, errou, como eu erro e como você, leitor, erra. Mas vislumbrou os erros, pediu perdão publicamente por muitos deles e, com esse reconhecimento, hoje podemos não cometer os mesmos erros – cometemos novos, não os mesmos.

A comunidade de fé cristã passou por reformas, tem sobrevivido heroicamente ao câncer do liberalismo teológico, trouxe a neo-ortodoxia, conheceu o Movimento Pentecostal moderno, viveu grandes despertamentos e épocas de trevas e frieza espiritual. Hoje a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo é uma senhora vivida, experiente, que carrega consigo a sabedoria dos séculos. E que chegou até nós oferecendo ao cristão do século 21 tesouros do conhecimento bíblico, preciosidades da vivência daqueles que testaram de tudo antes que nós sonhássemos em nascer.

A Igreja de que você faz parte hoje carrega em si o sangue dos mártires, o heroísmo dos reformadores, o conhecimento de centenas de estudiosos e pensadores, a devoção de pessoas maravilhosas, como Francisco de Assis, Teresa D’Ávila, Thomas-à-Kempis, John Wesley e outros seres humanos magníficos… Ou seja, eu e você recebemos de herança na nossa era o legado de uma Igreja que foi provada e aprovada pelos milênios, que aprendeu, feriu e foi ferida, errou, acertou e chegou cheia de cicatrizes mas também cheia de vida até nós. Uma vida insuflada pelo Espírito Santo, que fortalece, aperfeiçoa e vivifica a Noiva do Cordeiro.

Aí um dia eu acordo de manhã e descubro que estão querendo fazer um upgrade na Igreja.

Assustado, vejo grupos que querem acabar com a igreja institucional. Outros que querem legitimar uniões que a Bíblia não legitima. Olho para os lados e vejo denominações fazendo um upgrade na missão da Igreja, transformando-a de piedade em prosperidade material. “Que vida humilde que nada, a nova versão da Igreja oferece carro do ano, emprego, fortuna e fama”, promete o rótulo da caixa. 

Outros ainda que acham que a versão 2.0.1.1 da Igreja está descontextualizada da nossa cultura e que por isso devemos abandonar tudo o que vivemos em 2 mil anos, vestir calças jeans rasgadas e pregar Cristo como se Ele fosse um rock star. Que devemos falar palavrões, ouvir músicas com letras questionáveis, frequentar antros onde pulula o pecado, chamando isso de “contextualização”. Mas esse upgrade que querem fazer não é contextualizar, é simplesmente transformar filé mignon espiritual em papinha de neném, porque, afinal, o mundo engole papinha com mais facilidade. Queremos dar papinha para o mundo engolir algo que nunca precisou dessas estratégias “contextualizadas” para ser engolido. Há ainda muitas outras formas de upgrade do cristianismo puro e simples, que tenta dar caras novas e funcionalidades novas para algo que funciona muito bem, obrigado, há 2 mil anos – conduzindo pessoas ao conhecimento de Cristo e à salvação de suas almas.

O upgrade do Evangelho não é a resposta. Podcasts moderninhos não vão revolucionar a pregação da Palavra. Falar e se vestir como qualquer pessoa do mundo underground não vai fazer a antiga tradição de homens de fé como Agostinho, Wesley, Whitefield, Atanásio, Bunyan e outros perder sua validade. Com todo respeito, esse é um upgrade burro. Pois simplesmente não traz nada de novo que sirva para melhorar algo antigo que estava ruim. É só uma nova embalagem, coloridinha, bonitinha, mas de um papelão bem sem qualidade. Que não soma nada vezes nada à mensagem da Cruz.

