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O Rio rendido à marginalidade


Por Hermes C. Fernandes

Não suporto mais acessar diariamente o principal jornal carioca e deparar-me com tantas notícias sobre a criminalidade no Rio de Janeiro. Hoje fiquei realmente assustado. Um carro alvejado na Rodovia Washington Luís parecia com o de um amigo, e os nomes de duas das vítimas fatais correspondia aos nomes de dois jovens pertencentes à mesma igreja que ele. Senti um frio na barriga. Só sosseguei depois que soube que não eram eles. 

Mesmo distante de minha cidade, acompanho de perto tudo o que acontece, e sofro por ver a angústia da minha gente indefesa frente à barbárie impetrada pelo crime organizado. Tenho sempre orado para que Deus proteja aqueles a quem amo, e me pergunto: Até quando?

Cadê aquela cidade que sediou os jogos panamericanos? Havia polícia em cada esquina. Vi policiais desfilando de viaturas e motocicletas novas. Tive orgulho de ser carioca. Mas só Deus sabe o quanto custou aquela paz. 

Uma paz negociada por baixo dos panos não poderia ser duradoura. 

Agora as autoridades se preocupam com a imagem do Rio lá fora. Jornais do mundo inteiro já repercutem os ataques terroristas dos últimos dias, e questionam sobre a capacidade que a cidade teria de sediar os jogos olímpicos e a Copa do Mundo. 

Enquanto os governantes se preocupam com isso, a população segue refém da bandidagem. 

Falando nisso, onde é que foi parar a igreja? Aquela que sempre se manifesta contrária ao aborto e ao homossexualismo, por que agora se cala? 

Onde se pode ouvir o grito de quem clama por justiça? Onde estão os profetas desta geração? Eu sei onde estão... em casa, apavorados, com medo de sair às ruas.

Por conta disso, as igrejas se esvaziam nos cultos noturnos. Algumas chegam a cancelar seus cultos a mando dos bandidos.  

E por falar nisso... cadê a turma dos atos proféticos? E o pastor que sobrevoou o Rio de helicóptero derramando óleo sobre a cidade? E o outro que levou terra da cidade e depositou no túmulo de Cristo? Nessas horas que a gente vê que esta macumba gospel não funciona mesmo.

"Temos que orar, irmãos!" Mas não basta isso. Temos que agir. Denunciar a corrupção do aparelho público. Colocar o dedo na ferida. Atenuar as injustiças sociais. Apontar caminhos. 

Se não for assim, ainda teremos muitas razões para nos lamentar e chorar.
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  1. ñ há exagero nenhum no que foi dito neste artigo. precisamos nos preparar e nos defender, nos proteger mesmo. e exigir das autoridades que façam isso. daqui a pouco, não vai dar pra sair de casa!! sem paranoia ou terrorismo. a coisa é séria mesmo.

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  2. Olha, aqui a coisa tá sinistra mesmo...Toda vez que saímos de casa, oramos ao Senhor para que Ele nos guarde....
    Sabe, eu e meu marido, estávamos justamente falando desses atos profeticos, tanto azeite derramado, à toa...que dariam para temperar zilhoes de pés de alface, com certeza, teriam sido mais bem aproveitados...Brincadeiras à parte, queria muito poder entender, essas visões, que as pessoas tem e depois saem fazendo coisas em nome de Deus, e nada acontece...Fico com a Palavra, que diz que Jesus voltaria em dias como os de Nóe...dias em que a violência se multiplicava pela terra...VOLTA LOGO JESUS!!

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  3. Hun! Fala não!
    Vaidade, ganancia, furo na educação...
    Tantas coisas que colaboram pra isso acontecer...

    @danysussa

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  4. Sabemos que por trás de todos estes acontecimentos, há estruturas malignas querendo destruir o RJ.

    Realmente podemos falar da turma dos atos proféticos, mas deve-se ter em conta que somos a igreja e entendo que independente destes caras, a igreja como um todo tem que assumir sua posição perante aos fatos, ser o verdadeiro profeta, ser a luz deste mundo, é partir para a denuncia mesmo, para a pregação.

    A igreja precisa denunciar o pecado estrutural do RJ, isso é: a politicagem que é corrupta, que fazem a manipulação de leis e a injustiça social, capitalismo selvagem, a exploração, pessoas que visam o enriqucimento próprio, estes pecados deve ser denunciados pela igreja, já que estas influencias malignas só existem pela atual situação que se encontra naquele estado.

    Falo mais...

    No âmbito espiritual que a coisa pega, a igreja precisa ser intercessora, tem que parar de se omitir destes fatos, é ir com os dois pés no peito do inimigo, usando a arma mais poderosa que temos: a oração. Rogando constantemente pela pelo RJ, fazendo o papel de profetas, denunciando o pecado e clamando por justiça.

    Também pergunto: cadê a igreja?

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  5. Infelizmente o Rio está colhendo o que plantou. Quando aceito o patrocínio da contravenção à minha escola de samba. Quando meu time só voltou a ser campeão, após + de 20 anos, quando um fora da lei foi presidente. Quando fumo erva, mas só em algumas noites de agito ou de depressão (mas não injeto, tá. Isso não). Quando aceito que um traficante seja meu padrinho de casamento. Quando faço tudo pra levar vantagem em tudo (lei do Niteroiense Gerson). Quando não planejo a ocupação urbana. Quando perco valores morais. Estabeleço um salve-se quem puder... um caos. A culpa é de todos nós e do nosso carater inconsequente.Culpar as autoridades é tapar o sol com a peneira, pois a demanda pela violência é nossa mesmo. O caos é nosso também.

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