681818171876702

Não existe arte profana!


Hermes C. Fernandes


"Entre as graças que devemos à bondade de Deus, uma das maiores é a música. A música é tal qual como a recebemos: numa alma pura, qualquer música suscita sentimentos de pureza." Miguel de Unamo

Todas coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os corrompidos e descrentes. Antes a sua mente como a sua consciência estão contaminadas.” Paulo em sua carta a Tito cap. 1, verso 15

Haveria algum idioma que pudesse ser considerado sagrado? Alguns talvez achem que sim. Há até quem pense que a língua falada no céu seja o hebraico, e que esta seria o idoma original dos homens, antes de Babel.

Recentemente, fui indagado acerca da logomarca de nossa igreja (Uma cruz estilizada que lembra uma estrela, com o que parece uma letra “x” no meio dela). Ao explicar que aquela letra “x” era na verdade a primeira letra grega do nome “Cristo” (Christus), houve quem alegasse que o grego e o latim seriam os idiomas prediletos do satanismo.

Ora, já ouvi tanta asneira nesta vida, mas esta superou a muitas delas. Então, teremos que concluir que o Novo Testamento foi todo escrito em língua satânica e que Paulo pregava no idioma dos demônios!

Um argumento como este revela o quão criativo é o gênio humano, tanto para o bem, quanto para o mal.

Haveria em nosso alfabeto alguma letra maligna? Claro que não! Mas é possível usar as letras de nosso alfabeto para escrever qualquer coisa, desde louvores a Deus até insultos e obcenidades. Porém isso, não torna aquelas letras profanas.

Assim se dá com a música, por exemplo. Quem criou as notas musicais? Não foi o diabo, ou foi? E quanto aos ritmos diversos, teriam sido criados ou inspirados por ele? Recuso-me a crer neste absurdo.

Não há música profana! O que há são músicas profanadas. Usar a música para estimular sentimentos perversos no coração humano é profanar uma das mais sagradas artes.

Harmonia, melodia e ritmo podem ser igualmente usados para o bem ou para o mal. Assimo como posso usar uma faca tanto pra fatiar um pão quanto pra ferir alguém. Isso não faz da faca um instrumento satânico, ou faz?

O que é uma canção senão a combinação de harmonia, melodia e ritmo? Nenhum destes elementos pode ser considerado profano em sua origem. O que se pode é profaná-los, dando-lhes um propósito maligno.

Não posso satanizar um frango só porque alguém o oferece numa encruzilhada a espíritos imundos. Não vou deixar de degustar um saboroso frango assado por isso.

Posso usar todo o espectro de cores para pintar uma obra que insulte os valores cristãos, como posso usar o mesmo pincel para criar obras que os enalteçam.

Mesmo uma obra considerada “profana” pode ser apreciada de outros ângulos. Em vez de condená-la, podemos buscar entender a intenção de seu autor, e a maneira como ele tenta expressar o que há em sua alma. Há anseios, frustrações, anelos profundos, amarguras, questionamentos, inquietudes, que nem sempre são verbalizados claramente, mas que vazam através de sua produção cultural.

Em vez de ficar ouvindo discos de trás pra frente em busca de mensagens subliminares, deveríamos ouvi-los com o coração tomado de compaixão, buscando compreender o que de fato essas almas humanas tentam comunicar nas entrelinhas de sua arte.

O que foi profanado pode ter sua sacralidade primordial resgatada. Alguns avivalistas e reformadores perceberam isso nos séculos passados. Charles Wesley, o maior compositor cristão de todos os tempos, tomava emprestado melodias usadas nos cabarés da Inglaterra, e as transformava em louvores a Deus. Aliás, muitos dos hinos da Harpa Cristã e do Cantor Cristão tiveram origem “profana”.

Ademais, devemos considerar a graça comum, que como chuva derramada sobre justos e injustos, é capaz de inspirar o mais vil dentre os homens a produzir coisas belas, dignas de apreciação e aplauso.

A vida enxergada do prisma da graça é muito mais leve, solta e vibrante. Sem neuroses, fanatismo infundado, mania de conspiração, e outras bizarrices.

