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Hoje é o Monteiro Lobato, amanhã é a Bíblia!



Gutierres Siqueira


“Sim, era o único jeito — e Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro de São Pedro acima, com tal agilidade que parecia nunca ter feito outra coisa na vida senão trepar em mastros”.

O trecho acima é do livro “Caçadas de Pedrinho”, do autor de histórias infantis Monteiro Lobato. O Conselho Nacional de Educação (CNE) quase que censurou o livro pela frase considerada racista, já que Lobato compara a simpática Tia Nastácia a um macaco. O Ministério da Educação só voltou atrás depois de muito protesto da opinião pública.

É provável que Lobato fosse racista, mas preocupante é a vigilância sobre obras literárias que se desenha no Brasil. O “politicamente correto” chegou aqui pra valer! Politicamente correto é a censura em busca do “bem comum”. A filósofa judaico-russa Any Rand já nos alertava sobre falácia:

Quando numa sociedade o "bem comum" é considerado algo à parte e acima do bem individual de cada um de seus membros, isso significa que o bem de alguns homens tem precedência sobre o bem de outros, que são relegados, então, à condição de animais prontos para o sacrifício.

Eu ando correndo desse povo que “busca o bem comum”. No fundo eles querem impor uma ideologia!

Eu não preciso que um burocrata do Ministério da Educação aponte para mim o que é ou não racismo em uma obra literária! Nem acho que isso seja necessário para os meus pequenos primos que estão no ensino fundamental. Cabe aos pais esse tipo de educação. E eu estaria feliz se Monteiro Lobato fosse lido nas escolas. Hoje, no máximo, o que temos são os livros da série Crepúsculo. Eu, por exemplo, tive no primeiro ano da faculdade aulas sobre a cultura brasileira. Sabe qual autor tive que ler nessas aulas? Não foi José de Alencar nem Machado de Assis, mas sim o cientista político marxista e ITALIANO Antonio Gramsci! Essa é a educação nacional!

Hoje a vítima do “politicamente correto” é Monteiro Lobato, mas daqui a pouco será a Bíblia.

Não vai demorar para que um parecer aponte as Sagradas Escrituras como homofóbica ou quem sabe racista. As feministas chamarão de machista... Queimarão a Bíblia como queimaram o “opressor” sutiã! Mas nenhuma feminista “macha” terá coragem de queimar o Alcorão, pois os muçulmanos são meios, digamos, intolerantes!

No futuro proibirão a Bíblia por “prejudicar” as crianças! Ou será como nos filmes: “Este produto é proibido para menores de 18 anos”! Vivemos neste tempo brega, bobo e autoritário!



Gutierres Siqueira é editor de Teologia Pentecostal e colabora com Genizah
Politicamente correto 2833586099429814572

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  1. Juro que quando li pensei que o problema estivesse no "trepou" rs...aiai

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  2. É senhores,

    Outro dia falei isso num grupo do Google da minha faculdade e me chamaram de racista e preconceituoso e que eu escondesse das pessoas que sou cristão. Dá pra acreditar?

    Preocupadamente,

    Clébio Lima de Freitas
    clebiolima.blogspot.com

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  3. Concordo que falta pouco para atacarem a Bíblia também.
    Vejam no youtube:"OBAMA FALA SOBRE RELIGIÃO E SECULARISMO". O discurso pode até tentar parecer inocente, mas sabemos que não é.

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  4. Texto fantástico! Genizah é 10!!!!!!!!!

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  5. Antonio Gramci??? E depois ainda falam que as Universidades desse país desde a década de 60 não são currais de doutrinação marxistas??? kkkkkkkkk Não se Cale!!!!

    Isso é muito sério, que pena que os evangélicos desse paíes em vez de lerem a Biblia (que é totalmente contra o marxismo/socialista, já que nela a identidade individual é enaltecida!) com mais afinco estão preocupados em tocar a arca e serem benzidas por ela!!!

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  6. Monteiro Lobato é fruto do seu tempo e o que as pessoas que pesquisam história e cultura afro-brasileira querem não é banir ou sensurar os livros dele e sim que seus livros sejam providos de notas de rodapé, prefacio e derivativos que expliquem as relações raciais que existem nos livros, apenas isso... No mais Lobato era sim racista, vide a forma que ele descreve Tia Anastacia, "negra de estimação" do Sítio do Pica-Pal e a forma como Emília tratava ela, a própria forma como nossa cultura oral é tratada na obra é perjorativa.

    Não é questão de não ler Lobato é questão de tomar cuidado com o que se ler, ler com senso critico, com cuidado, compreendendo o que se ler.

    É absurdo que nos livros de Lobato constem notas alertando sobre as questões ambientais e não conste alertando sobre as questões raciais, e sim não acredite em tudo o que a mídia veicula e antes de falar a respeito é bom ler o Parecer CNE/CEB n°.15/2010, ujo assunto é uma possível “orientação para que a Secretaria de Educação do Distrito Federal se abstenha de utilizar material que não se coadune com as políticas públicas para uma educação antirracista” e que aguarda para ser homologado.

    Ele gerou todo o estardalhaço!!!

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  7. Tem gente que já acha a Bíblia muito violenta para crianças, isso eu te garanto...

    []'s

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  8. Os livros são utilizados geral e justamente para o exercício da INTERPRETAÇÃO DO TEXTO, o cidadão que levantou esta questão contra o texto do Monteiro Lobato precisa exata e urgentemente voltar (se é que já foi) à escola!!!

    Um país que não investe, sequer olha, para o estudo resulta nisso.

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  9. Que estranho!

    Antes, eramos condenados por sermos politicamente corretos. A reta moral, clara nos salvos em Cristo Jesus, era criticada por ser, aos olhos de muitos, bom-mocismo.

    Agora, o correto para o cristão é ser o inverso (?!?). Tempos estranhos, esses.

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  10. Nós do Gospel LGBT apoiamos que a bíblia seja lida apenas por maiores de 18 anos, pelo conteúdo que há nela, e que em qualquer outro livro de nossa litratura haveria tal recomendação, conversamos sobre isso num post, no dia 31 de out de 2009:

    http://gospelgay.blogspot.com/2009/10/biblia-so-para-maiores.html

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  11. Monteiro Lobato era de uma época totalmente diferente da nossa, e seria muito mais interessante mostrar às crianças toda a história dos africanos, inserida na literatura, contando sobre a escravidão, mostrando como os negros eram tratados e como isso tem evoluído. Esta maneira de ensinar seria muito mais últil, já que incentivaria as crianças a buscarem o porquê na própria história, a se questionarem, a instigarem, pesquisarem, etc.

    Mas, sabe como é...Muito mais fácil tirar o livro da criança a fazê-la pensar! Pensar é para burros, não é mesmo?

    Tássia

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