Vivendo e fazendo a diferença no sistema sem ser do sistema.
https://genizah-virtual.blogspot.com/2010/01/vivendo-e-fazendo-diferenca-no-sistema.html
Pastor Altair Germano
Muitos obreiros, irmãos e jovens me abordam no sentido de buscar conselhos e orientações por suas frequentes frustrações, desilusões e decepções diante da crescente corrupção, hipocrisia, secularização e da perda de rumo de alguns setores e denominações evangélicas no Brasil.
O quadro é tão grave que alguns, além de se afastarem do "sistema" (igrejas, convenções, concílios etc), não desejam sequer serem chamados mais de evangélicos.
Lendo a Bíblia, entendi que sair de um sistema (igrejas, convenções, concílios etc) nem sempre é a atitude adequada ou possível.
Estar (fisicamente) num sistema, não significa necessariamente "ser" (essencialmente ou ideologicamente) deste sistema.
Numa perspectiva macro, Jesus falou disso em João 17.14-18, onde substituirei no texto o termo "mundo" (sistema macro caído influenciado por satanás) por "sistema" (setores e denominações evangélicas influenciados pelo sistema macro):
Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o "sistema" os odiou, porque eles não são do "sistema", como também eu não sou. Não peço que os tires do "sistema", e sim que os guarde do mal. Eles não são do "sistema", como também eu não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao "sistema", também eu os enviei ao "sistema". (Jo 17.14-18)
Percebe-se no texto a possibilidade clara de "estar no", sem "ser de".
Os profetas bíblicos não foram enviados de outras nações (sistemas politicamente constituídos) para profetizar contra os pecados de Israel e Judá. Eles viviam no sistema (nação israelita e judaica politicamente constituída), e do sistema foram levantados contra o próprio sistema (nação politicamente constituida e influenciada pela idolatria, imoralidade, violência, corrupção, suborno, injustiça social etc).
Foi dessa forma que para Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Ananote, na terra de Benjamim, o Senhor falou:
Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muro de bronze, contra todo o país (sistema), contra os reis de Judá (sistema), contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar." (Jr 1.17-19)
Observe que Jeremias era filho de sacerdote e morador de Benjamim. Ele estava diretamente relacionado com o sistema em termos religiosos e políticos, mesmo assim, o SENHOR o escolheu de dentro do sistema para se posicionar contra o sistema, sem se isolar do sistema:
Olha que hoje te constituo sobre as nações (sistemas) e sobre os reinos (sistemas), para arrancares e derribares (nos sistemas), para destruíres e arruinares (os sistemas) e também para edificares e para plantares (nos sistemas). (Jr 1.10)
Ezequiel é um outro exemplo de profeta cuja origens remonta à família sacerdotal (ministros religiosos do sistema). Dele no diz a Bíblia:
Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativerio do rei Joaquim, veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR. (Ez 1.1-3)
Ezequiel não apenas estava no sistema, como, inclusive, foi vitimado pelas consequências da desobediência a Deus que dominava o sistema, sendo levado cativo para a Babilônia junto com os demais integrantes do sistema.
Isaías tinha uma alta posição social no sistema, visto a liberdade com que transitava na corte real (Is 7.3-17; 39.3), a maneira como intervinha em questões de Estado (Is 37.5-7) e como se relacionava com os sacerdotes e portadores de altos cargos (Is 8.2). Mesmo assim, com toda esta liberdade e envolvimento com ilustres personagens do sistema, foi de dentro deste sistema e para profetizar contra este sistema que o Senhor o levantou.
Mesmo os profetas que não estavam muito próximos do centro do sistema (Jerusalém e Samaria), como é o caso de Elias (1 Rs 17.1), Amós (Am 1.1), Miquéias (Mq 1.1) e Naum (Na 1.1), de alguma forma se relacionavam com o sistema.
Sim, é possível estar no sistema sem ser do sistema.
É possível conviver no sistema e ser contra o sistema.
É possível realizar coisas boas no sistema e denunciar as coisas ruins do sistema.
É possível arrancar e derribar no sistema e também edificar e plantar no sistema.
É possível ser voz e arauto de Deus "no" e "para" o sistema.
É possível ser santo e íntegro no sistema.
É possível não se vender e não se render ao sistema.
É possível influenciar positivamente no sistema, sem ser influenciado pelo sistema.
É possível imitar Jesus.
O quadro é tão grave que alguns, além de se afastarem do "sistema" (igrejas, convenções, concílios etc), não desejam sequer serem chamados mais de evangélicos.