Sinto-me inteiramente à vontade para apreciar as linhas harmoniosas de uma obra arquitetônica de Niemeyer, e ainda louvar a Deus por sua genialidade, mesmo sabendo que ele é ateu.

Prefiro embasbacar-me contemplando o interior da Capela Sistina, a ficar buscando na obra de Michelângelo algum indício de que ele pertencesse a uma sociedade secreta qualquer.

Jamais me preocupei em ser flagrado ouvindo uma boa música secular, nem em ter que dar explicação aos que me censurem por isso.

Posso apreciar uma escultura do ponto de vista artístico, sem por isso comprometer a pureza de minha fé, nem endossar a idolatria que se preste a ela.

Não sou menos espiritual por dar umas boas gargalhadas enquanto assisto a uma comédia.

Deixo-me emocionar enquanto assisto a uma apresentação de ballet ou a uma peça teatral, ou mesmo a um concerto de música pop, sem qualquer constrangimento ou culpa, por reconhecer que a fonte primeva de toda beleza é Deus.

Afinal de contas, “d’Ele e por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória, pois, a Ele eternamente. Amém” (Rm.11:36).


Hermes Fernandes é também culpado do que se faz aqui no Genizah


Postar um comentário

  1. Hermes,

    Estou contigo e digo mais. Existem louvores profanos e existem músicas seculares que são divinas. Por isso não distingo arte secular de arte clássica, existe arte, ponto.

    Em Cristo,

    Clóvis
    Editor do Cinco Solas

    ResponderExcluir
  2. A teoria da graça comum tem muita controvérsia até mesmo entre os reformados. Hoeksema e Hanko são dois grandes teológos que a criticam duramente.

    Eu concordo com em geral com o seu posicionamento Hermes, que é bem a linha do Kuyper. Mas acho que precisamos frisar quando tratamos dessa questão que nada que o incrédulo possa produzir, mesmo que seja digno de louvor 'graças a graça' que Deus concedeu a todos os homens e pela Imago Dei, possui algum valor espiritual ou salvífico, muito menos faz dele menos digno de condenação caso não se arrependa e creia em Cristo. Na verdade, talvez o torne mais digno da ira, uma vez que a utiliza para seu próprio benefício e não para glória de Deus. Niemeyer é também um bom exemplo disso.

    Esses dias li uma coisa bizarra, alguém falando sobre uma música do J Quest: "Foi Deus quem inspirou essa música, aleluia, o Rogério [Flausino] está salvo!". O nome disso é blasfêmia, no mínimo. Uma ofensa contra a Cruz de Cristo.

    Uma 'forçação de barra' do Kuyper é dizer que talvez no céu tenhamos acervos de grandes obras de arte da história. Nesse caso fico com os dois que eu citei lá em cima, não foi da bíblia que ele tirou isso.

    Minha opinião, abraços!

    ResponderExcluir
  3. Boa noite a todos que acompanham e fazem parte do blog,

    Acho esse artigo/tema interessante, creio que o autor se propôs a criticar o excesso de legalismo de pessoas que condenam a música/arte "secular", contudo essa reflexão e reposta crítica passa por uma linha tênue do relativismo, eu teria mais cuidado ao passear de forma tão contundente por um tema que considero complexo como este.

    Como posso glorificar a Deus, como o autor propõe no final de seu texto, cantando canções que glorificam todo e qualquer tipo de substância secular (sol, lua, mar, mulheres, amores platônicos, carros, castelos, países, times, etc. etc. etc.) menos o autor e criador de todas estas coisas?

    Como posso dar umas boas gargalhadas de uma comédia que promove temas tão opostos aos valores morais de Deus (promiscuidade, adultério, racismo, divórcio, o próprio Deus, etc.) e dizer que estou glorificando a Deus desta forma?

    Como não separar/discernir o secular do eterno? Como glorificar a Deus com arte que simplesmente não o glorifica?

    Apesar destas dúvidas, não estou dizendo que toda "arte gospel" glorifica a Deus, apenas não sei se posso concordar de forma tão contundente que voltando minhas atenções para a arte que glorifica as coisas seculares, estou glorificando a Deus e a meu Senhor Jesus Cristo, ou se estou apenas satisfazendo as necessidade culturais de meu ego.

