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Eu estou farto!




Ariovaldo Ramos


Acabei de ler uma asquerosa crítica à Senadora Marina Silva. Faltam dados, falta seriedade, falta responsabilidade!

A crítica foi publicada num site que se propõe ser arauto de mídia séria! Mas, de fato, é porta-voz do que era chamado, no tempo em que as ideologias estavam na pauta, de extrema direita.

Parece que ainda há quem tenha saudade do tempo em que se torturava a quem quisesse, quando quisesse.

Gente para quem a palavra democracia não significa nada.

Recentemente, um artigo publicado nessa mídia me citou, acusando-me de esquerdista, pró-aborto e de pró-gayzismo. E já fui questionado quanto a isto.

Não sou pró-aborto, mas, também, não sou a favor desse estado de coisas, onde a mulher é usada e abusada, onde a orientação sexual não chega aos pobres, onde o Estado se omite e faz vistas grossas ao estado de violência a qual o jovem e, principalmente, a moça está submetida, pela alienação das drogas e dos bailes funks, que sustentam o machismo que faz da mulher o mais abjeto objeto. E não sou contra a mulher vítima de estupro, e cuja gravidez lhe seja fatal, ser assistida na interrupção de sua gravidez.

Não sou pró-gayzismo, seja lá o que isso signifique, mas sou a favor dos direitos civis. Sou contra a tentativa do movimento gay de reescrever a Bíblia, mas, também, sou contra privar os homossexuais do usufruto do património de construção conjunta. Sou contra o impedimento de ajudar a um homossexual que o queira deixar de ser, como sou contra a hostilização de um ser humano porque ele ter se declarado homossexual.

A palavra esquerdista não faz mais sentido, nos dias correntes. Eu sou progressista! Sou a favor da reforma agrária, do acesso universal à educação, à moradia, à saúde, ao transporte urbano, à alimentação adequada. Sou a favor da distribuição de renda, da erradicação da pobreza, da sustentação do meioambiente e da democracia.

Sabe de uma coisa? Eu não sei quanto a você, mas eu estou farto dessa gente que se acha dona da verdade, e que, em nome do que acham ser a verdade, vivem a matar pessoas.

Farto dessa gente que se apossou de Deus, como se Deus fosse um objeto que se possa ter e manipular.

Essa gente que não considera como semelhante quem não concorda com eles!

Recentemente, também, uma série de e-mails anônimos foram disparados me caluniando, tentando me vender como um pecador dissimulado, para dizer o mínimo.

Estou farto desses covardes, sem caráter que, por detrás do anonimato, vivem a tentar destruir a vida dos outros.

Estou farto dos que dão ouvidos a eles, fazendo valer a calúnia e a difamação.

Estou farto dessa gente que anima suas rodas de amigos falando mal dos outros, zombando da desgraça alheia.

Farto dessa gente que vê fantasma em todo o lugar, que está sempre procurando alguém para atacar e para destruir.

Estou farto dessa gente que não sabe o que é debate intelectual, que toma tudo como pessoal, porque se vê como a medida para a verdade.

Farto dessa gente que em vez de pregar o Evangelho, fica checando se os outros o estão.

Checando se o outro crê “certo”.

Estou tão farto disto, tanto quanto, dos que estão invocando Deus para obter dinheiro para os seus negócios, travestidos de ministérios,de igreja ou de denominação.

Dos que lutam pelo poder denominacional, transformando o Odre em algo mais importante do que o Vinho.

Também, me fartei dessa gente que quer destruir tudo, confundindo a igreja local com a deturpação da denominação, confundindo o povo com os seus maus líderes e que se tornam líderes tão maus quanto os que condenaram, e que saem pelo mundo atacando os pastores e as estruturas com a mesma fúria dos que as estão usando para benefício próprio.

Estou farto desses apóstolos que venderam que tinham de ser apóstolos para derrubar as potestades nas cidades, as mesmas que foram destronadas na Cruz de Cristo!

Estou farto dos que não usam o título de apóstolos, mas agem do mesmo jeito!

Estou farto dos liberais, que rasgam a Bíblia e saem a zombar de quem crê.

Estou farto desses ecuménicos que dizem celebrar a fé, de modo indistinto, mas não conseguem estender a mão para o irmão pentecostal.

Mas jamais me fartarei da Igreja:

A Igreja é a comunidade da fé! É a nossa casa!

A Igreja é lugar de perdão e de reconciliação.

O que é oferecido a todos nós, inclusive para os que agem como se não o precisassem, é a oportunidade de se arrepender.

A fé cristã não prega a impecabilidade, prega o arrependimento!

A fé cristã prega que o amor é demonstrado no perdão e no serviço!

A gente deve continuar a lutar pela Igreja!

Continuar a lutar pelo resgate da humanidade, e de toda a criação de Deus.

