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7 de setembro e a (in)dependência do Brasil


Não é de hoje que todo mundo sabe que a cena não foi tão linda quanto aquela pintada "às margens do Ipiranga". A gente até ama a nação, mas é um amor meio bandido, meio desconfiado, um tanto cafajeste. Mas, afinal, isso é Brasil: a eterna dança entre o belo e a desconfiança...

O Brasil ainda é dependente. Depende da Globo, por exemplo. A seleção brasileira de futebol é produto exclusivo da Globo. As pesquisas eleitorais seguem os padrões "Globais" do que José Arbex Jr. chama de "Showrnalismo", a notícia como espetáculo, a manipulação da massa - e engana-se muito quem acha que isso é bobagem - nas eleições presidenciais, por exemplo, a mídia insiste numa polarização à lá plebiscito: Dilma x Serra, como se Marina fosse apenas uma nota de rodapé na história (sem falar nos outros candidatos).

O Brasil ainda e dependente da xenomania. Em terras tupiniquins tudo que vem do "estrangeiro" é ótimo! Ainda percebemos aquele êxtase quando alguém apresenta um diploma estrangeiro, uma viagem internacional, um prato francês, um terno italiano, uma pimenta mexicana. Até nas igrejas, canta-se o sensualíssimo tango argentino, e demoniza-se o baião ou o frevo. Isso sem falar nas inúmeras expressões que adoramos utilizar dos outros idomas, capiche?


O Brasil ainda é dependente das fórmulas mágicas. Ainda não sabemos fazer uma leitura crítica sem odiar o escritor. Não sabemos compreender as expressões lidas dentro de seus respectivos contextos, e criamos heresias monstruosas com base em frases isoladas. Não sabemos discordar sem destruir. Ainda dependemos da famosa fórmula: mostre o erro, mas mostre a solução! Ou seja, quero ter a receitinha básica desse analgésico teológico. Por que pensar por si, se o escritor é obrigado a dizer por mim???


O Brasil ainda é dependente da malandragem. O imaginário popular brasileiro ainda convive com o "jeitinho". É a habilitação comprada, o farol vermelho avançado, a "carteirada" para cortar fila ("sabe com quem você está falando?"), o famoso QI (Quem Indica), artifício safado para ganhar vantagens, e a lista é extraordinariamente grande. Ainda dependemos da ginga que dribla a ética.


O Brasil ainda é dependente! É um país onde poucos têm milhões e milhões têm migalhas. Nosso país precisa de uma igreja forte, madura, de caráter. Uma igreja que sinalize a graça e o caminho da verdade. Uma igreja brasileira, firme e compromissada com Cristo.

Um abraço



***

Alan Brizotti, colaborador do Genizah

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  1. No Brasil ainda há xenomania...graças à ela fomos colonizados pelos jesuítas que depois foram (a princípio) ameaçados pelos protestantes calvinistas que caíram nas graças da elite (que colocava seus filhos nos mackenzies e metodistas). Daí vieram os neos que vindo que os dois anteriores não resolviam muita coisa, pois queriam mamar e dormir às custas dos donos da pátria, ofereceram algo mais palatável. Então crescera. Os pioneiros católicos foram os primeiros a ficarem incomodados, em seguida dos seguidores de calvino que não percebiam nada enquanto duelavam (alguns) suas espadinhas nas lojas maçonicas tupiniquins. Mas parece que não deu muito certo, pois os 'incultos' (tradicionais catolicos e protestantes adoram distinção intelectual) continuaram a seguir os neos. Enfim, parece que o quadro não mudará tão cedo. Enquanto tivermos que ler textos explorando nosso complexo de vira-lata através de mais complexos de vira-lata não sairemos do chão...

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  2. É por isso que muitos vão se amesquinhando,se tornando cada vez mais como que se tivessem antolhos.Isso percebemos nas igrejas também.Basta ver ,que não se pode criticar determinados "pastores".Logo aparecem para amaldiçoar,xingar.

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  3. Sempre fico on no blog pra ver as atualizações e sempre fico horas aqui lendo os textos e comentando, mas em grande parte, é por causa de excelentes textos como esse, que traduzem com muito mais perfeição o mesmo sentimento que tenho, kkkkk. Que Deus abençoe o irmão Alan Brizotti, segundo texto que leio dele aqui hoje no Genizah. Paz aí.

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  4. Esta igreja forte precisa emergir, a palavra de Deus tem que sobressair. Enquanto um país semi- analfabeto, vive nas mãos de políticos espertalhões, uma igreja também semi-analfabeta, biblicamente falando, vive nas mãos de pessoas inescrupulosas.
    Enquanto todos sabem que a salvação do Brasil é uma educação forte, a salvação da igreja é a força da palavra de Deus.
    Em Cristo:
    Amarildo.

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  5. De todas as dependências, acredito que a mais prejudicial seja a dependência de fórmulas mágicas.
    Se terceiriza a consciência, se aceita frases feitas e teologia de quinta categoria com uma naturalidade espantosa.
    Isso porque pensar dói. Essa dor leva a massa a querer se iludir com "líderes-gurus", verdadeiros picaretas. A aceitar incondicionalmente a fala de pastores-coronéis.

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  6. Isso só prova o já diziam os portugueses, que aqui no Brasil só tem brasileiro (exploradores do Brasil (pau-brasil)). Quando resolvermos ser brasilianos ou brasilienses (Cidadão do Brasil) ai sim começaremos a ter uma nação de verdade e ser amada como um lugar maravilhoso de se viver.

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  7. Esse reflexo que temos do nosso país não é o reflexo dos seus pecados? Do roubo legalizado chamado de malandragem, da cobiça dos incompetentes chamada de xenomania, do comodismo e da alienação que deixaram políticos e televisões emergirem? De tantos pecados, precisamos lembrar que só Jesus pode salvar nossos compatriotas e que o Reino de Deus não é desse mundo. O Brasil precisa ser autenticamente de Jesus e não um país que apenas está mudando de religião sem mudar de dono.

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