    Cordialmente,
    Ronaldo

    ResponderExcluir
  4. ACHO QUE NÃO DEVEMOS CEDER TANTO,EM TEMAS TÃO COMPLEXOS POIS TODO EXTREMO E´PERIGOSO,MUITOS PEGAM ESTE VERSICULO ROM 11:36 E GENERALIZAM,CONHEÇO UM IRMÃO QUE DESVIOU DA PALAVRA, QUE GOSTAVA DE CITAR ESTE VERSICULO PARA SUA VISAÕ DISTORCIDA...

    ResponderExcluir
  5. "Não há música profana! O que há são músicas profanadas."

    “A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é uma forma de arte que constitui-se basicamente em combinar sons e silêncio seguindo ou não uma pré-organização ao longo do tempo.”

    “O som é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda mecânica; esta onda se propaga de forma circuncêntrica, apenas em meios materiais - que têm massa e elasticidade, como os sólidos, líquidos ou gasosos.”

    Não existe som profano. Mas, SIM, existe música profana.
    A música é fruto humano. Baleias não fazem música. Pássaros não fazem música.
    Podemos dar o nome de “música” ao que os pássaros não podem nomear. O mesmo as baleias (já me disseram que pássaros, baleias e demais animais que “cantam”, na verdade, estão louvando a Deus. Seria esta suposição uma evangelenda? Um dia saberemos. Ou não).
    Mas o fato é que demos o nome de “música” à arte de “combinar sons e silêncio seguindo ou não uma pré-organização ao longo do tempo”.
    E demos o nome de “som” a “propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda mecânica” que é capitada pela maioria dos seres vivos mais complexos.

    Posto isto, chegamos (facilmente) a conclusão de que a música é cultural. Ou seja, tem um objetivo. Tem um início, meio e fim. Tem um propósito. Tem uma função. É uma realização humana.
    Neste caso, gera resultados, reações, movimentos e revoluções culturais.
    Não posso concordar que a música "Highway To Hell" (AD/DC) poderia, mesmo que TODOS os envolvidos em sua elaboração sem convertam, e que CADA CENTAVO de todo o dinheiro arrecado com a BANDA seja doado aos pobres (seria mais fácil o Roberto Carlos virar pagodeiro), ser “transformada” em uma música que glorifique a Deus. Nem mesmo se sua letra fosse totalmente modificada com a ajuda da Aline Barros.

    O som não é profano. Mas a música sim.
    E quais músicas são profanas? Ora, erramos por não conhecer as escrituras. A música vai contra os preceitos bíblicos? Então é profana. E o seu autor? Qual a intenção da música? O que ele prega? No que ele acredita?

    Hoje essas perguntas parecem complexas por que existe a indústria da música, que produz insanamente a várias décadas. Uma industria que todos nós sabemos, não sobrevive sem o lucro.

    Atualmente, milhares de novas bandas e artistas se lançam no mercado. Seria necessário uma outra industria para catalogar, analisar, orar, pensar, discutir e decidir o que é e o que não é profano.

    E nós sabemos que esta industria da santificação jamais será criada. Desta forma, só existe uma saída, e a saída é simples: Jesus.

    Se não temos comunhão suficiente com o nosso adorado, amado, salvador, todo poderoso, aleluia, bla, bla, bla, a ponto de não termos qualquer discernimento do que é certo e errado, tento que acessar blogs para saber o que é certo e errado, sinceramente, alguma coisa esta errada.

    Abraços

    Ps
    Deus criou a luz. Logo, não existe NADA que seja profano. Afinal, TUDO é visível APENAS por que existe luz. Ou seria possível ao ser humano ver algo na completa falta de luz? Nada é visível na total escuridão. Assim, ao abrirmos nossos olhos, tudo que vemos é sagrado, santo.
    Deus criou os átomos, a realidade, o tempo e o espaço/tempo. E agora? Melhor deixar esse assunto pra lá.

    ResponderExcluir
  6. Meu nome é Fernando.
    As muitas palavras estão te deixando louco Hermes. Comparar um frango com as musicas de Cazuza, Rau seixas e tantos outros é denegrir a imagem da pobre ave.Não acha?

