O reino de Deus e os democratas da religião
https://genizah-virtual.blogspot.com/2010/12/o-reino-de-deus-e-os-democratas-da.html
Alan Brizotti
Lênin dizia que "a democracia é o regime político onde o povo escolhe quem irá oprimí-lo pelos próximos quatro anos". No âmbito da igreja, afirmamos (e gostamos de afirmar!) que somos, estamos e pregamos o reino de Deus, contudo se lançarmos um olhar ligeiramente crítico perceberemos uma contradição: somos pregadores do reino, mas democratas ferrenhos em nossas atitudes.
Explico: nossa teologia é desenvolvida sob a ideia (hoje cada vez mais falsa) de que Deus é o Supremo Rei desse reino, entretanto a cada dia que passa surge um novo Primeiro-Ministro com a incrível capacidade de "influenciar" as decisões desse suposto rei celestial. Como igreja, estamos cada vez mais destituindo Deus do seu posto de autoridade suprema. Nossos vaticaninhos adoram posições de comando, amam a brincadeira suja do poder e, francamente, um Deus Rei Todo-Poderoso atrapalha muito...
Presidências vitalícias, bispados, apostolados, papados (esse a gente disfarça sob o eufemismo de "Pai", que não passa de redundância...) são tentativas infantis de afastar Deus de seu trono. Aliás, "trono" é uma palavra que sutilmente vai sumindo de nosso meio - ou sendo humanocentralizada - nossos tronos (multiplicidade e individualismo). Se a gente pudesse já tinha organizado um plebiscito para saber quem ainda quer Deus no comando (mas pense: quantos iriam querer Deus comandando do jeito dele?).
O sonho de muitas igrejas é ter autoridade suficiente para colocar na placa: sob nova direção! É o sub-céu, a mentalidade de César. Como funcionário de uma grande empresa que vai envelhecendo, demitimos Deus e assumimos a gerência de sua celestialidade. Dizemos do que ele gosta e o que ele abomina. À lá irmão do filho pródigo, questionamos sobre as pessoas que Deus resolve colocar em suas festas (Lc. 15. 25-32).
Tenho um alerta aos democratas da religião: o desejo luciferiano de tirar Deus do trono não é novo, as consequências também não. Para a igreja que insiste em brincar apenas com as facetas belas do Deus-amor, é fácil esquecer que ele também é justiça - e uma justiça que nunca é cega!
Como disse Thomas Brooks: "A ambição é miséria enfeitada, veneno secreto, praga oculta, executora do engano, mãe da hipocrisia, progenitora da inveja, o primeiro dos defeitos, ofensora da santidade e aquela que cega os corações, transformando medicamentos em doenças e remédios em males. Os lugares altos nunca deixam de ser incômodos, e as coroas estão sempre repletas de espinhos".
Subversivos do reino, uni-vos!
Alan Brizotti, é colaborador da subversão reinista aqui no Genizah
Grande verdade.
ResponderExcluirE isso não é de hoje...Após conquistarem a terra prometida, o povo de Israel pediu um Rei.
Porém,
"Tu, SENHOR, permaneces eternamente, e o teu trono subsiste de geração em geração." Lamentações 5:19
perfeito este artigo gostei é o que a contece hoje em dia
ResponderExcluirQ inspiração este texto... eu nunca havia pensado dessa forma, mas concordo totalmente com o Alan. O q achei interessante é ele comparar a liderança "evangelica" tendo a mesma atitude de lucifer, embora nenhum deles vá assumir isso.... porém Deus diz: a minha gloria e os meus louvores não darei a outrem; outro exemplo é o do rei Erodes q aceitou o louvor e a glória q só a Deus se devia e foi "queimado" pelo Seu Anjo.... a única relação q quero ter com o trono divino é de humildade, prostrado aos seus pés.... zé joselgimenes@yahoo.com.br
ResponderExcluirE diante disso tudo, nossa oração deve continuar: "Venha o TEU Reino, e seja feita TUA vontade, assim na terra como nos céus"
ResponderExcluirEstamos juntos, declaradamente, abertamente e audaciosamente!
ResponderExcluirNotadamente a justica de Deus nao eh cega...mas eh muito sabia...a ponto de nao ser tao pontual na linha do tempo humana...este "atraso" traz resultados consolidados..e perceptiveis...Deus nao se dah a mediocridade de "piar" ao aplicar a justica...como no twitter...pq o retweet seria para poucos...e sua justica eh para muitos...
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