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Após quinze anos de Portugal

Rubinho Pirola

Após quinze anos de Portugal e um de Reino Unido, com casa arrumada, amigos feitos e um trabalho amadurecido e frutificando, eis que chega novamente o tempo de irmos para outra aventura.

Não será preciso dizer das lutas interiores, as dúvidas, a angústia de se deixar levar pelos ventos de Deus, que também nos trouxeram (também com o desconforto e o frio no estômago, próprio das mudanças), da tentação da reação, de resistirmos, de desistirmos, e de procurarmos "segurar a cristaleira", de mantermos o que julgamos ter, como por exemplo a casa (essa será já a 5ª a desfazer!), os hábitos, a cultura adotada como nossa... aqueles que conquistamos em amizade (o indiano do mercadinho, o português da padaria - aqui todas elas têm um, rsrsrsrs - e tantos outros que já fazem parte de nossa vida),...

Já me sobram horas a rolar de um lado a outro na cama... e faltam as de sono.

Em meio a isso, encontrei hoje pela manhã, pelas mãos da Sarah querida companheira nossa de caminho e tradutora do poema de Charles Greenaway, um amigo seu, que traduz hoje a minha oração por esse tempo em que não faltam motivos nem vontade para desistir...


"Se eu desistir
O que ganharei?
Terminará a batalha? Ficarei livre?
Não, nem a porta se fechava, nem a batalha terminava,
Porque Deus teria outro para ficar na brecha
Se eu desistisse.
Se eu desistir,
O que farei?
Procurarei abrigo do calor? Esquecerei o clamor do perdido?
Por um tempo seria feliz, depois descobriria que já não o era
E gastaria o meu tempo orando para fazer algo
E dizendo a Deus, “porque desisti?”
Se eu desistir,
Descobrirei que Deus não desiste.
A batalha ainda rugirá, a Igreja marchará,
O vento soprará ainda, o Espírito continuará a encher,
E eu ficarei cada vez mais longe, meditando,
Perguntando, “Deus, porque desisti?”
Se eu desistir,
Que poderei dizer a Deus
Que me chamou,
ao povo que me enviou,
Ao pagão que confiou em mim para mostrar-lhe o caminho,
Ao Espírito que me anima dia após dia?
Deus, eu não posso desistir.
Se eu desistir,
Que seja quando eu morrer,
E não em vida, nem quando estiver insatisfeito,
Criticado, minimizado, esquecido,
Mas Deus, faz que o meu tempo de desistir
Seja quando eu morrer."

Amém

PS: Já sabem agora porque tenho me ausentado desse blog nos últimos dias...

Posta Rubinho que come do melhor bacalhau e toma do melhor vinho, mas não manda para os amigos aqui do Genizah 






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Postar um comentário

  1. Graça e Paz!
    Onde será o próximo teto Rubinho?
    Bons ventos.
    Sílvio S. Ponte

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  2. Hahaha, vá lá no meu blog e me faça feliz também, comente!Hahaha.
    www.meumundomeublog.blogspot.com

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  3. Por só, coisas boas na vida marcam e deixam a saudade e a lembrança nos invadir sem pedir licença...
    Mas é bom ter uma saudade, do que não ter motivo para ter.

    É só um pequeno verso,nesse momento de sua vida, para te homenagear Rubinho! Homenagear alguém que nos faz muito bem com seus artigos !!!

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