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E se...

O efeito borboleta ensina que a vida seria diferente se, em certo momento
mudássemos o rumo normal de nossos atos. Imagem - Mathiolle

por Zé Luís

E se tudo fosse diferente? Ou, pelo menos, se tivesse acertado mais naquelas encruzilhadas tão necessárias e angustiantes?

Não tivesse havido uma gravidez na adolescência, ou cedido ao – posteriormente descoberto – desvio de dinheiro, que ocasionou a demissão? Se o cadeado no portão estivesse fechado? Não estivesse na fatídica balada? Não tivesse experimentado aquela porcaria que usaria depois durante anos, apesar da certeza que não me dominaria?

Se soubesse as palavras certas que fizessem aquele grande amor não ir embora, escolher não ter ficado naquele semáforo apesar de estar fechado, ou ter imaginado que um imprudente bêbado imbecil poderia estar excedendo o limite de velocidade bem na minha vez...

Ter escolhido o curso certo, a carreira que realmente iriamos trilhar, saber que não passava de um sonho, ou ter a certeza que o ideia de viver meu sonho não era tão idiota quanto meus pais garantiam que seria. Oras! Teria muito sucesso fazendo malabares em faróis. Eu creio!

Se tivesse evitado aquela discussão, não tivesse agredido naquele momento de raiva, não deixado a ira me dominar. Deveria não ter perdido a hora tantas vezes, ou mesmo, quem sabe, em determinado momento, não ter me entregue ao trabalho de forma tão absoluta (ah! Se eu soubesse a velocidade com que os grandes amigos nos esquecem após a saída da empresa).

Se entendesse a medida certa de lidar com os filhos, a família. Quem sabe ter trabalhado mais, e ter dado melhores condições, um lugar mais confortável. Se eu tivesse ideia de quem me cercava, teria ajudado mais certas pessoas, e envenenado outras.

Minha vida seria outra se tivesse ficado com a “fulana”(ou quem sabe a “beltrana”?), embora então, meus filhos seriam outros, e não sei se seria quem sou, se não existissem em minha vida.

A atenção que não dei, e o que dei em excesso. A imposta disciplina dura e a flácida demais, as lições que não entendi, e os pecados que deixei de cometer, as dores que evitei, as lamentações e velórios que não deveria ter me esquivado.

Nessa selva densa e escura que o tempo oferece, se faz necessário algo que informe nossa localização, mostre o norte na bússola invisível do viver: Não se pode saber se está chegando, se não se sabe de onde parto.

“Entrega teus caminhos ao Mestre, confia Nele...” alivia.
“Aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de nosso encontro...” esclarece.
“Ele opera em nós tanto o querer como o efetuar” descansa.

Sei lá o que estou fazendo, afinal de contas. Mas sei a quem pertenço. Aos que nos veem, pode dar-se algumas vezes a impressão de insegurança em nossos passos errantes, nos quais lutamos para sermos discretos. Mentimos quando esbravejamos: “Sei o que faço!”. Piada...

Não há nada que eu faça que surpreenda o Mestre, nada que Ele não tenha previsto, nada em minha natureza manca que já não tenha sido praticado nas gerações de maldades registradas por minha raca, nenhuma gafe que ele ainda não tenha presenciado, nenhuma ingratidão que não tenha provado.

Quem nos separará de seu Amor? A acusação da culpa? Não, certamente que não.
Prática cristã 4700167475408882050

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