“Ah, Zágari, mas se não contextualizarmos o Evangelho as novas gerações não aceitarão Cristo”. Chego a rir quando ouço isso. Os que propõem esse upgrade se esquecem dos jovens que durante dois mil anos viveram uma vida com Cristo sem precisar de nenhuma novidade, nenhuma contextualização que fuja dos padrões ortodoxos. Os jovens metodistas de Oxford viveram a fé porque conheceram o amor de Cristo e não porque um deles pintou o cabelo de vermelho. Os morávios não glorificavam em paz o Senhor ante o risco iminente da morte porque alguém falou gírias e palavrões a eles. Os jovens cristãos que foram dilacerdados por feras no Coliseu não estavam nem aí para o que a sociedade em que viviam dizia. Os jovens pietistas, os puritanos, os monges pré-reformados, tantos e tantos, jovens e mais jovens e mais jovens viveram o cristianismo versão 1.0 por séculos sem precisar de upgrade algum. Basta ter um mínimo de conhecimento histórico para saber dissso.

Tudo o que eles tinham era a Palavra. E a pregação da Verdade. E isso ainda é tudo de que nossos jovens precisam hoje. E nada mais.

Quem não vier a Cristo pela simples proclamação do plano de salvação, meu amigo, pode ter certeza de que não virá porque no upgrade da fé ligaram pedal de distorção na guitarra, puseram pedal duplo no bumbo e falaram gírias no meio da pregação. Isso é pura criação de nicho, embalada pela lógica da sociedade de consumo. Isso mesmo. O que um ou outro líder quer fazer para encher suas igrejas e ganhar notoriedade é lançar uma versão do cristianismo com upgrade. Upgrade de prática, de discurso, de aparência, de métodos e estratégias, de liturgias, de jargões e de locais de reunião. 

Upgrades que só mudam o hardware do Evangelho e não melhoram em nada o software. Pois esse não precisa de nenhuma mudança, nunca precisou e nunca vai precisar. É o que é. Sempre foi e sempre será. E sofro por ver legiões de jovens que não enxergam isso, agarrados ao desejo consumista de ter a nova versão, de conseguir o produto com upgrade, de mostrar para os amigos que não fazem parte da fé “velha” e “tradicionalista”, mas que estão na crista da onda da modernidade cristã. Que são cool. Uhu!

Uhu? Fala sério…

No dia em que meu Twitter sofrer o upgrade automático eu ficarei triste. E peço a Deus que o Evangelho nunca tenha que enfrentar nenhum upgrade. Pois Ele é o mesmo ontem, hoje e será para sempre. Se encontrar um jovem pecador, seja onde for, em que época for e em que ambiente social for, eu lhe direi: “Você é um pecador, mas Jesus Cristo morreu e ressuscitou pelos seus pecados e se você entregar sua vida a Ele hoje e passar a viver como um discípulo do Mestre ele te justificará, regenerará, adotará e te fará caminhar com Ele por toda a eternidade, numa vida de amor, justiça, paz e devoção de um ao outro”. Depois, e só depois, eu me preocuparei com esse papo de contextualização. Mas, sinceramente? Aí eu acho que isso já nem será necessário, pois, uma vez que a Palavra da Salvação é proclamada, o Espírito Santo é suficientemente capaz de salvar quem Ele quiser dentro do contexto que Ele quiser. O resto é pura invencionice humana.


Paz a todos vocês que estão em Cristo.


Zágari escreve no Apenas 1

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  1. Concordo que o evangelho não precisa de upgrade, visto que a Palavra não muda, embora a maneira de aprensentá-lo pode sim se adequar a cultura atual (não ao modo das igrejas emergentes, mas ao modo Mark Driscoll).

    Mas fazer uma comparação com a área da tecnologia, onde mudanças constantes são necessárias, em termos de design e recursos, é desnecessário. O novo Twitter tem um design melhor, os aplicativos (de iPhone ou de PC) precisam ser atualizados na sua funcionalidade e na segurança, e o Windows 7 é claramente superior ao XP. O antigo pode até satisfazer suas necessidades, mas deve-se definir o que é guardar conceitos imutáveis ou medo de mudanças.