    ResponderExcluir
  7. Caríssimo Hermes,

    Compactuo com sua linha de pensamento e venho aqui expressar meus elogios pelo excelente texto. Deus continue a abençoar você de forma excepcional. Seja sempre esse "criminoso" (risos).
    Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  8. Caríssimo Hermes,
    Acho que o irmão não compreendeu a função da música na Bíblia (que é apenas para nos levar a adorar e louvar a Deus) e por isso tenta distorcer as Escrituras para justificar seus gostos musicais, supostamente mais refinados.
    Primeiramente, você deveria saber que toda música (conjunto de sons) é inspirada, ou por Deus, ou por aquele anjo que era ministro de louvor, mas que caiu da presença do Senhor, talvez você não acredite na sua existência, mas ele existe e tem atuado neste mundo que jaz no maligno.
    Talvez o irmão não saiba a importância que a música tem em nossa alma. Temos os olhos que são, como alguns dizem, a janela da alma. Mas também temos o tato e a audição, como entradas da nossa alma. Por isso a Bíblia nos ensina que: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida." Pv 4:23.
    Só uma perguntinha, não podemos utilizar este mesmo argumento seu para admirar mulheres nuas? Afinal são coisas lindas, feitas à imagem de Deus, Trata-se apenas de arte fotográfica, etc.
    Fico triste de ver um homem de Deus perdendo tempo com coisas que não convém (embora tudo nos seja lícito, não é mesmo?). A música do mundo é feita para glorificar as coisas do mundo e seu príncipe.
    Há alguns dias que venho observando que os artigos e matérias veiculadas neste blog têm servido para este tipo de relativização das coisas. Há alguns dias teve um artigo em que seu autor defendia a leitura de Fritzjof Capra e a utilização da filosofia taoísta para embasar suas convicções. Num tipo de espiritualismo bem parecido com o do Humberto Rodem.
    Talvez o irmão possa pensar que sou um daqueles cristãos fundamentalistas tapados e cheios de preconceito.
    Mas saiba, falo tudo isto com muito amor e por conhecer estas coisas bem de perto, pois antes de minha conversão, fui bem envolvido com a cultura e arte do mundo. Fui escritor e poeta, envolvido com a cena cultural. Inclusive fui estudioso de artes mágicas e envolvido com um tipo de satanismo filosófico.
    Se o irmão quiser, posso te enviar um estudo sobre as músicas do mundo que fiz para mostrar aos jovens como elas fazem referências diretas a diversos textos satânicos e místicos que existem.
    Me perdoe a sinceridade, mas estou fazendo como os irmãos de Beréia, como é sugerido aqui mesmo neste site.
    Lembre-se, nem tudo o que brilha é ouro, nem tudo o que é feio é do mal e nem o que é bonito é do bem em si mesmo. Mas todas as coisas que existem e são do mundo servem a um propósito maligno de nos afastar de Deus e de suas verdades eternas.
    "Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo." Ec 8:5
    Abraços fraternos em Cristo
    Pr Giuliano F. Miotto

    ResponderExcluir
  9. Caro Pr. Giuliano,

    Você diz que toda música é inspirada, seja por Deus ou pelo diabo. Gostaria de saber qual o embasamento bíblico disso?

    E onde leio nas Escrituras que Satanás era ministro de louvor?

