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Teologia dos Pactos x Dispensacionalismo


Hermes C. Fernandes


Como o Genizah é um espaço apologético, aproveito para expor as duas principais escolas de interpretação escatológica. Mesmo que alguns não concordem com a linha que defendo, é deveras importante que a conheçam e tenham a oportunidade de comparar. Não se contente apenas com as comparações propostas no texto. Pesquise, se aprofunde, ainda que isso resulte numa mudança de opinião ou na consolidação de sua opinião.


Modelo da História

TP: Pacto das Obras com Adão: Pacto da Graça com Cristo em nome dos eleitos (alguns distinguem entre o Pacto de Redenção com Cristo e o Pacto da Graça com os eleitos).

D: Dividido em dispensações (usualmente sete): Inocência (antes da queda), Consciência (Adão), Governo Humano (Noé), Promessa (Abraão), Lei (Moisés), Graça (Primeira vinda de Cristo), Reino (Segunda Vinda de Cristo). -- (Alguns adicionam sete anos da tribulação e a lei como outra dispensação).

Como a História é Vista

TP: Otimista; Deus está estendendo seu Reino.

D: Pessimista: os últimos dias se ressaltam por uma crescente maldade que impera no mundo e pela apostasia na igreja.

Propósito de Deus na História

TP: Existe UM propósito de redenção unido.

D: Existem DOIS propósitos, um terreno (Israel), um celestial (a igreja).

Como os Pactos Bíblicos São Vistos

TP: Existem várias administrações do Pacto da Graça

D: Marcam-se períodos de tempo onde as demandas específicas de Deus para os homens são distintas.

Relações entre o Antigo e o Novo Testamento

TP: Aceita-se o ensinamento do Antigo Testamento, a menos que tenha sido ab-rogado pelo Novo Testamento.

D: O Antigo Testamento não tem autoridade, a menos que seja confirmado com o Novo Testamento.

Relação entre Israel e a Igreja

TP: A Igreja é o Israel espiritual, em continuidade com o verdadeiro Israel do Antigo Testamento.

D: A Igreja é o povo espiritual de Deus, distinto de Israel, o povo físico de Deus.

A Profecia do Antigo Testamento

TP: Refere-se ao povo de Deus, a Igreja.

D: Refere-se ao Israel étnico.

A Era da Igreja

TP: O propósito redentor de Deus continua sendo desenrolado.

D: É um parêntese entre o passado e a futura manifestação do Reino.

Papel do Espírito Santo

TP: O Espírito Santo tem atuado nas pessoas através de toda a história.

D: O Espírito Santo tem atuado nas pessoas desde o Pentecostes até o Rapto.

Implicações Sociais

TP: Enfatiza-se "o mandato cultural", isto é, o trabalho da igreja deve-se estender às diversas culturas, transformando-as através da pregação do Evangelho e dos princípios do Reino de Deus.

D: A única maneira de salvar o mundo é salvando indivíduos; por isso, o evangelismo toma precedência sobre a “ação social”.

Escatologia

TP: Usualmente Pós-milenista ou Amilenista; raramente Pré-milenista.

D: Pré-milenista, usualmente Pré-tribulacionalista, com ênfase no Arrebatamento.

Milênio

TP: Simbólico, freqüentemente identificado como a era presente.

D: Literal, reino terreno de 1000 anos depois da Segunda Vinda.


Hermes Fernandes é também culpado do que se faz aqui no Genizah

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  1. apz, Hermes.

    bom, parece q sou mesmo dispensacionalista... rs

    todavia, em alguns pontos, trocaria, sem remorso, alguns dos pontos citados:

    a relação AT x NT, e a ação do ES.

    em outros, marcaria as 2 opções (isso anula meu voto? =o)

    [ ]s

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  2. Confirmou minha posição Dispensacionalista

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  3. Opaa.. Hermes (ou o Danilo, depende de quem estiver lendo Heheh) tem como colocar meu link no Genizah?? (ia ser muito legal mesmo se fosse o link, nem precisa colocar meu banner, só se quiser tb)

    Não sei se vc lembra de mim.. do blog Subir//Quadrado? já coloquei o banner do Genizah la!

    Fica na Paz de Cristo brothers! Um abraçow

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  4. Gostei dos paralelos que vc traçou, minha prática de fé está muito ligada a teologia dos pactos, mas a idéia que reina no meu meio é a do Dispensacionalismo... Complicado equilibrar certas coisas... complicado se equilibrar, mas tem família complicada quem pode néh?!?!?

