Sobre meu pseudo-conformismo com os picaretas religiosos

O Danilo, editor deste famigerado blog andou espalhando pelo Twitter que ando dando mole para pastor picareta, que já estou quase me candidatando ao Nobel da Paz. Calúnia!!

O problema é minha atual inabilidade de mostrar aos leitores a diferença entre a pessoa física e a jurídica. Explico:

Na maioria das vezes, o que é postado por aqui não é contra uma pessoa. O ataque – quase sempre direto – aos ideias questionáveis que tentam se passar por mandamentos divinos nessa imensa babel que se tornou a igreja evangélica.

Esse canal denuncia gente – algumas que já foram sérias – que tenta usar de sua credibilidade conquistada no meio da massa gospel para beneficio financeiro próprio ou de grupos associados. Até aí, nenhuma novidade.

O problema é a confusão desta massa manipulada, lobotomizada, enganada: eles não são maus, nem tão pouco tem em suas ações más intenções. Eles foram “doutrinados” a crer que lançar críticas à falta de caráter destes auto intitulados suprassumos espirituais (tais como bispos, apóstolos, paipóstolos, querubins ou o que for) é estar militando contra aqueles que os protegem da má sorte, tentamos desligar dos céus com pedradas aqueles que lançam uma capa protetora sobre suas vidas (outra bela mentira absurda e comumente aceita entre eles).

Só os que lêem todos os comentários enviados a este blog, sabe como ele é amaldiçoado por gente que deveria ser vaso do Espírito (certamente, eles se denominam assim). Eles estão irados por ter seus objetos de idolatria arranhados pela justa difamação.

Uma das coisas mais irritantes para um não crente é a amnésia que os convertidos tem quando encontram com um espírita, e o julga maldito, acusando de servir o diabo. Um espírita, por exemplo, se baseia em obras para alcançar direito a novos níveis de reencarnação diante de uma Força Maior (Deus para kardecistas, é impessoal).

Como ex-espírita (e com uma mãe Babalorixá praticante) era desagradável (para não dizer odiosa) ver a atitude que alguns “irmãos” tem contra coisas que não tem a mínima ideia do que seja, diabolizando tudo e todos. Não faço apologia disso, mas a ofensa pessoal jamais seria um caminho de evangelização válido. Não se apresenta Jesus dizendo para alguém que o capeta manda na minha vida caso aquela ladainha toda não seja aceita imediatamente após sua pobre explanação.

Um crente pode estar enganado sim em sua forma de raciocínio, e garanto que o prejuízo é incalculável para o Reino.

O que os leitores ofendidos do Genizah não entendem – por mais que se poste tantas denúncias nas formas mais variadas (com humor, sarcasmos, com base teológica, referências bíblicas, e tantas outras) é o objetivo Mor: tirar vidas do engano. Não existe nada mais recompensador para um cristão que o êxito nesta área. É quando nos parecemos mais com Cristo.

O problema é descobrir a formula mágica para alertar essas pessoas contra essas picaretagens, sem que elas entendam que não é a pessoa, é o ato. Ou pior: um novo convertido ler algo por aqui e entender que TODOS os pastores agem da mesma forma. Por isso, a necessidade de dar nomes aos lobos, e deixar bem claro de quem e o que estamos falando.

Continuo indignado com o tempo em que vivemos. Só que receio pelas ovelhas que não são minhas. São do meu Mestre, e não sei com que cara reagiria diante Dele, naquele dia, por ter tratado seus salvos com tanta negligência. Exercitar a paciência não é uma prática fácil.

Postou Zé Luís, em um desabafo besta, aqui no Genizah