    ResponderExcluir
  10. Caríssimo irmão Hermes,
    Eu imagino que não haja consenso sobre a figura descrita em Ezequiel 28:12-19.
    Eu sigo uma linha que acredita ser uma descrição de Lúcifer, tendo em vista que o tal Rei de Tiro, caso fosse apenas a descrição de uma figura humana, não poderia ser chamado de Querubim ungido, muito menos ter estado no Éden desde o princípio bem como no monte santo de Deus em meio a pedras afogueadas, dentre outras descrições angelicais no texto.
    Em seu verso 13, temos o seguinte: "Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônica, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados."
    Bom, creio esta ser a base bíblica para se dizer que Ha Shatan era ministro de louvor no Monte Santo de Deus. Ademais uma das funções bíblicas dos querubins é estar diante do Trono de Deus, e de acordo com o livro do Apocalipse: "E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus," 7:11
    Se o irmão não crê assim, não tem problema.
    Outra coisa, sobre a inspiração das coisas. Veja o que está escrito em Jó, capítulo 32, verso 8:
    "Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido."
    Isto diz da inspiração divina no espírito do homem, que é nosso homem interior (adoto a divisão do homem em corpo, alma e espírito).
    No hebraico, o verbo NABA (ou NAVA), do qual deriva a palavra que é traduzida como profeta, significa, de acordo com Strong, "profetizar, sob influência (inspiração) divina". Também a palavra traduzida como fôlego (NISHMA)pode ser chamada também de espírito do homem, o qual recebemos de Deus.
    E temos mais outra palavra em Hebraico RUACH que é traduzida como sopro, espírito, e no strong também tem o significado daquele "que inspira o estado de profecia".
    Sobre a inspiração maligna no homem mundano, veja o seguinte texto de Efésios 2, verso 2: "Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência."
    O texto fala diretamente sobre a operação de um "espírito", que significa sopro, ou inspiração, operando. Vi na minha Bíblia grega que a palavra usada aqui é "PNEUMATOS" que vem de PNEUMA que tem a seguinte definição no Strong: "a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém" ou "usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos", dentre outros significados relacionados.
    Veja também o texto de 1 Co 2:12: "Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus."
    Poderia desfilar outros textos e argumentos bíblicos, mas penso que estes são suficientes. Se não o forem, estou à sua disposição para conversarmos a respeito com mais profundidade.
    No mais, meu irmão, abandone este "espírito" ou inspiração do mundo, e viva somente com o Espírito que provém de Deus, para que o irmão possa de fato conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. Nós não precisamos de músicas mundanas para nos trazer inspiração ou deleite para a alma, pois já temos a música dos céus que é tocada em nossos corações pelo Espírito Santo da verdade. E Ele testifica que Jesus é o Senhor.
    Com muito amor em Cristo.
    Pr. Giuliano Miotto

    ResponderExcluir
  11. Liga não, é que de vez enquando,dar um branco nas mentes dos "criminosos" do genizah ! E como eles tem que escrever qualquer coisa para encher linguiças, aí eles postam essas baboseiras ! Já dizia minha vó: mente vazia é oficina do diabo ! Já não se fazem apologistas como antigamente ! Pb. Roberto Rocha

    ResponderExcluir
  12. Prezados (as)

    Creio que haja um consenso por parte de todos que a música é uma expressão cultural de uma sociedade. A música reflete a expressão de um povo, representada também na na literatura, as artes plásticas e nas festividades típicas.

    Sendo assim, pergunta-se: toda pintura em tela não sacra é pecaminosa? Toda festividade não sacra é pecaminosa? Todo filme não sacro é pecaminoso? Toda literatura não sacra é pecaminosa? Diria mais: toda atividade profissional não sacra é pecaminosa? Sendo assim, não podemos ouvir nem cantar música do "mundo",tampouco exercer atividades profissionais que não sejam eclesiásticas (porque seriam do "mundo"), admirar uma obra de arte que não fosse pintada por um autor que tenha cargo na igreja, ou ler um livro que não seja publicado por uma editora "gospel".

    Ou seja... seríamos o sal dentro do saleiro, repletos de hipocrisia, arrogância e farisaísmo porque afinal, tudo que é produzido por "cristãos" é melhor e superior aos demais... incluindo as músicas produzidas por "cristãos" que não necessariamente refletem a verdadeira adoração a Deus.

    Neste contexto, cabe a citação "Este povo honra-me com os lábios, mas tem o coração longe de mim, e em vão me adoram" (Marcos 7:6)


    Ora... Selecionar uma música apenas considerando o caráter e a procedência eclesiástica do cantor, como alguns afirmaram aqui, é ao meu ver reflexo de uma arrogância pautada pela ingenuidade. Sabe-se que muitos cantores que se auto-denominam cristãos adotam posturas e práticas nada condizentes com o Evangelho... muitos cantores "gospel" cometem crimes bárbaros enquadrados no Código Penal, realizando-os de forma oculta aos olhos dos consumidores evangélicos... mas desde que não venha a tona, sua música é superior à secular... afinal, é cantor é "gospel"...