    Aí entra alguns conceitos de igreja. Imagina se as igrejas de hoje não tivessem sistema de som? Ou se os pastores ainda fossem obrigados a usar o terno, e utilizar uma linguagem arcaica para agradar os que não gostam de ouvir algo diferente do "evangeliquês"? Existem práticas e recursos novos que podem ser utilizados sabiamente, sem ser necessário "atualizar" o evangelho. Os costumes da igreja de hoje (ou ontem) podem não alcançar totalmente a juventude de hoje, porque alguns conservadores impõem barreira a qualquer tipo de mudança.

    Deve-se ter discernimento para o que é útil e o que não é para que Deus seja glorificado nas igrejas, como um lugar de missão.

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  2. Que texto maravilhoso....é totalmente verdade....

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  3. Graça e PAZ!
    Excelente texto! Compartilho do mesmo sentimento (sou também usuário de um Windows XP, e resistente às Up-Grades que nos impõem. Acho lamentável estarmos construindo uma geração do consumo exacerbado, em que o novo de hoje é descartado amanhã, e isso está contaminando relacionamentos. Amizades descartáveis, casamentos descartáveis, alianças descartáveis. Praticamente ninguém respeita o antigo, tudo pode ser trocado pela versão mais moderna...

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  4. Postagem excelente, irmão!

    Somente uma observação: essa tal "papinha de neném", se for dada, mata os bebês envenenados. O Evangelho deve ser pregado tal como é, e pronto, simples assim. Paulo, o Apóstolo, ensinou sobre isso, falando claramente que, se alguém anuncia um evangelho diferente, seja anátema (expulso do seio da Igreja, excomungado, maldito, execrado, reprovado energicamente, amaldiçoado, rejeitado, reprovado).

    Por falar em Apóstolo, este termo tem sofrido um upgrade horroroso, vc não acha? Há uns homenzinhos, envaidecidos que dá dó, que tomaram para si um título sem entender nada do que o mesmo significa. Pergunta pra esses tais se querem enfrentar as "paradas difíceis" que nossos irmãos, verdadeiros Apóstolos enfrentaram: surras, leões, naufrágios, toda sorte de perseguição, culminando com os mais terríveis martírios... e verá que cada um vai ficar amarelinho, vai sair correndo.

    Aliás, eles precisam mesmo saber que as Escrituras, inspiradas por DEUS que não muda, não necessitam de Upgrade. É bom lembrar que Lúcifer, quando quis fazer um Upgrade no Governo de DEUS, recebeu d’ELE um "Downgrade" e foi lançado fora. Por hora ele, o Maligno se encontra por aqui e nele o mundo jaz. E o que ele faz aqui? Continua insistindo no upgrade que pretendeu iniciar no Céu. E tem achado lugar, até o dia em que receberá o Downgrade definitivo, para o Lago de Fogo, junto com todos os seus seguidores, que, rejeitando a verdade, escolheram acreditar nas suas mentiras.

    Um abraço na Paz do SENHOR JESUS, e continue assim escrevendo com coragem. Sempre que leio seus escritos, lembro das ironias de Elias no confronto com os profetas de Baal...

    Susy Guedes

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  5. Concordo que o Evangelho não precisa ser "adoçado" para que alguém o possa engolir com mais facilidade... nem "barateado" para que outros o comprem... Mas acredito que todos devemos refletir nisso: a intitucionalização, o formalismo da linguagem e no trajar; tambem foram UPGRADES em algum momento na história da igreja (e como tais, precisam ser corrigidos, para que vivamos a genuína essência desse maravilhoso Evangelho, puro e simples). Que o SENHOR nos abençoe e conceda graça para voltarmos aos Seus caminhos...

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  6. Obs.: não estava conseguindo postar de outra forma, por isso usei "anônimo"

    Ramon Freitas (ramfreitas@bol.com.br)

    Concordo que o Evangelho não precisa ser "adoçado" para que alguém o possa engolir com mais facilidade... nem "barateado" para que outros o comprem... Mas acredito que todos devemos refletir nisso: a intitucionalização, o formalismo da linguagem e no trajar; tambem foram UPGRADES em algum momento na história da igreja (e como tais, precisam ser corrigidos, para que vivamos a genuína essência desse maravilhoso Evangelho, puro e simples). Que o SENHOR nos abençoe e conceda graça para voltarmos aos Seus caminhos...