Lendo a Bíblia, entendi que sair de um sistema (igrejas, convenções, concílios etc) nem sempre é a atitude adequada ou possível.
Estar (fisicamente) num sistema, não significa necessariamente "ser" (essencialmente ou ideologicamente) deste sistema.
Numa perspectiva macro, Jesus falou disso em João 17.14-18, onde substituirei no texto o termo "mundo" (sistema macro caído influenciado por satanás) por "sistema" (setores e denominações evangélicas influenciados pelo sistema macro):
Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o "sistema" os odiou, porque eles não são do "sistema", como também eu não sou. Não peço que os tires do "sistema", e sim que os guarde do mal. Eles não são do "sistema", como também eu não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao "sistema", também eu os enviei ao "sistema". (Jo 17.14-18)
Percebe-se no texto a possibilidade clara de "estar no", sem "ser de".
Os profetas bíblicos não foram enviados de outras nações (sistemas politicamente constituídos) para profetizar contra os pecados de Israel e Judá. Eles viviam no sistema (nação israelita e judaica politicamente constituída), e do sistema foram levantados contra o próprio sistema (nação politicamente constituida e influenciada pela idolatria, imoralidade, violência, corrupção, suborno, injustiça social etc).
Foi dessa forma que para Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Ananote, na terra de Benjamim, o Senhor falou:
Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muro de bronze, contra todo o país (sistema), contra os reis de Judá (sistema), contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar." (Jr 1.17-19)
Observe que Jeremias era filho de sacerdote e morador de Benjamim. Ele estava diretamente relacionado com o sistema em termos religiosos e políticos, mesmo assim, o SENHOR o escolheu de dentro do sistema para se posicionar contra o sistema, sem se isolar do sistema:
Olha que hoje te constituo sobre as nações (sistemas) e sobre os reinos (sistemas), para arrancares e derribares (nos sistemas), para destruíres e arruinares (os sistemas) e também para edificares e para plantares (nos sistemas). (Jr 1.10)
Ezequiel é um outro exemplo de profeta cuja origens remonta à família sacerdotal (ministros religiosos do sistema). Dele no diz a Bíblia:
Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativerio do rei Joaquim, veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR. (Ez 1.1-3)
Ezequiel não apenas estava no sistema, como, inclusive, foi vitimado pelas consequências da desobediência a Deus que dominava o sistema, sendo levado cativo para a Babilônia junto com os demais integrantes do sistema.
Isaías tinha uma alta posição social no sistema, visto a liberdade com que transitava na corte real (Is 7.3-17; 39.3), a maneira como intervinha em questões de Estado (Is 37.5-7) e como se relacionava com os sacerdotes e portadores de altos cargos (Is 8.2). Mesmo assim, com toda esta liberdade e envolvimento com ilustres personagens do sistema, foi de dentro deste sistema e para profetizar contra este sistema que o Senhor o levantou.
Mesmo os profetas que não estavam muito próximos do centro do sistema (Jerusalém e Samaria), como é o caso de Elias (1 Rs 17.1), Amós (Am 1.1), Miquéias (Mq 1.1) e Naum (Na 1.1), de alguma forma se relacionavam com o sistema.
Sim, é possível estar no sistema sem ser do sistema.
É possível conviver no sistema e ser contra o sistema.
É possível realizar coisas boas no sistema e denunciar as coisas ruins do sistema.
É possível arrancar e derribar no sistema e também edificar e plantar no sistema.
É possível ser voz e arauto de Deus "no" e "para" o sistema.
É possível ser santo e íntegro no sistema.
É possível não se vender e não se render ao sistema.
É possível influenciar positivamente no sistema, sem ser influenciado pelo sistema.
É possível imitar Jesus.
O que não consigo enxergar é Jesus reformando sistemas..., ele falava contra os sistemas porque eles dominavam e escravizavam as pessoas em prol do sistema. Um estudo histórico de ciências sociais vai denunciar que instituições sempre vão buscar se manter vivas, independente das pessoas e/ou das consequências que estas venham a sofrer por ir contra o sistema institucional. Um exemplo é vermos instituições-igrejas que hoje têm 100, 200 anos..., quantas pessoas foram mortas por essas instituições pra que elas se mantivessem vivas por tantos anos?
ResponderExcluirPor isso minha luta é em prol de pessoas, não de sistemas. Aos sistemas fica só minha crítica..., e crítica não pra reforma dos sistemas, mas pra que pessoas enxerguem a liberdade de não serem dominadas por sistemas pra viverem nesse mundo. Se os sistemas ou instituições não forem pra servir as pessoas mas pra que as pessoas os sirvam, não prestam pra nada..., como já ouvi certa vez: aquele que não vive pra servir não serve pra viver.