    Por fim, creio que a Palavra que se encaixa a este tema é:"acima de tudo isto, porém, esteja o AMOR, que é o VÍNCULO DA PERFEIÇÃO"...

    Deus abençoe a todos!
    Viviane

    ResponderExcluir
  13. Prezados (as)

    Creio que haja um consenso por parte de todos que a música é uma expressão cultural de uma sociedade. A música reflete a expressão de um povo, representada também na na literatura, as artes plásticas e nas festividades típicas.

    Sendo assim, pergunta-se: toda pintura em tela não sacra é pecaminosa? Toda festividade não sacra é pecaminosa? Todo filme não sacro é pecaminoso? Toda literatura não sacra é pecaminosa? Diria mais: toda atividade profissional não sacra é pecaminosa? Sendo assim, não podemos ouvir nem cantar música do "mundo",tampouco exercer atividades profissionais que não sejam eclesiásticas (porque seriam do "mundo"), admirar uma obra de arte que não fosse pintada por um autor que tenha cargo na igreja, ou ler um livro que não seja publicado por uma editora "gospel".

    Ou seja... seríamos o sal dentro do saleiro, repletos de hipocrisia, arrogância e farisaísmo porque afinal, tudo que é produzido por "cristãos" é melhor e superior aos demais... incluindo as músicas produzidas por "cristãos" que não necessariamente refletem a verdadeira adoração a Deus.

    Neste contexto, cabe a citação "Este povo honra-me com os lábios, mas tem o coração longe de mim, e em vão me adoram" (Marcos 7:6)


    Ora... Selecionar uma música apenas considerando o caráter e a procedência eclesiástica do cantor, como alguns afirmaram aqui, é ao meu ver reflexo de uma arrogância pautada pela ingenuidade. Sabe-se que muitos cantores que se auto-denominam cristãos adotam posturas e práticas nada condizentes com o Evangelho... muitos cantores "gospel" cometem crimes bárbaros enquadrados no Código Penal, realizando-os de forma oculta aos olhos dos consumidores evangélicos... mas desde que não venha a tona, sua música é superior à secular... afinal, é cantor é "gospel"...

    Por fim, creio que a Palavra que se encaixa a este tema é:"acima de tudo isto, porém, esteja o AMOR, que é o VÍNCULO DA PERFEIÇÃO"...

    Deus abençoe a todos!
    Viviane

    ResponderExcluir
  14. Cara Viviane,

    Apesar de seu comentário, as dúvidas permanecem:

    Como posso glorificar a Deus, como o autor propõe no final de seu texto, cantando canções que glorificam todo e qualquer tipo de substância secular (sol, lua, mar, mulheres, amores platônicos, carros, castelos, países, times, etc. etc. etc.) menos o autor e criador de todas estas coisas?

    Como posso dar umas boas gargalhadas de uma comédia que promove temas tão opostos aos valores morais de Deus (promiscuidade, adultério, racismo, divórcio, o próprio Deus, etc.) e dizer que estou glorificando a Deus desta forma?

    Como não separar/discernir o secular do eterno? Como glorificar a Deus com arte que simplesmente não o glorifica?

    Apesar destas dúvidas, não estou dizendo que toda "arte gospel" glorifica a Deus, apenas não sei se posso concordar de forma tão contundente que voltando minhas atenções para a arte que glorifica as coisas seculares, estou glorificando a Deus e a meu Senhor Jesus Cristo, ou se estou apenas satisfazendo as necessidade culturais de meu ego.

    Cordialmente,
    Ronaldo

    ResponderExcluir
  15. Prezado Ronaldo,

    Agradeço sua contribuição no que tange às reflexões sobre o contexto profano das artes seculares.... creio que toda contribuição é bem-vinda quando colabora para a edificação dos irmãos e amadurecimento da nossa fé.

    Querido irmão... perceba que terminei o texto citando Colossenses 3:14 "Acima de tudo isto, porém, esteja o AMOR, que é o vínculo da perfeição". Ora, para nós que buscamos ter o caráter de Cristo, certamente não há de se encontrar bom humor sem AMOR.

    Acredite, a comédia de uns pode ser o horror de outros. Tudo é uma questão de examinar e reter o que é bom. Discernimento é a palavra chave neste contexto.