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  5. Ahh e parabéns pelo texto!

    só não sei onde fico enquadrado entre esses dois!
    porque não vou 100% com nenhum dos lados.. então não sou nenhum dos dois!!! Hahahahh

    Pelo menos todos concordamos com as idéias de Cristo.. se não, não seria cristianismo! Heheh

    Um abraçãoo

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  6. Já li diversos textos do Hermes... E eu creio que vc seja "TC" assim como eu. Acreditava no dispensacionalismo, mas depois de pesquisar e INTERPRETAR melhor a palavra de Deus, sigo por essa linha. Acredito que não haverão 2 arrebatamentos, e que vamos sim estar JUNTOS na grade tribulação. (afinal, se em hora a historia do povo de Deus, sempre sofremos provações, pq justo agora no final, iriamos "assistir" a grande tribulação de camarote?)

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  7. Lendo a esplanação percebi que realmente sou Dispensionalista convicto, porém no que se refere ao AT e Espiríto Santo concordo com a Teologia dos Pactos.

    Não consigo aceitá-la muito bem, já que ela normalmente serve de base para a Teologia da Prospéridade, Trinfalismo e o Antropocentrismo o que me entristesse muito.

    Deêm uma passada no meu blog e acessem as seções Bíblia e Apologética ~> http://www.misaelm.com

    Graça e Paz

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  8. Texto simples e muito bom. Peço a Deus,na sua graça e misericórdia, continuar abençoando o Pr. Hermes C. Fernandes. Entre uma escola e outra, fico, definitivamente (como sempre fiquei),com a teologia dos pactos, por se tratar de uma visão mais consentânea com as doutrinas da graça.
    Atenciosamente,

    Jorge Eudes

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  9. Se considerar correto este teu raciocínio deveríamos então atirar na lixeira a doutrina da Trindade ou triunidade de Deus, porque simplesmente não existe qualquer referência explítica a ela em sequer um versículo bíblico, estando subentendida. Também nunca engoli com facilidade o dispensacionalismo mas em se tratando de um doutrina solidamente comprovada à luz da Bíblia como é o arrebatamento pré-tribulacional acho uma temeridade tais negativas, sendo que até os cristãos do primeiro século aguardavam ansiosamente por ele, além do que é estranho o teu ensino de que a Igreja precisa construir o Reino de Deus na terra para que Jesus Cristo volte, isso me cheira a reconstrucionismo, esta sim um doutrina dos primeiros séculos de nossa era que carece de respaldo bíblico.
    Me desculpe, mas depois desta lerei e ouvirei teus comentários e pregações com muito mais cautela, a exemplo do querido pastor Ricardo Gondim, que optou por flertar com o teísmo aberto.

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  10. Qual sua opinião sobre este site?

    http://www.chamada.com.br/

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  11. Elídia,

    A pergunta é pra mim?

    Como não sou dispensacionalista, não aprecio o conteúdo do site. Além do mais, acho-o muito sensacionalista. Mesmo os pré-milenistas clássicos não aprovam o terror que se toca nos crentes em nome desta linha de interpretação. Não questiono a seriedade dos seus autores, e sim o seu modus operandi.

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  12. Caro Antonio,

    Sinto-me alegre por saber que a partir de agora você vai ler meus textos com mais cautela. Lembrei de Paulo e os bereanos... Ele jamais se sentiu ofendido pelo fato deles averiguarem as Escrituras pra ver se conferiam com o que Paulo pregava.

    E por falar em reconstrucionismo, que tal aquela passagem onde Paulo diz que o fundamento foi lançado pelos apóstolos e profetas e que deveríamos construir sobre ele?

    E aquela passagem muito usada nos círculos pentecostais, que diz que o Espírito do Senhor está sobre mim e me ungiu para pregar as boas novas aos pobres, etc.? Se você continuar a leitura do texto verá que aqueles sobre os quais o Espírito do Senhor devem reedificar as cidades destruídas de geração em geração.

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  13. Querido Hermes,
    alguns pitacos:
    Eu diria que quanto a relações entre o AT e o NT, o Dispensacionalismo aceita, sim, a autoridade do primeiro, mas o submete à revelação do segundo, pois não aceitar a autoridade do NT seria rasgar a Bíblia; coisa que um dispensacionalista da gema não faria.
    Quanto ao papel do Espírito Santo, cremos que Ele atua desde o princípio da criação, e não apenas desde Pentecostes. Essa é uma crença pentecostal e não propriamente dispensacionalista, até porque a salvação sempre foi pela graça, mesmo sob a lei, antes da "era da igreja".
    Um abraço, mas não saio sem antes cobrar uma reposta que vc me deve sobre meu comentário em seu artigo sobre as 70 semanas e a abominação da desolação. Não te deixarei ir sem me abençoares...
    Georges (Doa a quem doer)

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  14. Obrigada, pr. Hermes, a pergunta era sim para o senhor, autor dos demais textos escatológicos. A propósito, gostei de seu último texto, muito inteligente. E elegante também, abraços.