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  7. moda pra mulher de Deus.
    O_o

    http://www.aimorridesungabranca.com/2011/07/pra-voce-mulher-de-deus.html

    @danysussa

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  8. uhu!!!
    o texto é magnífico.
    É claro que eu (assim como inúmeros outros) estou inserida em um contexto, por coincidência sou rockeira mesmo, e curto andar com os cabelos vermelhos e jeans rasgados. Mas daí a pregar que o evangelho "moderno" é isso... afff' é no mínimo falta de conhecimento. Curto rock por diversão, por cultura... mas o evangelho, esse não está inserido nas notas de uma guitarra, o evangelho é simples, genuíno. Penso eu que, se não houver fruto de arrependimento, alguma coisa está errada...
    Lembro-me quando eu converti, há 10 anos, que os jovens tinham sim mais compromisso e mais respeito com a palavra de Deus. Hoje, infelizmente, até micareta gospel tá rolando... a juventude "gospel" (?) está numa era de evangelho de trocas e barganhas com Deus... Realmente, os upgrades não acrescentam nada, mas são bem capazes de deturpar a essência do cristianismo. O Excesso de modernidade está tornando os jovens marionetes. Pessoas incapazes de analisar e tomar suas próprias decisões. Isso entristece...

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  9. Oi Maurício!
    Os upgrades, apesar de chatos, creio que sejam necessários.
    As coisas não param de evoluir. Tanto as boas quanto as más.
    Acredito que ficou sabendo dessa recente onda de ataques hackers a sites e contas de usuários em diversos serviços.
    Quando uma nova ferramenta de invasão é desenvolvida, uma nova de proteção também deve.
    Imagine um mundo com vírus e bactérias novas e você ainda querendo só a velha penicilina. rs
    Já em relação às igrejas, creio que a palavra deve ser sempre a mesma, as únicas coisas que podem ou devem mudar são o contexto/cotidiano e a forma de transmití-la.
    O que desagrada a Deus, sempre vai desagradar, independente do contexto, época, etc.

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  10. Concordo em gênero, número e grau. Parabéns pelo post.

    Estamos sendo, na verdade a humanidade, conduzidos numa carroça sem cavalos e sem freio, ladeira abaixo. Evidentemente tudo em um plano biblicamente dito sobre o fim,pelo simples fato do homem viver no " quanto mais têm mais quer "( ganância mode on ). Megafusões, megaobras, megabeleza e por aí vai.

    Coisas sem sentido lógico, apenas o novo pelo novo.

    Paulo César

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  11. Só vou contestar a afirmação: "errou na omissão diante do nazismo", pois minha paciência já se esgotou com os evangélicos, nada contra o autor ou o blog em particular:

    Somente a Igreja se opôs a Hitler, Albert Einstein

    Em um artigo da Time Magazine, do dia 23 de Dezembro de 1940, na página 38, cujo original se encontra online no site da própria revista e pode ser lido aqui:

    http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,765103,00.html

    o cientista mais famoso do mundo, Albert Einstein disse:

    "Somente a Igreja ficou no caminho da campanha de Hitler para anular a verdade.

    Eu nunca tive nenhum interesse especial na Igreja antes, mas agora eu sinto uma grande afeição e admiração porque a Igreja sozinha teve a coragem e a firmeza para defender a verdade intelectual e a liberdade moral.

    Sou obrigado, portanto, a confessar que aquilo que antes eu desprezava, eu agora louvo sem reservas."


    E,

    Papa Pio XII a voz solitária no silêncio e na escuridão européia - New York Times 1941
    A Mensagem do Papa - Natal de 1941

    Exige o total desarmamento da Alemanha!