    Contudo, um bom filme, que apresente um humor absolutamente saudável para toda a família e dotado de uma mensagem edificante, particulamente eu não teria problemas em assisti-lo e indica-lo, mesmo não sendo produzido por uma empresa "gospel".

    Em relação a este tema, eu creio que a palavra de Jesus é muito oportuna, quando Ele afirma: "A lâmpada do corpo são os olhos, de sorte que se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz". Assim, ao apreciar com meus olhos um ballet, penso como Deus é grandioso, maravilhoso e majestoso em sua obra, por nos tirar do pó e nos amar de forma nos capacitar a dançar com leveza, graça e suavidade... talvez a bailarina (ainda) não conheça o amor, a graça e o poder de Jesus... mas eu sou grata pela vida dela, porque a amo como irmã e vejo como obra de Deus em sua arte.

    O mesmo ocorre com a música. Se algum cantor secular, em uma música saudável, com uma letra edificante, afirma que o sol é belo, que a natureza é maravilhosa, que a Via Lactea é deslumbrante... ótimo! Porque tudo isso é absolutamente verdade... e quando eu canto isto, eu louvo a Deus por sua obra... porque tudo isto é criação Dele, e pela Sua graça nós podemos desfrutar e contemplar essas maravilhas.

    Quanto ao artista secular, ele pode (ainda) não conhecer o amor, a graça e o poder de Jesus... então, ao invés de excluí-lo do seu repertório e classifica-lo como "profano" e "incrédulo", porque vc não envia uma carta parabenizando-o e dizendo que a sua arte é maravilhosa... e dando a dica: A contemplação da vida só é possível porque DEUS É AMOR! É porque DEUS É UM PAI DE AMOR, e assim como meu Pai em Gênesis 1:31, eu "vejo tudo quanto Deus fizera, e eis que era MUITO BOM"... E sempre que eu ouço uma música, vejo uma obra de arte, contemplo o por do sol... na simplicidade e no amor da minha alma, eu pergunto: E aí Pai, o que o Senhor acha? Tá gostando disso também?

    Para finalizar, cito Colossenses 3:15 "Seja a paz de Cristo o árbitro em vossos corações"

    Que cada um de nós possa ter o discernimento de Deus e a paz de Cristo ao apreciar uma obra de arte!

    Com Amor,
    Viviane

    ResponderExcluir
  16. Como podemos glorificar a Deus?
    Numa música que fala da pureza do amor entre um pai e um filho (Gabriel, de Beto Guedes); que fala sobre a soberania de Deus ( Amelinha, Foi Deus); que fala do amor honesto e não leviano entre homem e mulher (Rosa, de Pixinguinha ); que fala da natureza como obra sublime do nosso criador Criador ( Planeta Água, Guilherme Arantes) e do amor ao próximo ( One, U2), da amizade sincera (Canção da America, MIlton Nascimento etc...
    Prezado Ronaldo,
    Se voce não consegue ver as manifestações teofanicas nessas obras de artes, é porque voce não consegue ver Deus fora da sua igreja, fora da sua "religião".
    Portanto, o seu "deus" é pequeno, nanico, não é unipresente, nem uniciente, nem inipotente como o Triuno Deus de Davi, o qual conheço e reconheço, ainda que fora das paredes dos templos.
    De ouvido ao que disse Tiago, que toda boa dávia provem dos ceus.

    ResponderExcluir
  17. Filipe da Silva Rodrigues27 de março de 2011 às 02:25

    Concordo com a maior parte do que o Hermes disse. Mas vamos tomar cuidado com os extremos!!! De um lado tudo tem problema, de outro lado nada tem problema... extremos, extremos...

    ResponderExcluir

ATENÇÃO: Comente usando a sua conta Google ou use a outra aba e comente com o perfil do Facebook

emo-but-icon
:noprob:
:smile:
:shy:
:trope:
:sneered:
:happy:
:escort:
:rapt:
:love:
:heart:
:angry:
:hate:
:sad:
:sigh:
:disappointed:
:cry:
:fear:
:surprise:
:unbelieve:
:shit:
:like:
:dislike:
:clap:
:cuff:
:fist:
:ok:
:file:
:link:
:place:
:contact:

Página inicial item