Nosso problema não está no termos pastores ou presbíteros, mas em sermos todos apascentadores.

Nosso problema não está em darmos dízimos e ofertas, mas em como ofertamos, e como usamos as nossas ofertas e dízimos.

A Igreja somos nós, e o único Ungido é Cristo Jesus.

Todo poder: seja religioso ou econômico ou de qualquer natureza, tem de ser controlado pela totalidade do povo.

Se você está farto como eu, não saia da Igreja, Igreja é invenção de Jesus.

"Jesus disse que onde 2 ou 3 estiverem reunidos em seu nome, ele lá estaria." Mt 18.20

Jesus seria a 4ª pessoa naquela reunião.

Jesus seria a visita especial.

Ali Ele segredaria o que não pode dizer pessoalmente. Paulo disse que só com os demais irmãos é possível conhecer o amor de Cristo, em toda a sua dimensão. Ef 3.18

Alguns têm entendido que essa reunião é o fim de toda a formalização, a comprovação de que nunca precisamos de formalização alguma.

Mas, o que é reunir-se em torno de Jesus?

Jesus instituiu como reunião em torno dele a reunião em torno da ceia do Senhor.

Jesus disse que toda a vez que comêssemos do pão e bebêssemos do vinho, o anunciaríamos, até que ele volte. 1 Co 11.26

É em torno da ceia do Senhor que nos reunimos em nome do Senhor.

Isso é formalização: tem hora, tem maneira e tem lugar. E é seríssima, pois Paulo disse que, dependendo da forma como participamos da ceia, podemos sofrer consequências, inclusive morrer mais cedo. Logo, também tem liturgia. 1 Co 11.27-30

Então, reunir-se em nome de Jesus é reunir-se em torno da ceia.

Lá anunciamos o perdão com o que somos perdoados e com que perdoamos.

Lá anunciamos a ressurreição, o poder pelo qual vivemos.

Lá o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.

Lá é a reunião da Igreja!

Todas as reuniões só serão da igreja se o forem em torno da mesa, mesmo que a mesa não seja arrumada para aquele dia.

A mesa da ceia é a mesa da comunhão. Lá nasceu a Igreja e lá ela é mantida.



Publicado no Pavablog#


Postar um comentário

  1. À falta de não saber configurar o meu perfil em outra modalidade, que não anônimo, peço vênia, todavia, para me idenfificar. Meu nome e endereço: Jorge Eudes do Lago (jorge.e.lago@uol.com.br). Assim, após me identificar, passo a comentar, resumidamente, o artigo do Rev. Ariovaldo Ramos. Em que pese a excelência do referido artigo, sua motivação e oportunidade, tenho, porém, contra ele o fato específico de se defender, expressamente, o pretenso direito de usufruto, pelo homossexual, de construção conjunta de patrimônio. O Pastor, ao defender tal ponto de vista, estaria, forçosamente, admitindo a legalidade da união homossexual, o que não me parece em consonância com os princípios superiores da moralidade ou santidade, contidos na Palavra de Deus.

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  2. Olá, estou dando uma passadinha aqui no seu blog e resolvi fazer um blogueiro feliz!! rsrs
    Realmente a comunhão é muito importante!

    Até!
    XD

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  3. é a igreja : A fé cristã não prega a impecabilidade, prega o arrependimento!
    como é verdade isso, às vezes esquecemos...

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  4. Maravilhosas palavras do Ariovaldo.

    Concordo com ele em relação a questão gay e por isso também fui "queimado na fogueira" do blogueiro a que ele se refere.

    Entendo que o Estado é laico e pago para resolver os problemas dos contribuintes, inclusive dos homosexuais, que analisando friamente pagam imposto como todo mundo e já se unem dividindo bens e construindo patrimônio. Quando se separam ou morrem geram um imenso problema para a sociedade que não tem leis para regular a situação, logo, se admite-se ou não se admite a legalidade da união, ela já acontece (o leite já derramou) e gera demandas para o Estado resolver. Então, o Estado está com um problemão: Proíbe ou legaliza.

    Agora, o Estado não vai obrigar a igreja a sacramentar essa união, isso é coisa da cabeça desses lunáticos. Pois, essa medida não resolveria o problema dele (Estado) e vai arrumar uma dor de cabeça imensa e desnecessária com a igreja, inclusive a romana. Ademais, a união religiosa não acrescenta nada à união civil. Tem igreja "evangélica" que faz a cerimônia e o civil continua não reconhecendo a união.