Abraço!
So vejo uma solução para se encaixar dentro do sistema realizando tudo isso: É ser um FARISEU MODERNO dentro do proprio SISTEMA, caso contrario o proprio sistema o expulsa de modo passivo ou mesmo de modo ativo. Ele parece que adquiriu ao longo do tempo uma especie de ANTI-VERDADE e todos quanto forem contra suas praticas hereticas e apostatas serão expulsos do corpo.
ResponderExcluirAcho que o pastor Altair já se equivocou logo no segundo parágrafo, logo, todo o resto deixa de ter sentido. Sim, porque não se pode chamar a igreja de sistema. É errado. O sistema é o sistema, seja ele uma linha doutrinária, domínio "apostólico" de massas ou mesmo uma denominação.
ResponderExcluirQuem entende o que é igreja jamais a chamará de sistema.
A igreja é a subversão do sistema.
A igreja não tem corpo físico em uma só unidade, mas tem corpo místico com várias unidades - nós.
A igreja local pode ter dois mil, duzentos, vinte ou "dois ou três", como Jesus falou.
Sinto muito, mas se o objetivo do texto era pra me incentivar a ficar numa denominação, tentar ser diferente ali no meio de um povo que só quer saber o que Jesus dá, e não o que Jesus é, posso dizer que falhou. Isso não funciona, já tentei.
O jeito é ir procurar a igreja e me juntar a ela, mesmo fora de certos muros.
Parabéns ao trabalho do Genizah.
Abraços!
Caro Altair Germano
ResponderExcluirPoético mas utópico...
Não creio ser esse o chamado de Deus para nós... "permanecer no sistema".
Em primeiro lugar, é muito gasto de energia permanecer no sistema para tentar ser diferente. É preferível gastar essa energia em cuidar de pessoas, falar de Jesus para pessoas.
Em segundo lugar, não é possível fazer parte do sistema sem macular as vestes. É duro, mas é verdade. Por mais que você não se corrompa e aja diferente dos chefes do sistema, é necessário se dobra a eles e se submeter a ordens intoleráveis, apenas para permanecer no sistema.E se vc não obedecer seus líderes mal intencionados então estará em desobediência.
Em terceiro lugar, se há um lugar para fazermos a diferença esse lugar é fora do sistema, onde há vidas para serem ganhas e transformadas por Jesus.
Você citou uma época muito diferente da nossa. Era outra aliança e outro momento histórico.
No entanto, há ordens divinas específicas para pessoas específicas por tempo determinado para estarem inseridos em um sistema, e ao receber essa ordem seríamos levianos se não a cumpríssemos. Se vc recebeu essa incumbência, permaneça lá até ordem contrária.
Fora isso, mano: FUJAMOS DO SISTEMA, FUJAMOS DA RELIGIÃO, VIVAMOS O EVANGELHO...
Theo Pimenta
http://theopimenta1.blogspot.com
Em Mateus 11, Jesus fala sobre não podermos por remendo novo em vestido velho e nem vinho novo em odres velhos, tem tudo a ver com esse assunto, o vestido velho é sem duvida o sistema religioso pagão ou paganização da vontade divina de forma lenta e gradual (como hoje acontece). As receitas, as clonagens de passagens do VT. O transporte indevido de fatos que apenas apontam para o cordeito de Deus (nos serve de aio) e não são para adaptarmos a Nova Aliança.
ResponderExcluirPrezados,
ResponderExcluirDuvido que haja alguém que tenha "planado" entre as duas realidades. O Gilson chegou ao ponto no primeiro comentário. Duvido muito, por outro lado, dos que se dizem fora da igreja. Agora mesmo um blogueiro lançou um livro com o sub-título Confissões de um ex-dependente de igreja. Não creio nele!
Eu acredito na igreja. Igreja é invenção de Cristo. Não sei se é possivel mudar de dentro do sistema, mas pretendo morrer tentando, risos.
ResponderExcluirDanilo, eu também acredito, faço parte dela.
ResponderExcluirÉ possível ser seguidor de Jesus "de verdade" sem ser parte da igreja - o corpo? Acho que não.
É possível que um templo cheio de crente não seja igreja e um salão sem placa do lado de fora, com dezoito pessoas, seja igreja de fato?
Não é o compromisso que vivem essas pessoas no dia-a-dia (sejam as do templo ou do salão) o que define se são A igreja?
Mas então, o que é dentro e fora?
Resumindo: em que igreja - invenção de Cristo - você acredita?