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  15. Georges,

    Dependendo do grau do dispensacionalismo, há quem diga que o sermão da montanha perdeu o vigor e que somente as cartas paulinas teriam autoridade para a igreja de hoje. Não posso e não quero generalizar. Há, de fato, um dispensacionalismo menos radical, e que enxerga o agir de Deus na história de maneira mais orgânica. Para chegar a este equilíbrio, muitos teólogos dispensacionalistas tiveram que se abrir ao diálogo com outras linhas interpretrativas.
    Temos que estar abertos ao diálogo, a fim de aprendermos com quem pensa diferente de nós.

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  16. Sou aliancista, pois entendo que esse é o esquema natural deduzido da bíblia. As interpretações dipensacionalistas, tipo dizendo que os sacrifícios de animais acontecerão depois da volta de Jesus, são estranhas, p não dizer heréticas.
    Mas tenho uma visão um pouco diferente do Hermes em apenas um ponto basicamente:

    Como a História é Vista:
    Realista (nem otimista nem pessimista): o bem e o mal (joio e trigo) crescerão juntos até o fim (telos).

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  17. Ae grande líder Hermes!

    Ta vendo como é bom escrever sobre a escatologia sem polemizar ???!!! Sou dispensacionalista e acredito que a bíblia se completa, tanto o novo como o velhor!!! Mas é o seguinte: acimda de tudo seguimos a mesma bíblia, servimos ao mesmo Deus e não concordamos e nem aceitamos os absurdos dos neo-pentecostais, dos pseudo-crentes e das doutrinas dos homens.

    A propósito: quais instituições seguem a TP e a D ?

    Abraços no ressureto!

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  18. Abraão,

    Sou apenas um conservo.

    É difícil entrar num terreno minado como este e não polemizar.

    Não conheço nenhum denominação que tenha fechado sobre este assunto. Há batistas amilenistas e pré-milenistas. Há presbiterianos dispensacionalistas e aliancistas.

    Porém, a maioria absoluta das igrejas pentecostais e neopentecostais é dispensacionalista e pré-milenista. A Igreja de Nova Vida, fundada pelo Bispo Robert McLister tinha uma visão próxima do pós-milenismo. Não sei se ainda a mantém.

    Abraço!

    N'Ele, que apesar de nossas divagações, segue triunfante.

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  19. Paz,

    Antonio, fui dispensacionalista sem o saber, pela mesma razão da grande maioria, qual seja, é a única visão ensinada nas igrejas. Na verdade, o que reina é um "dipensacionalismo popular", em que as pessoas não têm um conhecimento sistemático desse esquema, senão por alto e de jargões dos púlpitos, do tipo: "Jesus está voltando", "Ele vai levar sua noiva", "Cuidado com a marca da besta", "Vigia pra não ficar pra tribulação" etc.
    Cito uma parte de seu comentário "...mas em se tratando de um doutrina solidamente comprovada à luz da Bíblia como é o arrebatamento pré-tribulacional..." e assim questiono: onde está essa doutrina solidamente comprovada? Embora eu não creia que a tal tribulação seja futura, senão passada, pergunto: de que texto pode-se deduzir que haverá um arrebatamento que precederia a tal tribulação?
    Ainda digno de nota, creio: essa visão dispensacionalista, embora hoje seja considerada como ortodoxa, não surgiu e se popularizou antes
    de 1830 (http://www.monergismo.com/textos/dispensacionalismo/origem-arrebatamento-pre_Schwertley.pdf), e, ironicamente, interpretações como o pós-milenismo, encontrado ao longo da história da igreja, hoje são vistas como coisas estranhas.
    Em Cristo, sabendo que o assunto dá pano pra manga.

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  20. Olá. Meu nome é Marcelo.
    Vc disse:
    "D: O Espírito Santo tem atuado nas pessoas desde o Pentecostes até o Rapto".
    Isso não procede. Sou dispensacionalista. Cremos sim que o Espírito Santo agiu no AT. Só o que muda é que no AT usa-se mais "Espírito de Deus". Sansão é um exemplo de como o Espírito Santo atuou no AT.

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