    No tocante ao aborto tenho uma única ressalva quanto a opinião do Ariovaldo. Acho que a mulher tem direito de decidir sobre o seu corpo, más não sobre a outra vida que está dentro dela, que também não tem culpa pelo ocorrido. O estupro é uma violência e o aborto é outra. Se a gravidez for de risco, paciência, é vida por vida, não há o que facultar. Caso contrário não. Más, aí concordo com o Ariovaldo em que o Estado de ser cobrado. Penso que no caso da mãe violentada não puder ou não querer, se responsabilizar pela criança, o Estado deve assumir, pois não protegeu mulher como é pago para fazê-lo e defendo ainda que ela deva ser devidamente indenizada, pois sua vida jamais será a mesma.

    Também estou farto, pois em ambas as questões vejo a igreja chorando sobre o muito leite derramado, sem assumir a sua parcela de culpa, sem admitir que essas demandas e outras como criminalidade e prostituição se devem ao fato do quanto o nosso trabalho (ide) está atrasado e que esse evangelho hedonista água com açúcar, sequer arranha o problema do pecado.
    Só o verdadeiro avivamento da Igreja fará toda a diferença que essa sociedade precisa.


    No Amado,

    Ielton Isorro

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  5. Persistindo na questão "gay" proposta pelo Jorge Eudes:

    Premissa 01: um casal após os devidos ritos culturais comprometem-se perante à sociedade a viverem juntos e cuidarem um do outro lastreados em um pacto de fidelidade movido pelo amor. Durante o tempo que vivem juntos constroem um patrimônio que, após a dissolução de seu matrimônio seja pela via do divorcio ou do falecimento de um dos conjuges, é repartido com quem de direito conforme as condições específicas que a lei prevê.

    Premissa 02: dois homens que se associam em um empreendimento e ambos, ao longo do vigor dessa parceria, amealham bens em nome da empresa e, quando desejam se separar para seguirem seus próprios caminhos, repartem os bens ou propõem a compra de sua parte na empresa ao outro, conforme o contrato social prever. Eventualmente esse processo pode se desenrolar nas barras dos tribunais, dependendo do contexto da situação, mas ainda assim há instrumentos jurídicos para resolução desse tipo de problema.

    Premissa 03: dois seres humanos do mesmo sexo resolvem viver uma vida em comum. Não é casamento, tampouco sociedade empresarial, tratando-se de um tipo de união ainda não tipificada em lei. Apesar disso, investem suas perspectivas afetivas e emocionais nessa relação, constituindo um patrimônio tangível ao longo do tempo de vigor desse pacto pessoal. Eventualmente desentendem-se e a confiança estabelecida entre ambos fica abalada levando ao desejo de terminarem esse relacionamento. Ocorre que, como ocorre normalmente em relações passionais, um abre mão ao outro e permite que alguma parte desse parimônio, apesar de ter sido adquirida pelo esforço de um, fique integrado ao patrimônio do outro como pessoa física, dificultando em caso do término do convívio a requisição dos bens a que se pensa, teria direito.

    O ponto das premissas acima é que, independente da causa da dissolução do convívio, nas primeira e segunda hipóteses há uma disciplina jurídica a ser observada para que os direitos pessoais das partes sejam resguardados. Convém lembrar que um casamento ou uma sociedade empresarial podem ser realizados sem que os objetivos mais nobres que movem as pessoas a fazê-los existam. Outros fatores podem precipitar esses eventos, como um "golpe do baú" premeditado ou conveniências sociais.

    O não reconhecimento da formação de patrimônio comum, cumulada à sonegação dos direitos pessoais do acesso e usufruto do patrimônio nas uniões homoafetivas é sonegar um direito constitucional inalienável a todo cidadão brasileiro.

    Quem gostaria de, depois de ter investido num empreendimento em confiança, ter os resultados colhidos ao longo da duração dessa relação sonegados pois "não fez a escolha certa" segundo a sociedade?

    A questão não trata de "casamento" gay, mas de criar dispositivos jurídicos para assegurar diretos pessoais ao patrimõnio acumulado. O não reconhecimento jurídico da existência desse tipo de relação não a fará diminuir nem a abafará, pois a homossexualidade existe entre a humanidade desde a queda.

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  6. Oi povo de Deus,cheio de controvérsias.
    Ou acato as Escrituras,ou vou amarelar.
    Se Deus quisesse que homem casasse com homem,Ele teria criado não Adão e Eva,mas Adão e Ivo.
    Se está minha opinião contraria o meu amigo Ariovaldo,ele terá que ter paciência comigo.Se contraria outros,boa sorte.A ordem é Adão e Eva.
    tito from brasília.

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  7. Uma oração esquecida.
    Senhor,ajuda-me a entender,e compreender a viver de acordo com os meus limites.Ajuda-me a aceitar pessoas como elas são e ajuda-me entender o que que não posso mudar.Ser homossexual é uma delas.Não tenho o poder de mudar ninguém.Nem por isso eles deixaram de ser seres humanos objeto do amor de Deus.Copiaram?
    tito from brasília.

    ResponderExcluir

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