    Aqui o texto retirado da página 24 do jornal New York Times, de 25 de dezembro de 1941:

    http://www.scribd.com/doc/3005157/1941-New-York-Times-Pope-Piux-XII-against-Hitlerism

    Aqui o texto original na própria página do New York Times:

    http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F20B16FE3E5E1A7A93C7AB1789D95F458485F9&scp=3&sq=pope+message+25+december+1941&st=p

    E aqui sobre outro discurso de Pio XII no Natal de 1942 onde ele diz:

    "A humanidade deve este voto para as centenas de milhares de pessoas que, sem qualquer culpa da sua parte, as vezes apenas por causa de sua nacionalidade ou raça, foram destinadas à morte ou à uma extinção gradual"

    http://en.wikipedia.org/wiki/Pope_Pius_XII%27s_1942_Christmas_address

    ___________

    Onde estavam os protestantes que não protestaram? Será que estavam matando judeus na alemanha? O que ensionu Lutero sobre os judeus, sobre o que deveria ser feito com eles?

    Resposta: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sobre_os_judeus_e_suas_mentiras

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  12. Como diz um amado irmão da L'abri, Igor Miguel, "...Deus nos livre de procurar novas soluções para velhos problemas já resolvidos". Gostei muito do artigo.

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  13. Estou boquiaberta com tamanha simplicidade e pontualidade nos seus argumentos. Simplesmente genial a comparação que você fez. Parabéns pelo artigo.

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  14. O texto é bom; mas "NEO-ORTODOXIA" é apenas o mesmo discurso liberal revestido de linguagem piedosa, na prática, são a mesma coisa (rsrsrsrs).

    A igreja, de fato, não precisa de "atualização", precisa de Reforma - que não é "inovar", como muitos imaginam, mas restaurar aquilo que, com o tempo, vamos deformando.

    Abraços.

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  15. Seu post é muito interessante irmão. Traz uma crítica a uma onda gigantesca de inovações que inunda a igreja cristã. A solução realmente não é mudar o estilo ou a aparência para alcançar as novas gerações. Isso porque a Palavra de Deus é poderosa e não precisa de ajuda para operar no coração do ser humano. O Espírito Santo sabe como convencer o homem do pecado. Mas não é este o problema. O problema está quando a igreja acha que precisa mudar para alcançar e não que precisa mudar simplesmente porque o mundo mudou. Não estou dizendo mudar a essência, mas os costumes, a cultura. A igreja não precisa contextualizar para que os corações sejam alcançados, pois quem faz isso é o Espírito Santo, mas também não podemos ficar presos a costumes antigos somente para afirmar uma santidade que nada tem a ver com esses costumes. Existem novos costumes que não são práticas pecaminosas e que pra Deus não fazem diferença nenhuma se praticamos ou não. o problema é que a igreja acha que precisa fazer senão não irá conseguir realizar seu trabalho. Isso não é verdade! Como não é verdade que usar calças jeans rasgadas e falar de uma forma mais moderna e atual significa que estamos querendo nos igualar ao mundo. Muitos são assim porque cresceram num mundo assim. Aprenderam assim. E isso não é dar upgrade no evangelho. É apenas o reflexo de sua própria vida. O que aprenderam a ser. E isso não é necessariamente pecado. Pecado é não se importar com as novas gerações. Não fazer nada por elas só para não parecer moderno demais. E, por favor, não estou dizendo que o irmão é assim. É apenas a minha opinião. Em parte concordo contigo e em parte já discordo. Sempre acompanho este blog. Não podemos generalizar. Há inovações nocivas e prejudiciais, fruto de uma necessidade de se parecer com o mundo e "pecar sem culpa". Mas há trabalhos bons. Costumes que precisam ser repensados. Muitos até que viraram dogmas e a gente nem percebe. Insisto em dizer que escrevo com todo o respeito ao irmão e a todos os leitores deste site maravilhoso que tanto tem nos ensinado. Um abraço!

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  16. muito bom kra!pura verdade,e verdade que tem que ser proclamada aos quantro ventos!

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